sexta-feira, 31 de março de 2023

“Nous assistons à une révolution géopolitique”, Emmanuel Leroy, politologue et spécialiste de la Russie

France-Soir

L’ENTRETIEN ESSENTIEL - Dans cet entretien, Emmanuel Leroy, analyste politique et spécialiste de la Russie, revient dans un premier temps sur la situation de la scène politique française.

Selon lui, nous assistons au “commencement de la fin de règne” d’Emmanuel Macron. “Les énormités dans son mode de gouvernement, qu’il a manifesté depuis le départ” sont en train de provoquer “le rejet du peuple français” à son égard. 

Le récent échec de la motion de censure a empêché la remise en cause du pouvoir actuel, qui n’est “plus au service du peuple français”, mais obéit notamment à aux intérêts d’une “oligarchie mondiale”.

Emmanuel Leroy évoque par la suite la rencontre “historique” entre le président Poutine et Xi Jinping, le 20 mars dernier à Moscou. Cet événement, qui a duré trois jours, “redouté par les Etats-Unis”, représente une “révolution géopolitique à l’échelle mondiale”.

Il s’agit de la première visite du dirigeant chinois à son homologue russe depuis le début de la guerre en Ukraine : ce rapprochement sino-russe fait suite, selon Leroy, à la mise à l’écart en Chine "de la sphère d’influence libérale pro-américaine" et pro-occidentale.

As decisões políticas são impostas involuntariamente, através da violência

Jason Brennan

O problema com as decisões políticas não é meramente a maior parte de nós não seguir o seu caminho. É também essas decisões nos serem geralmente impostas, contra a nossa vontade, sob a ameaça da violência.

Os governos não nos aconselham apenas a seguir as suas regras, esperando que lhes obedeçamos bondosamente. Impõem as leis e as regras pela violência, ou com ameaças de violência.

Ilustrarei este ponto modificando um exemplo de Huemer. Imagine que apanha uma multa de cem dólares por não usas capacete quando conduz a sua moto. Quando o governo emite uma multa, ordena-lhe que pague cem dólares. Se não pagar imediatamente, responde emitindo ainda mais ordens. Enviar-lhe-á uma carta num tom ameaçador e irá obrigá-lo a pagar ainda mais dinheiro. Se continuar a ignorar as ordens do governo, este cassará a sua carteira, o que significa que o impede de conduzir.

Mas agora suponha que não liga a essas ordens e continua a conduzir. O governo acabará por detê-lo e prendê-lo. Quando tenta detê-lo, se não prestar atenção à ordem para se submeter, os seus agentes atacá-lo-ão fisicamente, bater-lhe-ão e matá-lo-ão, se necessário.

Quando alguém diz “Devia haver uma lei a exigir X” está com efeito a dizer: “Quero ameaçar as pessoas com violência a menos que façam X.” Uma batalha política é uma batalha relativa a quem terá o poder de forçar o outro lado a submeter-se à sua vontade.

Afirmar “Oe empregadores deviam pagar pela contracepção dos seus empregados” é dizer: “Defendo o uso da violência contra os empregadores que não paguem a contracepção dos seus empregados.”

Afirmar “A cocaína deve ser ilegal” é dizer: “Defendo o uso da violência contra as pessoas que consumam cocaína.”

[Aparecido rasga o verbo] Irritante

Aparecido Raimundo de Souza 

ALFINETE CARDOSO
pega o telefone e liga para um número que está sobre a mesinha de cabeceira escrito num papel de guardanapo. Na quinta vez, atende uma voz feminina: 
— Bom dia! Pois não? 
— Bom dia. De onde fala? 
— Que número o senhor ligou? 
— O que estou falando com você, perdão, com a senhora. 
— Tudo bem, senhor, mas qual o número? 
— Minha linda, aí não é do jóquei club? 
— O senhor deve ter ligado errado. Aqui é da “Funerária Suba em Paz e Renasça na Eternidade”. 
— Credo em cruz. Funerária? Estou fora. Obrigado. 

Três minutos depois Alfinete Cardoso tenta novamente. Na pressa, pode, de fato, ter discado um número errado ao invés do correto. Na oitava vez, um homem de voz grossa se faz presente: 
— Bom dia? 
— Bom dia, meu amigo. Com quem falo, por favor? 
— Com quem o senhor pretende, ilustre cavalheiro? 
— Com o Durcaine do jóquei club. 
— Não, meu amigo. Aqui não é do jóquei club. E nem tem essa pessoa com tal nome. Como é mesmo o patronímico que o senhor mencionou? 
— Durcaine. 
— Realmente o senhor se enganou. 
— O que funciona aí? 
— O açougue do Barbosinha. 

Alfinete Cardoso se espanta: 
— Meu Deus, não é possível. Açougue do Barbosinha? 
— Sim senhor. Por que a estranheza? 
— Por nada, desculpe. 
Impaciente, a criatura parte para nova tentativa. Comprime as teclas pausadamente, objetivando não errar. Na segunda vez, atende uma criança: 
— Oi... quem é? 
— Sou eu... é vovô? 
Alfinete Cardoso apura o rosto num sorriso amarelo. Fala com certa ternura na voz: 
— Como é seu nome, meu doce? 
— O meu? 
— Sim! 

Le Grand Débat des Valeurs Actuelles


Vous l'attendiez, elle est arrivée ! 

🔥 Voici la liste des invités qui seront au Grand Débat des Valeurs Volume II : 

Christine Kelly

Charles Consigny

Stanislas Rigault

Mathieu Bock-Côté

Hugo Clément

Olivier Babeau

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Jordan Bardella 

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[Foco no fosso] Seja gentil

Haroldo Barboza

Após ler a notícia abaixo, acredite se quiser.

O ladrão que processou a vítima  

Futuro previsto baseado na nota acima:

Dentro da normalidade, uma pessoa investe recursos para montar um negócio que atenda uma demanda regular e lhe retorne merecido lucro pelo seu esforço.

Um malandro que durante a fase pré-adulta passou o tempo na gandaia sem buscar um aprendizado mais qualificado, ao chegar aos 16 anos, ganha seu título de eleitor, carteira de motorista, carteira de trabalho e outros documentos que lhe concedem benefícios e obrigações.  

