quinta-feira, 31 de maio de 2018

Médias: après les « faux musulmans », les « pseudo-supporters »

Quand les journalistes décident de ce qui est bien ou mal

Ingrid Riocreux

Le discours médiatique compose en permanence un monde idéal présenté comme réel. Conséquence logique : quand la réalité entre en conflit avec celle qu’on veut nous peindre, c’est le réel qui ment.

Quand c’est mauvais, c’est pas vrai

Nous sommes habitués à cela : nous savons par exemple que les méchants musulmans ne sont pas de vrais musulmans. Ils « se prétendent » musulmans mais ils « n’ont rien à voir avec l’islam ». Pire, ils trahissent l’islam qui est une religion de paix et patati. On pourrait imaginer que les prêtres pédophiles soient considérés comme des « soi-disant catholiques ». Ce n’est pas le cas et c’est normal. On peut être une ordure tout en étant catholique. La question, après, reste de déterminer si on est une ordure parce qu’on est catholique et on se rappelle que France 2 a récemment tranché en faveur de cette thèse. Pour l’instant, l’islam s’en sort bien puisqu’il n’est pas tout à fait bien vu de dire qu’être musulman rend potentiellement dangereux.

Un imam « prêcheur de haine » (selon la formule consacrée) est un imam « autoproclamé ». Et peu importe si, en l’absence de séminaire et de clergé, tous les imams sont autoproclamés. Il s’agit, par cette expression, d’invalider le statut de quelques uns pour sauver la respectabilité morale de tous les autres. C’est très bien, mais je ne suis pas certaine que ce soit la mission première du journaliste.

Fact Check: Yes, George Soros Was A Nazi Collaborator

Daniel Greenfield


Since the media is once again insisting that Soros’ Nazi collaboration was a conspiracy theory, here’s George is in his own words on 60 Minutes.

KROFT: My understanding is that you went out with this protector of yours who swore that you were his adopted godson.

Mr. SOROS: Yes. Yes.

KROFT: Went out, in fact, and helped in the confiscation of property from the Jews.

Mr. SOROS: Yes. That’s right. Yes.

KROFT: I mean, that’s — that sounds like an experience that would send lots of people to the psychiatric couch for many, many years. Was it difficult?

Mr. SOROS: Not — not at all. Not at all. Maybe as a child you don’t — you don’t see the connection. But it was — it created no — no problem at all.

KROFT: No feeling of guilt?

Mr. SOROS: No.

KROFT: For example that, ‘I’m Jewish and here I am, watching these people go. I could just as easily be there. I should be there.’ None of that?

Mr. SOROS: Well, of course I c — I could be on the other side or I could be the one from whom the thing is being taken away. But there was no sense that I shouldn’t be there, because that was — well, actually, in a funny way, it’s just like in markets — that if I weren’t there — of course, I wasn’t doing it, but somebody else would — would — would be taking it away anyhow. And it was the — whether I was there or not, I was only a spectator, the property was being taken away. So the — I had no role in taking away that property. So I had no sense of guilt.


Was Soros responsible for his actions at that age? He’s certainly responsible for his adult perceptions of them. And he’s been quite clear about that.

It’s not just that he felt no guilt over it. It was, in his own words, as, ” “the most exciting time of my life.”

But again, the Holocaust was a very difficult time. People do terrible things to survive. And they have mixed feelings about them. Life isn’t cut and dried.

[Ferreti Ferrado suspeita...] Temeridade

Haroldo P. Barboza

Título, Arte e Texto: Haroldo P. Barboza, 30-5-2018

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Injustiça Rápida: O Caso de Tommy Robinson

Ilustração: Ben Garrison
Bruce Bawer

§  É impressionante a rapidez com que a injustiça foi imposta a Robinson. Não, mais do que isso: é aterrorizante.

§  Impedido de contatar seu advogado, foi imediatamente julgado e condenado a 13 meses atrás das grades. Na sequência, ele foi levado para a Hull Prison.

§  Enquanto isso, o juiz que sentenciou Robinson também ordenou à mídia britânica que não divulgasse nada sobre o caso. Jornais que já haviam postado reportagens sobre a sua prisão as retiraram rapidamente. Tudo isso aconteceu no mesmo dia.

§  No Reino Unido, os estupradores desfrutam do direito a um julgamento justo com plenas garantias, direito à representação legal de sua escolha, direito de ter tempo suficiente para preparar a defesa e o direito de ir para casa sob fiança entre as sessões dos julgamentos. No entanto, nenhum desses direitos foi dado a Tommy Robinson.

A primeira vez que estive em Londres, aos vinte e poucos anos, tive um surto de adrenalina que durou a semana inteira da minha visita à cidade. Jamais, nos anos seguintes, outro lugar teve tanto impacto em mim, nem Paris, nem Roma. Sim, Roma, berço da civilização ocidental e Paris, centro da cultura ocidental, mas foi na Grã-Bretanha que os valores do mundo anglo-saxônico, acima de tudo a dedicação à liberdade, haviam tomado forma integral. Sem a Grã-Bretanha, não teria havido a Declaração de Independência, Constituição ou Carta de Direitos dos EUA.

