Mueren tres personas por desnutrición en el sector Buena Vista de Anaco, Edo. Anzoátegui, mientras denuncian que altos jefes del régimen sacan furtivamente 2.1 toneladas de oro hacia países arabes. pic.twitter.com/IKlxcsHqm3— Omar Gonzalez Moreno (@omargonzalez6) 31 de março de 2018
sábado, 31 de março de 2018
No paraíso socialista venezuelano
É amarga a derradeira colheita do trabalhador
O trabalhador brasileiro ao
término da sua adolescência e já tendo definido sua formação educacional,
ingressa no mercado de trabalho com mil sonhos na cabeça, ambicionando garantir
logo o seu futuro. Está feliz e realizado por já estar empregado, visando
sempre o seu crescimento na profissão, que é a garantia do sucesso que lhe
permitirá uma excelente, sustentável e prazerosa qualidade de vida.
Então já estabilizado
economicamente escolhe uma companheira para juntos constituírem uma família. É
um período admirável da vida, onde casal e filhos gozando de boa saúde, ficam
tranquilos quanto à segurança e ao bem-estar da família nova, cuidadosamente
planejada, um sonho que todo ser humano minimamente previdente e com os pés no
chão, almeja e persegue.
Nem desconfia o iludido
trabalhador que essa fase prodigiosa da vida que o Pai Supremo nos concede,
será corrompido e destruído por débeis governantes indignos e acomodados, que,
erradamente, direcionam os destinos sempre incertos e duvidosos do nosso
querido Brasil. Temos Quantidade exagerada de políticos que ao invés de nos ser benéfico, é contraproducente, porque,
comprometendo seriamente a robustez da nossa economia pelos seus ganhos
astronômicos, falta-lhes o essencial, que é a Qualidade, uma dádiva que só é
conseguida com um número bem reduzido de parlamentares com visão privilegiada,
cuidadosamente escolhidos, sem mordomias, sem privilégios, sem imunidade
parlamentar, sem foro privilegiado, sujeitos também aos rigores da lei,
condições estas indispensáveis para a efetivação de uma boa, justa e honesta
governabilidade.
Fica então reservado para este
cidadão outrora feliz, um final de vida desastroso, porque não é mais protegido
e somente é visto como um ex-trabalhador que não dá mais lucro ao governo,
obrigado a sustentá-lo sem mais nada receber em troca. A fase dos descontos
mensais deste trabalhador para o INSS, tão cobiçado pelas débeis equipes
econômicas, acabou! Por isso, ele está definitivamente descartado e alijado do
direito de desfrutar uma digna e merecida cidadania!
[Versos de través] Paz coada
Haroldo Barboza
Imunes,
alegres e criativas.
Vasculhando
pela Natureza
As
formas belas e nativas.
Procuramos
a todo instante
Ao
longo de nossas vidas,
Sobre
o melhor caminho
Cujo
fim é a felicidade,
Onde
o amor se fortalece
Apenas
com nosso carinho.
Título e Texto: Haroldo P. Barboza, Rio de Janeiro, 30-3-2018
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A Propaganda Mentirosa de Costa
Cristina Miranda
Sai uma medalha para o nosso
querido líder da propaganda, António Costa! Kim Jong-un e Nicolás Maduro foram
completamente destronados com esta capacidade extraordinária de enganar
incautos! Com uma máquina caríssima paga por todos nós, otários
contribuintes, Costa tem no Facebook e nos gabinetes que ele engordou
colossalmente um batalhão de avençados que todos os dias fabricam “spins” e
“fake news” para fazer circular até à exaustão notícias das maravilhas
do glorioso líder. Convenhamos: é um mestre a enganar com o dinheiro dos
outros.
Começou cedíssimo a
propagandear que o anterior executivo tinha dado cabo do défice por causa do
BANIF. Porém, esta malta ocultou que a decisão de vender este banco de forma
compulsiva ao Santander em 2 meses escondia a necessidade de safar os acionistas que em Janeiro de 2016 estariam abrangidos pela normativa europeia que OBRIGA acionistas a avançar com capital, antes da entrada do Estado. Ora, pôr os portugueses a pagar SOZINHOS o prejuízo
do banco e fazer de conta que a culpa era dos outros, sabendo que os
portugueses são mal informados, foi o primeiro golpe logo a seguir a outubro de
2015.