Mas ao invés de buscar melhorar sua qualidade de vida através de um esforço saudável (estudar, por exemplo), passa os dias invejando quem progride lentamente por ter dedicado tempo nesta busca constante.  

Ao perceber que perdeu enorme tempo na praia, nos bailes noturnos e outras distrações que o ambiente oferece, resolve obter dividendos por meios violentos. Passa dias observando a futura vítima até o momento que resolve dar o bote e subtrair em segundos, o que o outro acumulou após horas de trabalho responsável. Muitas vezes com requintes de maldade sobre crianças e idosos. 

Numa sociedade dirigida por pessoas comprometidas com seus eleitores, este faltoso passaria bom tempo na cadeia (onde os dirigentes não criam ambiente de recuperação) tendo até tempo para estudar por conta própria. 

quinta-feira, 30 de março de 2023

Um conflito entre bons e maus

 Luís Naves

O interesse pela guerra da Ucrânia está a diminuir e parte da opinião pública começa a ter dúvidas sobre a narrativa dominante, segundo a qual estamos perante um simples conflito entre bons e maus. Tem sido difícil interpretar os factos de outra forma, pois as dúvidas sobre a natureza da realidade são rapidamente transformadas em colaboracionismo e apoio a ideias totalitárias. Alguém que se atreva a enunciar a perspectiva russa procura um novo tratado de Munique. O problema é que já passou um ano desde que a Rússia ia perder a guerra na semana seguinte e os combates continuam; passou um ano desde que a Rússia ia à falência na semana seguinte e a sua economia continua a funcionar, aliás, está transformada numa economia de guerra. 

Moscovo estabeleceu uma parceria com a China e os efeitos económicos no Ocidente ameaçam tornar-se permanentes, a energia e a comida serão mais caras. Onde está a prometida mudança de regime no Kremlin? Em lado nenhum, pelo contrário, Vladimir Putin parece mais forte do que nunca. As notícias dos triunfos iminentes do lado ucraniano são agora mais raras, pois não há nada para ver: As vítimas ucranianas, civis e militares, podem ultrapassar 300 mil, mortos talvez mais de 100 mil; o país está de rastos, com 8 milhões de refugiados, seis milhões de deslocados internos, 18 milhões de cidadãos dependentes da ajuda externa, grande parte da infraestrutura destruída, economia reduzida a menos de metade. 

Sem barulho, mas vivo e disposto a ir à luta: a volta de Bolsonaro ao Brasil

J.R. Guzzo

Jair Bolsonaro voltou a fazer parte ativa da política nacional – desembarcou na manhã de quinta-feira (30) em Brasília, sem barulho e sem festa, mas vivo, inteiro e, ao que parece, disposto a ir à luta. Tem pela frente uma barreira formidável: o consórcio dos supremos tribunais de Brasília, que dá a entender que vai passar os próximos quatro anos fazendo exatamente a mesma coisa que fez nos quatro últimos.

Nestes últimos quatro anos, a ideia fixa do STF foi destruir o governo Bolsonaro – começou proibindo que ele nomeasse o seu próprio diretor da Polícia Federal, e a partir daí não parou nunca mais. Nos próximos quatro, a ideia continua fixa, só que com propósitos ainda mais radicais: cassar os seus direitos políticos, impedir com isso que ele se candidate a qualquer coisa pelo resto da vida e, se for possível, até para estabelecer alguma simetria com Lula, mandar o homem para a cadeia.

Tudo indica que, para morrer mesmo na política, Bolsonaro, como aliás tem sido o caso de Lula, ainda terá de morrer outras vezes.

Lula, a esquerda em peso e os advogados garantistas, mais o Jornal Nacional e boa parte da mídia, vão dar 1.000% de apoio ao projeto – já em execução cinco minutos depois de anunciado pelo TSE o resultado da eleição. Bolsonaro, para todos eles, continua sendo o principal problema da nação.

O ex-presidente, do seu lado, começou a se mexer de novo; chegou a dar a impressão de que estava morto, mas não está. Não houve recepção em massa – e nem seria permitido pelas autoridades de Brasília, que desde a suspensão e o pito passado no governador já querem chamar a polícia, bloquear ruas e pedir estado de sítio a cada vez que veem três pessoas juntas. Mas houve a reestreia formal de Bolsonaro na política brasileira em seu primeiro gesto oficial: uma recepção na sede do Partido Liberal, do qual é o presidente de honra. Falou de trabalho no Congresso. Falou do PL. Falou de sua prioridade, as eleições municipais do ano que vem, nas quais conta estar ao lado dos vencedores nos dez ou vinte maiores colégios eleitorais.

Ministro! O nome dele é Alexandre Ramagem

Colunista do DIÁRIO DO RIO fala sobre uma audiência acalorada sobre operações em comunidades

Jackson Vasconcelos

A Maré não está para peixe. No dia 28, o Senador e Ministro da Justiça, Flávio Dino, governador do Maranhão durante oito anos, compareceu à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, para uma audiência acalorada, como são as audiências entre Ministros e oposição. Os representantes do governo bajulam e os da oposição batem duro. Como o decoro parlamentar é do tempo das cavernas, as agressões são deselegantes, como se viu quando os ministros do Presidente Bolsonaro compareceram lá.

O deputado Ramagem, da oposição, destacou-se pela elegância sem perder a verve. Ele agradeceu a presença do ministro, e o arguiu com um preâmbulo necessário, que passou pelo tempo das Unidades de Polícia Pacificadora, UPPs e pelo aparato policial utilizado pelo governo da época para entrar no Complexo da Maré, um conjunto de 16 favelas. O deputado Ramagem questionou: “Se a sua visita, Ministro, teve um objetivo pacificador, vamos crer, na ordem, no amparo da lei, o senhor conseguiu a extinção do tráfico ali? Quando será? O senhor conseguiu tratar do cumprimento de centenas de mandados de prisão judiciais em aberto na localidade? Lá se concentra o maior poderio bélico ilegal nas mãos dos criminosos. O senhor conseguiu a entrega pacífica desses armamentos?”