Lamentavelmente, nos últimos anos, a Grã-Bretanha deu as costas ao seu compromisso com a liberdade. Críticos estrangeiros do Islã, como o estudioso norte-americano Robert Spencer e, por um tempo, até o parlamentar holandês Geert Wilders foram barrados de entrarem no país. Agora, pelo menos um proeminente crítico autóctone da Grã-Bretanha em relação ao Islã, Tommy Robinson, tem sido recorrentemente assediado pela polícia, coagido pelos tribunais, desprotegido pelos funcionários da prisão que permitiram que os presos muçulmanos o espancassem até ele ficar inconsciente. Indubitavelmente, as autoridades britânicas consideram Robinson um encrenqueiro e gostariam nada menos que vê-lo desistir de sua luta, deixar o país (como Ayaan Hirsi Ali deixou a Holanda) ou ser morto por um jihadista (como aconteceu com o cineasta holandês Theo van Gogh).

quarta-feira, 30 de maio de 2018

[Para que servem as borboletas?] A fragilidade e a fortaleza do ser humano...

Valdemar Habitzreuter

Julgamo-nos superiores a tudo. Através de nossa racionalidade tornamo-nos capazes de controlar e dominar tudo o que nos cerca. Possuímos a vida no mais alto grau se compararmo-nos às plantas e animais irracionais. Mas, podemos admitir, em absoluto, que o ser humano é o rei forte deste mundo natural onde ele se insere?...  Sim e não.

Vejamos:  - As coisas inorgânicas que nos cercam não têm vida, mas percebemos que são duráveis, não sofrem aquela decrepitude acelerada dos seres vivos, são como que eternas. Além do mais não necessitam de nutrição. Por exemplo, um objeto inorgânico de grande desejo (as mulheres que o digam) é o diamante, considerado, praticamente, indestrutível, face a sua dureza e inalterabilidade. Imponentes montanhas rochosas, que ornamentam nosso planeta, nos sensibilizam espiritualmente. Há povos - habitando nos sopés dessas montanhas – que as têm como deuses pela sua imponência majestosa e duradoura. Então, eis a questão: as coisas inorgânicas (sem órgãos vitais) estão aí resistindo ao tempo, desprovidas de qualquer sensibilidade como o ser vivente. No entanto, colocamos o mundo inorgânico na escala mais baixa da existência, a mais insignificante e fraca.

Vejamos mais:  - O mundo vegetal, o mundo das plantas, já se diferencia do mundo inorgânico. Há vida numa planta. Se há vida nela, possui algum grau de sensibilidade, alguma afetividade que a faça ter vitalidade. É como se possuísse um grau mínimo de inteligência e psiquismo na procura da nutrição que a torna viva.  Mas, donde tira ela sua vitalidade? Justamente do mundo inorgânico. Embora estática, lança suas raízes nas profundezas do solo onde encontra o alimento mineral para poder viver. Na escala da existência tem sua posição entre o mundo inorgânico e o mundo animal.

Eis, pois, o mundo animal: - O ser animal é aquele com poder de movimentação. Há nele mais do que a simples afetividade da planta que faz com que ela consiga sua nutrição e viceje, há nele um instinto que o impele a movimentar-se e encontrar aquilo que mais lhe convém para sua subsistência. O instinto é o grande propulsor para que o animal não fique inerte e morra de inanição. Nos animais irracionais o instinto é, portanto, o impulso com o qual vai atrás de sua alimentação. E esse instinto também está presente no ser animal humano, embora mais fraco, uma vez que o homem, com a aquisição da inteligência, serve-se dessa para planejar e facilitar, através de engenharias técnicas, a conquista de seu alimento. É como se a inteligência superasse o puro instinto animal e se valesse da perspicácia racional de como conseguir com menos esforço sua alimentação.

As (in)Capazes

Cristina Miranda

Assumo sem problema algum que não sou nem nunca serei feminista. Mas isso não significa “ódio às mulheres” como alguns homens e mulheres feministas me conotaram (francamente!).

Bem pelo contrário: significa que não aceito que se diminua a mulher retirando-lhe capacidades intrínsecas de conquistar objetivos para justificar sua pseudodefesa por grupos de mulheres radicais e obsessivas. Dizer que uma mulher para conseguir algo na sociedade precisa de outra mulher ou grupo delas, é ofensivo. A mulher para conseguir tudo o que quer na vida só precisa de vontade, determinação e acreditar nela sem medos para iniciar a mudança.  Mulher só não consegue o que não quer.

Lutar pela igualdade de direitos é uma luta de todos, por todos, sem discriminação. E ao fazê-lo por uns, abre-se portas aos outros. Mas a mulher em particular pela sua poderosa natureza de lutadora resiliente capaz de superar barreiras inimagináveis aliada a uma persistência invulgar, foi desbravando caminho para chegar a todo o lado praticamente sozinha. As mulheres sempre souberam ultrapassar tabus e preconceitos com sua teimosia rebelde e poderes de sedução. Sim. Sedução. São as únicas que conseguem dar a volta aos homens fazendo-os perder a razão em segundos e dominá-los sem que se deem conta usando a narrativa certa. Usaram e usam essa arma desde que existem. Por isso são as mais poderosas dos dois sexos. Se você é mulher e nunca viu isto, é cega.

Ter direitos iguais não significa eliminar as diferenças entre sexos como se as diferenças fossem algo pejorativo para a mulher. Ser diferente é ser o complemento, a diversidade que traz mais valias à sociedade. Precisamos tanto da sensibilidade e intuição feminina como da razão e objetividade do homem. Um ambiente de trabalho que não seja equilibrado entre géneros trará problemas. A propósito, trabalhei como docente em escolas com mais de 100 pessoas onde as mulheres eram sempre em maioria. Nesse universo desequilibrado (com poucos homens), os problemas começavam a aparecer (devido à natureza fortemente competitiva entre elas) assim que uma outra mulher se destacasse e fosse mais popular junto dos alunos ou professores masculinos.

[Discos pedidos] Cadeira vazia



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Assim continua a greve dos 'trabalhadores caminhoneiros'...