Depois veio o tão aclamado
histórico défice postiço de 2016. Esse mesmo que eu tive a “honra” de denunciar (veja aqui) e
que o tempo, agora, veio dar-me razão. Ah! pois… O fabrico nem sequer foi
inteligente. Consistiu em varrer tudo o que podiam para debaixo do tapete,
vender uns aviões, suspender pagamentos da administração pública, suspender
investimentos públicos e fazer um perdão fiscal. Assim como quem disfarça
borbulhas com base, estão a ver? Com esta cosmética gabaram-se de ter tido
o valor mais baixo em défice desde a democracia (Ah! Ah! Ah!).
Mas o tempo, ah! esse
implacável senhor, chegou e… pumba!, pôs a careca do défice martelado à
mostra e começa as falências técnicas no sector da saúde, nas escolas, na PSP e
GNR… Isto depois da morte por negligência criminosa do Estado de mais de uma
centena de pessoas em fogos florestais como nunca se vira até hoje! E porquê?
Porque simplesmente ABANDONARAM o país cativando-o para não estragar o embuste
do défice. A máquina da propaganda do Costa logo arranjou um pinheiro culpado,
mudanças climáticas do planeta, uma trovoada seca que não existiu até que
finalmente descobriu que a culpa era das matas por limpar.
[Aparecido rasga o verbo] Metamorfose
Aparecido Raimundo de Souza
Tompson de Panasco.
NA
NE
NI
NO
NUMA LINDA MANHÃ de setembro, eu me
debrucei no peitoril da janela e fiquei a olhar para o tempo. Deveria ter meus
dez anos de idade. Talvez um pouco mais. Todavia, não passava dos doze. Como
gostava de me pôr à janela e espiar os pássaros voejando pelo infinito azul,
numa espécie de sinfonia lindamente pastoril. Cedinho, antes das sete, depois
do café, me punha a correr desembestado pelo quintal e estancar, na beira da
linha, para esperar o trem de ferro passar. O comboio sempre passava naquele
horário e nunca atrasava.
Mamãe, nessas horas, ficava na cozinha, aos gritos,
preocupada. A casa onde morávamos era quase às margens do leito ferroviário.
Uns trezentos metros. O apito estrídulo da “Maria fumaça” me transportava para
um mundo encantado, repleto de sonhos coloridos. E aquela nuvem andante de
fumaça expelindo faíscas vermelhinhas produzidas pela queima da lenha
incandescente agia dentro de mim como uma essência poderosa. Um sustentáculo poderoso que me fazia perder
completamente do contagiante das coisas em derredor. Esquecia igualmente dos
momentos eternos da vida terrena e das coisas materiais. Nessas horas, criava
dentro da mente um mundo imaginário, um universo só meu. Ninguém entrava. Ali
eu era o soberano incontestável. Senhor de todas as vontades. Deixava de ser o
menino amado pelos familiares à base de carinhos e afagos construídos a
quimeras metamorfoseadas. E me transformava num herói.
O mártir sem causa, tipo Dom Quixote, de Miguel de
Cervantes, que lutava contra (não moinhos de ventos), monstros gigantes e
salvaguardava as cidades, juntamente com seus habitantes das garras maléficas
ou de qualquer outra espécie de feitiçaria que estivesse rondando perto. Era
como uma viagem fantástica ao reino do “faz de conta”. Nesse balanço, mormente
do “faz de conta”, eu era perfeito e pleno, e melhor que isso, completamente
feliz. Próspero e ditoso, venturoso, abençoado e opulento dentro da pequenez
dos dias que circundavam ao meu redor. Naquele mundo de árvores frondosas, de
castelos encantados, de príncipes e princesas, onde riachos com águas
cristalinas refletiam um céu de nuvens brancas e sol maravilhoso. Naquele
pedaço de chão de terra batida, não existia solidão.
Nem no tocar do vento, nem no cantar dos pássaros, menos
ainda no ranger das rodas das carroças, ou no bater forte das porteiras. Em
nada se via, ou se sentia, a presença da tristeza. Tampouco, se cogitava (no
rosto dos homens que trabalhavam na lavoura, para papai, ou nas mulheres que
andavam com crianças recém-nascidas penduradas nos pescoços de suas mães), da
tal da saudade. Não existia absolutamente nada que manchasse, ou que mesclasse
aquele paraíso angelical. Talvez porque essa bem-aventurança só existisse
dentro de mim. E, sendo assim, força nenhuma vinda de fora conseguia amalgamar
a pureza virginal dos meus poucos anos de existência.
Depois da enorme tragédia da família que teve de mudar do Chiado para Campo de Ourique o DN descobriu outro grupo mártir
Helena Matos
Os turistas que se queixam da existência de turistas: “Muitos turistas”, queixa-se Ramón. “Fomos a Sintra, mas era muita gente, e em Belém também. Demasiados turistas”, afirma Ramón.