O Ministro saiu pela tangente, debochado e deselegante: “Eu vi um deputado. Acho que esse senhor aqui… Amagem… Ramagem”, enquanto atrás dele o ex-deputado Wadih Damous tentava ajudar, mas o Ministro continuou: “Amagem”, olhou para o lado e foi corrigido pelo Presidente da Comissão… ”Ramagem…” e completou… ”Eu não entendi se o senhor está perguntando ou afirmando. Eu posso afirmar ao senhor que eu fui convidado por algumas entidades…” e seguiu em frente sem responder, passando a ideia de que essa história de tráfico, armamentos ilegais e coisas tais é papo de preconceito.

A gente sabe que não é.

Riascos batiza edifício com nome do Vasco

Com duas passagens pelo Vasco da Gama, o atacante Duvier Riascos construiu uma relação de carinho pelo Clube e sua torcida.

Willams Meneses

O atacante colombiano Duvier Riascos parece não ter tirado o Vasco do coração. Nessa última terça-feira, o jogador de 36 anos anunciou ao lado da esposa um empreendimento com o nome em homenagem ao cruz-maltino: o edifício Vasco da Gama.

O prédio fica localizado no Barrio Bello Horizonte, em Jamundí, Valle del Cauca, na Colômbia, e possui apartamentos de dois quartos e dois banheiros, com 63 m² e acabamentos de luxo. O conjunto está disponível para aluguel na imobiliária Conmercio Imobiliário, que tem sede em Cali, com um valor de 800 mil pesos (cerca de R$ 880, na cotação atual).

Nem Riascos, nem a esposa, Leidy Melo, que postaram vídeos e fotos do edifício, deram mais detalhes sobre o novo empreendimento. Em contato com a reportagem, um corretor local informou que o prédio possui circuito interno de televisão, lixeira, elevador e estacionamento para motos e carros.

Nem Riascos, nem a esposa, Leidy Melo, que postaram vídeos e fotos do edifício, deram mais detalhes sobre o novo empreendimento. Em contato com a reportagem, um corretor local informou que o prédio possui circuito interno de televisão, lixeira, elevador e estacionamento para motos e carros.

Título e Texto: Willams Meneses, Vasco Notícias, 29-3-2023, 15h28  

Chegada de Bolsonaro a Brasília

Jair Bolsonaro chegou ao Brasil pouco antes das 7h desta quinta-feira, 30. No aeroporto internacional de Brasília, uma multidão esperava para vê-lo.


O voo saiu ontem à noite de Orlando, nos Estados Unidos. “Eu fiquei quase três meses aqui, praticamente em silêncio, e tenho acompanhado tudo que acontece no Brasil”, disse Bolsonaro antes do embarque à CNN. “Vamos começar a nos organizar e se preparar para ajudar o país a vencer os desafios.”

Já no Brasil, o ex-presidente não passou pelo saguão. Ele saiu com escolta da Polícia Federal por outro acesso do aeroporto. O plano havia sido programado anteriormente para evitar tumulto no desembarque.

Os apoiadores do ex-presidente também se posicionaram ao longo da avenida que dá acesso ao aeroporto de Brasília.

Em abril, a Suipa realiza campanhas de adoção em vários pontos da cidade

Cães e gatos da instituição poderão ser adotados na Glória, Ipanema, Méier e Copacabana. A entidade passa por uma grave crise financeira

Patricia Lima

Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa) realiza, ao longo do mês de abril, uma série de campanhas de adoção de animais abrigados pela instituição.

No dia, 1º de abril, uma equipe da Suipa estará, das 9h30 às 15h em frente ao Teatro Prudencial, antigo prédio da Rede Manchete, na Rua do Russelnº 804, Glória.  

Ipanema, também na Zona Sul, será a segunda parada da campanha de adoção suipiana, que acomete no dia 15, das 10h às 16h, na Loja Pet Fun, que fica na Rua Vinícius de Moraes, nº 111.

Para os moradores da Zona Norte que querem ganhar o carinho de um focinho amigo, a instituição levará cães e gatos ao Fórum Regional do Méier, na Aristides Cairenº 56. O evento ocorre no dia 20, das 10h às 15h.

A Suipa fechará a campanha de adoção do mês de abril, na Princesinha do Mar. Com uma grande população de idosos, Copacabana representa um dos grandes locais para adoção de animais. Muitos deles são adotados por pessoas mais maduras que preferem a companhia de patudos. No bairro, a ação acontecerá, no dia 29, das 9h30 às 15h, na Pet Shop Bicho Bacana, que fica na Rua Paula Freitas, nº 61-A.

China, Brazil Strike Deal To Ditch Dollar For Trade

BRASILIA - China and Brazil have reached a deal to trade in their own currencies, ditching the US dollar as an intermediary, the Brazilian government said on Wednesday, Beijing’s latest salvo against the almighty greenback.

The deal will enable China, the top rival to US economic hegemony, and Brazil, the biggest economy in Latin America, to conduct their massive trade and financial transactions directly, exchanging yuan for reais and vice versa instead of going through the dollar.

“The expectation is that this will reduce costs... promote even greater bilateral trade and facilitate investment,” the Brazilian Trade and Investment Promotion Agency (ApexBrasil) said in a statement...

CD Media Staff, March 29, 2023

[Daqui e Dali] Deixem os jovens escolherem a profissão

Humberto Pinho da Silva

Estava mergulhado em fofa poltrona cor de palha, assistindo a movimentada novela, daquelas que são produzidas para inculcarem nefastas ideologias e fomentar a malfadada Nova Moral, quando assaltou-me um sono imperioso.

Enfastiado, peguei na "Vida de Frei Bartolomeu dos Mártires", de Frei Luís de Sousa, livro que repousava esquecido sobre o regaço, para possível releitura.

