segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Conheça os Charlatões Ocidentais que Justificam a Jihad

Giulio Meotti 
Por qual razão o filósofo Michel Onfray se tornou tão querido entre os jihadistas franceses que lutam na Síria e no Iraque? O jornalista David Thomson, especialista em movimentos jihadistas, explicou que "Onfray foi traduzido para o árabe e é compartilhado em todos os sites pró-ISIS".

Onfray admite que estamos em guerra. Mas esta guerra, para ele, foi iniciada por George W. Bush. Ele "esquece" que 3.000 americanos foram mortos no 11 de setembro de 2001. Se você lembrá-lo que o "ISIS mata inocentes", Onfray responderá: "nós também já matamos inocentes". É a perfeita equivalência moral entre o ISIS e o Ocidente. Bárbaros contra bárbaros! Com esse relativismo moral, Onfray abre as portas para os cruéis assassinos islâmicos.

Após o massacre em Paris, o intelectual francês Thomas Piketty, apontou a "desigualdade" como sendo a raiz do sucesso do ISIS. Outro consagrado filósofo alemão, Peter Sloterdijk, ressaltou que os ataques do 11 de setembro foram apenas "pequenos incidentes".

Famosos representantes da cultura europeia também abraçaram o sonho de Adolf Hitler. Seus herdeiros agora justificam a jihad como o castigo supremo no tocante às liberdades ocidentais e à democracia.

O filósofo alemão Martin Heidegger (à esquerda) foi um dos muitos intelectuais e artistas europeus que abraçaram o sonho de Adolf Hitler. Hoje, o filósofo francês Michel Onfray (à direita) se tornou o queridinho do grupo jihadista Estado Islâmico, por conta da sua visão segundo a qual, a despeito dos islamistas matarem e massacrarem, não é culpa deles. Ele culpa as vítimas, porque "o Ocidente atacou primeiro".
Após o 11 de setembro de 2001, a nata dos intelectuais europeus imediatamente começou a procurar e encontrar justificativas para a jihad. Eles obviamente estavam fascinados com o fuzil automático Kalashnikov, "a arma dos pobres". Para eles o que se passou em Nova Iorque foi uma quimera, uma ilusão. Hipoteticamente, os assassinatos em massa eram o suicídio da democracia capitalista, e o terrorismo foi a fúria dos desempregados, a arma desesperada de um lumpemproletariado ofendido com a arrogância da globalização ocidental.

Esses intelectuais semearam as sementes do desespero em uma enorme câmara de eco ocidental. Do 11 de setembro até os recentes massacres em solo europeu, os cidadãos ocidentais assassinados são retratados apenas como vítimas colaterais em uma guerra entre "o sistema" e os condenados da terra, que só estão reivindicando um lugar à mesa.

OS PINGOS NOS IS – O que quer o povo e o que querem as esquerdas

Obviamente, são coisas distintas...

No Rio, Freixo só ganhou na zona sul, e assim mesmo perdeu em Ipanema, e Grande Tijuca

Cesar Maia
    
Nesta tabela podemos clicar no mapa e ver pelos percentuais de cada candidato por zona/bairro. Freixo só ganhou na Zona Sul (menos Ipanema) e Grande Tijuca e parte do Grande Méier. Crivella ganhou de forma mais ampla na área que vai da Zona Norte à Zona Oeste.



A casta

Helena Matos

Devidamente aglutinada nas esquerdas, a casta fez do controlo do Estado o seu objectivo e de um Estado controlador o seu programa. O resto é folclore e conversa.

Drones. Agentes inflitrados. Cruzamento de dados. – Não não estou a falar de nenhuma operação de combate ao narcotráfico mas tão só dos meios que ou já possui ou quer vir a ter ao seu dispor a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). Para quê? Para investigar as empresas. Privadas, claro, porque no Estado não entra a zelosa Autoridade para as Condições do Trabalho. Ainda esta semana fomos informados que “O combate à precariedade das relações laborais, designadamente aos falsos recibos verdes, falsos estágios e falsas bolsas, é o objetivo de um acordo que envolve o Governo, o Bloco de Esquerda e, segundo o “Jornal de Negócios”, o PCP. Acordo entre Governo e Bloco de Esquerda só se aplica às empresas privadas”. Ou seja, o “combate à precariedade”, seja isso o que for (as notícias sobre o mundo laboral são uma sucessão de chavões e sound bytes em que nunca se percebe o que está a ser negociado), apenas se aplica ao sector privado. No Estado “os falsos recibos verdes, falsos estágios e falsas bolsas” podem continuar.

Portugal é cada vez mais um Estado que legisla a seu favor e cria excepções que isentam os seus protegidos dos deveres, razoáveis ou injustos, que impõe aos demais. Envolto na retórica do “público”, do “é nosso” do “é do Estado é de todos nós” (a PT era sangue do nosso sangue, não era?) usando o imaginário da velha luta de classes, dos pobres bons contra os ricos maus, dos lucros milionários que podiam acabar com as pensões de miséria… o Estado cresce. A verdadeira riqueza está na capacidade de influenciar o Diário da República. E o verdadeiro poder sente-se quando se consegue ficar isento do que se impõe aos demais. Esta excepcionalidade estatal está já a entrar no patamar inevitavelmente grotesco da excepção dentro da excepção, como acontece com a legislação feita à medida do gestor da CGD, António Domingues.