Ramón veio de Albacete, perto de Madrid, para estar
uns dias na capital portuguesa.
Sintra |
Título e Texto: Helena Matos, Blasfémias,
30-3-2018
A voz do Jornal de Angola
Moiani Matondo
Isabel dos Santos, um destes dias, choramingava nas redes sociais por causa da nova direção do Jornal de Angola, liderada por Victor Silva, afirmando que este mais parecia um jornal da oposição, pelo modo como acolhia as críticas contra a sua pessoa.
É óbvio que o modelo de
imprensa perfeito para Isabel seria o do Pravda, dirigido por Lev Mekhlis nos
anos 1930, na União Soviética. Nessa época, havia apenas uma única verdade:
aquela que Estaline ditava a Mekhlis e que este transcrevia obedientemente no
jornal, iniciando, muitas vezes por aí, as purgas e os assassinatos políticos.
Angola também teve o seu Lev
Mekhlis, incarnado na pena rebarbativa de José Ribeiro [foto], diretor do Jornal de
Angola entre 2007 e 2017.
Ribeiro foi demitido na onda
exoneratória de João Lourenço, mas, aparentemente, foi-lhe prometido, como
prémio pelos leais serviços ao partido MPLA, a prebenda de uma nomeação como
adido de imprensa na missão de Angola em Nova Iorque.
Contudo, parece que o nosso
Mekhlis tropical se encontra envolvido em demasiadas peripécias financeiras,
pelo que começará a ser difícil apanhar o avião para Nova Iorque. É mais
provável que se auto exile no país que adorava insultar e espezinhar, e onde
agora passa mais tempo: Portugal. Caso esteja em Angola, poderá passar os
próximos tempos entre a Rua Amílcar Cabral, onde se situa o Tribunal Cível, que
cobra dívidas, e a Cadeia de Kakila ou a do Calomboloca, que esperam a chegada
dos prevaricadores financeiros.
José Ribeiro tem uma grande
dívida contraída junto de variados credores: ultrapassa os 15 milhões de dólares.
Parte dessa dívida resulta da compra de uma impressora rotativa com 15 anos de
uso por quatro milhões de dólares. Os fornecedores deram-lhe dez dias para
pagar 320 mil dólares da dívida.
Charada (521)
Altere o sentido
das seguintes frases,
colocando vírgulas
ou outros sinais de
pontuação.
a.
Não tenha piedade.
b.
Por favor, ouça minha mãe.
c.
Isso só ele resolve.
QUIZ: Presidente da República de Weimar
Na primavera de 1925, um
velho general, conhecido como “O Vencedor de Tannenberg”, tornou-se presidente
da República de Weimar. De quem se trata?
A
– Erich Ludendorff
B – Erich von Falkenhayn
C – Helmut Johan von Moltke
D – Paul von Hindenburg
Feliz
Nelson Teixeira
Feliz é aquele que acorda e
sorri.
Feliz é aquele que mesmo
diante das dificuldades pelo caminho, arruma uma forma de desviar dos
obstáculos.
Feliz é aquele que mesmo
chorando, tem forças para enxugar as lágrimas e continuar.
Feliz é aquele que mesmo
magoado e machucado na Alma, levanta a cabeça e procura fazer sempre o bem.
Feliz é aquele que ama e
distribui seu amor por onde passa.
Feliz é aquele que canta,
porque sabe que a música também é um bálsamo para a tristeza.
Enfim, feliz é aquele que a
cada dia sabe das lutas que precisa enfrentar, mas levanta-se corajosamente e
vai à luta, porque sabe que a felicidade não está em outro lugar, a não ser
dentro de si mesmo.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz,
31-3-2018
sexta-feira, 30 de março de 2018
Associado da APRUS relata a última assembleia
Boa tarde a todos, com desejos
de uma Feliz Páscoa!
A APRUS realizou no último dia
28 de março, às 14 horas, no auditório do Edifício Flamengo Park Towers 66,
Praia do Flamengo, um encontro para os associados a fim de esclarecer pontos
sobre a defasagem tarifária, bem como o porquê de a instituição entrar
com uma petição para esclarecimento dos valores a serem recebidos pelos Planos
I e II - AERUS.
A APRUS deverá editar uma ata
daquela reunião. O que entendemos dos esclarecimentos segue abaixo.
