sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Lula refuse d'extrader vers l'Italie l'ex-militant Battisti

Cesare Battisti, à Paris, le 13 mars 2004. AFP/MEHDI FEDOUACH


Le président brésilien, Luiz Inacio Lula da Silva, a décidé, vendredi 31 décembre, de ne pas extrader vers l'Italie l'ex-militant d'extrême gauche Cesare Battisti, réclamé pour meurtres et emprisonné au Brésil depuis 2007. "Cette décision ne représente pas un affront envers un autre Etat", a souligné Celso Amorim, le ministre des affaires étrangères, tentant de désamorcer une crise avec Rome.
Mais l'Italie a rapidement réagi : Silvio Berlusconi s'engage à poursuivre la "bataille" pour l'extradition. Quant au ministre de la défense, Ignazio La Ruzza, il juge "injuste et gravement offensante" la décision du président brésilien. "Les pires prévisions se sont avérées", mais le pays "tentera absolument tout" pour obtenir l'extradition de Cesare Battisti, a-t-il affirmé. L'Italie a également annoncé qu'elle rappelait pour consultation son ambassadeur au Brésil.
Rome avait prévenu jeudi qu'elle jugerait "inacceptable" un refus du Brésil de lui remettre l'ex-militant. Une réaction qualifiée d'"impertinente" par le gouvernement brésilien. Ancien membre du groupuscule des Prolétaires armés pour le communisme (PAC), Cesare Battisti, 56 ans, avait été condamné par contumace en Italie, en 1993, pour avoir commis ou préparé quatre homicides en 1978 et 1979, crimes dont il s'est toujours proclamé innocent.

Origem


Foi motivado por um pensamento sobre a diversidade da população mundial, atualmente contada aos bilhões, seja no que se refere a idioma, cor da pele, estatura, cultura e ideologia, seja no tocante a outros pontos de distinção que, se enumerados, devem chegar a várias centenas, que resolvi escrever esse texto.

Logo concluí que a inquestionável maioria das pessoas prefere passar pela vida anonimamente, de forma pacífica, ordeira, cuidando da própria vida, de modo a sequer serem notadas. Outras, com suas atitudes, fazem de tudo para serem vistas, notadas, na maioria das vezes de modo até deselegante.

Os raros que, por sua inteligência, se destacam entre os bilhões, conseguem criar algo que beneficiará ou alegrará a todos os outros por décadas ou séculos, como Einstein, Thomas Edison, Beethoven, Mozart, Santos Dumont, Sabin e, atualmente, Bill Gates. E outros, por sorte muito raros, conseguem prejudicar milhões, como Hitler.

Raros também são os que, mesmo cuidando da própria vida, deixam marcas que serão lembradas por gerações. São aqueles que estiveram mais próximos de nossas vidas e que as marcaram de tal forma que deixaram exemplos a serem seguidos, e que nos provocam um enorme sentimento de saudades.

Adeus Ano Velho... Feliz Ano Novo...

Almir Papalardo

O ano velho de 2010 que está se despedindo foi mais um que certamente não deixará saudades para aposentados e pensionistas. Vai embora levando mais lágrimas nossas. Foi sem dúvida um dos piores, um dos mais desgastantes, quando tripudiaram sobre os aposentados que ganham acima do salário mínimo, aplicando-lhes uma tortura psicológica, uma lavagem cerebral, considerado em qualquer outro país que tenha um pouquinho mais de justiça realmente voltada para o povo, principalmente para os mais idosos, como um crime passível de repúdio e punição.
Preconceito é crime, aqui, como em qualquer outro lugar! Não se oprimem cidadãos com idade avançada mesmo que ele agora desfrutando sua aposentadoria seja um cidadão oneroso para o governo, que  é obrigado, constitucionalmente, a sustentá-lo sem nada receber em troca. Havia um contrato assinado determinando esses preceitos.
Defender-se-ão os responsáveis pela degradação sistemática imposta aos segurados do RGPS, argumentando que é necessário segurar as aposentadorias acima do salário mínimo, para que o suposto déficit da Previdência não se agrave. Alardeiam que em 2010 o governo deu-lhes até um aumento real, o que não acontecia desde o primeiro mandato do governo anterior.
Mas um governo insensível que teve a coragem de tirar dos aposentados mais 42,75%, em vez de corrigir o que considerava errado na gestão anterior quando nos foi tirado 18,77%, convenhamos, um aumento real em oito anos de 1,58% (o governo afirma que foi 7,72%), é um aumento real bastante irrisório, mais parecendo um deboche, uma provocação, lembrando-nos a promessa do Lula feita nas campanhas que iria dar aos aposentados brasileiros uma aposentadoria igual a dos aposentados europeus!