Fazer parte desse país-Estado ou conseguir ser tratado por ele de uma forma diferenciadamente privilegiada gera um sentimento de casta. E se essa diferenciação choca no momento da atribuição de poderes, então que termo usar para descrever a absoluta tolerância para com a ineficácia e a irresponsabilidade, desde que praticadas em nome do Estado? Fixe-se este número: 187 milhões de euros. Contas por alto e não contabilizando o ordenado que lhe pagamos como vereador, os arrebatamentos do vereador da Câmara Municipal de Lisboa (CML), José Sá Fernandes já nos custaram 187 milhões de euros. Para quem estiver assombrado com a quantia eu passo a detalhar: foram 18,1 milhões de euros de indemnização para o consórcio responsável pelo túnel do Marquês de Pombal, obra interrompida graças ao activismo do agora vereador.

Quando a mentira passa por verdade

Alexandre Homem Cristo

É oficial: o anunciado aumento orçamental de 3,1% na Educação é, afinal, um corte de 2,7%. O oposto. Há 15 dias, a falsa notícia fez as manchetes. Agora, alguém viu noticiado o corte? Eu também não.

Dia 14 de Outubro: o governo entregou a sua proposta de Orçamento de Estado para 2017 (OE2017) e, no respectivo relatório, anunciou um aumento orçamental de 3,1% na Educação. A notícia difundiu-se em triunfo por todos os meios de comunicação social. Só que, como expliquei na própria noite e mais tarde em artigo nesta coluna de opinião, o governo havia ocultado os dados da execução orçamental de 2016 (estimativa), a partir dos quais se calcula efectivamente os aumentos ou as reduções orçamentais de um ano para o outro. E, olhando ao historial dos Orçamentos na Educação, o mais provável era mesmo que o anunciado aumento não existisse. Ou seja, o governo havia ocultado informação para anunciar um aumento quando, na realidade, a informação disponível sugeria um corte orçamental na Educação. Uma ocultação inédita, assinale-se, pois nenhum governo o havia feito antes em anos e anos de apresentações de Orçamentos de Estado.

O assunto passeou com discrição durante mais de uma semana, ao longo da qual os partidos da oposição exigiram os dados em falta e o resto do país político exibiu indiferença generalizada. Que eu tivesse reparado, à excepção de uma notícia no jornal i, o assunto não mereceu demais atenção. Facto que o governo aproveitou para, em resposta a um requerimento da Assembleia da República que solicitava os quadros orçamentais omissos, recusar o envio. Até que, por fim, Bruxelas e a UTAO derrubaram o muro, apontando o dedo à ocultação que a UTAO qualificou de “retrocesso em termos de transparência orçamental“. Essa martelada da UTAO – uma das poucas instituições em Portugal que inspira respeito – despertou a comunicação social para o assunto e foi decisiva para que a pressão sobre o governo o obrigasse a ceder. Muito contra a sua vontade, o governo viu-se forçado a enviar os dados em falta.

No "Triângulo das Bermudas" (SP-RIO-BH), a direita – liberal conservadora – avança. Uma guinada histórica

Cesar Maia
     
1. O "TRIÂNGULO DAS BERMUDAS" ganhou este nome pela expressão política e eleitoral mais que proporcional desses três Estados que representam 45% do eleitorado brasileiro. E, claro, o peso político das suas capitais.
    
2. Analistas explicam a inversão de 1964 pela presença de três governadores de Direita - Adhemar de Barros, Carlos Lacerda e Magalhães Pinto. Analistas explicam também a reversão em direção à democracia em 1985 pela presença dos governadores Franco Montoro, Leonel Brizola e Tancredo Neves.
    
3. Nas três capitais – S. Paulo, Rio e Belo Horizonte – desde a volta das eleições diretas nas Capitais em 1985 que o " Triângulo das Bermudas" pende para a esquerda a cada eleição, inclusive levando em conta o perfil político-ideológico do prefeito eleito dentro de seus partidos. São nove eleições diretas entre 1985 e 2016.
     
4. Apenas agora – depois dessas nove eleições – em 2016, esse perfil político-ideológico muda, e de forma flagrante, com uma forte guinada à direita. Em São Paulo um prefeito de esquerda dá lugar a um prefeito abertamente liberal, Doria, que é antípoda a qualquer tipo de perfil social-democrata de seu partido.
     
5. Na cidade do Rio de Janeiro, o prefeito liberal atual dá lugar a Crivella, abertamente conservador-liberal. Conservador aberto nos valores e liberal aberto nas posições que defendeu no primeiro e no segundo turno, de parcerias com o setor privado na educação e na saúde e de privatizações.

Não foi “a esquerda”, mas a extrema-esquerda que saiu perdendo nessas eleições

Luciano Ayan

Não concordo com o argumento dizendo que “a esquerda” saiu perdendo nessas eleições. O erro decorre de cairmos em uma camisa de força verbal criada pela extrema-esquerda, que, no fundo, foi a grande derrotada nessa eleições. Já os partidos de esquerda moderada e de centro-esquerda saíram fortalecidos.

Essa não é uma má notícia para uma direita pragmática, que precisa finalmente começar a ter candidatos de direita, mesmo que alguns deles ocupem espaços em partidos de esquerda. É o caso de João Doria e Nelson Marchezan Junior, que decididamente são candidatos de direita, mesmo estando no partido esquerdista PSDB.

O primeiro trabalho para a direita pragmática é nos livrarmos da extrema-esquerda. Nisto, ainda temos muito trabalho pela frente para evitar que eles não retomem o protagonismo em 2018 e 2022. Mas as eleições de 2016 já foram um ótimo passo neste sentido.

