Sanjo BILL da Galiza, foto: JP |
domingo, 31 de maio de 2015
Descoberto o “segredo” do salário tão maior dos americanos!
Rodrigo Constantino
Trabalhadores brasileiros, uni-vos contra o sindicalismo! |
Foi descoberto o incrível
“segredo” do salário tão maior dos trabalhadores americanos em relação aos
brasileiros, até então guardado a sete chaves. Tiveram que contratar a Scotland
Yard e chamar pessoalmente Sherlock Holmes para solucionar um mistério tão
impressionante. A resposta decepcionou todos os “intelectuais” e artistas
brasileiros, assim como os “economistas” heterodoxos que sempre defendem mais
intervenção estatal e sindicatos fortes.
Não, o salário tão maior
não tem ligação alguma com a influência dos sindicatos nos respectivos países.
Tampouco há elo com a quantidade de regalias que o governo garante, como
décimo-terceiro, décimo-quarto, décimo-oitavo salário, vale-alimentação,
vale-transporte, vale-cachaça, férias remuneradas, licença a maternidade,
paternidade e amizade, nada disso! Pasmem, mas o grande segredo dos americanos
é… serem mais produtivos!
O salário médio é quatro vezes maior do que o nosso? E o
trabalhador médio americano produz quatro vezes mais
do que o nosso também! Não é espetacular? Vejam:
Quatro trabalhadores brasileiros são necessários para atingir a
mesma produtividade de um norte-americano.
A distância, que vem se acentuando e está próxima da do nível dos
anos 1950, reflete o baixo nível educacional no Brasil, a falta de qualificação
da mão de obra, os gargalos na infraestrutura e os poucos investimentos em
inovação e tecnologia no país.
Fatores apontados por empresários e por quem estuda o assunto como
os principais entraves para a produtividade crescer no país –e que também
ajudam a explicar o desempenho fraco do PIB brasileiro nos últimos anos.
A comparação entre Brasil e EUA considera como indicador a
produtividade do trabalho, uma medida de eficiência que significa quanto cada
trabalhador contribui para o PIB de seu país.
O dado é do Conference Board, organização americana que reúne cerca
de 1.200 empresas públicas e privadas de 60 países e pesquisadores.
Comemoração do Dia do Comissário de Voo no Rio de Janeiro
Foi assim ontem, sábado, 30 de
maio, que reuniu dezenas de aeromoças e aeromoços, no restaurante Antigamente - Centro da Cidade, com o
mesmo espírito de satisfação e alegria.
Fotos mostram a alegria do
reencontro, a certeza de união, a disposição de ficar unido um ao outro até que
um dia alguém se vá.
Will a UFO-themed hotel land in Baker, Calif.? See the fantasy photos:
Mary Forgione
Luis Ramallo is a dreamer — and now he wants
you to back his dreams for a UFO Hotel in Baker, Calif.
The owner of Alien Fresh Jerky has launched a Kickstarter campaign to persuade you — lots of yous
— to fund his $30-million hotel planned for the eastern California desert town
of Baker. (That's also where his jerky business is.) It's a place known mostly
for its giant thermometer, a constant reminder of just how scorching the
temperatures can be.
You can get in on the ground floor for as
little as $1.
The plan
Rendering of the UFO Hotel. (Copyright Alien Fresh Jerky 2013) |
This is a full-on sci-fi fantasy space ship.
The renderings on the Kickstarter website look like comic book creations of people
in portals entering the hotel and laser-like beams of light shooting out from
what looks like a multi-deck lobby/spacecraft deck.
Each of the 31 planned rooms will have a theme,
such as space travel (featuring an asteroid field) and things such as weapons
and transporter rooms. This from the Kickstarter description: "The UFO
Hotel walkways allow you to move through the hotel as if you were traversing a
spaceship, seeing only vast reaches of space, nearby planets and star systems
in all their mystery and wonder."
The money
Rendering of the inside of the UFO Hotel. (Alien Fresh Jerky, copyright 2013) |
The Kickstarter campaign seeks $175,000 in
total donations, in increments from as little as $1 to $10,000. As of Thursday,
the idea had caught the attention of 26 backers and raised $823. There are 50
days to go.
“Iremos bater-nos nestas eleições pelo futuro de Portugal”
O presidente do PSD, Pedro
Passos Coelho, afirmou hoje, em Vila Real, que as eleições legislativas ainda
não estão decididas e garantiu que não tem medo de confrontar ideias com a
oposição.
Passos Coelho, que falava na
sessão de encerramento do 1.º Congresso Distrital dos Autarcas de Vila Real,
salientou que, até às eleições, a coligação terá que “trabalhar muito” e
sublinhou que o Governo PSD/CDS-PP se conseguiu “livrar das pragas” dos que não
queriam que o país saísse da “espiral recessiva”.
“Pergunto-me se aqueles
que não acreditaram ou se até acharam que não era mau para as eleições que nós
tivéssemos falhado, se hoje não estariam em melhor posição para olhar para as
eleições se nos tivessem ajudado em todo este processo”, frisou.
Mas como “escolheram não
o fazer, hoje andam a ver se acertam com as sondagens e com os líderes para ver
se, agora sim, conseguem dar brio à oposição e apresentarem-se como vencedores
antecipados das eleições”, disse Pedro Passos Coelho.
“Mas, na verdade, estas
eleições que vamos ter lá para finais de setembro ou outubro não estão
decididas”, garantiu.
Pedro Passos Coelho afirmou
que governou “sempre a olhar para os mais vulneráveis” e frisou
que “durante os anos de escassez” o Governo conseguiu preservar a
“coesão social”.