Abri-o ao acaso, folheei-o, e deparo com a seguinte texto, que despertou a indolência preguiceira:

"Dura jurisdição, por não dizer tirania, exercita hoje muitos pais, sobre as condições e natureza dos filhos. Em nascendo, já fazem a um clérigo, a outro frade, a outro soldado; de espreitar a inclinação e jeito que cada um tem para as cousas, não há tratar. Assim fica mal letrado o que fora bom sapateiro, e não é bom soldado o que fora um religioso”,  Livro 1, Cap. II.

Esse parecer fez-me recordar senhora, com dois filhos, que visitava a casa de meu pai, logo lhes talhou o destino: um seria doutor, outro, padre.

Se o médico foi excelente clínico, o padre, não digo que fosse mau sacerdote, mas ordenou-se sem vocação. Duvido que fosse feliz.

Ouço, por vezes, mães asseverarem rijamente: "Quero que meu filho seja o que eu nunca fui!", como se o filho não tenha o direito incontestável de escolher livremente a vocação e o destino.

Conheci, também, no Porto, costureirinha que casou com pequeno industrial. Eram pais de garotinha esperta e inteligente. Certo dia alguém lhe recomendou que durante as férias escolares colocasse a menina a trabalhar na empresa, para melhor conhecer a fábrica, que um dia seria sua.

quarta-feira, 29 de março de 2023

O ministro, a bastonária, o merceeiro e o diabo

Telmo Azevedo Fernandes

Por princípio a baixa de impostos é sempre algo positivo. No entanto, tentar fazer da política fiscal um instrumento para baixar o preço dos bens para o consumidor é não apenas uma ideia estapafúrdia, como também algo profundamente estúpido, perverso e contraproducente, prejudicando sobretudo as pessoas mais pobres.

A iliteracia económica da generalidade da população e a dificuldade que a maioria das pessoas tem em fazer uma análise racional e contraintuitiva das medidas para além do imediatismo epidérmico que possa ser visível, é campo aberto para a manipulação dos mais despudorados políticos da nossa praça, em especial o videirinho caudilho que é António Costa.

Mas sobre preço já fiz crónicas e, por isso, a pretexto da telenovela do “Iva Zero” destaco dois outros aspectos.

Desde logo a falta de vergonha na cara dos nossos jornalistas em convidar para comentar as medidas do governo familiares próximos dos titulares de cargos políticos. Eis, por exemplo a mulher do ministro da saúde a comentar as medidas do seu marido: ver vídeo ao 1m30s.

Holodomor: 90 ans après, un génocide toujours tabou pour une partie de la gauche française

Emmanuelle Ducros

Le replay de la chronique d’Europe 1:

Hier, les députés français ont voté une résolution qui reconnaît comme un génocide l’épisode de l’Holodomor, qui a frappé l’Ukraine en 1932 et 1933. Un drame mal connu de l’histoire contemporaine.

Holodomor, c’est un mot ukrainien qui veut dire extermination par la faim. Un épisode mal connu de l’histoire ukrainienne : celui de l’organisation, par le pouvoir stalinien, d’une famine qui a fit entre 2.5 et 5 millions de morts dans le pays. L’Histoire de cet Holodomor a longtemps été niée, maquillée, mais l’ouverture de archives à la chute de l’URSS ne fait aucun doute : il ne s’agissait pas d’une des famines endémiques de l’empire soviétique dans les années Trente. C’était une politique délibérée, institutionalisée, visant à briser une résistance nationale en Ukraine, par la faim. Pour ça, les soviétiques ont collectivisé les terres, réquisitionné la nourriture, bloqué les villages, interdit les déplacements

Les députés français reconnaissent donc l’Holodomor comme un génocide. Une demande forte de l’Ukraine, surtout en ces temps d’invasion et de guerre menée par la Russie. Le Parlement européen l’a reconnu comme Génocide en 2022, comme l’Allemagne, et une trentaine de pays dans le monde. Il n’y avait pas foule, à l’Assemblée, 170 députés. Mais huit groupes ont voté unaniment pour. Deux se sont distingués par leur refus.

Dans le groupe communiste, deux députés ont voté contre, les seuls à s’être exprimés parmi les 22 membres de ce groupe. Il y a encore des fidélités staliniennes dans cette famille politique. Ce qui est beaucoup plus frappant, c’est l’absence des Insoumis dans ce vote. Pas un des 74 membres du groupe parlementaire n’a pris part au vote. Pas un.

Pacheco se junta a Lula em ataque ao Banco Central

Lula ainda reiterou o convite para que Pacheco faça parte da comitiva presidencial que deve ir à China

Redação Oeste

Depois de participar de uma reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), juntou-se ao petista e criticou a alta da taxa de juros no país. A declaração, dada na terça-feira 28, aumenta a pressão política sobre o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

“Houve o reconhecimento mútuo de que a taxa de juros no Brasil está muito alta e afirmei ao presidente a importância de encontrarmos caminhos sustentáveis para a redução da taxa o mais rápido possível”, afirmou Pacheco, em nota.

Indicações para o cargo de presidente do BC precisam passar pelo Senado. A Casa também tem de aprovar eventuais exonerações de integrantes da autoridade monetária.

A reunião com Pacheco

Pacheco se reuniu com Lula no Palácio da Alvorada no fim da tarde de ontem. A conversa durou cerca de 2h30 e teve a participação do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e dos líderes do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede), e no Senado, Jaques Wagner (PT).

Nos últimos dias, Lula tem trabalhado para mediar uma disputa de poder entre o Senado e a Câmara. Os senadores querem a volta das comissões mistas para realizar as análises das medidas provisórias. A Câmara, no entanto, quer manter o rito estipulado durante a pandemia: sem a necessidade dos colegiados, realizando a votação diretamente no plenário.

“Tratamos da tramitação das medidas provisórias e disse ao presidente que estamos trabalhando no encaminhamento da busca de um consenso”, disse o senador.

Jornalismo de confiança


A mídia não mente, você que não sabe entendê-la 😉

Contexto em print aqui, pois na matéria real aqui eles alteraram o título 👍

terça-feira, 28 de março de 2023

Macron, o Guia Universal dos Povos da Amazônia, esconde e retira do pulso o relógio comprado na 4th Street em L.A.