Em seguida, o trabalho da direita é começar a viabilizar ainda mais candidatos na linha de Marchezan e Doria. Enquanto esse trabalho está apenas no início, podemos nos conformar com o fato de que as eleições atuais foram dominadas pela centro-esquerda e pela esquerda moderada. Assim, não tivemos uma derrota “da esquerda”. Nem era esse o foco para um primeiro momento.

É importante nomear as coisas como elas são. Nosso problema atual é lutar contra a extrema-esquerda, que não pode ser definida como “a esquerda”.

Charada (339)

Descubra qual
é o valor de x
na seguinte sequência:

0, 1, 3, 6, x, 15, 21, 28

A "estratégia"


Me perguntaram porque votei no Crivella

Eliza Martins

Eliza Martins, foto: Arquivo Pessoal/Facebook
Respondi: Votei contra Freixo e tudo que ele representa.
Um projeto de governo esquerdista, com estado inchado, mais empresas públicas.

Fechado com Jandira; Lindbergh; Jean Wyllys; Lula e Dilma.

Em seu discurso contra a criminalidade, Freixo fala pra caramba contra as milícias, mas nada contra os traficantes. Por que será?

Não quero dar poder pra quem apoia bandidos! Bandido não pode ser tratado como vítima da sociedade. Bandido tem que ser tratado como bandido.

Freixo apoia Black Bocks e outros arruaceiros do tipo.

O PSOL é o novo PT, querendo tirar onda de honestidade, redução da desigualdade social, partido do povo, etc. O povo apostou no PT e deu no que deu, quebraram o Brasil e ficaram milionários.

Dá para dar poder a quem exige o rigor da lei a seu favor, mas quer resolver na porrada, na intimidação, na pressão violenta, quando discordamos do seu ideal nefasto?

Pelo apoio à ideologia de gênero, que quer dar a doutrina LGBT pra crianças de 6 anos, ensinando o que é sexo oral, sexo anal e outras coisas do tipo (entre pessoas do mesmo sexo, inclusive) para criancinhas do nosso país!

domingo, 30 de outubro de 2016

Marcelo Crivella (PRB) faz discurso após ser eleito prefeito do Rio de Janeiro

Crivella eleito! No dia 2 de janeiro de 2017 começarão as greves…


… dos professores, dos bancários, dos petroleiros… Black Blocs apoiando todos estes “espoliados trabalhadores”, enfim, o carioca viverá (e aguentará) primaveras, verões e invernos de “democracia popular” – a única legítima!

Pois é… só desejo, com muita força, que o carioca saiba e consiga combater esse efeito colateral, evitando que descambe para a guerrilha urbana…
Abraços e beijos de carinho./-


Em Porto Alegre, venceu o Nelson Marchezan Júnior.

O pensamento de Roger Scruton

João Pereira Coutinho

O filósofo britânico conservador Roger Scruton, que agora tem seus livros lançados no país, contrapõe-se a algumas das linhas mestras do pensamento progressista pós-Maio de 68. O pensador critica a "cultura do repúdio", que nega as bases da modernidade, e o relativismo ocidental que tudo compreende e perdoa.


Roger Scruton fala sobre seu livro "Filosofia Verde" em 2012

Anos atrás, recebi o telefonema de um amigo com uma pergunta inusitada: "Você vai assistir ao Scruton?". Estranhei. Assistir? Scruton?

Ele explicou: Roger Scruton, um dos mais importantes filósofos conservadores vivos, estava em Portugal para uma palestra. A dita cuja seria na Universidade Nova de Lisboa, a dois passos do meu apartamento. Faltavam dez minutos para o início.

Saí de casa, caminhei até a universidade e encontrei uma sala pequena que me pareceu gigante: estavam seis pessoas e o próprio Scruton. Sentei-me, o autor começou a sua dissertação (sobre a "common law" inglesa, creio), e a estranheza instalou-se nos meus neurônios: como explicar a desolação do cenário?

Se Scruton fosse um perigoso revolucionário (ou reacionário) e se Portugal vivesse sob uma ditadura de direita (ou de esquerda), a deserção seria compreensível. Mas clandestinidade em democracia é uma contradição nos termos.

Acontece que Scruton é um perigo, sim, por dois motivos fundamentais. Em primeiro lugar, porque o pensador britânico é um brilhante escritor. As ciências humanas estão colonizadas por criaturas pedantes e vácuas que fizeram da opacidade uma ilusão de respeitabilidade.

Scruton, que se considera herdeiro estilístico de T.S. Eliot, escreve com uma elegância a que a filosofia acadêmica já não está habituada. Nesse quesito, convém recordar as palavras de Nassim Nicholas Taleb sobre a condenação à morte de Sócrates em Atenas: "Existe algo de terrivelmente desagradável, alienante e sobre-humano em pensar com demasiada clareza".

Mas o verdadeiro perigo de Scruton estava no fato paradoxal de ele ser um conservador que defende princípios quase iluministas no meio do caos pós-iluminista. A afirmação pode soar herética para quem vê iluminismo e conservadorismo como inimigos genéticos.

Um erro. Se descontarmos a evidência de que muitos autores conservadores (Hume, Burke etc.) são tributários do iluminismo britânico, é importante lembrar que o conservadorismo é uma ideologia reativa (ou "situacional", como diria Samuel P. Huntington) que defende valores ou princípios ameaçados em determinados momentos históricos.