“Precisamos de nos
concentrar nesse diálogo com os portugueses, falando-lhes do futuro bem como no
que fizemos, mas dizendo à oposição que não temos medo de confrontar as nossas
ideias com as deles”, frisou.
La Venezuela que se va y la que vendrá
Gustavo Coronel
Cada día que pasa la Venezuela
de Hugo Chávez, Nicolás Maduro y sus familiares, amigos, cómplices, narcos,
cooperantes, embajadores sin honor y parásitos de todo el planeta que le chupan
el dinero a la “revolución” se revela como un pozo infecto de corrupción, de
narcotráfico, asesinatos, secuestros y expropiaciones, todo lo cual la ha
colocado en la primera línea de los regímenes forajidos del planeta. Los
depósitos en Andorra, Suiza, Panamá y otros “paraísos fiscales”; el derroche de
dinero del que hacen gala los boli chicos y otros contratistas de PDVSA o de
algunas otras empresas del estado; las investigaciones internacionales (aquí
nadie investiga) que relacionan a altos militares venezolanos y al mismo
Diosdado Cabello con el narcotráfico; las amistades mafiosas de los familiares
de los miembros de la pandilla, todo ello muestra como el chavismo ha llegado a
ser una merienda de corruptos y como muchos miembros de la sociedad venezolana
se han incorporado con glotonería a este festín de la podredumbre. Estos han
sido años trágicos para Venezuela, años de profunda degradación moral, de
cobardías insospechadas, de escasa fibra ciudadana en grandes sectores de la
población. Venezuela se encuentra hoy en el grupo de los países más atrasados
del planeta y esto es comprobable mediante el examen de los índices internacionales
independientes. Una que otra organización como las FAO todavía elogia al
régimen, ya que sus representantes en Venezuela han sido incorporados al
séquito del dictador. Una que otra universidad, como la de La Plata en
Argentina, recibe dinero del régimen para que le adjudique a Maduro un ridículo
premio de opinión, tal y como lo hiciera con el muerto.
Una de las señales más fuertes
de la desintegración del régimen tiene que ver con el número de cómplices del
régimen quienes desertan, buscando impunidad para sus crímenes a câmbio de la
delación de peces más gordos. Esta es una actividad odiosa pero que parece ser
necesaria para castigar a los grandes capos del crimen y de la droga. Ya son
varios y variados los delatores, a quienes también podríamos llamar patriotas
cooperantes, similares en su naturaleza – son la misma clase de gente - a los
sapos que le dan cuenta a Mario Silva, el sapo rey del régimen y a su
asistente, el diminuto y defenestrado Ernesto Villegas.
Podemos não sabe o que queremos... mas nós, cidadãos, já não damos para esse peditório
Kruzes Kanhoto
Vai por aí um inusitado
entusiasmo com os resultados eleitorais obtidos pelos movimentos políticos
alternativos, constituídos por cidadãos alegadamente fartos dos partidos
tradicionais, nas recentes eleições espanholas. Também já assim foi com o
Syriza. Mesmo que a chegada ao poder daqueles malucos não tenha trazido nada de
novo. Nem, sequer, conseguiu surpreender aqueles – entre os quais me incluo –
que sempre acharam que aquilo ia dar, ainda mais, para o torto.
Admito que possa ser o meu
cepticismo a escrever mais alto mas, por mais que me esforce, não consigo
lobrigar motivo para tanto entusiasmo. É que nós - em alguma coisa havíamos de
ser pioneiros - já passámos por idêntica experiência. Há trinta anos, mais
coisa menos coisa, tivemos o PRD. Um partido que teve o alto patrocínio do
general Eanes, então Presidente da Republica, com uma retórica muito semelhante
à destes “cidadãos” que tantos desejam ver replicados por cá. Deu no que deu.
Ou seja, em nada. Daí que o país real, aquele que não anda pelas redes sociais
e se está cagando para a intelectualidade bem pensante, não ligue peva a essa
malta. Eles que vão fumando umas brocas enquanto discutem entre si se os
unicórnios voam ou não. Nisso, reconheço, são bons e estão muito acima do comum
dos mortais.
Comove-me tanta generosidade
Kruzes Kanhoto
O Facebook é um lugar de
indignação. Toda a gente se indigna por tudo e mais um par de botas. Parece
assim uma espécie de doença contagiosa. Ontem foi a vez de um destacado
militante socialista, ex-ministro e comentador residente de uma televisão, se
manifestar indignado por um quadro famoso, obra de um não menos afamado pintor,
ter sido vendido em leilão.
Defendia o senhor que o dono
da pintura, em lugar de se ter abotoado com os trezentos e cinquenta mil euros
que o novo proprietário lhe pagou, devia ter cedido o quadro a um museu onde
pudesse ser apreciado pelo povo. Generoso, o homem. É notável o desprendimento
da criatura relativamente aos bens materiais. Nomeadamente em relação aos que
não são de sua propriedade. Como quase todos os socialistas, afinal.
Curioso é a quantidade de
apoiantes que a causa granjeou em pouco tempo. Bem que podiam passar das
palavras aos actos e tratar de, entre todos, fazer uma “vaquinha” para comprar
o quadro e ofertá-lo a um qualquer museu. Ou, melhor ainda, sugerir que uma fundação
dessas que se fartaram de receber apoios do Estado o compre. Isso sim, é que
era uma boa malha!
O almoço do trolha, de Júlio Pomar |
Minha Homenagem às AEROMOÇAS/Comissários de Voo
Ao chegar o DIA da
AEROMOÇA/Comissário de Voo – 31 de MAIO, sou tomado por um sentimento de
saudades, carinho e nostalgia ao lembrar daquelas amigas/colegas de tantos
anos, da base POA, SAO e RIO, e que por muitas vezes atravessamos a noite
voando a bordo dos majestosos tapetes voadores da Pioneira.
