terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Qual Esquerda, qual Direita!

Cristina Miranda

Não entendo como ao longo dos séculos ainda não se abandonou a terminologia esquerda e direita, com origem na Revolução Francesa. Pior do que isso foi atribuir uma carga negativa à Direita, de tal modo que ninguém se quer identificar com ela, quando deveria ser precisamente o oposto. É à Esquerda que devemos as ligações aos piores ditadores de sempre, chacinas em massa, privação absoluta de liberdades, fome, miséria e injustiças.

A História não mente. Agora mesmo a Venezuela é bom exemplo disso. Mas, curiosamente, nas escolas, ainda hoje passam a ideia que ser de esquerda é ser pelos desfavorecidos das classes trabalhadoras. Ser de direita é ser pelos ricos e opressores. Nada mais falso.

Com efeito, foi com a Revolução Francesa em 1789-1799 que a terminologia surgiu. Quando os jacobinos (radicais alinhados com a baixa burguesia e trabalhadores) e girondinos (moderados com tendência à conciliação e com boa articulação com a alta burguesia e nobreza) se reuniram no salão da Assembleia Constituinte para redefinir os destinos da França, os primeiros, em busca de representatividade e legitimidade política, sentaram à esquerda; os segundos, à direita, dando lugar a novos modelos políticos, sociais e culturais que viriam a espalhar-se pela Europa.

A Revolução Francesa era expressamente progressista influenciada pelo Iluminismo francês. E os girondinos, mesmo ligados à tradição, estavam inseridos nesta perspectiva. Dito de outra forma, todos, quer uns quer outros, lutavam à época contra a monarquia absolutista, divergindo apenas na forma de chegar à sociedade ideal.

Curiosamente, foram os radicais jacobinos que protagonizaram o Período do Terror, onde defendiam o terrorismo de Estado, liderado por Robespierre e que supostamente pretendia fazer uma perseguição aos girondinos, mas que acabou por ser um extermínio de todos os opositores considerados inimigos da revolução, inclusive alguns dos próprios jacobinos que haviam sempre apoiado a mesma. Isto não vos lembra nada?

Nasceu a partir daqui o comunismo, socialismo, fascismo, liberalismo e por aí fora. Na sua base, todos querem uma sociedade mais justa com direitos iguais, sem pobreza, onde todos têm igualdade nas oportunidades. Porém, é a forma de lá chegar que os distingue profundamente. Os comunistas e fascistas acreditam que é no fim das classes sociais com um Estado forte totalitário, que concentra em sim toda a atividade econômica, distribuindo depois a riqueza consoante as necessidades de cada um, que está a sociedade perfeita e justa.

Em 4 anos, governo Bolsonaro criou 4 milhões de empregos

Mandato foi marcado pela superação de crises globais

Artur Piva

Ao longo dos quatro anos de mandato do presidente Jair Bolsonaro, pouco mais de 4 milhões de vagas de emprego com carteira de trabalho assinada foram criadas no Brasil. O dado aparece em um levantamento realizado por Oeste nas informações divulgadas pelo governo federal nesta terça-feira, 31.

Quando Bolsonaro tomou posse, em janeiro de 2019, o Brasil contava cerca de 38 milhões empregos com carteira de trabalho assinada. Depois de quatro anos marcados por uma gestão de direção liberal, a marca ficou próxima de 43 milhões de vagas formais.

Desse modo, em média, foram criados por volta de 1 milhão de postos por ano. E isso mesmo com os desafios gerados em razão do legado deixado pelos governos petistas, pela pandemia causada pela covid-19 e pela invasão russa da Ucrânia.

Bolsonaro enfrenta anos de crises

No fim do governo Dilma Rousseff, o Brasil registrava retração econômica, ao contrário da onda de crescimento global. O Fundo Monetário Internacional estima que o produto interno brasileiro tenha encolhido quase 4% em 2016, ao mesmo tempo em que a economia mundial expandiu cerca de 3%. Além disso, o país passou por seguidos escândalos de corrupção, que levaram à prisão de dois ex-presidentes.

Uma eleição decisiva no Senado

Alexandre Garcia

Nesta quarta-feira (1º) se trava no Senado uma eleição que só perde em importância para as eleições de outubro. Na Câmara, já está praticamente decidida, com imensa maioria de votos reelegendo o deputado Arthur Lira. No Senado, o favoritismo de Rodrigo Pacheco para reeleição empalideceu diante da candidatura de Rogério Marinho [foto]. Na verdade, não se trata exatamente de Rodrigo Pacheco, mas da dupla Pacheco-Alcolumbre. O atual presidente parece confiante no “já ganhou” e se movimenta menos que seu antecessor, senador Alcolumbre, que é um cabo eleitoral incansável. Alcolumbre quer garantir sua permanência na Presidência da mais importante das comissões, a de Constituição e Justiça, comissão que filtra tudo que queira tramitar no Senado.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Ainda nessa segunda-feira (30), Pacheco reuniu-se com a bancada do PT, dias depois de ter recebido em casa o próprio presidente Lula. Dizem que até ministros do Supremo têm-se preocupado em pedir votos para Pacheco. Afinal, ele não despachou nenhum dos mais de 60 requerimentos de seus pares, pedindo investigações de descumprimento da Constituição por parte de guardiões da Magna Carta, no Supremo. Talvez, se tivesse dado andamento a alguns requerimentos, teríamos pacificado o ambiente institucional e político dentro de processos democráticos e evitado os atos de 8 de janeiro.

O Senado é essencial no restabelecimento da Constituição, visando à paz social. Democracia é equilíbrio entre poderes, e não hegemonia do Judiciário imposta pelo medo

O candidato Rogério Marinho promete agir para trazer de volta o equilíbrio sonhado por Montesquieu entre os Três Poderes. O que se vê, hoje, é o Supremo constrangendo o Executivo no governo passado, e passando por cima na inviolabilidade parlamentar “por quaisquer palavras” – como estabelece o art. 53 da Constituição. Vivemos hoje sob um inquérito em que os supostos ofendidos investigam, denunciam e julgam, com ausência do devido processo legal.

Comissário de Voo aposentado apela a Senadores

Excelentíssimos Senadores e Senadoras, bom dia! Eu e o povo brasileiro queremos um presidente do Senado realmente ao lado de todos nós. ROGÉRIO MARINHO, SIM!!