Hoje é o melhor dia

Nelson Teixeira

Não há dia melhor que o dia de hoje, em que temos neste momento a oportunidade para estar na companhia de nossos amigos e familiares. Juntos, em paz e tranquilidade, sentimos que a alegria fica no ar e o ambiente se torna perfeito.

Nem sempre é possível isso acontecer todos os dias durante a nossa jornada na terra, pois as responsabilidades e a rotina consomem nosso tempo.

Mas neste momento tudo pode ser diferente, portanto, use seu amor, e atenção para com todos que estiverem ao redor. Aproveite esta oportunidade, pois um dia igual a este pode não mais existir.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 30-5-2018

Pois é, pois é... eis Ciro Gomes:


Nota: eu e meu filho votamos nesse senhor, para presidente, no primeiro turno em 1998...

terça-feira, 29 de maio de 2018

[Aparecido rasga o verbo] STOP geral e ponto

Aparecido Raimundo de Souza

EUCLIDES DA CUNHA, EM SEU LIVRO, “Os Sertões”, afirmava que o sertanejo era antes de tudo um forte. Esse desmilinguido ao qual ele fazia referência seria, por extensão, o brasileiro de hoje? Com certeza! Sertanejo, brasileiro, é tudo uma coisa só. Igual a um caminhão cheio de japoneses. 

O que muda é o nome, de um lugar ou de uma região para outra. Se peneirarmos toda essa galera, chegaremos à conclusão de que o brasileiro de nossos dias se constitui no mesmo quebrantado de não sabemos quantos janeiros atrás.

Em nada diferiu acreditem, daquele abrandecido de Euclides dos idos de 1901. Os habitantes do nordeste, do agreste dos interiores paulistas, o matuto do Paraná, o caipira das Minas Gerais, toda essa leva, sem exceção, não importa a denominação que se dê. Não vão esses consanguíneos de meu Deus além de um punhado de bosta fedorenta elevada ao quadrado.

Zeros à esquerda, como dizem os metidos a fazerem as quatro operações matemáticas sem precisarem de calculadoras. Para esse povo, portanto, do norte, do sul, do leste, ao oeste, tudo está nos trilhos como uma locomotiva cansada num desvio esquecido da linha. 

Em outras definições mais brandas. A putaria e a seriedade ao redor desses Manés se aspecta a um início de carnaval. Melhor dito, se iguala, diríamos sem medo de errarmos o chute, a uma partida de futebol de um clássico qualquer. Pelo futebol a multidão de bobocas para. Ao contrário, para outros assuntos prementes... não precisaremos ir longe para corroborar o que afirmamos. Daremos, como exemplo, a palhaçada da greve dos caminhoneiros. Como tantas outras manifestações acontecidas, redundaram em quê? Em 90 minutos de jogo.

Voltando ao foco, sobrestaram em que? Em nada. Em porra nenhuma. Só no aumento de uma conta grandiosíssima que logo baterá em nossa fúmbia imbecilidade. O brasileiro de agora é antes de tudo o escachelado de ontem. Um ninguém. Um Otário. Ele tem medo de lutar por seus direitos, por aquilo que realmente acredita. Sente um mórbido agravante por represálias.  Foge como a Cruz do Diabo (não seria o Tinhoso da Cruz??!!) quando ouve falar em punições.

Sabe, de antemão, que para ele, o Povinho, a justiça existe.  É robusta e pegajosa. Além de cara e temerária. Carrega na consciência a ideia certeira de que para ele (o lado fraco), a borracha descerá nos costados. As algemas se fecharão. As portas das cadeias se abrirão como paraquedas. Como malas velhas. Percebe se não cagar um quilo certinho presidioszinhos e masmorras porão fim as suas alegrias. Regalo de pobre dura pouco tempo. Existe com hora certa para começar e hora incerta para nunca chegar a uma definição.

Uma análise a propósito da paralisação dos caminhoneiros


Pedro Pinheiro da Cunha

De pacato a feroz, em que grau o brasileiro está hoje?

“Os pacatos toleram tudo, exceto que se lhes perturbe a pacatez. Pois então facilmente se fazem ferozes…”

Com estas palavras Plinio Corrêa de Oliveira, há 36 anos, encerrava seu artigo na “A Folha de São Paulo” (14 de dezembro de 1982).

No artigo, considerado uma das peças históricas da sociologia e análise da Opinião Pública, ele discorre a respeito da pacatez tão característica do povo brasileiro, fazendo, entretanto, um alerta logo no título: “Cuidado com os pacatos!”.

Por brevidade, não reproduziremos aqui o artigo em sua íntegra, que pode ser lido aqui. Mas, como aplicá-lo para o dia de hoje? Não falamos de amanhã, do futuro, dos próximos anos. Não. Vamos falar do dia de HOJE.

Enquanto a grande mídia procura focar seus comentários sobre o que chamam de “greve dos caminhoneiros”, desabastecimento dos supermercados, impedimento de mobilização por falta de combustível, efeitos sobre a economia, sobre a saúde e a educação, como se aplica a análise do ilustre pensador católico e líder da autêntica direita — quiçá única — da época?

De 2014 para cá o pacato povo brasileiro viu desvendado pela Lava Jato uma torrente de denúncias de corrupção ocorridas nos últimos treze anos de governo da esquerda. Isso mesmo, daquela esquerda que gostava tanto dos pobres que procurou saquear o país para aumentar o número deles. Cartéis monumentais de corrupção operando com organização e desfaçatez mesmo durante as investigações e inquéritos da Lava Jato. Algum fator misterioso lhes dava essa segurança.