E caminhadas, passeios e
compras pelas longínquas e diferentes cidades que tivemos o privilégio de
conhecer.
Aquelas interessantes colegas
de trabalho com quem falávamos de: “bate-volta, briefing, checador,
apresentação, Nova Iorque da missa, da baixaria de LAX, do wule wule, do
shopping bag, do Hooters, do Carmine’s, do Bay Side, copetinho, da
regulamentação”, e dezenas de outros assuntos específicos de tripulantes, eram
também mulheres que administravam suas casas, sua vida financeira, vida
sentimental, sua família, seus dólares, libras, franco, (agora euros) …
Entendiam de culinária, moda
francesa, londrina, nova-iorquina, e nordestina.
sábado, 30 de maio de 2015
Arnaldo Faria de Sá – O novo salvador dos aposentados
Almir Papalardo
Arnaldo Faria de Sá |
Aleluia!! Parece-nos que
finalmente luziu um “arco-íris” no horizonte dos aposentados! Foi aprovado
anteontem, pelo Senado Federal, o fim do Fator Previdenciário. Só por muita
maldade e vingança por parte da presidente, que sempre demonstrou má vontade
política contra os velhos aposentados, poderá rasgar a Carta de Alforria obtida
pelos segurados, ou melhor, para os trabalhadores ativos que precisam se
aposentar, vetando, o que de bom os senadores fizeram, libertando uma classe
tão injustiçada e prejudicada como é a dos trabalhadores que se afastam pelo
avanço da idade, do mercado de trabalho, sendo, obrigados a engolirem a seco a
aplicação do malfadado Fator Previdenciário. –“Tomem logo uma chibatada que
pode ser de até 40% de corte na sua aposentadoria, para irem logo se
acostumando a todo reajuste aguentarem sem chiar outros pequenos cortes, porque,
na verdade, a sua aposentadoria está fadada a ser reduzida para apenas UM
salário mínimo”-. Bate o Martelo, perversamente, babando de satisfação pelos
cantos da boca, a carrasca presidente...
Mas se o VETO de fato
acontecer o que acarretará maior desgaste político para Dilma que está sentindo
atônita o seu prestígio se esvaindo, coisa que jamais sonhava que pudesse
acontecer pelo fanatismo de grande parte da sociedade, iludida por ter
acreditado no carrossel de mentiras usado pelos atuais petistas, cabe então aos
congressistas manterem a mesma determinação demonstrada, sendo certo que a
presidente irá amargar mais uma vergonhosa e merecida derrota na Apreciação dos
Vetos, idêntica àquela sofrida pelo Brasil contra a Alemanha quando fomos
humilhados e achincalhados pelo inacreditável placar de 7 X 1.
Realismo patriota: entre o ufanismo boboca e o complexo de vira-lata
Rodrigo Constantino
O complexo de vira-lata, tão bem diagnosticado por Nelson
Rodrigues, é derrotista e irritante, típico daqueles que só sabem criticar o
Brasil e achar que não há lugar pior no mundo. Há, e o Brasil tem lá suas
qualidades. Mas se esse complexo é irritante por um lado, pior ainda é o
ufanismo boboca, típico daqueles que acham que o país é uma maravilha e usam
lentes cor de rosa para enxergar nossa realidade totalmente distorcida. É o
caso do economista Paulo Nogueira Batista Jr., apontado pelo PT para diretor do
FMI. Em sua coluna de hoje no GLOBO, ele diz:
Estou há oito anos nos EUA e não posso dizer que me ambientei aqui
— e muito menos que me afastei do Brasil. Esta coluna é uma das maneiras de que
me socorro para manter o vínculo com o país.
Os EUA também têm, óbvio, toda a sua superestrutura de hábitos,
conceitos e cacoetes. Não me acostumei. O brasileiro superestima o resto do
mundo, particularmente os EUA. Temos muito a aprender com outros países, não há
dúvida. Mas a recíproca também vale.
[...]
Mas, enfim, eis o que vejo à distância: o Brasil, por alguns dos
seus traços, prefigura um futuro melhor, mais interessante, mais imaginativo
para todos, inclusive os países mais remotos. Primeiro porque é um país que já
nasceu aberto ao resto do mundo. E tem personalidade para absorver,
criativamente, influências estrangeiras. Absorver, criativamente, quer dizer
digerir, reprocessar e recriar a matéria-prima externa, como já ressaltava
Oswald de Andrade. Fizemos isso por toda a nossa vida nacional. Não temos, como
outras nações, medo de interagir com o novo, com o estranho, com o inusitado.
Os EUA são referidos como melting pot,
um caldeirão de etnias, raças e culturas. Mas o verdadeiro melting pot é
o Brasil. A fusão de diferentes nações se dá de maneira muito mais completa
entre nós. Até povos mais exclusivistas e puristas, como os japoneses ou
judeus, são de alguma maneira assimilados e integrados.
Recentemente, um sociólogo espanhol passou pelo Brasil e causou
sensação, declarando que somos um país violento. Ora, a violência não é parte
intrínseca da condição humana? O que é o homem senão um animal? Talvez o mais
interessante deles, mas animal mesmo assim.
No quesito violência, o brasileiro não se destaca. Ao contrário.
Só quem não respira dia a dia o ar que se respira no Brasil pode ignorar que a
cordialidade, a afetividade, o carinho são marcas do modo brasileiro de viver.
Estou delirando?