RODRIGO PACHECO NÃO E NÃO!!!... 😡

Espero que Vossas Excelências votem ao lado do Povo Brasileiro.

Obrigado. Muito obrigado.

José Paulo de Resende 
Itaipu, Niterói, Rio de Janeiro – 31 de janeiro de 2023, 9h44

Mais uma do “pacificador-unificador”: Lula revoga indicações de Bolsonaro

O petista encaminhou o pedido ao Congresso Nacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Congresso Nacional uma mensagem com a retirada de 17 indicações que haviam sido feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para chefiar embaixadas, ocupar cargos em agências reguladoras e para o comando da Defensoria Pública da União.

As nomeações dependem de aval do Legislativo. Agora, o petista deve fazer novas indicações, a serem analisadas pelo Parlamento.

Lula revogou, por exemplo, a escolha de André Chermont para embaixador do Brasil nos Emirados Árabes; de Miguel Franco para chefiar a embaixada do país na Turquia; de Paulino Neto para embaixador na França; de Fernando Magalhães para a Embaixada da Itália, entre outros nomes.

Também retirou a indicação de Bolsonaro feita em novembro para recondução de Daniel Macedo para defensor público-geral da União. Ele estava no cargo desde 2020, quando ficou em segundo colocado na lista tríplice escolhida por voto da categoria.

O conluio entre o STF e o PT CONTRA Bolsonaro continua: Weber envia à PGR pedido para investigar líder do PL

A Corte atendeu à solicitação do senador Fabiano Contarato (PT-ES)

A ministra Rosa Weber [foto], presidente do SupremoTribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação contra o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. A Corte atendeu a uma solicitação do senador Fabiano Contarato (PT-ES) para apurar possível prática de crime de destruir, suprimir ou ocultar documento público ou particular verdadeiro, previsto no artigo 305 do Código Penal.

O pedido ocorreu depois de uma entrevista do presidente do partido em que afirmou ter recebido várias propostas semelhantes à proposta de decreto encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. “Tive o cuidado de triturar. Vi que não tinha condições, e o Bolsonaro não quis fazer nada fora da lei”, afirmou Costa Neto, na ocasião. A entrevista foi publicada pelo jornal O Globo na sexta-feira 27.

Na solicitação encaminhada à PGR, a ministra do STF determina ainda a realização de diligência pela Polícia Federal para que seja tomado depoimento do líder do partido. “Sendo assim, dê-se vista dos autos, pelo prazo regimental, ao Senhor Procurador-Geral da República, Dr. Augusto Aras, a quem cabe a formação da opinio delicti nos feitos criminais de competência desta Suprema Corte”, afirma Weber, na petição publicada na noite de segunda-feira 30.

Título e Texto: Redação, Revista Oeste, 31-1-2023, 9h03 

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Vascaíno é flagrado pedindo namorada em casamento no Estádio Kleber Andrade

Fato inusitado aconteceu nesta segunda (30), durante o intervalo de Vasco da Gama 1 x 2 Volta Redonda, pela 5ª rodada da Taça Guanabara

Raphael Fernandes

Durante o intervalo da derrota do Vasco da Gama por 2×1 para o Volta Redonda nesta segunda-feira (30), pela 5ª rodada da Taça Guanabara, um torcedor cruzmaltino foi flagrado pelas câmeras da CazéTV pedindo a namorada em casamento.

A partida aconteceu no Estádio Kleber Andrade, em Cariacica, no Espírito Santo, e contou com quase 20 mil torcedores.

Confira o momento:

Título e Texto: Raphael Fernandes, Vasco Notícias, 30-1-2023, 23h49

[Aparecido rasga o verbo] Pistola de grilos

Aparecido Raimundo de Souza


DONA GLÓRIA
bate desesperadamente à porta do quarto de seu filho Fumarato. Não é a primeira vez que tal coisa acontece. Como sempre, fica preocupada, quando o seu menino de apenas doze anos se isola. Impaciente, a pobre mulher está temerosa. Grita para ser ouvida: 
— O que faz aí trancado de novo? 
Fumarato em meio à desordem que reina lá dentro, responde, igualmente, aos berros: 
— Estou brincando, mãe. 
— Brincando com quem, ou com quê? 
— Sozinho. 
— Que barulho estranho é esse? 
— Não estou ouvindo nada.

À medida que mantém o diálogo, dona Glória insiste com as pancadas. As palmas de suas mãos incham e um vermelhidão muito forte toma o lugar da cor natural: 
— Destranque e venha lanchar. Já passam das três da tarde. Cetotifeno, seu coleguinha, se abancou (1) à mesa e lhe espera para o café.
— Já vou, mãe, já vou...
A zoada interior persiste veloz, como um tufão que se realça. Parece um ritual satânico. A impressão de dona Glória é a de que alguma coisa sofra horrores nas peraltices do guri. O que ela ouve, se assemelha a grunhidos, urros e relinchos. Tudo misturado numa forte agonia, como se um animal indefeso tivesse sendo barbaramente espancado.

Mas impossível se pensar em tal hipótese. Os cômodos de Fumarato se situam no décimo oitavo andar de um prédio de apartamentos. A janela do garoto não tem acesso à varanda, tampouco à parapeito. A visão de dentro do quarto media com a de outro edifício, onde, no meio, um fosso enorme divisa a torre da construção vizinha, de forma que, não assiste razão para qualquer pessoa normal aceitar a ideia de que, lá dentro, tenha sido introduzido um animal, qualquer que fosse o seu tamanho. Se por tal via se faz impossível, pelos caminhos legais em vista dos funcionários, menos ainda. Além do condomínio não permitir, ela ou a empregada, ou mesmo o inseparável Cetotifeno, teriam sido alertados, e, obviamente, alguém da portaria daria o alerta e brecado. Sem falar nas câmeras de monitoramento. Todavia, alguma coisa diferente se metera lá dentro daquele espaço e não havia mais nenhuma sombra de indecisão a respeito.

