José Manuel
Alguns dias atrás estava em
lugar público e tive que ouvir a propaganda eleitoral que passava naquele
momento, em alto e bom som.
Quem falava naquele momento
era certa candidata a presidente, e dizia, ou gritava, como queiram, que na sua
infância ela tinha passado fome porque a sua família era muito pobre e não
tinha o que comer.
Depois de ouvir aquelas
baboseiras pus-me a pensar sobre o que eu tinha ouvido e tenho que me expressar
como cidadão, sobre as bobagens que ouvi.
Em primeiro lugar, eu
trabalhei por mais de cinquenta anos, (continuo trabalhando), pagando os impostos que evitariam que a sua
família passasse fome. Portanto, se isso aconteceu foi por falta de cobrança
cidadã da sua família ou, para ser mais claro, não correram atrás dos
seus direitos
Em segundo, o Estado
originário dessa candidata é povoado também por povos da floresta.
Em meus 68 anos de vida eu
nunca vi uma foto sequer desses povos mal nutridos ou passando fome.
Na sua grande maioria essas
tribos sequer são protegidas pelo governo federal.
Então, eles caçam, praticam a
lavoura de subsistência, o extrativismo, enfim, trabalham para
sobreviver e perpetuar a sua cultura.
Se a família da candidata em
questão não estiver incluída em nada parecido, então está configurada a pura
demagogia eleitoral, puramente psicológica na busca dos votos da miséria
assistencializada.
Há mais que eu quero
dizer a essa candidata, porque ela alega que passou fome quando era
criança.
Pois então, eu quero perguntar
o que ela acha ser pior:
o ter passado fome por
falta grave de governos que nunca estiveram preocupados com os povos mais
carentes, mas que ela teve uma vida inteira para se erguer dessa miséria
declarada;
ou estar passando
fome, após ter trabalhado uma vida inteira e ter o seu fundo de pensão
sequestrado por governos e partido da qual ela participou em grande parte da
sua vida política. E se participou foi conivente.
É certo que ela não vai
conseguir responder a esta pergunta.
Então, quando usar a
propaganda eleitoral e gratuita para ela, mas que quem paga sou eu, por
favor não usar de demagogia barata, porque ninguém mais
acredita nesse tipo de estupidez.
Quanto ao olho
gordo, isso não mais é demagogia eleitoral mas é ainda pior,
pois é olho em receita alheia com intuito declarado de
auferir lucros pessoais à custa de pessoas sofridas por terem seus salários
sequestrados há oito anos.
A partir do momento em que a
nossa luta começa a dar frutos, em que começamos a nos desligar de um processo
jurídico longo e sofrido, em que a possibilidade dos créditos pertencentes
ao AERUS, começam a tomar forma, a ter um vislumbre de
realidade, aparecem setores, extremamente excitados, com
a possibilidade da rapina fácil.
Não vou entrar em detalhes,
pois todos já começaram a ser bombardeados com propostas disto ou daquilo e em
muito breve o canto da sereia será oficializado.
Estejam atentos pois, para o
que vem por aí e que tem nome: SECURITIZAÇÃO.
Tanto o AERUS, como
a APRUS, já se posicionaram frontalmente contra qualquer
proposta de securitizar o valor proveniente da ação
jurídica da Varig ou Defasagem Tarifária, na parte designada em contrato
ao AERUS.
Porém, como o caminho até
chegar às nossas mãos, os legítimos donos desse valor, ainda é tortuoso em alguns
aspectos, é bom que nos coloquemos de sobreaviso ao que poderá ocorrer nesse
período.
Por esta razão me posicionei
em texto anterior a que sejam formadas comissões permanentes, para que junto tanto
ao AERUS como à APRUS, formar a
partir deste momento, um cordão de isolamento contra qualquer tentativa de
desvirtuar o recebimento pelo AERUS, da quantia
determinada em juízo.
Já foram recebidas as adesões
dos seguintes participantes:
José Manuel, Maria Irene, Júlio Cortz,
Guglielmi, Cláudio, Góes, Rita Jardim, Vera De Marchi,
Chiarelli e Osmar Jardini.
Como se pode observar, ainda
são muito poucos para uma responsabilidade tão grande que nos aguarda. Para
novas inscrições por favor usar o blogue Cão que fuma que está à
nossa disposição para as divulgações que se tornarem necessárias.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig,
22-9-2014
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