Policiais aguardando para uma conversa amigável com os brasileiros cordiais… |
Sim, está. O brasileiro
não se destaca no quesito violência? Sério? Não é o que diz a estatística, com
quase 70 mil homicídios por ano! Somos um dos países mais violentos do mundo,
vivendo uma verdadeira guerra civil velada. Como o economista do FMI ignora
esse fato? Talvez esteja longe demais de nossa realidade. Talvez tenha tomado
um Prozac antes de escrever o artigo. Mas como negar nossa violência? O
“brasileiro cordial” não passa de um mito, ou ao menos de uma exceção.
Travessia
Nelson Teixeira
Podemos fazer nossa travessia
pela vida de várias formas…
Felizes e agradecidos pelas
dádivas do Criador, ou infelizes porque não somos capazes de ouvir as suas
súplicas para que voltemos ao caminho do bem…
Escolhemos nossos caminhos,
nos utilizamos de nosso livre arbítrio, e prosseguimos conforme queremos…
Veja como está a sua
travessia, se o seu egoísmo e orgulho estão prevalecendo…
Faça uma reflexão do quanto
você está parado, diante dos ensinamentos do Criador…
Procure rever suas atitudes e
pensamentos e sinta que o caminho a ser seguido é um só, não há vielas nem tampouco
curvas…
O caminho nos colocado à
frente é sempre reto, e cheio de surpresas para nossa melhora interior…
No decorrer de sua travessia
pedras há de encontrar, mas se tiver fé e perseverança haverá de vencê-las
todas, sem exceção, por isso paute em sua travessia o seu objetivo maior…
Vencer as provas e não
sucumbir a elas…
A força de vontade e o poder
da sua fé, farão de você um grande vencedor na linha de chegada.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz,
30-5-2015
sexta-feira, 29 de maio de 2015
O Melhor Ator de Comédia, depois do "amado mestre". Perfeito. Merecia o Óscar
Ernesto Ribeiro
Rogério Cardoso, nota 10. Eu só assistia aquele programa para captar a
vossa mensagem.
Em algum lugar além, você
está enrolando magnificamente, como só os gênios fazem.
Rolando
Lero
O Melhor da Escolinha
do Professor Raimundo
Título, Coletânea e Texto: Ernesto Ribeiro, 29-5-2015
Relembre outros
momentos:
Lembra-se da última vez que a economia portuguesa cresceu seis trimestres seguidos?
Marta Moitinho Oliveira
É preciso recuar aos meses
antes da falência do Lehman Brothers, que aconteceu em Setembro de 2008, para
encontrar um período tão longo de crescimento económico.
O número definitivo do PIB referente ao primeiro trimestre de 2015 foi
hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos
homólogos, a economia aumentou 1,5%, uma aceleração face à taxa de variação
homóloga registada no final de 2014 (0,6%) e o crescimento mais alto desde
2010. Em cadeia, o PIB avançou 0,4%, mantendo o mesmo ritmo de crescimento
registado na recta final do ano passado.
A procura interna assumiu o papel de motor do crescimento económico no
período em análise. Quando se compara a evolução da actividade económica com o
trimestre homólogo, a procura interna (consumo e investimento) é aliás a única
responsável pelo crescimento de 1,5%. A procura externa líquida apresentou um
contributo nulo.
O consumo privado aumentou 2,5% face aos primeiros três meses do ano
passado, registando assim o sexto trimestre seguido de crescimento. O consumo
de bens duradouros ajuda a explicar este aumento, observando um aumento de
14,4%, “reflectindo principalmente a evolução das despesas com aquisição de
veículos automóveis”, diz o INE.
O maior contributo para a taxa de variação em cadeia, de 0,4%, veio
também da procura interna, já que a procura externa líquida (exportações menos
importações) teve um contributo negativo.
Os erros da narrativa do PS sobre Segurança Social
João Miranda
Este artigo de
Rui Cerdeira Branco tem todas as falácias sobre a actual narrativa do PS sobre
a Segurança Social.
1. Cortar pensões a
pagamento mina a confiança no sistema de pensões.
Errado. O facto de não se
cortarem pensões a pagamento não acrescenta nada à confiança dos mais jovens no
sistema. Estes sabem que a fórmula de cálculo já foi alterada e sabem que não
terão pensões tão generosas.
Seja como for, a confiança no
sistema de pensões é irrelevante, dado que o sistema é obrigatório e imposto
por maioria democrática. Num contexto em que os pensionistas tendem a ser o
grupo demográfico com mais eleitores, não há como os outros fugirem ao sistema.
Por pouco que um jovem confie na Segurança Social, ele não tem escolha.
2. Cortar pensões hoje
não garante dinheiro para as pensões futuras
As pensões actuais são pagas
com dívida. Cortar as pensões actuais reduz as necessidades de endividamento.
Logo, cortar pensões hoje assegura que os pensionistas do futuro terão
mais rendimento disponível.
3. O desemprego e os baixos
salários tornam o colapso da Segurança Social é inevitável
Errado. Um sistema de
Segurança Social bem desenhado adapta-se ao rendimento da geração que beneficia
e é compartimentado em relação aos subsídios de desemprego (os quais por sua
vez têm que se adaptar ao rendimento e aos descontos efetuados pelos
beneficiários). O que poderá tornar o colapso da Segurança Social
inevitável é a insistência em não corrigir os erros do actual modelo.
A truculência bolivariana de Paulo Pimenta contra manifestantes
Luciano Henrique
Renato Oliveira, do movimento
Revoltados Online, tentou conversar com a deputada Maria do Rosário (PT). O
deputado Paulo Pimenta [foto], também gaúcho e petista, reagiu como um bolivariano típico
das hostes de Nicolas Maduro: cerceou o direito deles sequer chegarem perto de
Maria do Rosário, agrediu o entrevistador, lançou falsas acusações (“quem está
pagando você”, provavelmente projetando, já que petismo tem se tornado sinônimo
de propina depois das revelações da Lava Jato) e, como era de se esperar,
mandou a Polícia Legislativa se insurgir contra Renato.