Para onde vai Pedro Passos Coelho?

Rui A.

Pedro Passos Coelho
Nada escrevi acerca do debate travado entre Adolfo Mesquita Nunes e Vasco Pulido Valente, sobre o tema «para onde vai a direita», que teve lugar na semana passada no Grémio Literário. Não estive lá, mas li o magnífico texto que lhe dedicou o José Meireles Graça, mais do que suficiente para uma aproximação ao que por lá se passou. A dedicar-me ao assunto tenderia a dizer o óbvio, que seria redundante: que não há, de momento, um pensamento político e estratégico de direita em Portugal, se por esta for entendido qualquer coisa que escape ao estatismo socialdemocrata/socialista mainstream, que tem orgasmos múltiplos e prolongados com as «vitórias económicas da geringonça e do Cristiano Ronaldo das finanças», esta semana orgiacamente festejados, «ambos os dois», na Batalha. Como diria também que a nossa tradição direitista em Portugal não é liberal, limitando-se a versões adocicadas de uma democracia-cristã situada entre o beato e o iliberal, o que não me fascina. E acrescentaria ainda que, por muita consideração que tenha pelos dois, que a opinião de um homem estruturalmente avesso ao primado do mercado e de outro que está partidariamente comprometido ao mais alto nível, sempre me mereceriam alguma reserva sobre as conclusões que pudessem retirar num tema como este, por mais interessante que fosse – como certamente foi – o debate.

Acresce ainda que todos os momentos de direita que o país teve, desde o começo do século passado, foram pouco agradáveis e quase sempre terminaram muito mal. Sidónio quis implantar uma ditadura e pagou-a com o próprio sangue; Salazar criou um regime de repressão e de isolamento asfixiante do país e das pessoas; Marcello Caetano criou expectativas que não cumpriu, e acabou dentro de uma chaimite empurrado pela populaça; Sá Carneiro morreu sem ter concluído um ano de governo da AD; dos governos seguintes de Balsemão e Freitas o melhor é nem falar; Cavaco Silva recebeu toneladas e toneladas de dinheiro de Bruxelas para criar o novo «homus cavaquensis», um irredutível e intrépido empresário lusitano que nos deixou um governo liderado por António Guterres; Barroso comprometeu-se a tirar o país do socialismo e pôs-se a andar para Bruxelas assim que pode, legando-nos, em seu lugar, o seu delfim e ex-presidente do Sporting Clube de Portugal, Pedro Santana Lopes.

Greve dos caminhoneiros e eleições presidenciais: quem ganha e quem perde?

Cesar Maia

1. A reação dos pré-candidatos a presidente da República à greve dos caminhoneiros foi um festival de oportunismos. Flavio Rocha, dono da Riachuelo, postou sua opinião totalmente favorável à greve. Ainda mais à direita que ele, Bolsonaro fez a mesma coisa em suas postagens.

2. Mas, no extremo oposto, a esquerda fez o mesmo, com postagens de líderes do PSOL e PT. Em geral, os candidatos a governador dos Estados preferiram manterem-se omissos, a maioria reclamando que não querem participar da "vaquinha" promovida pelo governo federal com seus tributos. Mas há uma estranha e paradoxal exceção: Pezão, que encaminhou projeto de lei reduzindo o ICMS do óleo diesel de 16% para 12%, uma redução significativa de 25%.

3. Em geral, foi tudo como se a greve dos caminhoneiros e suas consequências gerassem um consenso ideológico. As imagens da greve, com milhares de caminhões parados nas beiras das estradas ou as obstruindo, teve uma cobertura geral da mídia, em tempo integral, e em tempo real.

4. Isso apavorou os candidatos que, a menos de três meses das convenções, resolveram tirar uma casquinha eleitoral da greve. Nos jornais, as suas declarações tiveram pouco espaço. A TV entrevistou as autoridades e os atores da greve – patrocinadores e vítimas, mas não os candidatos.

5. Mas, nas redes sociais, os pré-candidatos deitaram e rolaram. Pré-candidatos e seus porta-vozes, em todos os níveis políticos, postaram seus vídeos, suas declarações e seus memes. Todos na mesma direção. Num extremo, Bolsonaro. Em outro extremo, o PSOL e o PT, passando pelo empresário Flavio Rocha – protoliberal. Flávio Rocha fez sua estreia no oportunismo político-eleitoral, mostrando o quanto é igual aos demais e à média política brasileira.

6. Mas quem perde e quem ganha -política e eleitoralmente – num ano crítico e estratégico como 2018? De nada adiantam as postagens, as entrevistas e os discursos? O fundamental é o perfil e a imagem acumulados, de cada um dos pré-candidatos.

Mídia Continua Incentivando a Violência do Hamas?

Alan M. Dershowitz
Original em inglês: Why Does the Media Keep Encouraging Hamas Violence?
Tradução: Joseph Skilnik


Se esta tivesse sido a primeira vez que o Hamas provocou deliberadamente Israel a tomar medidas de autodefesa que acabaram com a morte não intencional de civis em Gaza, a mídia poderia ser desculpada por fazer o jogo do Hamas. As mais recentes provocações do Hamas, ao posicionar 40 mil moradores de Gaza na fronteira com o propósito de destruírem a cerca e penetrarem em território israelense com coquetéis Molotov e outras armas improvisadas, fazem parte de uma tática recorrente do Hamas que eu chamo de "estratégia do bebê morto". O objetivo do Hamas é fazer com que Israel mate o maior número possível de habitantes de Gaza, de modo que as manchetes sempre comecem e muitas vezes terminem com a contagem de corpos. O Hamas envia deliberadamente mulheres e crianças para a linha de frente, enquanto seus próprios combatentes se escondem atrás desses escudos humanos.