[Livros & Leituras] A Nova Síndrome de Vichy


A Europa vive hoje uma covardia sem precedentes. Em todos os sentidos o homem europeu se tornou um frouxo. O problema dos imigrantes muçulmanos é uma prova desta falta de energia na defesa da família, da pátria, da vida e principalmente na defesa das suas mulheres. Houve um tempo que a Europa representava a coragem, a soberania das nações que ao longo de séculos escreveram seus nomes na história contribuindo para a cultura universal. Era uma Europa imponente, forte, viril e determinada.

Foram tempos de glória e a Europa conquistava todas as áreas das experiências humanas. Por que a Europa está tão acovardada? Seria uma crise de consciência, fantasma dos erros cometidos? O fato é que depois das duas grandes guerras os europeus enfraqueceram-se e alinharam-se às ideologias que dobraram até mesmo os intelectuais, que antes combater as ideias perniciosas, juntam-se numa espécie de covardia e apologia à barbárie.

É justamente essa lenidade dos intelectuais Europeus e a covardia dos seus homens médio que o escritor britânico Theodore Dalrymple retrata em seu livro A Nova Síndrome de Vichy (2010), porque os intelectuais europeus se rendem ao barbarismo, lançado no Brasil em 2016 pela É Realizações e traduzido por Mauricio G. Righi.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Comando do Senado: Pacheco não!

Rodrigo Constantino

A eleição para a presidência do Senado esta semana é o mais importante acontecimento político desde a eleição para a presidência da República. Rodrigo Pacheco disputa a reeleição, e para a pacificação do país e o fortalecimento das nossas instituições, seria crucial que ele não vencesse. 

Pacheco tem sido o maior obstáculo para levar ao plenário um dos sessenta pedidos de impeachment de ministros supremos. Nossa Constituição fala em harmonia e independência entre os poderes, e isso está abalado por conta do ativismo judicial hoje. Desobstruir essa pauta é fundamental, portanto. 

Rogério Marinho corre por trás, mas consegue novas adesões a cada dia. O senador responsável pela reforma trabalhista no governo Temer e por várias mudanças importantes como ministro de Bolsonaro é uma pessoa de diálogo, capaz de costurar acordos com seus argumentos. 

Eduardo Girão também lançou seu nome como candidato, mas está claro que apoiaria Marinho num segundo turno. Ambos representam a possibilidade de reforçar a independência do Senado, hoje ameaçada pela postura pusilânime e cúmplice de Pacheco. 

O Brasil precisa fortalecer suas instituições, para depender menos de indivíduos. Mesmo quem considerava Bolsonaro uma ameaça à democracia precisa aceitar que Marinho nunca foi um radical, e que os abusos supremos passaram de todos os limites razoáveis, como aponta até a imprensa global. 

Se o país quer evitar o destino venezuelano, então é importantíssimo que ocorra a troca no comando do Senado. Há quem diga que ministros supremos estariam até tentando interferir na eleição, o que seria abominável se for verdade. 

Glenn Greenwald: ‘Brasil vive tirania judicial’

Em entrevista à Fox News, o fundador do site Intercept fez duras críticas a Alexandre de Moraes

Fernando de Castro

O jornalista Glenn Greenwald, fundador do Intercept Brasil, foi entrevistado por Tucker Carlson, principal jornalista da Fox News, no último dia 25. Ele voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Greenwald chamou o magistrado de “tirano judicial”.

“Este único juiz tem a capacidade de ordenar que as pessoas sejam proibidas e censuradas”, afirmou. “Ele não dá nenhuma razão, nenhuma evidência. Emite apenas uma decisão secreta e em seguida essas pessoas têm que ser silenciadas”, criticou Glenn.

O jornalista afirmou que o controle da internet é uma tendência mundial, e que os governos têm buscado, cada vez mais, formas de impedir que os indivíduos se comuniquem livremente nas mídias sociais.

Consórcio da imprensa (finalmente) anuncia seu fim

O grupo, criado para informar sobre a covid-19, foi um grande pool de ataque ao governo Bolsonaro 

Fernando de Castro

O consórcio formado por veículos da mídia tradicional em 2020, sob a alegação de que seria necessário um sistema alternativo para informar dados sobre a covid-19, anunciou seu fim neste sábado, 28.


Depois de 965 dias trabalhando em formato de pool, o que contraria até mesmo o Manual de Redação de alguns jornais, o site G1 (Grupo Globo), Estadão, Folha de S. Paulo, Uol, O Globo e Extra publicaram, por volta das 20h, textos semelhantes comunicando o encerramento do trabalho em conjunto.

Embora os veículos parceiros justificassem que o consórcio existia para trazer transparência durante o período de pandemia, eles utilizaram esse modelo para atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro até o final das eleições — ou seja, muito tempo depois do fim da pandemia da Covid-19.

pool afirmava fazer um trabalho independente de apuração dos casos de covid-19 porque não confiava nos dados do Ministério da Saúde.

Título e Texto: Fernando de Castro, Revista Oeste, 29-1-2023, 16h34

Governo Claudio Castro – Eu Vejo o Futuro Repetir o Passado

Gosto de Cláudio Castro, votei nele, ele pode mudar o Rio de Janeiro, mas parece que lhe falta coragem para apostas mais altas e trocar algumas pessoas

Quintino Gomes Freire

Sempre digo, sou um jornalista diferente, vim da política, entendo como o jogo deve ser jogado. Mas, há formas e formas. Pode ser como em São Paulo, onde se joga pelo melhor do estado, ou mesmo Minas Gerais. Ou, como por muito tempo foi no Maranhão, que o objetivo era apenas manter uma mesma família no Poder, ou como é jogado no Rio de Janeiro, onde se mantém um mesmo grupo político há décadas nas sombras do Palácio Guanabara.

Foto: Daniel Martins/Diário do Rio

É verdade que houve pequenos momentos disruptivos, a eleição de Anthony Garotinho, mas que logo se entregou ao mesmo jogo. E mais recentemente de Wilson Witzel — um caso aparte da loucura que pode atingir alguém que chega ao Poder, e não ao poder máximo, e que o levou a um impeachment. E se pensar bem, será que ele merecia? Acho que sim, mas tantos fizeram pior na nossa história…

Acabou assumindo seu vice, Cláudio Castro, um vereador júnior, sem experiência nenhuma no Executivo. Acabou surpreendendo, no começo foi difícil se encontrar. Privatizou a Cedae, fez caixa e manteve o estado no azul. Acabou, no efeito comparação, um dos melhores governadores da história do estado desde a fusão.