Caudilhos e oligarcas


Ronald Santos Barata
Essas nefastas espécies atuam com desenvoltura em nosso país e têm sido toleradas com naturalidade, quando deveriam ser repudiadas, principalmente as malditas oligarquias. É uma tragédia a aceitação pela sociedade dos grandes e renitentes oligarcas, com a complacência e até o estímulo dos atuais governantes, dos partidos e dos meios de comunicação. Embora alguns confundam, há diferenças entre os dois substantivos, referendadas pelo Houaiss. O primeiro refere-se ao chefe político que possui uma força militar ou grande prestígio popular, exercendo o poder autoritariamente, mas não necessariamente em causa própria. Porém, oligarca, ainda segundo o Houaiss,  denomina uma pessoa ou família ou um grupo que exerce o poder ditatorialmente e em causa própria. Na América Latina, encontramos muitos exemplos, mas a prática, em vários povos, vem desde a idade  antiga. Há no Brasil, entre muitos, um ou dois oligarcas que, sem sombra de dúvida, sobressaem; são os mais poderosos. É preciso que seus prontuários sejam divulgados. Para comparação, abordarei, inicialmente, alguns exemplos de:
CAUDILHOS

Hoje é fim de ano...


Dra. Miriam Zelikowski
Fim de ano: final de ciclo...
O tempo é o mestre dos eventos, das oportunidades, da hora de agir e de acontecer. O tempo gera a oportunidade de crescer e aprender. Cada vez que surge a chance diante de seus olhos, não permita que a indolência ou a falta de vontade interfira na hora final de acordar para um evento de suma importância da vida.
O ciclo é regido pelo universo, tem começo, meio e fim, desenvolve as idéias, cresce as metas, mas somente concretiza os sonhos aqueles que percorrem caminhos de mãos dadas com seu semelhante, ajudam o outro a andar e permanecer de pé.
Caminhe no decorrer do ano aplaudindo as oportunidades e nunca lastimando a forma que elas aparecem. Agradeça a saúde que convive com você e jamais procure sensações, perigos ou aventuras que destruam aos poucos ou de vez a beleza interna da alma, que é a alegria e a saúde física.
Alimente a gratidão e a fé a cada dia que passa em relação à força divina, à força familiar, a todos que de uma forma participaram de sua vida para encantar o que existe de melhor em você.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

[Retrospectiva 2010]: O Brasil elegeu um enigma?

Nesta retrospectiva, os colunistas do site de VEJA Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo e Ricardo Setti comentam o papel que Lula desempenhou nas eleições, a tentativa de controle da imprensa, a independência que Dilma Rousseff tem mostrado no período de transição, e outros temas da política nacional em 2010.
Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo e Ricardo Setti, colunistas do site de VEJA, comentam o problema ético que tomou conta do esporte em 2010: a entrega de resultados. Eles falam sobre Fórmula 1, o time de vôlei masculino e as torcidas de futebol, que ficaram contra seus próprios times para prejudicar os adversários.



Continue assistindo à Retrospectiva de 2010

15º capítulo: Televisão

Capítulo anterior:
Fui (ou vim) conhecer a “televisão” em 1965, quando fui com os meus pais passar férias em Portugal. (Quer dizer, eu achava que eram férias – “duraram” dois anos). Foi na casa do Sr. Daniel (um casal que também era imigrante em Brazzaville), Campo de Ourique, Lisboa.
Em casa da minha tia Nadine, no Porto, onde fiquei morando de 1965 a 1967, também havia um televisor.
Naquela época só havia um canal, oficial. A RTP – Rádio Televisão Portuguesa. A emissão começava às 18h (?) e ia até à meia-noite.

14º capítulo: Rádio Brazzaville

Capítulo anterior:



Ainda em Luanda.
No “capítulo” anterior relembrei o início da guerra de independência de Angola. Que, é bom frisar, naqueles anos da minha vida eu não entendia como “guerra de independência”. Eram terroristas. Gente que queria se separar de Portugal. Ingrata, portanto. Não foi à toa que intitulei esta caudalosa biografia “A vida que levei me levou a não gostar de nacionalismos e outros ‘ismos’”. O titulo tem uma intenção clara.
Em 1961/1962, morávamos numa “parte de casa” da Dona Felicidade, na Vila Clotilde, Travessa José Anchieta, o terrorismo acontecia no norte de Angola, Salazar fazia discursos ufanistas – que coisa mais coincidente, há pouco, li uma (dentre tantas) elegia sobre um quase ex-presidente de um país latino-americano: que ele falava grosso com os EUA e outras potências… Então, dizia eu, Salazar falava grosso com a ONU, luandenses brancos se constituíam em milícias, todos se armavam, os homens do bairro/quarteirão se reuniam e decidiam ficar de sentinela, armados, claro.
As notícias nos jornais (A Província de Angola), nas rádios (Emissora Nacional, Rádio Clube de Angola, Rádio Renascença {?}…) eram as notícias do Estado. Não entravam em Angola jornais ou revistas estrangeiras. Mas havia uma ‘janela’: a Rádio Brazzaville.