Os líderes do Hamas há muito confirmam o uso dessa tática. Fathi Hammad, membro do Conselho Legislativo Palestino do Hamas, declarou já em 2008:

"Para o povo palestino a morte virou uma indústria na qual as mulheres se destacam, assim como todas as pessoas que vivem nesta terra. Os idosos se destacam nisso, bem como os mujahidin e as crianças. É por isso que eles formam escudos humanos de mulheres, crianças, idosos e dos mujahidin, com o propósito de desafiar a máquina de bombardeio sionista. É como se estivessem dizendo ao inimigo sionista: "almejamos a morte assim como vocês almejam a vida".
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Este Governo é um lixo

Cristina Miranda

É todos os dias isto. Notícias atrás de notícias a dar conta de mais trafulhices, de mais roubalheira, de mais corrupção. Um fartote de ilegalidades à descarada a que chamam depois de descobertos, “lapsos e percalços” (estão a gozar literalmente conosco) como se fossemos todos mentecaptos! Não há pachorra para tanto abuso de poder à luz do dia enquanto se movimentam como se tudo isto fosse perfeitamente normal num Estado de direito. Só numa semana (sem mencionar os casos acumulados durante os três anos de governação) foi uma catadupa de acontecimentos vergonhosos que nos coloca ao lado dos países mais subdesenvolvidos! É a indecência a governar como na Venezuela! Siza Vieira é agora o protagonista do “filme” (mais um) onde contracena com Ivo Rosa e António Costa. É isso mesmo. Um no MAI, outro na Justiça, outro como 1º Ministro. Que fantástico!

Esta semana foi a notícia de que António Costa fez especulação imobiliária (sim ouviu bem). Usando o seu status de Primeiro-Ministro comprou a um casal de idosos uma casa no Rato por 55 mil, valor muito abaixo do preço de mercado, vendendo dali a 10 meses pelo dobro insinuando que era para a filha, coitadinha, que queria morar ali pertinho do café do irmão. Que ternura! Nada disto teria tido grande importância se não tivesse este mesmo condenado até à exaustão estas práticas nos privados (essa “raça” de gente que ele persegue). Vamos recordar o que foi dito por ele: “O PSD e CDS criaram uma lei das rendas injusta e desumana que nem os idosos poupa a especulação imobiliária”. Está a ver o carácter desta criatura? Pior: usou a confiança depositada pelo casal, que tinha melhor proposta, por ser o Ministro de Portugal. Abominável. Ora a transação deveria ter sido comunicada ao TC em 60 dias. Só o foi passados 287 e a venda 71 dias depois. Costa alegou lapso. Pois está claro. Esse “senhor lapso” tem as costas largas.

Nada de novo.

Seguiu-se outro artista, Siza Vieira, aquele advogado cuja Sociedade de Advogados, a Linklaters, assessorou o contrato do SIRESP assinado por Costa e Constança em 2006 e o transformou naquilo que é hoje: um negócio que iliba a empresa de qualquer responsabilidade em caso de catástrofe. Não é digno de gênio? E que depois foi contratada de novo por Constança para dar um parecer sobre essa mesma cláusula!! Ou seja, contrataram a “raposa” para verificar a segurança do “galinheiro” cujo sistema foi implementado por essa mesma “raposa” e fazer assim uma análise “independente”. Veio agora a público que este camarada tinha constituído 24h antes de tomar posse como membro do governo de António Costa, uma sociedade imobiliária – que não possui desde então qualquer registo de atividade – vocacionada para a administração de bens próprios e alheios, assim como atividades de consultadoria, da qual se esqueceu de desvincular por ignorar as incompatibilidades. Assim como se esqueceu que um advogado não pode ser detentor de empresas de imobiliário. Sim porque há que lhe dar desconto. Não é por ser advogado que tem de ter a legislação toda na ponta da língua, não é? Pois. Soubemos ainda que se esqueceu de mencionar que também era presidente da Mesa da Assembleia Geral da Metro e Transportes do Sul S.A. enquanto ministro! Também se esqueceu, coitadito, que fez uma reunião com os chineses em particular antes da OPA, os mesmos que tinham sido seus clientes na Linklaters e pediu só mais tarde escusa do processo. Há 4 meses que o Parlamento espera por respostas a esta trapalhada toda onde se verificou para cúmulo que além dos “lapsos” por “ignorância”, atualizou o seu histórico de atos societários alterando datas. Olha só que interessante.

sábado, 26 de maio de 2018

[Versos de través] É o que temos para hoje!

Paizote Marques

Um sábado,
Um frio...
Um solzinho,
Um vinho!

Um cão,
uma saudade.

Um irmão...
Sozinho!
Um livro...


Título, Imagem e Texto: Paizote Marques, 18-5-2018

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Sobrevivência

Carina Bratt

O GATO PRETO andava com uma fome tremenda. Danada mesmo. Uma fome de três dias ou mais. De repente, viu seu almoço suculento em forma de passarinho. Era um desses caseiros que, fora da gaiola, não enxergam um palmo adiante do bico.
Esfomeado, armou o bote para pegá-lo. Calculou milimetricamente o pulo. Voou às cegas...

Chuapppp...

Entretanto, ao tentar abocanhá-lo, outro bichano, de pelos brancos, igualmente espreitava a mesma iguaria. Que azar!  O gato preto não o vira. Foi seu erro. Mais safo e despachado, o tal gato branco chegou de mansinho. Veio em sentido contrário e, numa pirueta certeira, se adiantou. Viajou no acaso...

 Chuapppp...