Infelizmente para tanto teve de transformar o Palácio Guanabara em um feudo, o governo era praticamente um parlamento, cada Secretaria pertencia a um deputado ou ao indicado de um. Entende-se, ele não foi eleito, seu vice era o presidente da Alerj, André Ceciliano, e tinha sobre si um processo que poderia tirar o mandato de si. Uma situação que não gostaria de viver, mas passou. Ele foi eleito em primeiro turno e muito bem eleito.

[Aparecido rasga o verbo – Extra] Um vídeo diz mais que mil palavras, ou depende de quem o assiste e tem coragem e vergonha na cara?

Aparecido Raimundo de Souza

RESPOSTA DE UM BRASILEIRO sem medo, macho pra cachorro, deu a resposta à altura aos 19 dedos, perdão, ao nosso “Presiodente” Mula Fula da Gula Silva. Montagem, ou não, está no Kwai, e, igualmente, na rede Internet, com uma porção de visualizações. Enquanto não aparecer nenhuma canetada... menstruada de censura... vinda do planalto central... ou da casa do caralho...

Vale a pena assistir, antes que o STF retire do ar e enfie no rabo do povo brasileiro. Pelo sim, pelo não, ainda temos gente que não aguenta mais as putarias e safadezas que estamos vendo e vivendo por aí. Sabemos, todavia, que coisas piores virão. Para lá, caminhamos a passos larrrrrrrrgoooooooos...

O que eu, particularmente gostaria que acontecesse: que outros cidadãos de bem, honrados e honestos, se manifestassem. Que soltassem as línguas, que botassem os respectivos comedores de lavagens nos trombones da vida e mostrassem às classes de parasitas e medíocres, de vândalos e de poderosos “filhos da puta e sem mães” espalhados “brazzzzzzil” e mundo a fora, e não ficassem de braços cruzados, coçando os respectivos sacos, ou punhetando seus pintos moles diante da telinha da Globo, no “BBB”, feitos pobres e tristes Prometeus.

O que é “BBB?”. Para quem não sabe, “BBB” é um programa legal, da Rede Globo, aliás, muito instrutivo. Em certa ocasião, publiquei um texto dando as devidas definições ao aclamado “BBB”: “Boceta, Boca e Bunda””. O que muda nessa prostituição legalizada, caríssimos leitores é só o número. Em tempo: o próximo “BBB” será o 24.

domingo, 29 de janeiro de 2023

Não sei, não quero saber e tenho raiva a quem me lembra o que soube

José Sá Fernandes não sabe. D. Américo Aguiar não sabia. Pedro Nuno Santos não sabia que soube. Gomes Cravinho sabia mas era como se não soubesse... No não saber é que está o segredo.

Helena Matos

Portugal está entregue aos clones de Schettino, aquele rapaz simpático que há onze anos  comandava junto à costa italiana o navio de cruzeiros Costa Concordia e que após ter manobrado mal o navio se pôs de imediato a salvo do naufrágio. Schetinno diz que não abandonou o barco, mas sim que foi ejetado para o bote. Quanto ao acidente também não resultou de uma manobra mal feita, mas sim das alterações climáticas…

A conversa telefónica que nesse 13 de janeiro de 2012 teve lugar entre Schettino, a salvo no seu bote, e Gregorio de Falco, o responsável pela capitania, tornou-se antológica. Falco percebe que Schettino abandonara o navio onde mais de quatro mil pessoas lutavam pela vida. Dá-lhe ordens para que regresse de imediato ao barco e organize as operações de socorro. Schettino vai argumentando que está escuro, logo não vê o suficiente para regressar, que não vale a pena tentar voltar ao navio porque outros já estavam a tratar dessas operações e assim sucessivamente, até que um furioso Gregorio de Falco  lhe grita ‘Vada a bordo, cazzo‘ que podemos traduzir por “Vá para bordo, porra!” (obviamente que é muito mais vernáculo). Schettino não regressou. Das 4.229 pessoas que estavam no cruzeiro, 32 morreram e 64 ficaram feridas. A frase “Vada a bordo, cazzo” acabou estampada em t shirts. Isto há onze anos. Em Itália. Mas aqui, neste canto, em 2023, Schetinno produziu discípulos e tornou-se um padrão. Olhando à nossa volta percebemos que esse sorridente-irresponsável se tornou entre nós no protótipo de quem exerce cargos de poder: querer agradar a todos, não assumir quaisquer  responsabilidades e procurar salvar a pele são as regras dominantes.

Não é de admirar portanto que Portugal pareça cada vez mais um imenso Costa Concordia cheio de Schetinnos. Aqui ficam alguns. Os dos últimos dias.

José Sá Fernandes, coordenador do grupo de projeto criado pelo Governo para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, não se lembrou que devia conhecer o projeto do altar. Com a ligeireza própria de alguém que nunca se responsabilizou pelas consequências dos seus atos, José Sá Fernandes declara “Não conheço o projeto”. Se o coordenador do grupo de projeto criado pelo Governo para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 não conhece o projeto do altar principal quem o conhecerá?

Censura, Vigilância em Massa e Bugs: Fórum Econômico Mundial x O Mundo Livre

J.B. Shurk

Eles podem até viajar em jatos particulares, mas no frigir dos ovos, o complô do Fórum Econômico Mundial é simplesmente a maior concentração de bandidos que o crime organizado já conseguiu reunir no mesmo espaço, orquestrando os mais eficientes esquemas já concebidos para forçar corpos sociais que antes eram livres a fazerem exatamente o que eles querem. Foto: Klaus Schwab fundador do FEM discursa em Davos, Suíça, em 23 de maio de 2022. Foto: Fabrice Coffrini/AFP via Getty Images

O Fórum Econômico Mundial "Império Esmaga Nações" parece um desmanche que roubou peças das piores ditaduras do mundo para criar o monstro Frankenstein da "cultura Woke". Roubou a propensão dos astecas para o sacrifício humano para espantar o mau tempo, o amor dos comunistas chineses pelo controle total e a erradicação da cultura tradicional, a íntima parceria dos fascistas italianos com monopolistas corporativos e a crença dos nazistas alemães numa "raça superior", principalmente para que as celebridades, banqueiros, capitalistas cupinchas e chefões que se reúnem em Davos e em outros lugares aplaudam suas próprias realizações e implementem o "plano mestre", que o FEM chama carinhosamente de "O Grande Reset."