Sim, era um noticiário, retransmitido pela ORTF - Office de Radiodiffusion-Télévision Française,  daquela cidade africana. ORTF em tradução livre significa(va): Agência francesa de radiodifusão e televisão. Oficial. Pois bem, era um noticiário, uns trinta minutos, em português. Obviamente noticiava os acontecimentos em Angola muito diferentemente do que líamos e/ou ouvíamos.
Lembro-me do meu pai “colado” ao aparelho de rádio, escutando com toda a atenção. Aliás, tão logo o meu pai conseguia sintonizar a estação, que transmitia por ondas curtas ou médias, não sei dizer, o silêncio era total. Mas também lembro das imprecações dele contra a “comunista” Rádio Brazzaville.
Próximo capítulo:
15º capítulo: Televisão

Atenção! Como usar o novo telefone


Tradução e legendas: Alexandre Ottoni

Os sacrifícios e a Justiça Social (do PS)


A decisão de fazer pagar taxas moderadoras os desempregados e pensionistas com subsídios ou pensões acima do rendimento mínimo, infelizmente, não pode surpreender o País. É, de resto, a imagem perfeita do País que temos hoje, no fecho de 2010, por comparação com o que tínhamos em 2009. Então, via-se o Governo aos ziguezagues acerca das isenções que se podiam, ou não, atribuir ao tratamento de algumas doenças específicas no SNS. E via-se a oposição fazer tudo, até mesmo juntar votos na Assembleia contra o PS, para atribuir essas mesmas isenções.
De súbito, a discussão passou para outro patamar. E a decisão é que o SNS "universal e tendencialmente gratuito" só não será pago por quem não tenha mesmo dinheiro nem património. Ao mesmo tempo, reforçam-se as multas, para que quem fugir ao pagamento arrisque pagar muito mais.
Tem sido dito e escrito, e bem, que neste momento o Estado tem de fazer escolhas. E até se tem reconhecido, tarde mas bem, que algumas dessas escolhas são dramáticas para o modelo de Estado social em que nos habituámos a viver. Até aqui, sendo tudo discutível, tudo é racional.
O que já não será tão racional, depois de uma decisão destas não ter sido dita desde logo (portanto, escondida do público que pagará), é que um secretário de Estado venha dizer que estes novos pagamentos obrigatórios (para desempregados e pensionistas, mesmo que ligeiramente acima do rendimento mínimo) são "uma questão de justiça social". Se é mesmo uma questão de justiça, não se entende porque um Governo socialista, que está no poder há mais de cinco anos, não mudou as regras antes. Se o são, já agora, não se percebe como tanto criticaram uma proposta de revisão constitucional dita "liberal", que na pior das interpretações mudava o SNS para garantir a sua subsistência futura.
Editorial, Diário de Notícias, 30-12-2010

Presidenciais em Portugal: campanha de esclarecimento cívico

Imagem: Diário de Notícias, 24-10-2010

Enviado por Janda Mendez

Lula não se desgruda da bobagem. Até o último dia!

Ou: como uma agência de notícias ajuda a fabricar uma mentira
by Gerke
O Babalorixá de Banânia finge contentamento, mas está arrasado por ter de deixar o poder. Isso o torna ainda mais agressivo e autocentrado, o que o leva a perder qualquer noção de decoro. Não vou dizer que ele atingiu ontem o limite da estupidez porque as 48 horas que lhe restam - só 48!!! - ainda podem render muita bobagem, dada a sua enorme capacidade de competir consigo mesmo.
Nunca antes na história destepaiz um presidente da República Federativa do Brasil demonstrou contentamento com a crise econômica de outros países. Mais uma vez, este gigante assombra o mundo. Lula participou ontem de um evento do programa “Minha Casa, Minha Vida” e soltou a seguinte pérola:
“Foi gostoso passar pela Presidência da República e terminar o mandato vendo os Estados Unidos em crise, vendo a Europa em crise, vendo o Japão em crise, quando eles sabiam tudo para resolver os problemas da crise brasileira, da crise da Bolívia, da crise da Rússia, da crise do México”.
Poderia ter parado por aí, e a fala já mereceria entrar para a sua “antalogia”, mas faltava aquele toque especial, que personaliza a análise. Para o demiurgo, a crise, no Brasil, não foi equacionada por “nenhum doutor, nenhum americano e nenhum inglês”, mas por “um torneiro mecânico, pernambucano”. E bem verdade que ele lembrou que teve uma ajudazinha da equipe econômica!