Deu certo. Vitorioso, arrebatou o saboroso almoço quentinho daquele dia.

O gato preto, coitado, ao se deparar com esse imprevisto, arregalou os olhos e se estatelou, a ver a gaiola vazia. Não só isso. Seu dejejum (seria o primeiro) cobiçado tomando outro rumo na boca sorridente de um desconhecido companheiro de desdita. A maldita fome, nessa hora, como por desencanto, aumentou mais.  Além de crescer, passou a doer com mais insistência e desconforto. 

Sim, tem que aguentar!!

Título e Imagem: Haroldo Barboza, 26-5-2018

Oportunismo partidário e descrença popular

Maria Lucia Victor Barbosa

O oportunismo partidário e a descrença popular com relação aos políticos, não constituem novidade. Apenas se acentuaram e ampliaram atualmente. Porém, nada mudou em essência, como analisei em meu livro O Voto da Pobreza e a Pobreza do Voto – A Ética da Malandragem.

Prova disso foi a pesquisa de opinião pública, realizada entre 17 de junho a 16 de julho de 1985, feita pela Toledo & Associados. O relatório da pesquisa concluiu que: “a imagem do político estava desacreditada e vinculada à corrupção, empreguismo, promessas não cumpridas, falta de seriedade e incompetência”. Entre os vários resultados obtidos apareciam os seguintes: 42% dos entrevistados afirmaram não acreditar em políticos e 57% desprezaram o discurso político, seja em palanques, seja na mídia.

Se o desencanto com os políticos vem de longe, os partidos nunca foram levados em conta pelo povo, que voto mesmo é no candidato. Mesmo porque, especialmente de 1986 para cá, o oportunismo partidário, a ausência de qualquer ideologia, princípio ou disciplina por parte dos partidos políticos, só fez aumentar. E se nossos partidos não podem deixar de guardar as características brasileiras como o predomínio do jeitinho tão conhecido, esses clubes de interesses fazem lembrar o tipo catch-all-parties ou partidos agarra-tudo, surgidos na Europa na década de sessenta. Essas agremiações tinham como objetivo captar o máximo de votos, atraindo eleitores diversos ou até contraditórios, não assumiam uma ideologia precisa e eram dirigidos por grupos que não saíam das bases.

Tal evolução, que transformou os partidos de massa europeus em partidos agarra-tudo, na Inglaterra atingiu, inclusive, o Labour Party.  Para enfrentar os conservadores, este partido originalmente operário penetrou nos meios sociais mais diversos e hoje sua clientela eleitoral apresenta caráter heterogêneo, com defecção de parte dos trabalhadores, apoio das classes médias e adesão crescente de quadros intelectuais. Traços que lembram o PT, exceto pelo nível de corrupção e oportunismo em que mergulhou esse partido, apresentado no passado como ideológico e representante da pureza das massas operárias, mas que na realidade é um misto de máfia e seita.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Greve gravada

Haroldo Barboza

Caminhoneiros bloqueiam a Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo (SP), durante o quarto dia de greve – 24 de maio de 2018. Foto: Miguel Schincariol/AFP

Este movimento de parada dos caminhoneiros agora no auge brotou em outubro de 2017. Vejamos a breve cronologia:

Outubro 2017 – diversos sindicatos de transportes se reuniram na Casa Civil (onde pouca produtividade “si viu” ao longo de sua existência como cabide de empregos) exibindo tópicos que alertavam para o estrangulamento coletivo dos sacrificados entregadores de mercadorias em função dos sucessivos aumentos dos combustíveis. Aumentos estes para recuperar o rombo que vinte ou trinta pilantras integrantes das trinta e cinco quadrilhas “oficiais” (não exibem armas de fogo; só de tintas) causaram à Petrobras.

Como a característica de nossos governantes é cuidar apenas do próprio umbigo, largaram o abacaxi verde (de forma criminosa) para lá.

14 de maio de 2018 – documento entregue pelos solicitantes comunicando parada geral programada para o dia 21 caso o desinteresse dos governantes continuasse no mesmo nível oito (sendo nove o menos importante de todos) ao longo da semana.

16 de maio de 2018 – uma cópia deste documento foi levada à imprensa, que por ter 90% dos canais comprometidos com a turma de mutreteiros do poder, não deram o merecido destaque à matéria. Fingiram não enxergar o abacaxi amarelado.

21 de maio de 2018 – O abacaxi ficou vermelho e foi dado início ao processo de parada da nação. E mesmo nos dois primeiros dias (ainda de baixo pânico), os gestores do caos estavam preocupados com “lançamento de candidatos às próximas eleições”.

3º Encontrão: Vídeo oficial (+ Bacana no Frango do Bonjardim)



Ronaldo Lima, "Bacana", animando o happy hour – já no restaurante – do 3º Encontrão Europeu de ex-trabalhadores da Varig, Familiares e Amigos... 17 de maio de 2018:


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Greve dos caminhoneiros e a responsabilidade de Dilma Rousseff

Lucas Berlanza


Quando o país se viu aturdido por uma paralisação nacional dos caminhoneiros e começou a se desenhar um cenário de protótipo de Venezuela, com desabastecimento de mercados, postos e até aeroportos, tudo parecia confuso e nebuloso.

Chegaram a ser aventadas pautas positivas por parte de alguns dos “grevistas”, como o cumprimento da lei do voto impresso e a liberdade de negociação com o governo sem a tutela de nossos lamentáveis sindicatos. Porém, deixando de lado certos métodos de reivindicação universalmente condenáveis, como bloqueios de estradas e queimas de pneus, o movimento parece ter alcançado uma proporção tal que fica difícil determinar uma única substância de princípios e pautas por trás de tudo.