Conforme o próprio Klaus Schwab declarou recentemente à sua miscelânea de magnificentes convidados, o FEM pretende ser o "senhorio o futuro" e quem melhor para "senhorear" senão aqueles que veem o restante dos habitantes do planeta como ligeiramente mais do que meros serviçais e servos?

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Moraes rejeita pedido e mantém posse de deputados

Ação foi movida pelo grupo Prerrogativas, que é formado por advogados e juristas de esquerda

O ministro Alexandre de Moraes, do SupremoTribunal Federal (STF), rejeitou neste domingo, 29, um pedido para suspender a posse de 11 deputados federais, por possível envolvimento nos atos de vandalismo que ocorreram na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro deste ano. Os parlamentares devem ser empossados normalmente na quarta-feira 1°.

“Agora, eventuais consequências das condutas noticiadas em relação aos mandatos dos deputados federais nominados deverão ser analisadas no âmbito do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, nos termos do art. 55 da Constituição Federal”, escreveu o magistrado em sua decisão.

Segundo Moraes, existe um rito próprio para interpelar a diplomação dos legisladores. Além disso, que a via processual escolhida não foi adequada. A ação foi movida pelo grupo de advogados e juristas de esquerda Prerrogativas. O pedido citava eventual “incentivo” ou “participação” dos parlamentares no 8 de janeiro.

O grupo é conhecido por ser contra a Operação Lava Jato e ser ligado ao ministro da Justiça, Flávio Dino. Um dos advogados do Prerrogativas, Augusto de Arruda Botelho [na foto, à direita1, atuou, inclusive, na defesa da empreiteira Odebrecht, envolvida na Lava Jato. 

“Até o momento, não há justa causa para instauração de investigação em relação aos demais deputados federais diplomados e que não estão sendo investigados nos inquéritos instaurados nesse Supremo”, continuou o ministro.

Jornalista da Folha chama Lula de ‘fóssil’

No Ponto

O jornalista e sociólogo Demétrio Magnoli publicou um artigo no jornal Folha de S.Paulo em que chama o presidente Lula de “fóssil”. No texto, Magnoli comenta sobre a visita do petista à Argentina durante a sua participação na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). “Lá, um Lula fossilizado celebrou a democracia com uma face enquanto celebrava seus ditadores de estimação com a outra”, escreveu o sociólogo no artigo divulgado na sexta-feira 27. 

Um Lula sempre igual a ele mesmo desperdiçou a oportunidade de levantar a voz por eleições livres na Venezuela, uma abertura política em Cuba e o fim da selvagem repressão do regime de Ortega na Nicarágua”, continuou Magnoli.

O jornalista da Folha relembrou que, nos mandatos anteriores, o petista contribuiu para a preservação das ditaduras de esquerda na América Latina. Ainda no Celac, Lula chamou a ditadura venezuelana de “ingerência”, não reconhecendo o regime autoritário que lá impera. “Criticar ditaduras que ofendem os direitos humanos não é ‘ingerência’, mas dever —como, aliás, está escrito na Constituição brasileira”, sustentou Magnoli.

Por fim, o jornalista ainda comentou o fato de Lula chamar de “golpe de Estado” o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Nesta semana, o petista fez essas declarações na Argentina e no Uruguai, em eventos oficiais. Em 2016, a deposição de Dilma foi aprovada pelo Senado e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Uma conquista para a história


O FC Porto já tinha a Liga dos Campeões, a Taça Intercontinental, a Liga Europa, a Supertaça Europeia, a Liga portuguesa, o Campeonato de Portugal, a Taça de Portugal e a Supertaça de Portugal. Desde ontem, tem também a Taça da Liga. Quem mais?

O FC Porto já era o clube português com mais troféus oficiais, empatado com o Benfica. Desde ontem, lidera essa contagem isolado, com 83 títulos. Quem mais?

O FC Porto já era o campeão em título da Liga portuguesa, da Taça de Portugal e da Supertaça. Desde ontem, é o campeão em título das quatro competições nacionais portuguesas. Quem mais?

Jorge Nuno Pinto da Costa já era o presidente com mais troféus na história do futebol. Desde ontem, tem 67 e a vantagem sobre o mais direto perseguidor – Florentino Pérez – passou para 37. Quem mais?

Sérgio Conceição já era o treinador com mais títulos na história do FC Porto, a par de Artur Jorge. Desde ontem, lidera esse ranking destacado, com nove conquistas. Quem mais?

Está no ar a Censurapédia!

[As danações de Carina] Sem nada de bom para escrever... melhor seria ficar calada... porém...

Carina Bratt  

MESMO COM A EXPERIÊNCIA de todos os anos vividos, tenho uma ligeira impressão de que não aprendi nada, apesar de procurar, a cada dia, me adaptar às coisas do cotidiano e as investidas da modernidade. A modernidade é uma espécie de égua veloz solta num pasto sem coisa alguma que a detenha.  Se faz ágil, estrepitosa, barulhenta, bombástica e ingente (1). Se não soubermos como montá-la, no minuto em que somos compelidas, poderemos tomar um tombo medonho e memorável. 

No pior dos mundos, arranjar alguns ossos quebrados, esfoladuras e arranhões. Cheguei à conclusão, nesse turbilhão de mazelas, que euzinha nada sei, e, por mais que leia livros, estude trocentos temas diferentes assista um amontoado de vídeos ou ouça até surrar os ouvidos palestras as mais diversificadas, quando chegar nos finalmentes estarei meio zureta. Os objetivos desejados (por conta desta falta de sorte galopante), não me farão ficar agradecida e com a fuça rindo de um canto a outro, feito uma desmiolada. 

