segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Demagogia barata e olho gordo


José Manuel
Alguns dias atrás estava em lugar público e tive que ouvir a propaganda eleitoral que passava naquele momento, em  alto e bom som.

Quem falava naquele momento era certa candidata a presidente, e dizia, ou gritava, como queiram, que na sua infância ela tinha passado fome porque a sua família era muito pobre e não tinha o que comer.

Depois de ouvir aquelas baboseiras pus-me a pensar sobre o que eu tinha ouvido e tenho que me expressar como cidadão, sobre as bobagens que ouvi.

Em primeiro lugar, eu trabalhei por mais de cinquenta anos, (continuo trabalhando),  pagando os impostos que evitariam que a sua família passasse fome. Portanto, se isso aconteceu foi por falta de cobrança cidadã da sua família ou, para ser mais claro, não correram atrás dos seus direitos

Em segundo, o Estado originário dessa candidata é povoado também por povos da floresta.

Em meus 68 anos de vida eu nunca vi uma foto sequer desses povos mal nutridos ou passando fome.

Na sua grande maioria essas tribos sequer são protegidas pelo governo federal.
Então, eles caçam, praticam a lavoura de subsistência, o extrativismo, enfim, trabalham para sobreviver e perpetuar a sua cultura.

Se a família da candidata em questão não estiver incluída em nada parecido, então está configurada a pura demagogia eleitoral, puramente psicológica na busca dos votos da miséria assistencializada.

Há mais que eu quero  dizer a essa candidata, porque ela alega que passou fome quando era criança.
Pois então, eu quero perguntar o que ela acha ser pior:

o ter passado fome por falta grave de governos que nunca estiveram preocupados com os povos mais carentes, mas que ela teve uma vida inteira para se erguer dessa miséria declarada;
ou estar passando fome, após ter trabalhado uma vida inteira e ter o seu fundo de pensão sequestrado por governos e partido da qual ela participou em grande parte da sua vida política. E se participou foi conivente.

É certo que ela não vai conseguir responder a esta pergunta. 

Então, quando usar a propaganda eleitoral e gratuita  para ela, mas que quem paga sou eu, por favor não usar de demagogia barata, porque ninguém mais acredita nesse tipo de estupidez.

Quanto ao olho gordo,  isso não mais é demagogia eleitoral mas é ainda pior, pois é olho em receita alheia com intuito declarado de auferir lucros pessoais à custa de pessoas sofridas por terem seus salários sequestrados há oito anos.

A partir do momento em que a nossa luta começa a dar frutos, em que começamos a nos desligar de um processo jurídico longo e sofrido, em que a possibilidade dos créditos pertencentes ao AERUS, começam a tomar forma, a ter um vislumbre de realidade, aparecem setores, extremamente excitados, com a possibilidade da rapina fácil.

Não vou entrar em detalhes, pois todos já começaram a ser bombardeados com propostas disto ou daquilo e em muito breve o canto da sereia será oficializado.
Estejam atentos pois, para o que vem por aí e que tem nome: SECURITIZAÇÃO.

Tanto o AERUS, como a APRUS, já se posicionaram frontalmente contra qualquer proposta de securitizar o valor proveniente da ação jurídica da Varig ou Defasagem Tarifária, na parte designada em contrato ao AERUS. 

Porém, como o caminho até chegar às nossas mãos, os legítimos donos desse valor, ainda é tortuoso em alguns aspectos, é bom que nos coloquemos de sobreaviso ao que poderá ocorrer nesse período.

Por esta razão me posicionei em texto anterior a que sejam formadas comissões permanentes, para que junto tanto ao AERUS como à APRUS, formar a partir deste momento, um cordão de isolamento contra qualquer tentativa de desvirtuar o recebimento pelo AERUS, da quantia determinada em juízo.

Já foram recebidas as adesões dos seguintes participantes:
José Manuel, Maria Irene, Júlio Cortz, Guglielmi, Cláudio, Góes,  Rita Jardim,  Vera De Marchi, Chiarelli e Osmar Jardini.

Como se pode observar, ainda são muito poucos para uma responsabilidade tão grande que nos aguarda. Para novas inscrições por favor usar o blogue  Cão que fuma que está à nossa disposição para as divulgações que se tornarem necessárias.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 22-9-2014

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