Separating Terror from Terrorism

Scott Stewart

On Dec. 15, the FBI and the Department of Homeland Security (DHS) sent a joint bulletin to state and local law enforcement agencies expressing their concern that terrorists may attack a large public gathering in a major U.S. metropolitan area during the 2010 holiday season. That concern was echoed by contacts at the FBI and elsewhere who told STRATFOR they were almost certain there was going to be a terrorist attack launched against the United States over Christmas.
Certainly, attacks during the December holiday season are not unusual. There is a history of such attacks, from the bombing of Pan Am Flight 103 on Dec. 21, 1988, and the thwarted millennium attacks in December 1999 and January 2000 to the post-9/11 airliner attacks by shoe bomber Richard Reid on Dec. 22, 2001, and by underwear bomber Umar Farouk Abdulmutallab on Dec. 25, 2009. Some of these plots have even stemmed from the grassroots. In December 2006, Derrick Shareef was arrested while planning an attack he hoped to launch against an Illinois shopping mall on Dec. 22.
Mass gatherings in large metropolitan areas have also been repeatedly targeted by jihadist groups and lone wolves. In addition to past attacks and plots directed against the subway systems in major cities such as Madrid, London, New York and Washington, 2010 saw failed attacks against the crowds in New York’s Times Square on May 1 and in Pioneer Courthouse Square in downtown Portland, Ore., on Nov. 26.
With this history, it is understandable that the FBI and the DHS would be concerned about such an attack this year and issue a warning to local and state law enforcement agencies in the United States. This American warning also comes on the heels of similar alerts in Europe, warnings punctuated by the Dec. 11 suicide attack in Stockholm.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

RIO: Prefeito Eduardo Paes ferra a vida dos moradores de Copacabana

Show do Roberto Carlos - Prefeito Eduardo Paes ferra a vida de moradores de Copacabana e impediu que voltassem para as suas residências
Ricardo Gama

"Hoje, (25 de dezembro) a MALDADE do Prefeito Eduardo Paes bateu todos os recordes. Simplesmente, ele impediu que moradores de Copacabana, a partir das 15 horas, voltassem para as suas casas, de carro, por causa da show do Roberto Carlos.
Na rua Real Grandeza, em frente ao cemitério São João Batista, uma grande confusão, muitos moradores (com comprovante de residência), entre eles, mulheres grávidas, idosos, mães com crianças (doentes e excepcionais) não podiam voltar para as suas casas.
Moradores embaixo de um sol muito forte imploravam para poder voltar às suas residência com os seus carros, mas apenas ouviam dos guardas municipais que não era permitido a entrada.
Foi inacreditável, ninguém entrava, mesmo doente, passando mal, grávidas, idosos, uma coisa jamais vista no Rio de Janeiro.
Eu fui uma das vítimas, um dos primeiros a ser barrado.
Filmei tudo, vou postar aqui no blog, as imagens são inacreditáveis, o que o Prefeito Eduardo Paes fez hoje, com certeza, entrará para a história do Rio de Janeiro como o dia do DESCASO com os moradores de Copacabana."


Grande Ricardo Gama! Parece que tem o dom da ubiquidade, está sempre presente quando menos o Poder espera!

O escândalo do show de Roberto Carlos

Show do Roberto Carlos em Copacabana custou 3,5 vezes mais do que similar em Fortaleza

Público aguarda início do show de Roberto Carlos nas areias de Copacabana, foto: Alexandre Durão
Paulo Ricardo Paúl
Pelo jeito a atual Prefeitura do Rio gosta de gastar a mais com seus shows, primeiro foi o caso do Luan Santana que custou R$ 1,3 milhões e agora é o do Rei Roberto Carlos que custou aos cofres públicos R$ 6,422 milhões, incluído não só o cachê do músico, claro, mas também todo o “maravilhoso” esquema de trânsito e segurança.
Se o valor assusta, de primeira, assusta mais ainda se compararmos com um show do Rei feito em Fortaleza apenas 2 anos e meio atrás. O show que também foi gratuito, na praia e com o mesmo número divulgado de público, 500 mil, custou aos cofres da capital cearense R$ 1.891 milhões, sendo R$ 1.341 milhões com o cachê de Roberto Carlos e R$ 550 mil na estrutura. Esta notícia do Verdes Mares fala de todos os gastos.
Por que será que a cidade do Rio teve de gastar tanto então no show? Vá lá, o dobro daria quase para entender. Só que foram mais de 3 vezes o valor, sem contar que o show foi transmitido pela Globo, que vendeu suas cotar de patrocínio. Era para o show ter saído de graça para a cidade! Ou custado menos.