Ainda assim, é forçoso reconhecer que os últimos sinais, no momento em que escrevemos estas linhas, do ponto de vista do caráter das bandeiras defendidas, não são muito animadores. Uma reunião com representantes do governo e dos caminhoneiros – no caso, sindicatos, contrariando a tal pauta da “livre negociação sem tutela” – definiu um acordo mediante o qual o governo congelará (isso mesmo, congelará!) os preços do diesel por trinta dias e promoverá um subvencionamento à Petrobrás pelos enormes prejuízos que isso causará à empresa.

Em outras palavras, a velha receita intervencionista do Estado-empresário: o governo controlará a economia através da força da caneta e equilibrará as contas de uma empresa através da verba do pagador de impostos. Até quando isso se sustentará, não sabemos; talvez uma estratégia de um governo virtualmente acabado para empurrar tudo com a barriga até as eleições.

O único grupo representativo de caminhoneiros que se retirou da reunião e declarou insistir na paralisação também não alegou nenhum grande motivo virtuoso para assim agir. Disse simplesmente que só normalizarão as atividades quando a decisão de zerar a alíquota do PIS-Cofins virar lei – o que será compensado, naturalmente, com mais tributação em outras áreas, conforme a proposta apoiada pelo irresponsável presidente da Câmara, Rodrigo Maia, prevendo “reoneração” da folha de pagamento em diversos outros setores.

Pacto de governo entre o M5S e a Liga, na Itália

Cesar Maia

1. O Movimento Cinco Estrelas (M5S), um partido antissistema, e a Liga (nacionalista) concluíram hoje um programa de governo conjunto que inclui a expulsão massiva na Itália de imigrantes e um "imposto único", anunciou o líder do M5S, Luigi di Maio [foto]


2. Num vídeo divulgado através da sua conta de Facebook, Di Maio convidou os militantes do partido a votar o pacto de governo através da Internet até às 20h00.

3. O texto do pacto tem 57 páginas e 23 pontos de programa de Governo, embora deixe em aberto a decisão sobre quem será o presidente do Governo.

4. Ambos os partidos, que defenderam na campanha eleitoral o reforço dos controles fronteiriços para travar a imigração ilegal, propõem a expulsão de meio milhão de imigrantes ilegais e a construção de centros para os acolher quando chegarem ao país e onde ficarão enquanto estiverem irregulares.

5. O programa comum inclui também a alteração do sistema de pensões para facilitar o acesso à reforma e à renovação de gerações, através de um sistema, designado 'quota 100', que permitirá a reforma quando a soma dos anos de idade e de descontos some 100, se bem que por enquanto não há uma idade mínima para a aposentadoria.

[Aparecido rasga o verbo] Retrospectivando

Aparecido Raimundo de Souza

ESTIVEMOS ONTEM, DE PASSAGEM por Vila Velha, no Espírito Santo. O Espírito Santo é um estado fantasma. Nunca ninguém viu cara a cara o Espírito, nem tête-à-tête o Santo. Apesar disso, a cidade de Vila Velha, região da Grande Vitória, completou 483 anos. Vila Velha, diga-se de passagem, é uma metrópole de tirar o fôlego de gregos e troianos e até mesmo daqueles que já bateram com as doze e aparentemente (como, aparentemente?!) dormitam tranquilamente o sono eterno dos justos.

Vamos explicar. A indagação “como, aparentemente?!” salta à baila, em vista dos cemitérios locais estarem depredados, devastados, às moscas, notadamente ao descaso de um prefeito pilantra e um poder público, por trás dele, embaçadamente ferro-velhado. Para os senhores terem uma ideia mais ampla, conversamos com alguns “defuntos” em seus respectivos jazigos (e acreditem, as reclamações foram as mais diversificadas).  Na verdade, pulularam como pipocas nos carrinhos frente a um ajuntamento de pequerruchos. Destacamos as que nos chocaram de imediato.

Reparem. Sepulturas quebradas, carneiros sem as proteções necessárias, campas e ossuários esbodegados, sepulcros abandonados, cheios de lixo e matos em volta, muros pichados, capelas (para as famílias velarem seus entes queridos) vandalizadas, servindo a maioria, de banheiros improvisados e residências clandestinas para “noiados”, moradores de ruas, além de uma centena de usuários de drogas e sem teto.

Sem mencionarmos os casais de desocupados que praticam sexo, e nesse cavaquear, reviram os olhinhos a céu aberto, em plena luz do dia, e, à noite (principalmente à noite), sob o dossel fulgurante das estrelas.  

Nessa peregrinação, um falecido recente, nos revelou que, após ter sido enterrado, teve seu buraco (perdão, senhores, sua cova), arrombada. Arrombada não, assaltada. Levaram um cordão de ouro, um relógio de pulso e mil e quinhentos reais em dinheiro, que guardava nos bolsos para lanches durante a viagem até seu destino final. Tentou um Boletim de Ocorrência na delegacia local, mas sem êxito.

O delegado de plantão alegou que “não poderia atender a uma criatura que havia passado desta para melhor. Que ele, o “extinto”, reclamasse com São Pedro, ou outra entidade canonizada, tendo em vista, em sua pocilga (desculpem, de novo) tendo em vista, em sua delegacia, jamais ser importunado para registrar um BO, onde a vítima se constituía num morto vivo em carne e osso”.

[Discos pedidos] Carl Orff: Carmina Burana

Greve ou oportunismo?

Os fact-checkers ignoraram as “fake news” espalhadas pelo PT contra a senadora Ana Amélia?