Obviamente, a militância macronista nas redações públicas minimiza o gesto e desqualifica os críticos… 

Experiência indescritível

Neste dia 28 de março de 2023, terça-feira, caminhei em calçadas de vila portuguesa, debaixo de sol, vestido tão somente de bermuda e camiseta. Cruzei com outras pessoas que ostentavam a mesma pobreza de vestimenta. Me emocionou demais: o sol e a pobreza. 😉

Macron : l’entêtement jusqu’à quand ? - JT du mardi 28 mars 2023

Au programme de cette édition, le désordre organisé par la majorité. Après avoir semé la colère, le gouvernement récolte la violence à l’occasion d’une nouvelle journée de grève marquée par des débordements.

Nous reviendrons ensuite sur la guerre en Ukraine qui ne semble plus intéresser les médias français.

Les journalistes balaient le conflit en Ukraine pour faire de la place à la révolte sociale qui gronde mais les combats n'ont pas cessé.

Et pour terminer, nous irons en Ecosse où un nouveau chef de gouvernement local vient d'être élu.

En Ecosse, le premier ministre démissionnaire Nicola Sturgeon laisse la place à Humza Yousaf. Son combat : l'indépendance.

Povo nas ruas não é mais golpismo… em Israel!

Rodrigo Constantino

Protestos maciços eclodiram nas ruas de Israel e uma greve nacional foi marcada para começar depois que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu demitiu um membro do gabinete que se opunha à sua tentativa de reformar o sistema judicial do país, restringindo o poder da Suprema Corte.

Netanyahu, que está tentando expandir a autoridade legislativa do parlamento israelense Knesset, restringindo o poder arbitrário da Suprema Corte, demitiu no domingo o ministro da Defesa, Yoav Gallant, que pediu uma pausa nas reformas. Manifestantes de esquerda, já agitados pelo que consideram uma ameaça à democracia israelense, reagiram bloqueando ruas e pontes e ateando fogo nas estradas.

Os críticos da Suprema Corte de Israel acreditam que ela tem muito poder e não responde perante o povo. Embora as propostas tenham perturbado Israel, a maioria delas cria os freios e contrapesos entre os poderes legislativo e judiciário adotados pelos EUA. Ao contrário dos EUA, Israel não tem uma constituição escrita.

Sob as reformas propostas, o Knesset teria um papel maior na seleção de juízes e o poder de anular as decisões da Suprema Corte que repelem as leis. O tribunal superior também seria forçado a aplicar a lei aos casos, em vez de decidir com base em seu próprio teste de “razoabilidade”.

Em suma, a direita no poder, uma coalizão eleita pelo povo, tenta impor limites aos abusos supremos, uma vez que a extrema esquerda, no passado, criou o caminho para o ativismo judicial. A Corte Suprema de Israel pode quase tudo, inclusive legislar, e o debate gira em torno desses limites, presentes em países como os EUA.

Um russo e um chinês entram num bar onde já estava um americano

Tiago Franco

Ouvi, descansada e tranquilamente, a notícia de que Vladimir Putin tinha ordenado o transporte de umas quantas bombas nucleares e dez aviões para o território da Bielorrússia.

Até despejei mais um bocado do Periquita Reserva que tinha ali ao lado, só para ver se não perdia o momento de descontração.

Isidro Morais Pereira foi o primeiro a deixar-me descansado porque, segundo ele, não havia aqui nada de novo. Desde logo, porque há muito que os russos têm ogivas nucleares em Kaliningrado, ali mesmo nas barbas da NATO e, nem por isso, o mundo parou. Muito bem.

Juntamente com o seu companheiro de painel, Armando Marques Guedes, garantiu-me, novamente, que a Rússia estava cada vez mais isolada, que tinha cada vez mais mortos e menos material de combate.

Todo este discurso de Putin é apenas uma gigantesca manobra de propaganda com o bom do Armando, um divertido especialista em relações internacionais, a garantir que Xi Jinping já tinha dito ao Vladimir que bombas atómicas, nem pensar.

Depois de Nuno Rogeiro, que falava com Zelensky por interposta pessoa, temos agora o Armando, que comunica com o Xi por pombo-correio.

O momento alto da noite ficou guardado para a citação de Biden que, nas palavras do Armando disse: “if you’re thinking about using nuclear weapons… DON’T“. (Se está a pensar em usar armas nucleares… Não o faça.)

Parou para respirar e acrescentou: “e, depois, o Biden reforçou… DON’T… e voltou a dizer, pela terceira vez… DON’T!! Ora… isto é que é uma ameaça a sério!”

De modo que enchi mais um bocadinho o copo e fiquei a pensar. Mexer bombas e aviões de um lado para o outro, enfim, é propaganda. Já dizer três vezes “don’t” é que é para um gajo se encolher todo.

O falso debate sobre a tirolesa no Pão de Açúcar

O morador da Urca e os pseudo-ambientalistas são contra a Tirolesa do Pão de Açúcar, mas por que, se só trará claros benefícios para o Rio de Janeiro?

Quintino Gomes Freire

Está tendo uma discussão bem intrincada em tudo que é mídia do Rio sobre a Tirolesa no Pão de Açúcar, neste momento. Enquanto isso, nosso turismo engatinha, por falta de ações diferentes, falta de coragem, falta de inovação. Por isso e muito mais, isto é um falso debate; qualquer pessoa minimamente razoável e com entendimento sobre o trade, sabe que o projeto é excelente para a cidade. Em uma cidade como a nossa, que ainda anda tão carente de boas notícias, é de se aplaudir a decisão do Parque em criar mais este atrativo que possa atrair turistas, ainda mais jovens. Infelizmente, sabemos que não falta no Rio quem goste de reclamar, em especial dois tipos de gente que claramente não querem ver o Rio progredir um único milímetro: O morador da Urca (vulgarmente conhecido pelas iniciais QPDNSA – “quero progresso desde que não seja aqui“) e os nossos eternos pseudo ambientalistas.