FHC no "Manhattan Connection", o contraste com Da Silva

Peter Wilm Rosenfeld

No domingo passado, 26.12, assisti a uma participação do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso no programa “Manhattan Connection” no canal GNT.

Fernando Henrique Cardoso e Ricardo Amorim, foto: Julia Paquelet/Manhattan Connection
Para os que eventualmente não o souberem, esse programa já vai ao ar há muitos anos; atualmente é comandado por Lucas Mendes; teve como um de seus primeiros titulares o falecido e controvertido Paulo Francis. Sua “sede” é em Nova Iorque.

Os demais participantes são, atualmente, Caio Blinder em N. Iorque, Ricardo Amorim em S. Paulo, Diogo Mainardi em Veneza e Pedro Andrade em N. Iorque.

A entrevista ocupou o programa inteiro, de uma hora de duração e, como não poderia deixar de ser, teve como tema central a opinião do ex-Presidente sobre o governo prestes a terminar seu longo mandato de oito anos.

Confesso que o contraste entre a figura do ex-Presidente e a do atual mandatário foi chocante, em todos os aspectos. FHC é um cavalheiro; Da Silva; bem, é ele. Devo dizer que não fui um admirador do governo FHC, principalmente por ter tido como objetivo maior, em seus primeiros quatro anos, a aprovação pelo Congresso da emenda constitucional que permite uma reeleição.

Na prateleira

A expressão "ir para a prateleira" é, chapado, o Portugal ineficaz. Um profissional faz carreira, chega a um patamar e um dia sabe que já não o querem mais ali. Seja porque ele atingiu o seu patamar de Peter (não exerce bem o cargo) ou porque é vítima de injustiça - não interessa, o facto é que quem de direito o quer demitir. O normal seria mandarem-no para cargo compatível com o que ele sabe fazer ou despedirem-no. Em Portugal há uma terceira via: a prateleira. A empresa, ou a repartição, poupa um pouco nos gastos, mas fica também com um peso absolutamente morto. O ex-chefe de qualquer coisa passa a ser o mais inútil dos empregados, não faz nada.
Nem de conta. É o pegar de cernelha aplicado aos nossos recursos humanos. Pegar a relação pelos cornos seria cortá-la (a relação), pagando o que a lei estipula que se pague no despedimento, ou, mais difícil e inteligente, seria patrão e empregado (já que se este subiu na carreira algum mérito há-de ter) encontrarem um novo posto, embora mais baixo, para o demitido. Mas esta última solução raramente é praticada. Porque o patrão não acredita na boa vontade do empregado rebaixado de posto ou porque o empregado não aceita ir de cavalo para burro. Daí preferir ir para a prateleira - de cavalo para carcaça de cavalo. René Debré foi primeiro-ministro antes de ser, por várias vezes, ministro. Em França não é caso único, mas por cá seria impensável. Dar a volta por cima por vezes não se consegue senão a meia altura, e quando é assim revela até uma ainda maior capacidade de combater a adversidade. Quando Gonçalo M. Tavares, director do DN por um dia, me pediu para fazer esta crónica sobre um assunto intemporal, lembrei-me logo de escrever sobre o "ir para a prateleira". Podia pensar-se que escrevo esta crónica para que, depois de amanhã, caso ele seja convidado para cronista (ou para entrevistado ou para dar uma simples opinião), não recuse porque já foi nesta casa "sr. Director" e não aceite nada abaixo disso. Mas, na verdade, escrevo sobre "ir para a prateleira" porque é dos mais imprestáveis hábitos nacionais, de hoje, ontem e amanhã. Intemporal, como me foi pedido.
Ferreira Fernandes, Diário de Notícias, 29-12-2010

AD

Lula versus imprensa brasileira: as contas finais

Nunca censurou, mas criou clima hostil, dizem uns. O clima hostil é da imprensa, dizem outros. O melhor: crescimento económico. O pior: costumes políticos