Não deixem isso barato! Paulo
Pimenta deve ser denunciado imediatamente ao Conselho de Ética da Câmara. Mas
não apenas isso: exijam um posicionamento dos deputados não-bolivarianos. E
eles são muitos. Na época em que atacaram Jair Bolsonaro sem qualquer motivo,
vários deputados bolivarianos manifestaram-se contra ele. Então nós temos o
direito moral, além de um dever moral, de exigir posicionamento de deputados
contra o Sr. Paulo Pimenta.
Parabéns ao pessoal do
Revoltados Online pelo vídeo muito revelador, que vocês verão abaixo. Mas não
deixem (e este não é um recado apenas para os Revoltados Online) isso ficar só
pela denunciação do vídeo. Paulo Pimenta tem que perder seu mandato por não ter
condições de pertencer a qualquer organização humana que atue dentro das regras
da democracia.
Tempo Zero
Ivan Ditscheiner
Ao iniciar o que lhe passo vem
fortemente o relembrar de quando num rápido momento perguntei... Então tenho
que lhe chamar de Senhor? A resposta "viva" chegou ao mesmo tempo da
pergunta... Em sua casa todos - inclusive sua netinha - o chamam por você, você
gosta disso? Respondi instantaneamente "eu adoro"!! Instantaneamente
recebi... Eu também!
Vou usar a maneira coloquial
de falar com você. Você está muito ferido neste momento de seu planeta, e
intensamente necessitado de carinhosa e afetiva maneira que diminua a separação
que vive na dualidade que existe em sua realidade, mas com outros propósitos
totalmente inversos, sutilmente usados para o oportunismo voraz e da exploração
de sua inocência com motivos óbvios que espero mostrar-lhe.
EU SOU - VOCÊ É. Na confecção
de sua linguagem e na separação vigente são usadas letras maiúsculas para Mim,
e minúsculas para você. Faz alguma diferença? A letra minúscula acentua uma
separação que nunca houve. Lhe é familiar a frase dividir para governar? Deste
modo vamos ao tratamento real do que você e eu somos.
Na divisão que fizeram de seu
planeta, que são o alongamento de suas divisões familiares, você
"nasceu" fisicamente num ponto em que usaram uma maneira de governar
que você chama de vinte anos de arbítrio. Em função disso vejo sua dificuldade
com o real sentido da palavra arbítrio, neste momento em que estão indo para a
prisão os que deveriam arbitrar. Vamos trocar por livre escolha, para que você
se sinta mais confortável. Aproveitando vamos trocar a palavra julgamento por
observação. Pronto, agora podemos conversar melhor.
O tempo linear criado pela
mente humana não existe. É só uma maneira de medir a distância entre um ponto e
outro. É você que se desloca, não o tempo. Há "pouco tempo" você não
precisava de "mais tempo" para se deslocar entre um lugar e outro, e
de "menos tempo" agora para a mesma distância, com o advento de seus
aviões? Quem se desloca, o tempo ou você? O homem engessou suas teologias e
seus conceitos no que chamam de religião, alguns sistemas de leis civis que na
essência oportunista parecem mudar mas não mudam.
Porém, este sistema nunca
deixou de vencê-lo pelo medo, diminuindo-o pelo medo, extorquindo-o pelo medo,
dominando-o pelo medo. Mas o "tempo" não pode ser engessado porque o
Universo está em expansão. E agora como vão criar outro "tempo" para
este "tempo que está passando tão rápido"? Nunca houve o
"tempo". Tudo sempre é o Agora.
Você é um ser atômico. Sua
ciência já mediu comparativamente a distância do núcleo aos elétrons que giram
em volta de um único átomo. Mais do que da terra à Lua! Só o seu corpo físico é
uma micro-galáxia de pura vida, jóia da engenharia divina! Agora falemos da
jóia ainda infinitamente maior. Você em sua origem, esse mesmo você que envolve
e anima toda essa galáxia física e tangível, assim como Deus envolve e anima o
Universo infinito.
Charada (55)
O Eugênio, taxista,
comprou uma pistola
e apostou com os
amigos que, naquela
semana,
atravessaria, sem problemas uma
estrada florestal
infestada de assaltantes.
Na primeira noite, com a pistola em riste,
afugentou três homens vestidos de preto
que tentaram
barrar-lhe a passagem e seguiu
viagem. Na segunda noite, afugentou três
homens vestidos de verde
que tentaram
fazer-lhe o
mesmo e também seguiu viagem.
Porém, na terceira noite, quando apontou a
pistola a três
homens
vestidos de azul, não os
afugentou nem
seguiu viagem. Por quê?
Impressionante! E inacreditável como a imprensa lusa se tornou uma mera correia de transmissão esquerdista…
Olha só! Esta tarde li na
revista “SÁBADO” uma matéria de duas páginas “SEXO EM TROCA DE VISTOS – O
antigo embaixador de Portugal no Senegal foi condenado a quatro anos e meio de
prisão por auxílio à emigração ilegal.”
Na matéria, não há nenhuma
referência a… quando foi nomeado ou designado por quem…
Fiquei matutando… muita ‘objetividade’ e ‘imparcialidade’…. hummm...
Aí, quando jantando, assisto
ao telejornal da RTP1 (porque o televisor da cozinha não pega os canais da TV a
cabo), uma matéria 'jornalística', fatos… sei… estranhei mais ainda… me lembrei
das matérias e reportagens sobre um bandido de nome Duarte Lima.