Foto: Rafa Pereira

O morador da Urca é um tipo especial de carioca, odeia qualquer progresso; lembra o pessoal da antiga associação de moradores de Santa Teresa, hoje enfraquecida. Mal sabem quem antes deles, ali era Mata Atlântica e baía, e até onde sei eles não são um dos povos nativos, e nem são como os Tijucanos ou Insulanos. Para o “urquino”, “urquiniano?” a Urca deveria ser fechada, o Bar Urca expropriado e uma cancela colocada na frente e só entrar quem residir na região, nem entregador de pizza poderia passar. Eles querem ser como um daqueles condomínios na Barra, só que com a rua pública.

Vale lembrar que eles foram contra o colégio Eleva, e como por alguma razão talvez divina aparecem acima do cidadão médio carioca na pirâmide populacional, quase conseguiram que o negócio não ocorresse. Por conta deles, o Cassino da Urca virou por décadas um destroço, uma cicatriz no bairro, até que alguém corajosamente conseguisse empreender no imóvel, vazio desde a falência da TV TUPI, de Assis Chateaubriand (que, sabemos, estava uns centímetros acima dos “urquianos” na pirâmide de quem manda no país). Eles conseguiram proibir até mesmo que os pais levassem os filhos de carro para a escola e Eleva, e quase proibiram que o “Instituto Europeo de Design” fosse para o bairro, e devem ter dado graças quando saiu. Sinceramente, difícil entender uma população tão tacanha. Se o povo de Copacabana tivesse um décimo da voz dos “urquianos”, adeus Quiosques, adeus Hotéis, adeus Shows, adeus Turismo. Uma espécie de Reino do Butão tupiniquim estaria instalada no sopé do Pão de Acúcar. Mas menos feliz.

Marlon Gomes desperta interesse do Porto

Aos 19 anos, o meia Marlon Gomes, cria do Vasco da Gama, está na mira do Porto, após se destacar no Sul-Americano Sub-20

França Fernandes

Revelação do Vasco, Marlon Gomes [foto] desperta o interesse do futebol europeu no mercado da bola. Segundo o jornal A Bola, de Portugal, o meia, de 19 anos, está na mira do Porto.

Foto: Daniel Ramalho/Vasco

Além de Marlon Gomes, Kauan Kelvin, meia de 18 anos, do Grêmio, também é alvo do clube português. O Porto tem histórico de buscar jovens talentos no futebol brasileiro. Gabriel Veron, ex-Palmeiras, e Evanilson, ex-Fluminense, são exemplos recentes.

Marlon Gomes é um nome em evidência após a participação no Sul-Americano sub-20 com a Seleção Brasileira. O meia do Vasco foi titular em sete dos oito jogos na vitoriosa campanha do Brasil.

Em função do Sul-Americano, Marlon Gomes perdeu o início de temporada do Vasco. Até aqui, ele disputou quatro jogos, sendo titular em apenas um. O Gigante da Colina tem confiança no talentoso meia.

Título e Texto: França Fernandes, Vasco Notícias, 26-3-2023, 19h02

Projeto maroto de Pacheco esvazia Lira e blinda o STF

Cláudio Humberto

O projeto maroto do presidente do Senado, desfigurando a Lei do Impeachment, objetiva anular a prerrogativa constitucional do presidente da Câmara de decidir sobre abertura do processo. O protagonismo de Arthur Lira consome Rodrigo Pacheco de inveja. Para fazer o serviço, o senador acionou o ministro Ricardo Lewandowski, de alegadas ligações ao PT. Não deu outra: o projeto facilita o afastamento de presidentes e torna mais difícil impichar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara

Golpe de mão

O projeto Pacheco/Lewandowski prevê “recurso” ao plenário de decisão do presidente da Câmara, que poderia ser revertida por maioria simples.

Ativismo autorizado

Dependendo da plateia, o ativismo de ministros do STF, manifestando-se politicamente sobre temas a serem julgados, passaria e ser permitido.

Ops, atrasou

Outro objetivo do projeto era viabilizar o impeachment do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas a turma era lenta e foi concluído com atraso.

Intenção fake

Para pegar Bolsonaro, o projeto inclui “fake news”, que não é crime, entre crimes de responsabilidade que podem resultar em impeachment.

Título e Texto: Cláudio Humberto, Diário do Poder, 28-3-2023

[Aparecido rasga o verbo] Bob

Aparecido Raimundo de Souza 

SEMPRE QUE SE ENTREVISTAVA
com seu psiquiatra, Taborda falava de seus problemas, de suas angústias e aflições e acabava por tecer longos comentários a respeito do pequeno Bob, um menino de dez anos. A grande preocupação do paciente, não se prendia aos problemas pessoais que enfrentava. Seus medos e temores se faziam outros: estavam voltados para o bem estar do tal garoto, que vivia com a mãe, uma jovem solteira e desempregada.

Taborda, por sua vez, morava sozinho e tinha a senhora sua mãe em idade bastante avançada. Logo a velhinha completaria noventa e oito anos e ele, passava da casa dos sessenta. Se viesse a faltar, de repente, o menino Bob, coitado, ficaria desamparado, embora morasse com a genitora. Sem ele por perto, imaginava que o piá poderia cair em mãos de estranho, o que certamente transformaria a sua vida num verdadeiro inferno.

Somente em pensar nessa hipótese, Taborda ficava temeroso e bastante preocupado com seu futuro. Não queria nada de ruim para o pequeno. O infante não era seu filho, mas o amava como se fosse. Por essa razão, trabalhava duro em dois empregos distintos. E tudo o que ganhava, revertia para melhorar as condições de Bob, que perdera o pai muito cedo num acidente de moto e, desde então, ficara sob a guarda e responsabilidade da Eunice Fininha, a mãe, uma jovem de vinte e nove anos. 

Taborda não tinha caso com essa moça. A ajudava com dinheiro, roupas, alimentos e remédios, por ter bom coração, agia como um bom samaritano, sem pedir ou querer nada em troca. O doutor Frestrincheiquimerda, psiquiatra de Taborda, de longos janeiros, sabia de toda a história relacionada ao menino. E mais que médico da criatura, se transformara em seu amigo particular. Dessa forma, quando chegava ao consultório, o doutor o ouvia pacientemente, sem interrupções.