Aliás, digo a vocês, amigas, e leitoras, tais coisas, em face de já ter me debruçado sobre temas corriqueiros, e, apesar de serem ignóbeis, ou me fazerem ver que tudo não passa de uma grande fraude, sigo apatetada, destrambelhadamente (2) amalucada e confusa. Ainda ontem me via nos trilhos, certinha, objetiva, séria, os horizontes à frente esperançosos e promissores. De repente, tomei uma pancada na moleira e me desmantelei todinha. Me fiz em pedaços. 

Me vi fragmentada, lascada, como um prato de vidro que caiu e se quebrou em milhares de estilhaços. Parece uma coisa meio fora de propósito. Todavia, se eu parar para tentar me refazer e voltar a ser o que era, obviamente me verei com uma mão na frente e outra atrás. O cotidiano, por seu turno, não ajuda muito. Apenas aparece em cena para mostrar o tamanho da imbecilidade que se apoderou da minha falta de sorte.  Por conta de todas estas agruras e escabrosidades, acerbidades (3) e exacerbações (4) não vejo como me reconstruir. 

Legendas para as fotos precisam-se

Foto: Rafa Pereira

Foto: Daniel Martins

[Antigamente] Copacabana, janeiro de 1973


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Rio Branco, 31 de dezembro 
[Antigamente] Reconhece? 
Adegão Português 
Natal d’antanho 
Apontador 
Bauzinho 

sábado, 28 de janeiro de 2023

Relatório mostra atrocidades de Alexandre de Moraes


A doença infantil da IL

O contrário de desfilar em marchas ridículas não é ser conservador, fascista, racista, homofóbico, etc. É só alargar aos “costumes” a racionalidade que a IL trouxe à discussão da economia

Alberto Gonçalves

No congresso da Iniciativa Liberal (IL), um orador, de voz trémula, confessa ter “medo de adormecer agarrado ao sonho liberal e acordar agarrado a um partido conservador”. Imagino os pesadelos. É que o homem quer “continuar a acordar num partido que desça a avenida no dia 25 de Abril”. De repente, a voz dele salta do trémulo para a frequência das gémeas Mortágua, e o mero conservadorismo ganha foros de Terceiro Reich: “Não à extrema-direita, fascista, racista, xenófoba e homofóbica!”. A julgar pelo barulho, a sala aprovou.

Vários membros da IL, e um artigo do João Caetano Dias no Observador, garantem-me que semelhantes entusiasmos ou são residuais no partido ou se devem à inexperiência de muitos dos congressistas. Também há quem, também na IL, me garanta que o partido está repleto de fervorosos idênticos ao citado. Não sei. Sei que a IL já desceu a avenida no 25 de Abril, e se teve de o fazer sozinha não foi porque se visse impedida pela “extrema-direita, fascista, racista, xenófoba e homofóbica”: a proibição veio da esquerda em peso, democrática e ecuménica.

Ao invés do que a direção da IL pensou, e com certeza ainda pensa, a mera intenção de desfilar ao lado de forças comunistas e do atual PS não reivindica “Abril”. Apenas legitima os propósitos dos que tentaram, e quase conseguiram, aproveitar “Abril” para instaurar uma ditadura. E esta tendência da IL para a ilusão, ou para a inocência, não me parece residual nem se esgota nas comemorações do golpe de Estado de 1974.

Já vi, por exemplo, delegações da IL em marchas do “orgulho” gay e provavelmente perdi, por distração, participações da IL em marchas de orgulhos similares. É possível que a IL, ou uma parcela da IL, se limite a apreciar convívios ao ar livre. Porém, é mais provável que aconteça o que é natural acontecer com gente que aplaude o que outro orador afirmou no congresso: “Se uma ideia liberal, em algum momento e por obra do acaso, é partilhada pelo Bloco de Esquerda, não somos nós que estamos mal: são eles que estão bem”.

Uma direita rica que vive a mendigar

Allan dos Santos

A direita brasileira virou sinônimo de ACORDO, mesmo tendo a maior base de apoio que um grupo político já teve na história do país. Uma direita meramente política sem jornal, sem partido, sem think tank.

O argumento de que “a direita não pode abandonar a política eleitoral” quando alertada de que não cuida da base cultural é absolutamente FALSO. Existem vários partidos de esquerda que sequer estão inscritos no TSE, mas estão PRONTOS para assumir no dia que puder. A direita tem página de Instagram e grupo de WhatsApp.

Se o argumento a favor do BBB Político fosse real, a direita estaria se organizando politicamente e deixando de lado o aspecto cultural, mas não: a direita ACHA que faz política e não sabe como dominar a cultura.

Quem desejar agir politicamente precisa iniciar uma estrutura partidária como faz qualquer grupo que deseja atuar em uma esfera que ainda não atua: TREINANDO.

Quantos partidos não inscritos no TSE a direita possui? NENHUM. O que a impede? NADA. Por que não faz? Porque não sabe. Por que não sabe? Porque não estuda. Ao fim, volta o problema cultural: é impossível querer ser astronauta sem saber cálculo matemático básico. Se a direita quer algo sem estudo, só servirá para ser uma lagarta conservadora que desabrochará em uma borboleta do Centrão.

Filhos da booster

Telmo Azevedo Fernandes

O meu artigo de hoje na coluna da Oficina da Liberdade, onde assinalo o aniversário do meu internamento hospitalar por covid, refletindo sobre decisões tomadas e retirando algumas conclusões.

Serve a minha história para demonstrar que a incapacidade de compreensão das razões de quem opta por não se ter vacinado, faz deflagrar reações primárias autoritárias e despóticas.

Há um ano deixei o hospital depois de quinze dias internado (dez dos quais em UCI) por ter desenvolvido covid19 e complicações de sobreinfecção bacteriana e hipoxemia grave.

Por opção autónoma e informada, ponderando riscos e vantagens de acordo com a minha circunstância e segundo o meu próprio critério, decidi nunca ser injetado com produtos da Pfizer, Moderna ou Janssen. Vista hoje à distância, essa decisão foi acertadíssima e racional.

A principal razão sempre foi assente no princípio de que a imunidade natural conferida pela infecção por covid-19 é superior e muito mais perene à eventualmente obtida pela “vacina” contra a doença. Algo que se negou durante o período de hipnose coletiva que vivemos, mas que durante muitas décadas sempre se tomou como correto e basilar em relação a qualquer coronavírus.