Para Scruton, esses valores ou princípios se traduzem, hoje, na busca incessante da verdade (contra o relativismo epistemológico que deixou um rastro de destruição nas "humanidades") ou na defesa da natureza humana e de valores morais objetivos, e não contingentes (contra o relativismo ético que tudo compreende e tudo perdoa). No século 18, a "cultura de repúdio" (expressão do autor) estava nos revolucionários que pretendiam destruir as tradições ou instituições que fizeram a grandeza da Europa. No nosso tempo, a "cultura de repúdio" está nos intelectuais que pretendem reverter o "adquirido civilizacional" da própria modernidade.
()
Título, Imagem e Texto: João Pereira Coutinho, Folha de S. Paulo, 30-10-2016

Relacionados:

Trump turns up heat over Clinton email probe, as new poll shows neck-and-neck race

ABC puts Democratic contender at 46% to GOP rival’s 45%; Clinton slams ‘unprecedented’ FBI intervention; Trump denounces her ‘illegal’ conduct

Jennie Matthew and Dave Clark

US Democratic presidential nominee Hillary Clinton speaks during “Go Out to Vote” concert at the Bayfront Park Amphitheater in Miami, Florida, on October 29, 2016. Photo: Jewel Samad/AFP Photo 
Donald Trump stepped up his attacks against Hillary Clinton, seeking to exploit the FBI’s decision to reopen an investigation into her emails, as America’s bruising election campaign heads into its final stretch.

Just one point separates Clinton and Trump in a new ABC News/Washington Post tracking poll, released Sunday morning, underlining Trump’s revived candidacy. Clinton leads by 46-45 percent, ABC said.

Just 10 days before the country goes to the polls to elect either the former US secretary of state or the bombastic Republican billionaire, America’s top cop James Comey has been thrust center stage.

The FBI director wrote to lawmakers on Friday, announcing that his agents are investigating a newly discovered trove of emails, renewing an enquiry that the Clinton campaign thought ended in July.

Trump pounced. Campaigning in the western state of Colorado, which has been leaning toward Clinton, he denounced what he called his opponent’s “criminal and illegal conduct,” to chants of “Lock her up!”

“This is the biggest political scandal since Watergate, and it’s everybody’s deepest hope that justice at last will be beautifully delivered,” Trump, 70, told a later rally in Phoenix, Arizona.
()
Title and Text: Jennie Matthew and Dave Clark, The Times of Israel, October 30, 2016

Carta à jovem que escreveu uma carta ao prof. Marcelo

Alberto Gonçalves
Cara Maria (se quiser, acrescento o "dra.": a julgar pelos exemplos que chegam das franjas do governo, o título dispensa licenciaturas), soube que escreveu ao Presidente da República. Infelizmente, apanhou-o em Havana, em cordial visita à nomenclatura de psicopatas locais. Felizmente, o conteúdo da carta caiu nas páginas da Visão e facilitou a exposição do drama da Maria ao país inteiro.

Resumindo muito, a Maria conta que "sonhou" (cito) ser médica desde pequenina e que, por causa de umas décimas na nota de candidatura, não conseguiu entrar em nenhuma universidade portuguesa. Por isso, tenta hoje aceder a uma universidade espanhola. Nada de especial. O problema é que, logo de seguida, a Maria salta dos factos para as lamentações.

Pelos vistos, há um "sistema injusto" que a impede de cumprir a ambição académica. Não duvido. Sucede que a responsabilidade pelo dito cabe justamente à corporação dos médicos que a Maria admira: a pretexto da qualidade, a zelosa vigilância do numerus clausus nos cursos em causa trata de regular a quantidade de profissionais e assim preservar o "prestígio" perdido por outras profissões com excesso de oferta e consequente desemprego. Não ficou claro se a ideia da Maria é acabar com selecção tão restrita. Se for, peço-lhe que depois não escreva cartas a queixar-se de que, aliás à semelhança de quase toda a gente, corre o risco de não arranjar trabalho.

Se, pelo contrário, a Maria concorda com o numerus clausus e apenas discorda da avaliação que a rejeitou, aí o caso complica-se. À custa dos salamaleques exibidos pelos papás contemporâneos, percebo que os jovens da geração - e, suponho, do meio social da Maria - cresçam sob a ilusão de que o mundo é um lugar fácil e está ganho à partida. Não é e não está. A verdade é que a Maria se sujeitou a provas e, segundo critérios "exclusivamente científicos" (o desplante!), perdeu para uma data de colegas. "Quem é que avalia o lado humano?", pergunta a Maria. Ninguém, por ser um conceito vago e, em última instância, insusceptível de medição. Se não fosse, também ninguém garante que o "lado humano" da Maria lhe concederia a vaga que procura. Os argumentos que a Maria apresenta para justificar a admissão ("Porque eu quero, porque eu mereço, porque eu preciso") não são especialmente portentosos. Nem compatíveis com a visão, algo ornamentada, que a Maria tem do ofício ("Ser médico é ser-se astuto, perspicaz, responsável, sensato e sensível").

QUIZ: Robert Altman

Que filme, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1970, consagrou Robert Altman como um dos mestres da sátira?


A – Nashville
B – MASH
C – O Imenso Adeus
D – Estrada do Inferno (Countdown) 

O realizador norte-americano Robert Altman (1925-2006) também realizou conhecidas séries de televisão, tais como Bonanza ou Alfred Hitchcock Apresenta.