De quando em vez, a fim de não cair no marasmo, ou correr o risco de “pegar no sono”, fazia uma pergunta nova (embora soubesse de antemão qual seria a resposta), objetivando passar o tempo e a coisa não ficar piegas demais. Numa dessas entrevistas, Taborda segredou ao psiquiatra:
— Precisa ver que maravilha. Bob já sabe navegar na Internet. Fez um e-mail para mim. Imagine, Frestrincheiquimerda. Um e-mail. E eu, que mal sei ligar o computador. (Risos). Esse moleque vai longe.

segunda-feira, 27 de março de 2023

Paris, la ville poubelle

A decisão do Governo de Macron de aumentar a idade da reforma está na origem de intensas manifestações em diversas regiões da França, que incluem também a paralisação da recolha de lixos urbanos. Veja o aspecto da Cidade Luz no passado fim-de-semana nas fotografias de A. M. Pereirinha para o PÁGINA UM, em Paris, este sábado e domingo.

Veja mais fotos »

Blessé à la tête et aux mains par un cocktail molotov envoyé par les activistes écolo-gauchistes, ce photographe témoigne

De violents affrontements ont eu lieu hier, samedi 25 mars, lors de la manifestation anti-bassines aux abords du chantier de Sainte-Soline, dans les Deux-Sèvres. Xavier Léoty, photographe de Sud Ouest, a notamment été sérieusement blessé à la tête et aux mains, atteint par des pierres et un cocktail Molotov. Il raconte.

Sud Ouest, 26-3-2023

Um poço de ressentimento

Insulto após insulto, Lula tem conseguido se mostrar o chefe de Estado mais irresponsável que o Brasil já teve desde a volta dos civis ao governo deste país

J.R. Guzzo

Insulto após insulto, decisão após decisão, o presidente Lula tem conseguido se mostrar, em menos de 90 dias no governo, o chefe de Estado mais irresponsável que o Brasil já teve desde a volta dos civis ao governo deste país. Já se mostrou, também, inepto — não consegue, simplesmente, governar o Brasil com um mínimo de competência. 

Gastou todo o seu tempo até agora no ataque a inimigos imaginários e na produção de fumaça demagógica; não tem a mais remota ideia a respeito de como começar a resolver qualquer dos problemas que crescem todos os dias bem na sua frente, mesmo porque não entende a natureza mais elementar desses problemas. 

Lula, agora, também deixou de fazer nexo no que diz. A impressão é a de que temos na Presidência da República um homem que está em processo de perda acelerada do equilíbrio mental.

Foto: Rafael Vieira/Estadão Conteúdo

Seu último surto, e o pior de todos os que já teve, foi a declaração demente de que a operação policial que descobriu, num prazo recorde de 45 dias, um plano do PCC para assassinar o senador Sérgio Moro, o promotor Lincoln Gakiya e diversas outras autoridades, era uma “armação” do próprio Moro. “É visível que isso é armação do Moro”, disse ele. Lula fez o seguinte: afirmou que o trabalho de 120 policiais da Polícia Federal, mais as autoridades do Ministério Público de São Paulo e de órgãos de combate ao crime organizado, é uma invenção de Sergio Moro. 

[Atualidade em xeque] Dom João VI… o futurólogo?

José Manuel                 

"Pedro, se o Brasil se separar, antes seja para ti, que hás de me respeitar, do que para algum aventureiro", frase dita por D. João VI, no dia 24 de abril de 1821, indica os limites das palavras "Independência ou morte".

O mentor de 7 de setembro de 1822 não foi Dom Pedro, mas o seu pai, Dom João VI.

Simplificando: "Pedro, tome a coroa antes que algum aventureiro lance mão dela".

Tudo indica que havia nas palavras reais de D. João VI, um toque de futurologia no conselho real a seu filho, mas que certamente não foi aprendido nos bancos escolares modernos, e depois mais tarde nos bancos de provas da AMAN, por um certo Capitão, claro que não o Rodrigo do Veríssimo, mas um de sobrenome italiano.

E assim, como na previsão futurística de D. João VI além de alguns objetos palacianos de muito valor, a Coroa, mais valiosa ainda, foi parar nas mãos de um aventureiro. Agora, as consequências dessa omissão já começam a ser vistas na claridade no fim do túnel.

Mas D. João VI não foi apenas o Rei de Portugal, Brasil e Algarves, um Império que se estendia pelo planeta no século XIX, muito pelo contrário do que quis mostrar errônea e sarcasticamente a atriz travestida de cineasta e idiota Carla Camuratti no besteirol filmado "Carlota Joaquina, princesa do Brazil”, de 1995, em que ridiculariza ao máximo e sem noção do prejuízo que faz com a história, o Rei do Império português.

Talvez se se preocupasse mais com a sua ancestralidade e problemas italianos, tivesse se saído melhor.

Por isso e por outras idiotices os bancos escolares e a mídia aqui no Brasil sempre fizeram uma lavagem cerebral no intelecto da sociedade brasileira, tendo como resultante a péssima formação escolar nos tempos atuais e a péssima fase pelo que passamos no momento com desconhecimento completo do que foi feito pelo e para o Brasil, historicamente correto e amargando depressivamente também  uma derrota histórica para o futuro.

domingo, 26 de março de 2023

E esta, João Sousa??

Morre, aos 84 anos, o humorista e compositor Juca Chaves

Conhecido como ‘O Menestrel do Brasil’, o compositor tinha um humor rico e inteligente, dono de músicas inesquecíveis que faziam críticas políticas e sociais; a causa da morte não foi divulgada

Estéfane de Magalhães

O humorista carioca Juca Chaves morreu, aos 84 anos, na noite de sábado, (25/03). Ele estava internado no Hospital São Rafael, em Salvador. A causa da morte ainda não foi divulgada, mas o artista sofria de problemas cardíacos e respiratórios.

Conhecido como “O Menestrel do Brasil”, o compositor tinha um humor rico, criativo e inteligente, dono de músicas inesquecíveis que faziam críticas políticas e sociais, como a canção “Presidente Bossa Nova”.