Charge de Nani
A imponência começa cá fora: o edifício do Estado de São Paulo é um imenso quarteirão, com várias entradas. O átrio reluz de brilho e tradição. Antiquíssimas máquinas impressoras atestam mais de um século de vida.
O Estadão é um símbolo daquilo a que São Paulo chama "os quatrocentões", a elite descendente dos fundadores, bandeirantes e grandes fazendeiros de café, liberal na economia e conservadora nos costumes.
A secretária do director espera-nos à saída do elevador no sexto andar, e depois são átrios e antecâmaras, até uma salinha de espera. Esta salinha comunica com a sala do secretariado, que depois dá acesso a uma sala de espera, que dará acesso ao gabinete do director. São Paulo no seu topo: cerimónia, privacidade, demarcação de hierarquias.
Nada que se afirme no Rio.
Lá fora está uma tempestade, com o trânsito todo paralisado na Marginal Tietê, uma das grandes vias rápidas da cidade. A repórter chegou dez minutos atrasada e agora vai esperar uma hora. Em todos os contactos anteriores o director Ricardo Gandour foi célere e gentil, mas também é hora de ponta no jornal.
A secretária encaminha para a segunda sala de espera, a tal entre o secretariado e o gabinete do director. Livros, troféus, uma mesa de reuniões, janelas sobre a marginal e o rio.
Ricardo Gandour aparece desculpando-se, falando da edição do dia, convidando a sentar. É director de conteúdos, o que quer dizer tudo menos os editoriais das páginas 2-3, das quais se ocupa exclusivamente outro director, seu par.

Comissárias de Dilma são treinadas em Campinas

As nove sargentos da Força Aérea Brasileira (FAB) selecionadas para formarem a nova equipe de comissárias do Airbus 319 da presidente eleita, Dilma Roussef. Foto: Estevam Scuoteguazza/AAN

Elas já passaram por missões de sobrevivência na selva, trabalharam no controle de voos em grandes aeroportos do País, têm treinamento com armamento militar e agora passarão pelo maior desafio profissional de suas carreiras.
As nove sargentos da Força Aérea Brasileira (FAB) selecionadas para formarem a nova equipe de comissárias do Airbus 319 da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), passam por especialização profissional em uma empresa de formação de comissários civis em Campinas.
Entre as aulas especiais, constam disciplinas como medicina aeroespacial, emergência a bordo e até mesmo sobrevivência no mar.
Escolhidas em um processo de seleção que envolveu militares mulheres da FAB em todo o País, as novas integrantes do avião presidencial contam com formação diferenciada.
Passaram pela Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, onde se especializaram em áreas como tráfego aéreo, sistema elétrico de aeronaves, instrumentos de voo e em infraestrutura aeronáutica.
Durante as três semanas que passarão em Campinas, as militares estão tendo seis horas de aulas por dia, mais outras três, extra classe, para preparação nas provas finais do curso.

Abstinência antes do casamento melhora vida sexual, diz estudo. (Será?)


Casais que esperam para ter relações sexuais depois do casamento acabam tendo relacionamentos mais estáveis e felizes, além de uma vida sexual mais satisfatória, segundo um estudo publicado pela revista científica Journal of Family Psychology, da Associação Americana de Psicologia.
Pessoas que praticaram abstinência até a noite do casamento deram notas 22% mais altas para a estabilidade de seu relacionamento do que os demais.
As notas para a satisfação com o relacionamento também foram 20% mais altas entre os casais que esperaram, assim com as questões sobre qualidade da vida sexual (15% mais altas) e comunicação entre os cônjuges (12% maiores).
Para os casais que ficaram no meio do caminho - tiveram relações sexuais após mais tempo de relacionamento, mas antes do casamento - os benefícios foram cerca de metade daqueles observados nos casais que escolheram a castidade até a noite de núpcias.
Mais de duas mil pessoas participaram da pesquisa, preenchendo um questionário de avaliação de casamento online chamado RELATE, que incluía a pergunta "Quando você se tornou sexualmente ativo neste relacionamento?".

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Retalhos da Vida de uma Filha de um Comissário de Voo

Hilda Pereira Torres

"4 anos: ... É tão lindo o meu pai naquele uniforme! É o pai mais lindo do mundo! Lá na minha escola ninguém tem um pai Comissário que viaja para todo o lado naqueles grandes aviões. Claro, é chato quando ele está em casa porque não podemos fazer barulho durante o dia. Ele chega de vôo de manhã e dorme o dia inteiro. Depois, quando ele acorda, é a nossa hora de ir para cama.
Mas eu estou orgulhosa por ter um pai comissário!...

5 anos: ... Chegamos em Lisboa mesmo no dia do meu aniversário. Vamos ficar cá dois anos. O meu pai chama isso baseamento. Agora ele voa quase todos os dias mas volta sempre para a casa à noite. O meu irmão disse que lá na escola todo mundo riu dele por causa da pronúncia. Mas quando ele disse que o pai era comissário, todo mundo queria fazer-lhe muitas perguntas.
É bom ter um pai comissário!...

