Parte de Alegoria do
Triunfo de Vênus, de Agnolo Bronzino.
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José António Rodrigues Carmo
Há dias o atual primeiro
ministro espanhol, o socialista Pedro Sanchez, mandou uma fragata à Itália para
trazer quinze imigrantes ilegais que vinham no navio negreiro, Open Arms.
A ideia do socialista era apenas ficar bem na fotografia, como vai sendo hábito
nos novos políticos do novo populismo, aquele populismo que chama populistas
aos outros, mas que vive para a imagem, para as selfies, para a propaganda,
para os sound bites da comunicação apropriada aos acéfalos que lhes batem
palmas e que comentam, embevecidos, entre eles: Ai, que o senhor X é tão
simpático, tão boa pessoa, diz coisas tão bonitas!
Mas vejamos: Uma fragata leva
mais de cem militares, penso eu, que não sou marujo. E para percorrer os mais
de dois mil quilômetros, ida e volta, gastará uma pipa de massa. Umas centenas
de milhares de euros em salários, combustível, comida etc., etc., para fazer
figura e transportar quinze imigrantes ilegais. Podiam vir de avião privado,
que saía muito mais barato.
O nosso governo, do socialista
Costa, também foi lá buscar a sua quota parte, mas vá lá, vieram de avião, com
todas as mordomias, claro. Já eu, se quiser viajar, tenho de pagar do meu
bolso!
Seja como for, o que fica
exposto nesta delirante encenação em que andamos envolvidos, é a
disponibilidade dos governos socialistas para gastarem o dinheiro dos portugueses,
dinheiro que vem, todo ele, dos impostos sacados ao bolso de cada um, para
fazer bonito com o tráfico de pessoas.
Ao mesmo tempo, basta dar uma
olhadela, a voo de pássaro, por muitas aldeias e cidades portuguesas, para
vermos gente sem casa, velhos sem condições, pessoas sem emprego, enfim,
aqueles para quem, em princípio, deveriam ir, em primeira prioridade, os nossos
impostos.
Mas, claro, isso não é
mediático, não aparece nas notícias, não dá para fazer bonitos e encenações.
Que se lixem!
By the way, em Espanha,
ontem, centenas de homens invadiram Ceuta, saltando a fronteira e atacando os policiais
com excrementos, ácido, garrafas, tudo o que tinham à mão. E entraram, claro.
Se não vivêssemos numa era de loucos, isto era uma invasão e seria recebida a
tiro.
Mas como já não sabemos
distinguir o certo do errado, o racional da loucura, provavelmente serão
premiados.
Os policiais feridos? Ora,
isso não interessa nada. São forças da repressão e o ministro espanhol que
superintende a coisa, um ex-juiz colorido e "alegre", já veio dizer
que vai desmantelar as proteções da fronteira para facilitar a vida aos
invasores.
Estamos no auge da loucura, ou
apenas no começo?
Título e Texto: José
António Rodrigues Carmo, Facebook,
31-8-2019