Charada (338)

Mário disse ao Victor:
“Dá-me 4 das tuas ovelhas
e ficaremos com o mesmo
número de ovelhas”.
Porém, Victor contrapôs:
“Prefiro que me dês 4
das tuas e ficarei
com o triplo
das tuas
ovelhas.”
Quantas
ovelhas
tem
cada 
um?

Bom dia, meu Brasil brasileiro, vamos votar!

Niterói Rodrigo Neves (PV)

Rio de Janeiro Marcelo Crivella (PRB)

Porto AlegreNelson Marchezan Junior (PSDB)

Relacionados:

sábado, 29 de outubro de 2016

[O cão tabagista conversou com…] Mariscal: “… então resolvi procurar trabalho. E por livre e espontânea vontade dirigi-me à Varig”

Nome completo:
João Batista L. Mariscal

Nome de guerra:
MARISCAL

Onde nasceu:
Rio de Janeiro


Onde estudou:
Colégio Lemos de Castro e Colégio Barcellos Costa.


Quando e onde começou a trabalhar?
Em 1962, em uma companhia de seguros no Rio de Janeiro.

Esses colégios localizam-se em Madureira, certo?
Correto.

Então, como foi a infância em Madureira?
Bem, nasci em Madureira em 5 de janeiro de 1943 e lá fiz meu curso primário e ginasial e vivi meus primeiros onze anos.

Foi uma infância feliz, pois podíamos brincar na rua tranquilamente já que não havia preocupação com qualquer tipo de violência, não havia, naquela época, maldade nas cabeças das crianças e diria até que havia uma certa inocência, brincávamos de pés no chão, na chuva, comíamos de tudo sem saber o que era agrotóxico (nem existia). Não foi uma infância rica mas foi bem feliz e com liberdade.

Avenida Ministro Edgar Romero, Madureira, 8 de maio de 2010
E de Madureira mudou-se para onde?
Mudei-me então em 1954/55 para o bairro de Abolição onde terminei meus estudos (curso científico), naquela época o ensino no Brasil era dividido em cinco anos de curso primário, quatro anos de curso ginasial e três anos de curso científico.

Morei lá até 1969, quando casei.
Foi ainda solteiro, morando na Abolição, que ingressei na RG, mas aí é outra história.

Era melhor o ensino naquela época, era mais sério, não acha?
Sim, sem dúvida alguma, os professores eram mais bem preparados, a qualidade do ensino público era bem superior à existente hoje, os alunos respeitavam os professores pois recebiam educação em casa e na escola.

Os pais preocupavam-se com o desempenho dos filhos, hoje não há educação em casa e os alunos agridem professores verbal e fisicamente e eles nada podem fazer graças a um famigerado Estatuto da Criança e do Adolescente que permite que os pequenos menores façam tudo e não sejam responsabilizados e nem punidos por coisa alguma.
Resumindo, os alunos fingem que estudam e os professores fingem que ensinam. Sorry.

A pandemia esquerdista

Gabriel Mithá Ribeiro

A carga moralista do marxismo não é dissociável das suas imensas responsabilidades na perversão do pensamento ao ter confundido o inconfundível: coletivismo com altruísmo e individualismo com egoísmo

Os povos são o que pensam. Quanto mais se avançou na contemporaneidade, tanto mais o pensamento coletivo dos mais variados povos ficou dependente das correntes intelectuais dominantes.

Antes da hegemonia do progressismo esquerdista, o pensamento europeu ocidental viveu um ciclo marcado por uma tradição magistralmente expressa nas ‘Causas da decadência dos povos peninsulares’ de Antero de Quental (1871), tendência posteriormente tipificada com maior rigor em inícios do século XX. Através do conceito de regressão, devemos a Freud a possibilidade interpretativa de considerar que indivíduos e sociedades podem não caminhar necessária e permanentemente rumo a estádios de maior perfeição.

Ao remeter para o interior de indivíduos e povos as responsabilidades pelos seus destinos, a herança intelectual e cultural gerada no século XIX, discutível como quaisquer outras, teve o mérito de contribuir para um dos períodos mais férteis da vida intelectual europeia.

Em rutura com a tradição referida e, de certa forma, contra todo o passado histórico o revolucionário século XX legou-nos o domínio avassalador do marxismo cultural. Este não apenas introduziu a sobrevalorização da dimensão material das existências como pré-condição do progresso coletivo, como impôs ideais de avanço contínuo da humanidade orientados por um rumo predeterminado. Por réstias de pudor fingimos hoje ignorar que, na origem, o ponto de chegada idealizado em tal futurologia era inequívoco: a tão mística quanto trágica sociedade comunista.

Help! O Rio está perigoso

Alberto José

O Rio está precisando de um Governador ou Prefeito como Rudolph Giuliani [foto], de Nova Iorque, que implantou a política de "tolerância zero" contra os criminosos.


Se você tem uma Mercedes-Benz você é assaltado! Se você tem uma bicicleta você é esfaqueado! Se você tem um telefone celular você apanha na cara, é esculachado!

Antes, era perigoso andar na favela, agora é perigoso andar no asfalto pois os criminosos estão assaltando nos ônibus, nas ruas e no comércio em plena luz do dia. Entrar nas Lojas Americanas, padaria ou nos correios é arriscar a vida.

Os "jovens desfavorecidos" das favelas do Jacaré entram nos ônibus, assaltam, quebram o veículo e mandam o motorista parar na rua enquanto fazem arrastão!