7 anos: ... Meu pai voltou para o Rio de Janeiro. Nós ficamos em Portugal. Ele disse que o baseamento ia reabrir com certeza e que devíamos ficar cá para não prejudicar os nossos estudos. Estamos em casa dos avós paternos no Porto. Não gosto nada. O meu pai só pode vir de vez em quando e fica pouquíssimo tempo connosco. Que droga!
É chato ter um pai comissário!...

8 anos: ... Voltamos para o Brasil. Os meus pais separaram-se. A minha mãe ficou em Portugal. Já tivemos três empregadas, cada uma pior do que a outra. Quando o meu pai chega de vôo é muito engraçado vê-lo a correr por todo lado para tentar resolver os problemas da escola, vacinas, dentista, pagamentos, etc...
Mas ele não tem muito tempo para falar connosco. Faço muito sucesso na escola com as minhas t-shirts americanas mas não sei se compensa. Eu gostaria que ele estivesse sempre em casa.
Que pena ele ser comissário!...

Coisas que nunca deverão mudar em Portugal

Crônica do embaixador britânico em Portugal, na hora da despedida.
Portugueses: 2010 tem sido um ano difícil para muitos; incerteza, mudanças, ansiedade sobre o futuro. O espírito do momento e de pessimismo, não de alegria.  Mas o ânimo certo para entrar na época natalícia deve ser diferente. Por isso permitam-me,  em vésperas da minha partida pela segunda vez deste pequeno jardim, eleger dez coisas que espero bem que nunca mudem em Portugal.

1. A ligação intergeracional. Portugal é um país em que os jovens e os velhos conversam - normalmente dentro do contexto familiar. O estatuto de avô é altíssimo na sociedade portuguesa - e ainda bem. Os portugueses respeitam a primeira e a terceira idade, para o benefício de todos.
2. O lugar central da comida na vida diária.  O almoço conta - não uma sandes comida com pressa e mal digerida, mas uma sopa, um prato quente etc, tudo comido à mesa e em companhia. Também aqui se reforça uma ligação com a família.
3. A variedade da paisagem.  Não conheço outro pais onde seja possível ver tanta coisa num dia só, desde a imponência do rio Douro até à beleza das planícies  do Alentejo, passando pelos planaltos e pela serra da Beira Interior.
4. A tolerância. Nunca vivi num país que aceita tão bem os estrangeiros. Não é por acaso que Portugal é considerado um dos países mais abertos aos emigrantes pelo estudo internacional MIPEX.
5. O café e os cafés. Os lugares são simples, acolhedores e agradáveis; a bebida é um pequeno prazer diário, especialmente quando acompanhado por um pastel de nata quente.

"O Exorcista" vai estar nos arquivos históricos dos EUA

Filmes como "O exorcista" e "O império contra-ataca", da saga "Guerra das Estrelas", vão integrar os arquivos históricos da Biblioteca do Congresso, nos Estados Unidos, pelo valor cultural, histórico e artístico.

Estes dois títulos fazem parte de um grupo de 25 filmes selecionados pelo Conselho Nacional de Conservação de Registos Fílmicos que passam a integrar os arquivos da Biblioteca do Congresso. Além de Darth Vader, o vilão do filme "O império contra-ataca" (1980), e do clássico de terror "O exorcista", na Biblioteca do Congresso passam a figurar, por exemplo, "Febre de sábado à noite" (1977), com John Travolta, e "A pantera cor de rosa", (1963), com Peter Sellers como inspetor Clouseau.
Na Biblioteca do Congresso estão já conservados exemplares de 550 filmes, desde que começou o arquivo fílmico em 1988. A selecção não representa necessariamente os melhores filmes ou os mais elogiados, mas os que tiveram "significado relevante" para a cultura norte-americana.
O documentário "Let there be light" (1946), de John Huston, censurado pelo Pentágono durante 35 anos, e a comédia "Aeroplano" (1980), protagonizada por Leslie Nielsen, recentemente falecido, também foram seleccionados.

Os 12 desejos que não peço no fim deste ano

Passas
Pedro Tadeu
Tenho sempre uma enorme dificuldade em cumprir correctamente o ritual de passagem do ano que nos obriga a ter 12 desejos secretos enquanto se comem 12 passas. É muito desejo para uma pessoa só! Este ano vou preparar-me antecipadamente para enfrentar a superstição tola mas, exercício ainda mais difícil, vou tentar não perder a ligação à realidade. Começarei, assim, por elaborar uma lista de 12 desejos que não posso desejar, por serem impossíveis ou simplesmente, dependentes do acaso, da sorte.
Sendo assim, antes de meter os pequenos frutos na boca, vou tentar escusar-me dos 12 desejos que se seguem:
1 - O desejo de ganhar o Euromilhões.
2 - O desejo de que a crise acabe, já.
3 - O desejo de que os nossos políticos e governantes trabalhem com sentido de Estado e não com sentido de exploração do Estado.
4 - O desejo de que o próximo Presidente da República não tenha medo e enfrente com inteligência os abusos da União Europeia. Que seja, portanto, um verdadeiro e corajoso patriota.
5 - O desejo de que o primeiro-ministro - este ou outro qualquer - não se limite a gerir as ordens que vêm de Bruxelas, das agências de rating, dos credores do País e de outras interferências externas.