Juca deixa a companheira, Yara Chaves, com quem estava casado há 48 anos, e as duas filhas adotivas, Maria Morena e Maria Clara.

Título e Texto: Estéfane de Magalhães, Diário do Rio, 26-3-2023

A parábola do Pingo Doce

Henrique Pereira dos Santos

Já contei esta história que não posso confirmar, mas de que gosto imenso mesmo que seja falsa (e, como diz Amparo em tudo sobre mi madre "porque una es más auténtica cuanto más se parece a lo que ha soñado de sí misma").

Em pleno PREC, quando toda a gente era revolucionária e anticapitalista, Ângelo Correia discursava num comício do PPD, em Aveiro, malhando forte e feio nos intermediários por causa do aumento do custo de vida. Porque os intermediários assim, porque os intermediários assado, ia ele discursando até que alguém do partido local lhe põe um papel à frente "a sala está cheia de comerciantes". Ângelo Correia não para nem dois segundos e continua o discurso: "isto é o que dizem os comunistas dos comerciantes, nós não, nós isto e aquilo, etc."

Serve-me esta história para ilustrar como o ódio popular ao intermediário, a crença generalizada de que o comerciante engana os seus clientes (e raramente há um Arquimedes à mão para encontrar a melhor maneira de verificar se a coroa é mesmo de ouro ou não), é antiga e generalizada.

Mas o ódio de estimação que grande parte da esquerda portuguesa dedica ao Pingo Doce é uma coisa um bocado diferente, está um nível acima desta ideia de que os comerciantes são todos ladrões.

Com Pedro Soares dos Santos a chamar mentiroso ao ministro da economia e a ter a mesma opinião que eu sobre o indecoroso uso da ASAE para obter ganhos políticos imediatos, claro que voltou o tiro ao Pingo Doce.

Uma das minhas irmãs pergunta-se de onde virá este ódio, uma das minhas amigas repete, pela enésima vez, a mentira de que o Pingo Doce foge aos impostos e tem a sede num paraíso fiscal e um senhor que sabe muito sugere que se compare a Novadelta, de Rui Nabeiro, aos chupistas da Jerónimo Martins.

A Internacional da Censura

Num tal esquema global de restrição da liberdade de expressão, o partidarismo truculento dos nossos Tribunais Superiores é apenas a espuma do fenômeno

Ilustração: Treety/Shutterstock
Flávio Gordon

Todos no Brasil hão de lembrar, pois faz parte da nossa recentíssima história, e foi indecente o bastante para se destacar mesmo num contexto habitualmente insalubre. Aconteceu em 13 de outubro de 2022. Nesse dia, a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), imbuídos da tarefa de combater as “fake news” durante o período eleitoral — as quais, segundo a narrativa midiática dominante, haviam sido responsáveis pela vitória de Jair Bolsonaro no pleito anterior —, determinou a censura à produtora Brasil Paralelo, por conta de vídeos relembrando esquemas de corrupção envolvendo o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.

Na decisão, o ministro Ricardo Lewandowski notabilizou-se por haver cunhado a expressão “desordem informacional”, denotando um tipo de “desinformação” que, embora recorrendo a notícias verdadeiras, induziam o público a extrair uma conclusão falsa e, pior ainda, prejudicial à imagem do candidato que Lewandowski e seus colegas queriam ver triunfar. Acompanhando o voto do colega — assim como haviam feito Cármen Lúcia (aquela da censura “excepcionalíssima”) e Benedito Gonçalves (aquele em cujo rosto rechonchudo o referido presidenciável aplicara tapinhas carinhosos) —, o presidente do tribunal, Alexandre de Moraes, explicou a teratologia jurídica: “É a manipulação de algumas premissas verdadeiras, onde se juntam várias informações verdadeiras, que ocorreram, e que trazem uma conclusão falsa, uma manipulação de premissas”. 

Voilá! Com essa pirueta retórica, estava autorizada a censura de qualquer informação ou opinião que pudesse pôr em xeque a nobre missão de eleger Lula e salvar a democracia trans (a ditadura socialista que se identifica como democracia).

Lula e o PCC sonham juntos

O presidente que enxergou uma “armação do Moro” no plano frustrado pela PF merece virar testemunha de defesa dos criminosos


Augusto Nunes

À vontade como um Dilma Rousseff cercada por Erenices e Kátias, o presidente Lula guilhotinava plurais na entrevista concedida a jornalistas domesticados quando a conversa enveredou pelos 580 dias na gaiola em Curitiba. Depois de reafirmar que todas as acusações foram feitas por delatores intimidados por integrantes da Operação Lava Jato, confessou que a temporada na prisão o transformara num pote até aqui de mágoa: “De vez em quando, ia um procurador, entrava lá num sábado, dia de semana, para perguntar se estava tudo bem”, disse Lula. “Entravam três ou quatro procuradores e perguntavam: ‘Está tudo bem?’. Ele dizia que não: só se sentiria em paz depois do acerto de contas que ainda não chegou. “Só vai estar tudo bem quando eu foder esse Moro. E eu estou aqui para me vingar dessa gente.”

“Quando Lula fala, o mundo se ilumina”, garantiu em 2004 Marilena Chauí. Fora a curandeira da seita que tem num gatuno semianalfabeto seu único deus, ninguém jamais viu a voz roufenha gerando mais energia do que mil Itaipus. Quando o palanque ambulante agarra um microfone, o que se vê são fenômenos bem diferentes. Plurais saem em desabalada carreira, a gramática se refugia na Embaixada de Portugal, a regência verbal se esconde em velhos dicionários, o raciocínio lógico providencia um copo de estricnina (sem gelo) e os pronomes se preparam para resistir a outra sessão de tortura.

Neste 21 de março, uma terça-feira, o elogio do rancor reduziria a destroços a “impressionante intuição” celebrada pelo falecido Antonio Cândido. Quando dava aulas na USP, o respeitado intelectual não perdoava o mais inofensivo cacófato. Convertido em militante do PT, pariu a tese segundo a qual, em matéria de política e eleição, Lula não precisou estudar nada porque já nascera sabendo tudo.