É a completa desmoralização da lei e das autoridades pelos marginais que, ao contrário das vítimas, são protegidos por entidades que sobrevivem explorando a defesa de "direitos humanos".

A polícia TEM MEDO de reagir pois os "defensores" dessa "gente" vão para a TV "pidi justiça" ou entram com ações judiciais contra as autoridades e os juízes dão ganho de causa para "os desfavorecidos" condenando os policiais, uma das razões pela qual o eficiente Secretário BELTRAME deixou a Segurança do Estado!

E quando o criminoso é encarcerado recebe mais de R$ 900,00 por cada filho; recebe visita "íntima (para fazer mais filho) "; e ainda é liberado pelos juízes para comemorar Black Friday, Dia das Mães, Dia das Crianças, Finados, Natal e Ano-Novo!

 Esse é o legado da Copa e das Olimpíadas!

Em quatro anos, na Síria morreram 256.000 vítimas; no Rio morreram 279.000!
Título e Texto: Alberto José, 29-10-2016

Relacionados:

Vou de Crivella


Amanhã, domingo, 30 de outubro, os cariocas irão às urnas para decidir quem será o próximo prefeito da cidade do Rio de Janeiro: Marcelo Crivella ou Marcelo Freixo.

Nenhum deles é meu ideal de candidato. O meu candidato era Índio da Costa, que ficou pelo caminho. Não é a primeira vez (nem será a última) que o “meu” candidato ou não chega à final ou, em chegando, a perde.

Julgo que TUDO (e mais alguma coisa) já foi dito sobre estes dois candidatos, quer dizer, sobre Marcelo Crivella não tenho dúvida que tudo já foi dito, inventado, insinuado e etc… A capa e a legenda da penúltima edição da revista VEJA é um bom exemplo.


Agora, em relação a Freixo, tenho dúvidas se o escrutínio ou a chafurdagem tenham sido tão severas. Não me consta, por exemplo, que a mesma revista VEJA tenha informado os seus leitores os valores ideológicos que Marcelo Freixo defende e representa.

Como foi que a briga começou

Motivo nobre

Renan (Calheiros) pediu a Alexandre de Moraes (Ministro da Justiça) que o ajudasse a tentar adiar o julgamento da ação (contra Renan) no STF que diz que o réu não pode estar na linha sucessória (isto é, Renan não pode continuar como presidente do senado).

O ministro disse "não"! A briga começou aí.
Texto: Jorge Bastos Moreno/O Globo, 29-10-2016
Foto: Beto Barata 
Colaboração: Alberto José

Até quando? Até quanto?

Péricles Capanema



No dia 9 de setembro último, desrespeitando proibição do Conselho de Segurança, a Coreia do Norte fez seu quinto teste nuclear, o maior deles. Os três mísseis lançados caíram na zona econômica exclusiva do Japão, o que foi sentido pelos japoneses como ameaça direta para a segurança do país. Zona econômica exclusiva é a faixa situada além das águas territoriais, com cerca de 370 quilômetros. As águas territoriais têm aproximadamente 22 quilômetros. Ou seja, os três mísseis caíram a menos de 400 quilômetros das costas nipônicas.

Poucos dias antes, num comício em Des Moines, Donald Trump, o candidato republicano, repetiu o que já vem garantindo em várias ocasiões: “Vocês sabem, temos um tratado com o Japão. Quando o Japão for atacado, somos obrigados a usar todo o poder e força dos Estados Unidos. Se nós formos atacados, o Japão não precisa fazer nada. Os japoneses podem ficar sentados em casa vendo TV Sony. Certo?”. E foi adiante: “Disseram-me que o Japão paga 50% do custo das tropas norte-americanas lá. Por que não fazê-lo pagar 100%?”

Trump já havia trombeteado a respeito da presença militar dos Estados Unidos no Japão: “Não estou disposto a continuar perdendo essa dinheirama. Francamente, é o caso, eles que se protejam contra a Coreia do Norte”. De momento, os Estados Unidos mantêm 54 mil soldados no Japão e 28 mil na Coreia do Sul.

Inquirido a respeito, Shinzo Abe [foto], o prestigiado primeiro-ministro nipônico, comentou diplomaticamente: “Não importa quem seja o próximo presidente dos Estados Unidos, a aliança nipo-norte-americana continuará a ser a pedra fundamental da diplomacia japonesa”.

O quadro fica mais carregado com as recentíssimas declarações do Rodrigo Duterte, presidente das Filipinas, em visita oficial a Pequim: “Anuncio minha separação dos Estados Unidos, tanto a militar quanto a econômica. Os Estados Unidos perderam. E talvez eu vá à Rússia falar com Putin. São três contra o mundo: China, Rússia e Filipinas”. Aliada histórica e próxima dos Estados Unidos, a República das Filipinas tem por volta de 100 milhões de habitantes e mais de 12 milhões de filipinos vivem no Exterior.

Pinda sem mão na Educação

Rafael Marques de Morais


Pinda Simão é ministro da Educação desde 2010, altura em que o nefasto Burity da Silva saiu do posto que ocupou durante uma eternidade, com a falta de resultados que se conhece.

Não vale a pena falar das escolas primárias ocupadas por pocilgas dos funcionários superiores da Educação, nem dos estudantes angolanos no estrangeiro que passavam fome porque o ministro, alegadamente, se apropriava do dinheiro das suas bolsas. Basta lembrar as reacções de vários estudantes quando Domingos Bernardo Ebo, antigo director do INAGBE (Instituto de Gestão de Bolsas de Estudo), foi condenado pelo Tribunal de Contas a devolver aos cofres do Estado a quantia de US $3.5 milhões por danos causados no período de gerência 2000/02.