Paula Fernandes e RC em Copacabana


Paula Fernandes e Roberto Carlos, Copacabana, dezembro de 2010. Foto: Diário de Notícias

A cantora Paula Fernandes deu espectáculo durante o especial de Natal deste ano, na praia de Copacabana, onde partilhou o palco com Roberto Carlos.
Copacabana foi mais uma vez o palco escolhido para o espectáculo de Natal 2010 de Roberto Carlos. O "Rei" provou de novo a sua imensa popularidade, num espectáculo a que assistiram cerca de 400 mil pessoas. "Fazer este show é o meu maior presente de Natal", disse Roberto Carlos para a multidão que o aplaudia.
Como participação especial, Roberto Carlos convidou a cantora revelação do Brasil, Paula Fernandes, de 27 anos, que brilhou a grande altura e recebeu um rasgado elogio do "Rei" que afirmou: "Nunca ninguém irá confundir a voz dela com a de outra cantora. Ela tem um estilo inconfundível e, ainda por cima, é linda!", disse.

Making sense of the START debate

George Friedman


Last week, the U.S. Senate gave its advice and consent to the New Strategic Arms Reduction Treaty (New START), which had been signed in April. The Russian legislature still has to provide final approval of the treaty, but it is likely to do so, and therefore a New START is set to go into force. That leaves two questions to discuss. First, what exactly have the two sides agreed to and, second, what does it mean? Let’s begin with the first.
The original START was signed July 31, 1991, and reductions were completed in 2001. The treaty put a cap on the number of nuclear warheads that could be deployed. In addition to limiting the number of land- and submarine-based intercontinental ballistic missiles (ICBMs) and strategic bombers, it capped the number of warheads that were available to launch at 6,000. The fact that this is a staggering number of nuclear weapons should give you some idea of the staggering number in existence prior to START. START I lapsed in 2009, and the new treaty is essentially designed to reinstate it.
It is important to remember that Ronald Reagan first proposed START. His initial proposal focused on reducing the number of ICBMs. Given that the Soviets did not have an effective intercontinental bomber force and the United States had a massive B-52 force and follow-on bombers in the works, the treaty he proposed would have decreased the Soviet quantitative advantage in missile-based systems without meaningfully reducing the U.S. advantage in bombers. The Soviets, of course, objected, and a more balanced treaty emerged.

Paulo Resende: "Não esperava envelhecer sem dignidade. O governo não fez nada, está esperando que a gente morra, e desde 2006 muitos já morreram."

Companhias aéreas falidas têm dívidas de R$ 25 bilhões
Há 18,5 mil ações trabalhistas de ex-funcionários de Varig, Vasp e Transbrasil e passivos com ex-fornecedores
Em 2000, as três tinham 24 mil empregados; 58 aviões estão sem uso, mas falência morosa impede retirada

Aviões da Vasp no Aeroporto de Congonhas. Foto: Ricardo Nogueira/Folhapress
As falências de Varig, Vasp e Transbrasil, as principais companhias aéreas da década de 1990, deixaram para trás um rastro de dívidas que supera R$ 25,4 bilhões, segundo levantamento feito pelo advogado do setor aéreo Carlos Duque-Estrada, a pedido da Folha.
O cálculo foi feito a partir de informações atualizadas da Justiça e da 1ª Vara de Falência de São Paulo.
Esse montante é devido a milhares de credores, que vão desde fornecedores de água dos escritórios dessas empresas até fornecedores de combustível e peças.
Varig e Vasp saíram do mercado no governo Lula, que chegou a incluir as companhias aéreas na nova lei de recuperação judicial. O mecanismo deu sobrevida às empresas, mas até agora se mostrou insuficiente para mantê-las em operação.
Até hoje, a crise da Varig é citada por especialistas como um dos pontos de partida das diversas crises do setor nos últimos cinco anos.
O montante de R$ 25,4 bilhões inclui ainda dívidas com União, INSS e Receita Federal, além de fornecedores e funcionários.
"Quase R$ 3 bilhões são dívidas trabalhistas. Os processos se arrastam por conta de estratégias de advogados que usam e abusam de recursos para não deixar que as ações se encerrem", diz o advogado Duque-Estrada.