Confesso ter algum orgulho em não me ter “vacinado”, simplesmente porque a chantagem que era exercida à altura pelas agências governamentais e os legisladores era pesada e de modo a que, na prática e salvo raras excepções, pouquíssimas pessoas poderiam levar uma vida minimamente normal e decente, sem sucumbirem aos ditames perversos dos tiranetes colocados em posição de poder para violarem as mais básicas e historicamente validadas regras éticas, de saúde pública e de respeito pelo ser humano.

Vasco anuncia a contratação de Léo Jardim

O Vasco da Gama oficializou a contratação do goleiro Léo Jardim, que estava no Lille, da França, com contrato até dezembro de 2025

Willams Meneses

O Vasco da Gama acertou a contratação de mais um reforço para a temporada 2023. O goleiro Léo Jardim, do Lille (FRA), é o décimo jogador que se junta ao elenco comandado pelo técnico Maurício Barbieri. O vínculo do jogador com o Gigante da Colina vai até dezembro de 2025.

Foto: Daniel Ramalho/Vasco

Natural de Ribeirão Preto é cria das divisões de base do Olé Brasil-SP e do Grêmio. Ele iniciou a carreira profissional em Porto Alegre e de lá seguiu para Portugal, onde teve passagem de sucesso pelo Rio Ave (POR). Seguiu para o Lille (FRA), voltou para Portugal, onde dessa vez defendeu o Boavista (POR), até retornar ao Lille.

Léo Jardim tem passagem pela Seleção Brasileira Sub-20. O goleiro foi convocado por Alexandre Gallo em 2013.

Ficha técnica do novo reforço

·         Nome completo: Leonardo César Jardim

·         Apelido: Léo Jardim

·         Data de Nascimento: 20/06/1995 (27 anos)

·         Posição: Goleiro

·         Clubes: Grêmio, Rio Ave (POR), Boavista (POR) e Lille (FRA)

Abaixo-assinado contra Pacheco passa de 600 mil assinaturas

Mobilização está entre os assuntos mais comentados do Twitter

Um abaixo-assinado contra a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como presidente do Senado já reúne mais de 500 mil assinaturas. 

A campanha diz que o parlamentar representa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que, por isso, não deve assumir o cargo por mais dois anos.

— Lula é Pacheco, Pacheco é Lula e o Brasil é Pacheco Não — diz o anúncio.

A petição online também frisa que o Senado Federal é a única instituição capaz de fiscalizar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Engavetados, vários pedidos de impeachment contra magistrados da Corte estão sem apresentar nenhum andamento.

— O presidente que está com Lula está contra o Brasil. Senadores, pedimos, votem contra Rodrigo Pacheco! — apela o manifesto.

Título e Texto: Conexão Política, 28-1-2023

Clique na imagem para ASSINAR

[Versos de través] Magnificat

Fernando Pessoa 

Quando é que passará esta noite interna, o universo, 
E eu, a minha alma, terei o meu dia? 
Quando é que despertarei de estar acordado? 
Não sei. O sol brilha alto, 
Impossível de fitar.
As estrelas pestanejam frio, 
Impossíveis de contar. 
O coração pulsa alheio, 
Impossível de escutar. 
Quando é que passará este drama sem teatro, 
Ou este teatro sem drama, 
E recolherei a casa? 
Onde? Como? Quando? 
Gato que me fitas com olhos de vida, que tens lá no fundo? 
É esse! É esse! 
Esse mandará como Josué parar o sol e eu acordarei; 
E então será dia. 
Sorri, dormindo, minha alma! 
Sorri, minha alma, será dia!


Fernando Pessoa

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Os Justos 
Amor é fogo que arde sem se ver 
Feliz Natal! 
“O Pão Maldito”, de Guy de Maupassant (poema traduzido) 
The sorrow of love 
Eu sei que vou te amar 
Sobre um poema 
A velhice 
Tristeza 
Canções peregrinas

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

[Foco no fosso] Tecle “ESC” para esc... apulir

Haroldo Barboza

Os DETRANs espalhados pelo Brasil arrecadam milhões de Reais por ano por cobrança elevada de serviços que quando atingem 70% de qualidade, já são considerados “bons”. 

Cobram emplacamento, troca de proprietários, multas, GRD, GRM, liberação de veículos rebocados, troca de cor, IPVA, revisão anual do veículo, renovação de CNH, de permissão para taxistas, primeiro licenciamento e confecção de placas, além de outros menores. 

Claro que São Paulo arrecada mais. Porém, o RJ (7 000 000 de veículos) não fica longe, já tendo ultrapassado a cifra de R$ 1 BI em 2019. E deste, podemos resumir as seguintes “virtudes”. 

O mau serviço (na parte burocrática) fica por conta de documentos não entregues no prazo por falta de papel, falta de energia nos postos de vistoria, falta de funcionários (escala de férias mal planejada), falta de ar-condicionado nos postos de atendimento e até falta de material de limpeza para manter o espaço dos clientes em razoáveis condições. 

Na parte operacional, encontramos semáforos apagados ou mal regulados nas esquinas dos grandes cruzamentos. O “pardal” é o único equipamento que deve ter uma equipe própria para reparo, tal a rapidez com que são consertados. Placas das vias enferrujadas ou com letras apagadas (para o motorista entrar errado numa pista e ser multado?) ou paralelas ao fluxo. Faixas no asfalto já sumidas (cuidado com as lombadas!). 

E para coroar este primor de “modelo”, apesar da arrecadação monstruosa, consegue não pagar terceirizados em dia. Atendentes de telefone e técnicos que controlam operações online estão numa “greve branca”, aumentando o aglomerado de pessoas que pagam seus DUDAs e não recebem seus documentos nas datas estipuladas. 

O Brasil afunda ou não?

Todas as nações sob ditaduras comunistas acharam, em algum momento do processo, que poderiam evitar o pior. Até ser tarde demais

Ilustração: Mossolainen Nikolai/Shutterstock

Rodrigo Constantino

O Brasil é como dejeto na água: boia, mas não afunda. Essa é a metáfora muito utilizada por algumas pessoas que lamentam as oportunidades perdidas em nosso país, mas acham que o pior também será sempre evitado. Não deslanchamos, mas tampouco naufragamos de vez. Eu mesmo já tive essa percepção quando o PT foi governo no passado, e brincava nas palestras que tinha de dizer baixinho a minha conclusão: o MDB salvaria o Brasil de Dilma!