Estes foram os escândalos típicos de Burity. Com Pinda esperava-se um novo alento.

Seis anos volvidos, talvez não existam escândalos de grande corrupção, excepto aquele em que Pinda Simão confrontou o ex-sócio Burity da Silva acerca da propriedade da Universidade Independente, episódio que aparentemente terminou com uma divisão de despojos. Pinda ficou com o Lubango, e Burity com Luanda.

Mas existe uma política educativa desastrada e sem sucesso.

Não querendo repetir o que a reitora da Universidade Agostinho Neto afirmou recentemente acerca dos estudantes que chegam à Universidade, a realidade é que qualquer professor do ensino superior verifica que a massa de estudantes que chega a este grau de ensino vem com imensos problemas. Problemas na área da escrita, sendo raros os jovens que conseguem escrever uma página de texto sem erros ortográficos; problemas na área da argumentação, tornando-se muito difícil utilizar regras de lógica e estabelecer contrapontos dialécticos; problemas de síntese, já que a maior parte dos estudantes precisa de muitas palavras para expressar uma ideia ou um conceito simples.

Vieira Souto inundada


Avião pega fogo na decolagem


A força do Amor

Nelson Teixeira
O amor é o sentimento mais puro e grandioso que existe, através dele tudo se modifica, tudo se transforma.

A tristeza através do amor dá passagem ao sorriso…

A mágoa através do amor dá passagem ao perdão verdadeiro…

A doença através do amor dá passagem para que a cura venha…

Só a força do amor pode levantar aquele que se encontra deitado sem força para levantar…

Só a força do amor pode fazer caminhar aquele que não tinha mais pernas para andar…

Amar incondicionalmente significa renunciar defeitos e esculpir as virtudes pautadas pelo esforço, dedicação e muita coragem.

Apegue-se ao amor em tudo que for necessário na vida, pois só ele é capaz de dar a reação necessária àquele que precisa de algo maior para continuar.

O amor cura e o amor constrói. 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 29-10-2016

QUIZ: Mary Poppins

Mary Poppins dizia que, para tornar as obrigações mais agradáveis, bastava um pouco de…


A – Amor
B – Simpatia
C – Acúcar 
D – Doce

Charada (337)

Qual é o
algarismo
cujo número
de letras é igual
ao seu valor?

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Novo fenômeno mundial do Youtube, japonês Pikotaro diz estar extasiado com o sucesso da canção ‘PPAP'

O comediante japonês por trás do hit viral PPAP disse nesta sexta-feira, 28, que está animadíssimo pelo sucesso global de sua música cuja letra é “pen-pinapple-apple-pen”, ou seja, “caneta-abacaxi-maçã”. Com 45 segundos, a canção é o novo fenômeno do Youtube, com mais de 67 milhões de visualizações e recorde no Guinness Book.

Na canção, ele finge enfiar uma caneta em uma maçã e em um abacaxi, e depois mistura todos, numa letra muito simples em inglês e num beat grudento.

Pikotaro, como é conhecido, lançou uma versão de dois minutos, mais longa do que a versão original e respondeu a várias questões numa entrevista coletiva nesta sexta-feira, 28, em Tóquio.
()
Veja:


Título e Texto:  O Estado de S. Paulo, 28-10-2016

O egoísmo

Nelson Teixeira
O egoísmo é um sentimento que nos faz olhar apenas para o nosso mundo e tudo a nossa volta não importa, se estamos bem é o que vale.

Esse sentimento aprisiona a nossa capacidade de olhar ao nosso lado e ver o quanto podemos ser úteis para aqueles que necessitam de nós.

Ser egoísta deixa que o orgulho e a falta de humildade domine os sentimentos não dando chance ao crescimento e ao aprendizado, sim, aprendizado porque somos eternos aprendizes por isso estamos unidos em grupos, para nos ajudarmos uns aos outros e egoístas não poderemos desenvolver a nossa tarefa de amor ao próximo e a caridade para com todos a nossa volta.

Devemos refletir muito sobre como estamos armazenando em nossa vida esse sentimento, pois ele nos tira a capacidade de nos tornarmos melhor, ele é amigo do orgulho que nos tira a capacidade de praticar a humildade, uma virtude grandiosa que só quem a possui sabe o seu real significado. 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 28-10-2016

Estudo mostra que 91% de tudo o que a imprensa fala de Trump é negativo ou hostil

Implicante


O Media Research Center fez um estudo sobre a cobertura televisiva das eleições para presidente dos Estados Unidos. E chegou a duas conclusões óbvias que vinham sendo negadas pela própria imprensa: Donald Trump chama bem mais atenção do noticiário do que Hillary Clinton, mas 91% do que é publicado sobre ele apresenta um tom negativo ou mesmo hostil.

O horário nobre era o alvo. Dos 1.191 minutos de transmissão analisados pelo estudo, 440 minutos foram dedicados a controvérsias que atingiam Trump, contra 185 minutos das que atingiam Clinton. A diferença chega a assustadores 138% contra o candidato republicano.

Sozinho, o caso envolvendo abuso de Trump contra mulheres protagonizou 102 minutos de reportagens, enquanto o escândalo sobre os e-mails de Clinton não mereceu mais do que 53 minutos.

O blogue é parcial. Não!