Esse senhor foi deputado pelo
PSD e, dizem, matou uma mulher no Brasil, Angra dos Reis… e corrompeu e se corrompeu... Lembro bem da
martelação: a cada vez que se mencionava o nome dele era automática a ‘ligação’:
ex-deputado do PSD, ex-deputado do PSD, ex-deputado do PSD, ex-deputado do PSD,
etc…
Atenção! O citado teria assassinado a mulher em nome ‘pessoal’, não em nome do PSD…
Aí, dizia, assisti à matéria
na RTP1… e me lembrei de Duarte Lima.
Fui pesquisar, no Google, quem era o embaixador… logo, de caras,
aparece:
O embaixador português em Dacar, António Montenegro, foi chefe de gabinete de José Lello, entre 1999 e 2000, quando o actual deputado pelo PS exercia funções de secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
O embaixador português em Dacar, António Montenegro, foi chefe de gabinete de José Lello, entre 1999 e 2000, quando o actual deputado pelo PS exercia funções de secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
Deu para sacar, generoso
leitor?
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Onda de violência no Rio faz comércio oferecer escolta a clientes no centro
Hanrrikson de Andrade
Preocupados com a onda de assaltos e esfaqueamentos no Rio de Janeiro,
comerciantes do centro da cidade estão oferecendo escolta a grupos de clientes,
principalmente mulheres, no percurso entre o estabelecimento e o local de
trabalho ou estudo. A iniciativa partiu dos restaurantes localizados na rua
Santa Luzia e na avenida Graça Aranha, onde almoçam trabalhadores de empresas
como Petrobras, Vale do Rio Doce, Firjan (Federação das Indústrias do Estado do
Rio), entre outras.
Cartaz colado em poste alerta os pedestres para alto índice de assaltos na região do Arquivo Nacional, na praça da República, no centro do Rio |
A escolta funciona de maneira informal
e gratuita. Uma vez solicitada ao estabelecimento, os seguranças que trabalham
para o comércio da região são orientados a acompanhar os clientes no trajeto de
volta. "Tem umas duas ou três semanas que a gente faz isso. As pessoas
pedem mais no sábado, quando o centro fica deserto", relatou um dos
seguranças que atuam na rua Pedro Lessa, nas imediações do prédio do MEC
(Ministério da Cultura) e da Ancine (Agência Nacional de Cinema).
Na região central do Rio,
assim como na zona sul, há relatos constantes sobre a ação de criminosos
armados com facas e outros objetos cortantes. Um dos casos mais recentes
ocorreu na última sexta-feira (22), quando a turista chilena Isadora Ribas Carmona, 38, foi ferida no pescoço durante assalto na praça Paris, na Glória. O ladrão fugiu levando o celular da
vítima. Ela foi atendida e liberada.
No sábado (23), estudantes do
Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), situado na avenida
Presidente Wilson, retornaram do almoço na companhia de um segurança do
restaurante Benedito. Segundo uma aluna do curso de pós-graduação em Marketing
Estratégico, o risco de assaltos faz com que os universitários saiam para
almoçar em grupos de mais de dez pessoas. "Não está fácil andar pelo
centro. Sentir medo é inevitável", afirmou ela.
A bola estourou...
Valdemar Habitzreuter
Rola... rola... rola, bola,
ora bolas!
O fascínio que a bola
proporciona aos espectadores num estádio de futebol é apaixonante e
significativamente impressionante. Há aí uma verdadeira paixão a ponto de ser
causa de lágrimas de alegrias e tristezas; causa de contendas que culminam em
feridos e mortos; e outras causas por aí afora...
Ao rolar da bola, um turbilhão
de emoções dormentes no íntimo de um espectador é extravasado e transformado em
delírio ou frustração. Qual o mistério de um objeto redondo a rolar pelos
gramados ter tanto poder de apaixonar milhares de pessoas mundo afora,
hipnotizando-as a ponto de ficarem alheias ao mundo real? Seria uma fuga da
‘ingratitude’ que julgam obter da vida? Transcender o mundo cão que os assalta?
Mas, por que uma bola e não outra coisa qualquer? Boas perguntas e difícil de
responder.
Talvez devêssemos simplesmente
responder que tudo o que é redondo rola mais fácil. Até cervejas há com rótulo
imaginativo de bola com o apelo de descer redondo garganta abaixo. Assim também
na vida, achamos que tudo o que se apresentar redondo é mais agradável, mais
fácil de lidar, dá mais alegrias e satisfação.
Mas, há na redondeza da bola e
da vida seus perigos e ilusões. Assim como a bola, que o jogador de futebol
costumeiramente recebe redonda em seus pés, pode quicar em falso e desviar-se
de sua trajetória ideal e o enganar, do mesmo modo, a vida muito redonda também
tem o seu fascínio, mas que nos pode trazer ilusões e sofrimentos. É bom
ficarmos em alerta a tudo o que é muito redondo para não nos deixar levar por seus
apelos emocionais que nos desviam da realidade nua e crua.
Assistimos ontem ao
desmascaramento dos dirigentes da FIFA que acreditaram que a bola sempre lhes
permaneceria redonda e, assim, poderem prosseguir com suas falcatruas
(redondas?)...Mas viram que a bola estourou e acabou com a festa. Agora terão
que enfrentar um mundo de emoções quadrado, quem sabe?, uma cela quadrada...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 28-5-2015
É a democracia, estúpido! Como a Segurança Social só é sustentável em ditadura
Carlos Guimarães Pinto
Alguns membros do Partido
Socialista (por exemplo, o João Galamba aqui)
têm afirmado que a Segurança Social deixou de ser sustentável devido à política
económica deste governo. Vamos assumir então que isto é verdade. Vamos então
fingir que tudo estava bem com a Segurança Social em 2011 quando o governo de
Sócrates chegou perto de não ter dinheiro para pagar pensões. Vamos fingir
também que a Segurança Social não tem obrigações a rondar os 200MM€, mas apenas
10MM€ em activos (menos de um ano de pensões) para cobrir essas obrigações
futuras. Vamos fingir que nada disto é verdade e que, de facto, a segurança
social era perfeitamente sustentável até este governo aparecer.
Se o PS acredita
verdadeiramente nisto, só tem uma solução: defender a privatização do sistema
de pensões. Se o PS acredita que basta uma má governação económica para colocar
em causa décadas de descontos, deveria defender um sistema que protege os
futuros pensionistas deste risco. Mas não, o PS continua a exigir aos
portugueses que todos os meses depositem o correspondente a metade do seu
salário líquido num sistema que assumem ser muito vulnerável. Em vez de
devolver parte destes descontos para que os trabalhadores portugueses possam
poupar para a sua reforma individualmente, comprando imobiliário, acções,
depósitos, etc (até o falido GES tem mais activos para pagar as suas obrigações
do que a segurança social), o PS quer continuar a obrigar os portugueses a
contribuir para um sistema que consideram frágil.
Claro que há uma outra
mensagem implícita no discurso do PS: a segurança social só é sustentável com o
PS no governo. Ou seja, o problema não é o sistema em pirâmide da segurança
social, o problema é a democracia.
Título e Texto: Carlos Guimarães Pinto, O Insurgente, 28-5-2015
A importância da pergunta. Britânicos vão votar “sim” para ficar na UE
Já é conhecida a formulação da
pergunta que será feita no referendo britânico à permanência da UE. Ao
contrário da forma como foi colocada a questão no referendo escocês, a pergunta
será pela positiva
David Cameron, foto: Facundo Arrizabalaga/EPA |
Edgar Caetano
“Deve o Reino Unido
continuar a ser um membro da União Europeia?“. É esta a pergunta que será
feita no referendo que David Cameron, o primeiro-ministro britânico, promete
fazer até 2017. A formulação da questão terá agradado aos defensores da
permanência na União Europeia (UE), já que a pergunta é feita de uma forma
positiva, ao contrário da forma como foi feita a pergunta no referendo escocês.
Aos escoceses foi perguntado “Deve
a Escócia ser um país independente?”, pelo que para manter a situação atual
os cidadãos tiveram de votar “não“. Aqui, no referendo à permanência do
Reino Unido, para que se mantenha a situação atual os britânicos terão de votar
“sim“. A formulação foi revelada pelo governo britânico na
véspera de David Cameron se lançar numa tournée nas capitais
europeias para pressionar os outros líderes europeus a lançar uma reforma
profunda das instituições europeias.
A importância da forma como se
faz a pergunta foi analisada por alguns especialistas em ciência política citados pela BBC.
“É a filosofia do Bob, o Construtor. É o tom Yes, we can (Sim,
nós conseguimos) que foi usada por [Barack] Obama. É uma tentativa de ser
o lado positivo da campanha”, afirmou Matt Qvortrup, da
Universidade de Coventry.
Alex Salmond, uma figura
destacada do referendo pela independência escocesa, diz à BBC que “não se
brinca com a questão da formulação da pergunta. A pergunta deve ser direta e
honesta” e salienta que “estar do lado do sim é importante”. O
que não impediu, contudo, que o “não” tivesse vencido no referendo escocês.
A grande regressão
Paulo Tunhas
A linguagem é sem dúvida um
dos meios mais eficazes para nos fazer sair para fora da realidade e de fingir
que ela não existe. A forma como o Syriza o está a fazer é deprimente.
Uma palavra que vem à cabeça
quando se olha um pouco à nossa volta é: regressão. Na televisão, na ideologia,
em muito discurso político, um pouco por todo o lado, volta-se atrás nas formas
e nos conteúdos. Quase até à infância.
Comecemos pela ideologia. Sob
a capa da novidade e da juventude, movimentos como o Syriza representam um
retorno a formas arcaicas de pensar a sociedade e de lidar com a realidade. Há
sem dúvida razões apontáveis para que tais movimentos tenham sucesso. Entre
outras, a corrupção das elites políticas e, de uma forma muito significativa, o
abalo provocado pelo sentimento de perda de soberania a que a chamada
“construção europeia” conduziu muitos cidadãos dos Estados-Membros. Resta que a
regressão ideológica que se observa – simétrica, de resto, do utopismo de
muitos aspectos da dita “construção” – é deprimente e tendencialmente
catastrófica, já que corresponde a uma negação daquilo que Freud chamava
“princípio da realidade”.
O princípio de realidade
manifesta-se, entre outras coisas, no reconhecimento de uma realidade exterior
que não depende de nós; na aceitação de uma mediação entre o desejo e a sua
satisfação; na dúvida quanto à justeza da nossa representação das coisas; na
ideia de um compromisso entre os nossos desejos e as formas presentes da
sociedade; e, finalmente, na ideia de uma imparcialidade que nos permita
avaliar o acordo ou o desacordo das nossas representações com a realidade
exterior.