Ocorre que não há nada escrito em pedra que o Brasil jamais será comunista. Para evitar essa praga é preciso ter instituições mais sólidas, uma cultura da liberdade mais disseminada, uma mídia atenta, grupos de interesse bastante organizados e coesos, Forças Armadas independentes e patriotas etc. Sim, nossa economia é complexa, tem o agronegócio que é uma potência, as indústrias, os bancos, o comércio e o varejo, muitos empresários parrudos. Mas nós vimos como foi fácil mandar a polícia na porta de alguns deles pelo “crime” de apoiar Bolsonaro. E quanto às Forças Armadas, melhor nem comentar…

O mais votado parlamentar do país sendo impedido de parlar na praça pública da era moderna sem ter cometido qualquer crime

O fato é que o comunismo segue avançando, e os comunistas corruptos estão de volta ao poder, com mais sede de poder ainda. E viram como foi fácil dobrar seus adversários, calar os “dissidentes” e inventar narrativas fajutas que a velha imprensa ajudou a divulgar com louvor. Em nome da “democracia”, as liberdades básicas foram destruídas num piscar de olhos. Muitos acharam que ficaria restrito aos mais “radicais” dos bolsonaristas, mas já está claro que o buraco é bem mais embaixo. 

A seita lulista só anistia culpados

Terroristas libertados em 1979 sonham com a prisão perpétua dos manifestantes antipetistas

Augusto Nunes


A anistia decretada em agosto de 1979 por João Figueiredo permitiu a imediata volta ao Brasil de inimigos do regime militar — Leonel Brizola e Luiz Carlos Prestes, por exemplo — que já aceitavam com resignação a ideia da morte no exílio. Indultos concedidos pelo último dos generais-presidentes ampliaram a abrangência do texto original e livraram da cadeia ou da clandestinidade também os que haviam tentado abreviar à bala o ciclo dos generais-presidentes — não para modernizar o país com uma genuína democracia, mas para assassinar de vez a liberdade com a implantação da ditadura do proletariado. A subespécie extremista a que pertencem os dirceus e as dilmas caminhava para a extinção no mundo civilizado quando essas esquisitices forjadas nas catacumbas do extremismo passaram a ornamentar os palanques do PT.

Passados 43 anos, os anistiados de 1979 resolveram deixar claro que não esqueceram nada e nada aprenderam: são essencialmente os mesmos. O tempo obrigou-os a aposentar os blusões e calças jeans do uniforme de Guevara mirim, muitos até se renderam ao terno e gravata. Mas o cérebro avariado segue zanzando por sierras maestras, matas congolesas e selvas bolivianas. Só cabeças com defeito de fabricação conseguem armazenar tanto ressentimento por tantos anos. Só rancorosos vocacionais poderiam conceber a palavra de ordem ANISTIA NÃO!, parida minutos depois da prisão de centenas de manifestantes antipetistas que estavam em Brasília no domingo em que delinquentes ainda não identificados depredaram o Palácio do Planalto, o prédio do Congresso e a sede do Judiciário.

Para os devotos da intolerância, todo brasileiro que não viva fazendo o L é um bolsonarista, todo bolsonarista é golpista e todo golpista acorda, passa o dia e tenta dormir planejando atos antidemocráticos


Desde 2019, quando se consumou o parto súbito do inquérito das fake news, o STF vem ensinando que certos delitos são tão hediondos que nem precisam existir oficialmente para que seja duramente castigado quem se atrever a praticá-los

Um governo em guerra contra quem produz

É claro que nenhum governo pode apresentar resultados em um mês. Mas o problema é que está sendo feito um esforço inédito na história deste país para não se chegar a resultado nenhum

J. R. Guzzo

Não, não é você que não está entendendo direito as coisas. Não, você não viu este filme antes — e se não consegue achar pontos de contato entre o terceiro governo Lula e os seus dois governos anteriores é porque não há pontos de contato entre um e os outros. O fato puro e simples, embora haja pouco de simples e nada de puro nisso tudo, é que o Lula de 20 anos atrás não existe mais. É um outro homem que vive hoje no Palácio do Planalto — e ele está fazendo um governo incompreensível nestes seus primeiros 30 dias no comando do país. Os circuitos normais do pensamento político não estão funcionando. Está fora do ar, também, a lógica habitual da administração pública. O presidente, dia após dia, repete declarações que não têm nada a ver com nada; a única preocupação que demonstrou, até agora, é a de manter o Brasil em guerra.

Os ministros e o resto do primeiro escalão não fizeram um único dia de trabalho útil de 1º de janeiro para cá; em vez disso, produzem manifestos. Os sinais vitais da atividade normal de governar estão frouxos. O sistema, como se diz hoje, parou de responder.

O Brasil precisa de emprego, de renda e do investimento indispensável para uma coisa e outra

O principal comprovante da trava geral que o país vive neste momento é a recusa do governo em fazer qualquer movimento que possa se conectar com a ideia básica de produzir. Nada do que se fez até agora conduz à produção de um único parafuso — e, como consequência direta e óbvia disso, não há perspectiva da mínima melhoria em qualquer aspecto da vida real do cidadão. Lula e o seu entorno, nas decisões que estão tomando, agem como se fossem contra a produção — ou, pior ainda, como se não soubessem o que é produção, e nem como funcionam os circuitos produtivos mais elementares de uma economia.

É claro que nenhum governo pode apresentar resultados em um mês; já está muito bom se realmente fizer alguma coisa que preste em quatro anos, ou pelo menos se não piorar muito aquilo que se tem hoje. Mas o problema, visível a cada gesto do presidente ou de quem manda em algum pedaço do seu governo, é que está sendo feito um esforço inédito na história deste país para não se chegar a resultado nenhum, nunca. O Brasil precisa de emprego, de renda e do investimento indispensável para uma coisa e outra. A imensa maioria dos brasileiros precisa, desesperadamente, adquirir mais conhecimento para ganhar mais com o seu trabalho. Precisa, é óbvio, que haja mais oferta do que demanda de emprego — a única maneira coerente para os trabalhadores conseguirem uma renumeração maior do que têm.