Quem é parcial é o Editor!
Amanhã, quer dizer, hoje, logo mais, voltarei para 'denunciar' a parcialidade do Editor deste blogue...

É difícil ser de direita em Portugal

João Miguel Tavares

Em Portugal, a esquerda é o homem e a direita é a mulher. Na teoria, têm os mesmos direitos. Na prática, não têm.

Tenho de dar razão à esquerda: a direita anda a choramingar há mais de um ano, a anunciar diabos que não vêm, e com muita dificuldade em aceitar aquilo que se está a passar. Gastamos o nosso tempo a apontar diferenças de tratamento, a lamentar que aquilo que em 2015 eram cortes selvagens em 2016 se tenham transformado em indispensáveis cativações, e que trocar tributação directa (progressiva) por tributação indirecta (regressiva) seja a nova definição de uma política de esquerda. Andamos cabisbaixos. Tristes. Jururus. Tudo isso é verdade. Mas se a esquerda vir bem, aquilo que a direita reclama é por um direito que a esquerda até costuma apreciar: a igualdade de oportunidades. Lamentavelmente, a igualdade de oportunidades não existe na política portuguesa. Em Portugal, a esquerda é o homem e a direita é a mulher. Na teoria, têm os mesmos direitos. Na prática, não têm. Um tem de limpar a casa muito mais vezes do que o outro.

Dou-vos um exemplo concreto desse tratamento diferenciado. Há dois dias, a Fenprof respondeu a um artigo meu sobre o desaparecimento de Mário Nogueira e a nova postura do sindicato, que desde que este governo tomou posse trocou a oposição nas ruas pela oposição no site. Embora Mário Nogueira, até para justificar o emprego, não possa abdicar totalmente de um pó-de-arroz sindical e de um eyeliner reivindicativo, a verdade é que o novo Mário Nogueira é o antigo Mário Nogueira sob o efeito do Xanax que lhe é diariamente prescrito pelo PCP enquanto suportar o governo. A Fenprof nem disfarça. Fala de uma direita “assustada e desorientada”, que se afunda nas sondagens e já não consegue enganar os portugueses, para depois concluir: “Não, a Fenprof não muda ao sabor dos governos e só há um interesse que serve: o dos professores que representa!” Esta conclusão faz lembrar a famosa frase de Henry Ford sobre o Ford modelo T: “O cliente pode ter o carro da cor que quiser, desde que seja preto.” Os professores também podem ter a Fenprof que quiserem, desde que seja comunista e desconsidere qualquer governo de direita. Um professor do CDS está tramado: chegou demasiado tarde ao mercado sindical, que vive em situação de quase monopólio. Ou se junta a Mário Nogueira e sus muchachos, ou a sua voz nunca será ouvida.

É tão fácil ser de Esquerda em Portugal

Nuno Melo
Imagine-se que Passos Coelho era primeiro-ministro, Assunção Cristas vice-primeiro-ministro e o PSD e o CDS propunham medidas que beneficiavam fiscalmente os offshores, reduziam o investimento nos serviços do Estado e prejudicavam o normal funcionamento das escolas. O que não teria sido dito e escrito?

Com a Esquerda tudo isto se passa. Mas os pecados capitais à Direita, na geringonça passam a problemas estruturais ou equívocos justificados.

Em maio titulava-se: "Bloco desafia outros partidos a combater os offshores". Na encenação parlamentar, o líder da bancada Pedro Filipe Soares escreveu aos congéneres repudiando uma "realidade paralela protegida por sistemas fiscais extremamente permissivos e pala complacência geral dos estados". Recordou que "em 2015 saíram de Portugal mais de 864 milhões de euros para paraísos fiscais". Foi criado o grupo de trabalho que faria maravilhas orçamentais. Mas 5 meses depois, revelado ao Mundo o nascituro burilado pela geringonça, conheceu-se o OE2017, que incorporando o chamado imposto Mortágua contra os malvados dos ricos, eliminou afinal o imposto de selo que incidia sobre os imóveis detidos por offshores sediados em paraísos fiscais, isentando-os do pagamento de muitos milhões. Contas feitas, uma destas casas com valor patrimonial de 1,5 milhões de euros pagará menos 108 mil euros de imposto de selo. E se tiver um valor patrimonial de 2 milhões de euros, pagará menos 154 mil euros. Tanta conversa.

Como outras vezes no passado, é notícia que há escolas encerradas por falta de funcionários, atrasos na colocação de professores e as despesas das administrações públicas com investimentos diminuíram 11,5 %. Alguém tem visto a FENPROF ou a CGTP na rua? Não consta que Mário Nogueira e Arménio Carlos estejam a banhos algures na Venezuela comunista com que se encantam, apesar da desgraça para quem lá vive.

“Tu é gay que eu sei”


O post "De saco cheio da 'homofobia" me fez procurar este registro da Banda Rosa Choque. A imagem está ruim, mas foi o ‘melhor’ que achei.


Lembro bem de curtir esta paródia nos programas de televisão, ano de 2007.

Seria possível esta, ou qualquer outra banda musical, cantar esta paródia ou algo semelhante nestes dias de outubro de 2016? Nestes dias em que os brochantes ‘politicamente corretos’, veados tresloucados e sapatonas tribufu intimidam gente que tem sentido de humor, que adora brincar, que adora fazer amor… você acha possível que uma paródia como esta passasse nas televisões?!

Eu acho que não. Mas não mesmo, seriam acusados de homofobia, misoginia e o cacete a quatro!
Inté!

Relacionados: