A paulada foi desferida em 12
de abril de 2006. Há quase NOVE anos!
Desde então, muito se lutou e
muitos lutaram, sós ou acompanhados.
Políticos, houve de todos os
feitios e intenções. A maioria, se não a esmagadora, puros viajantes na onda da
angústia alheia. Dentro dessa maioria, muitos tinham propósitos eleitorais.
Eleição passada, luta abandonada. Outros tantos, têm ideologias políticas
ultrapassadas, tipo “Yankees, go home!”.
Uns e outros foram levados às manifestações de ex-trabalhadores da Varig, até à
confraternização anual dos comissários aposentados da Varig – que era de
comissários aposentados. Eu estive lá e vi-os.
(Agora, pelo que percebo, a
organização optou, de vez, pelo “politicamente correto”, quer dizer, ‘todos’
podem participar dessa “confraternização” que, sempre e ainda hoje, avizinha o
dia 31 de maio, Dia do Comissário de Voo.)
Este que vos escreve sempre
foi e é ferrenho defensor de manifestações de rua, com um, dez, trinta ou
trezentos.
Acredito na conversa e no
contato político. Desde que tenhamos, atrás, do lado, ou no hall do edifício
onde estamos “contatando”, dezenas de representados. É a mesmíssima coisa que
acontece por ocasião das negociações entre sindicatos, de empregados e
patronais. Por isso as assembleias gerais que, quando lotadas, além de sublinhar a
legitimidade dos negociadores, reforçam a segurança pessoal e estimulam os
mesmos.
E também por isso a
esquerdalha serve-se deste princípio em causa própria, não tem nada de ideal:
fretam ônibus, ‘ocupam’ dependências, inventam narrativas, como confinados, coitados,
espoliados, guerreiros, etc… tudo a serviço deles, não de um ideal, não de uma
causa. Embora façam parecer, com competência, que sim, estão ali pela “causa”…