Marlos Ápyus

Uma das agências contratadas pelo Facebook chamou de "deboche" a notícia falsa espalhada até por perfis verificados

No 17 de abril de 2018, Gleisi Hoffmann deu publicidade a um pronunciamento feito à TV Al Jazeera. No texto lido, uma longa sequência de mentiras sacadas pelo PT para tentar se safar da Justiça brasileira. Preocupada com a imagem do país lá fora, Ana Amélia usou a tribuna da casa que a acolhe para repudiar a postura da petista. No dia seguinte, contudo, a senadora do PP tornou-se o alvo dos militantes virtuais, que a acusavam de ter confundido “Al Jazeera” com “Al-Qaeda”, o grupo terrorista. Uma postagem de Manuela D’Ávilla, presidenciável pelo PCdoB, teve mais de 11 mil compartilhamentos e segue no ar mais de um mês após a publicação.


Mas teria sido isso mesmo?

Sem qualquer preocupação com a veracidade, o Congresso em Foco, e toda uma sorte de blogs sujos que nem merecem citação, ajudaram a espalhar a versão da comunista. Mas uma visita ao vídeo do discurso, ou às notas taquigráficas daquela sessão, confirmaria que, nas cinco vezes que Ana Amélia citou o referido canal, usou a expressão “TV Al Jazeera”, deixando claro compreender que se trata de um veículo de comunicação, e não um grupo terrorista. Mais: que havia apenas duas citações à Al-Qaeda, ambas da senadora Regina Sousa, do PT:

“Estão confundindo Al Jazeera com Al-Qaeda.”
“Al-Qaeda, sim, é um movimento cuja história vimos.”

No 19 de abril, um dos perfis oficiais do PT ajudou a reverberar a notícia falsa, também sem qualquer prejuízo à conta, ou mesmo retratação pela mentira espalhada.


Alegria da alma

Nelson Teixeira
Você não deve se sentir alegre somente quando as coisas lhe são favoráveis. Sua alegria deve ser constante, e não decorrente de algum acontecimento ou de alguém. Procure não depender de ninguém e de nada para ser alegre.

Saiba que se isto ocorrer, estará sempre dependente de algo ou alguém. A alegria deve estar na verdade é dentro de você constantemente. Sua alegria não pode depender de algo externo, mas estar contida na sua alma.

Seja alegre e viva sempre com alegria. Ser alegre antes de mais nada é como se fosse uma sabedoria da alma.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 25-5-2018

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Não cabe ao governo decidir o preço do combustível: a solução é o liberalismo

Rodrigo Constantino


Entendo a revolta dos caminhoneiros e de todos em geral com a alta da gasolina. Afinal, o brasileiro “malandro”, que grita “o petróleo é nosso” e condena a privatização da Petrobras, paga o combustível mais caro do planeta. Eu posso abastecer meu possante beberrão aqui em Weston pagando metade do preço por litro pago pelo brasileiro, que ganha, na média, quatro a cinco vezes menos do que um americano. Faça as complexas contas do custo extra em terras tupiniquins…

Mas compreender a revolta é uma coisa, aceitar a forma de reagir é outra, bem diferente. Novas greves? Paralisação? Estradas fechadas? O PT apoiando os caminhoneiros, logo o PT, que não mediu esforços para retira-los das vias quando era governo? Achar que a intervenção do governo é a solução para o problema da alta dos preços? Aí não, gente. Tem um livrinho que fala do fracasso das políticas de controle de preços há 40 séculos. Isso mesmo: quarenta séculos! Ainda não aprendemos?

Em sua coluna de hoje, Alexandre Schwartsman fala dessa insistência no erro, e foca no efeito perverso dessas medidas pontuais do governo, cedendo à pressão de grevistas: enfraquecer nossas instituições, as regras do jogo, a confiança dos investidores. Diz ele:

Por fim, muito embora os R$ 5,7 bilhões/ano arrecadados pela Cide representem parcela irrisória (cerca de 0,5%) da receita do governo federal, o quadro fiscal é grave o suficiente para não justificar medidas de renúncia tributária, ainda mais no caso da gasolina, que beneficiaria desproporcionalmente a parcela mais rica da população.

Mesmo que essas propostas não se concretizem, essa discussão é reveladora da fragilidade do ambiente institucional brasileiro.

Regras existem precisamente para dar previsibilidade, e não apenas econômica, para quem vive em sociedade. Se formos discutir mudança de regras em reação a cada evento que nos contrarie, não é difícil concluir que o quadro institucional não é estável.

E ainda há quem procure a razão do baixo investimento no país…

editorial do GLOBO também condenou o caráter populista da reação do governo, chamando de “insanidade” essa decisão de reduzir preços na marra para agradar grevistas:

Norte-coreanos consumidos por parasitas e doenças

ABIM
No Natal de 2017, dois soldados da Coreia do Norte comunista fugiram para a Coreia do Sul. Um deles, ferido gravemente, foi hospitalizado e se recuperou. Estava cheio de vermes, até mesmo de uma espécie exclusiva de caninos, e padecia de hepatite B – todas doenças resultantes da falta de saneamento básico.

O Dr. Lee Cook-Jong [foto ao lado] disse que em 20 anos “só havia visto um caso assim, num livro de texto médico”. 

O Dr. Choi Min-ho, especialista em parasitas e professor na Universidade de Seul, afirmou que 50% da população da Coreia do Norte têm parasitas. Mais uma comprovação de que a vida miserável é uma constante nos regimes comunistas, sendo o caso mais recente o colapso do sistema de saúde da Venezuela.
Título, Imagem e Texto: ABIM, 24-5-2018