Ora, se há coisa que o Syriza
nos tem deprimentemente habituado desde a sua eleição, maximamente na figura do
inenarrável ministro Varoufakis, é a uma minuciosa e repetida violação do
respeito por cada uma destas condições. De nada são responsáveis; de mediações
(se se quiser, cedências) para a satisfação do desejo, nem ouvir falar;
nenhumas dúvidas quanto à justeza da sua representação do estado das coisas;
recusa sistemática de qualquer compromisso com a União Europeia; e,
consequentemente, absoluta incapacidade de toda e qualquer forma de
imparcialidade na apreciação da relação das suas propostas com a realidade.
Diagnosticaram-me 'ideologia'
Maria João Marques
Para Costa, o seu novo pregão
arrepiante – o de ‘estado empreendedor’ – não é ideológico; a ideologia,
aparentemente, só contagia pessoas de direita. A esquerda é imune a
preconceitos e ideologias.
‘Ideologia’ foi uma doença muito avistada
depois de PSD e CDS ganharem as eleições de 2011. Todas as pessoas decentes do
país se queixaram, nos primeiros seis meses do governo, que a malvada coligação
queria implementar um ‘programa ideológico’. Acabar com as golden shares foi
‘ideológico’, as alterações da legislação laboral tresandaram a’ ideologia’, o
corte dos subsídios aos funcionários públicos esteve carregadinho do pecado
‘ideológico’, os cortes na despesa nos vários setores (de resto menores do que
os negociados pelo PS no memorando de entendimento) foram o cúmulo da
‘ideologia’.
Com a proximidade das
eleições, os diagnósticos de ‘ideologia’ têm explodido outra vez nos lados dos
técnicos de saúde política afetos ao PS. Eu nos últimos tempos já fui objeto de
vários diagnósticos de ‘ideologia aguda’ no twitter, na sua forma declarada e
incurável. Às vezes pondero se não seria melhor (para bem da saúde pública)
acoplar uma campainha à minha carteira para avisar quem se cruza comigo desta
debilitante condição liberal em que me encontro.
Claro que quem se queixa de
‘ideologia’ tem muita razão. Os partidos – todos – apresentam uma ideologia aos
eleitores através das suas propostas políticas nos programas eleitorais; e os
eleitores decidem para que combinação ideológica estão mais virados em cada
momento eleitoral. Na verdade, os partidos menos ideológicos que por cá temos
são PSD (cuja grande ambição da maioria dos seus militantes é ser de esquerda)
e CDS (que ainda não se arrumou o socialismo beato).
Nem só os jovens costistas das
redes sociais e do comentário político se preocupam com este surto infeccioso.
António Costa também parece estar baralhado com o vírus ideológico. Por
exemplo, em março, Costa ‘criticou o Governo por ter abdicado de uma abordagem
pragmática na resolução dos problemas do país “por puro preconceito
ideológico”’ (Expresso, 17/3/2015). Em abril, Cassete Costa afirmou: ‘Este
Governo nunca olhou para os problemas de uma forma pragmática, olha sempre para
os problemas com preconceito ideológico’ (RR, 12/4/2015).
Lá está, o governo sofre de
‘preconceito ideológico’ e não toma a dose diária recomendada de pragmatismo.
Estaleiros Navais a West Sea
Maria Teixeira Alves
Se outro motivo não houvesse
para eu ser de Direita a privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo
servia perfeitamente. Um ano depois da subconcessão dos ENVC a privados, os
estaleiros são de uma eficiência há muito não vista. De máquinas quase paradas
passaram à reparação de 37 navios e a recuperar antigos e angariar novos
clientes. Ao fim de 390 dias nas mãos da West Sea os Estaleiros Navais
tornaram-se absolutamente eficientes. No tempo do da tutela do ministério da
Defesa não havia encomendas e os trabalhos estavam quase parados. Vivam as
privatizações!
P.S. A excepção é a Cimpor,
coitada da empresa nas mãos da brasileira Camargo. É preciso cuidado com a
soberba dos brasileiros.
Título, Imagem e Texto: Maria Teixeira Alves, Corta-fitas, 28-5-2015
Relacionados:
Manifestantes apresentam pedido de impeachment de Dilma
Presidente da Câmara, Eduardo
Cunha, se comprometeu a fazer análise técnica da solicitação do Movimento
Brasil Livre (MBL)
Eduardo Cunha (sentado na ponta) com integrantes do MBL e deputados de oposição. Foto: Facebook/Reprodução |
Fernando Diniz
Manifestantes do Movimento
Brasil Livre (MBL) protocolaram na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira
(27), um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Deputados da
oposição disseram que o grupo recebeu a garantia do presidente da Casa, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), de uma análise técnica.
“O presidente deixou claro que
vai ter de se debruçar sobre o pedido de impeachment, pedir para a assessoria
técnica da Casa, além de pareceres de fora da Casa para se decidir favorável ou
contrário”, disse o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP).
Os pedidos de impeachment
podem ser apresentados por qualquer cidadão brasileiro. Cabe ao presidente da
Câmara decidir se o processo é arquivado ou não.
Afagado por líderes da
oposição, o MBL apresentou o pedido, sustentado em pareceres de juristas como
Ives Gandra e Modesto Carvalhosa, depois de uma marcha de São Paulo até
Brasília. O texto tem 3 mil páginas e recebeu 2 milhões de assinaturas, segundo
os organizadores. Um dos fundamentos jurídicos é a “pedalada fiscal” do governo
Dilma Rousseff, que consiste no atraso do repasse de dinheiro do Tesouro
Nacional aos bancos públicos.
“Eduardo Cunha se comprometeu
a analisar tecnicamente e não engavetar automaticamente, como fez com os
outros. Agora continuamos com uma pressão no Congresso para que seja colocado
em pauta”, disse Kim Kataguiri, um dos líderes do movimento.
Título, Imagem e Texto: Fernando Diniz, Terra, 27-5-2015
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