A sessão foi capitaneada pelo
presidente da APRUS – estando presentes outros diretores da associação – que
esclareceu o seguinte:
A APRUS/APVAR entraram
com petição no sentido de contestar os valores apurados, que pelo
responsável do lado do governo perfazia cerca de R$ 5,1 ou R$ 5,2
bilhões de reais a serem destinados aos Planos I e II, e não à "Massa
Falida"; entretanto o advogado da APRUS apurou uma soma a maior,
sendo de R$ 7,5 bilhões de reais. O presidente da APRUS argumentou então, que
estava visando os interesses do grupo como um todo, não podendo deixar de
contestar algo com uma diferença que viesse a prejudicar os assistidos.
Um fato particular chamou a
atenção: dos 525 filiados à APRUS, estávamos ali presentes apenas 30 pessoas - criticado por
um dos que assistiam a reunião no auditório. O senhor Sérgio Prates, do
conselho consultivo da APRUS, observou que parecia que o grupo dos
assistidos, ativos prejudicados & outros mostravam-se "alienados"
a tudo o que estava acontecendo (após a falência da VARIG); que o montante a
ser pago , após a sentença, deveria, de fato, ir para os Planos I e II, pois se
fosse destinado à "massa falida" complicaria ainda mais a
questão, sendo que o administrador da "massa falida" receberia por
lei e direito 1% do valor total, que pelas contas do advogado
da APRUS, que está do nosso lado, são cerca de R$ 7,5 bilhões.
Com gol no fim, Vasco bate Fluminense e vai à final do Carioca
Gazeta Press
Com uma virada nos acréscimos,
o Cruz-Maltino bateu o Flu e enfrentará o Botafogo na final do Carioca. Foto:
Paulo Fernandes/Vasco
|
De forma heróica, o Vasco
avançou à final do Campeonato Carioca ao vencer o Fluminense por 3 a 2, nesta quinta-feira,
no Maracanã. O gol da vitória cruzmaltina veio no último minuto, com o lateral
esquerdo Fabrício.
Os cruz-maltinos começaram
melhores e abriram o placar com Giovanni Augusto. O Fluminense empatou ainda na
etapa inicial, com Pedro. No segundo tempo, os tricolores viraram com gol de
Sornoza, mas viram o Vasco empatar com Paulinho. No último minuto, os vascaínos
chegaram a vitória com Fabrício.
Agora, o Vasco inicia a
decisão do Campeonato Carioca neste domingo, contra o Botafogo. A primeira partida
será no Estádio Nilton Santos.
O Jogo – O
clássico começou com o Vasco tendo mais posse de bola, mas com dificuldade em
criar boas chances de gol. Os cruz-maltinos tentavam os chutes de fora da área,
mas sem perigo. O Fluminense sofria com a marcação vascaína, mas teve a
primeira boa oportunidade de abrir o placar, aos seis minutos. Ayrton Lucas
tentou surpreender Martín Silva ao finalizar de fora da área com a perna
direita e obrigou o goleiro a fazer boa defesa.
O panorama da partida não
mudou até a parada técnica. O Vasco buscava mais o ataque, mas errava as
finalizações. O Fluminense tentava a ligação direta por conta da marcação
cruz-maltina, sem qualquer sucesso.
3 de abril de 2018: ou você vai, ou ele volta!
— Humberto R (@HumbertoReisJr) 29 de março de 2018👑Vem pra rua, não abra mão do seu direito de reclamar do tratamento desigual, dado ao povo. Não aceite que bandidos engravatados roubem e saiam impunes. Chame parentes, convoque amigos, arrebanhe colegas. Vamos ecoar a nossa voz dia 03/04... pic.twitter.com/6YRokysfxH
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quinta-feira, 29 de março de 2018
Levar um Alexandre Frota no pacote com Paulo Guedes é realmente dureza para os liberais!
Rodrigo Constantino
Os liberais vivem um dilema,
como já expliquei melhor aqui: apoiar ou não o único candidato à
direita que parece ter maiores chances concretas de vencer as eleições? Do
ponto de vista de alinhamento doutrinário, parece claro que existem outras
opções melhores do que Jair Bolsonaro. Mas só Bolsonaro tem voto, e esses votos
dependem em parte de sua militância engajada, até fanática. São coisas que
assustam, com toda razão, qualquer liberal cético com políticos. O que fazer?
Alguns entendem que o melhor a
fazer é ajudar a trazer o capitão mais para o lado liberal, ou seja, usar
seus votos para uma agenda de reformas econômicas. O risco, claro, é o
contrário: Bolsonaro usar os liberais para ser eleito com uma jaqueta mais
moderna e reformista, apenas para depois mostrar a velha face
nacional-desenvolvimentista.
Se o economista liberal Paulo
Guedes foi apontado como potencial ministro da Fazenda, por um lado, temos o
risco de figuras da estatura intelectual de um Alexandre Frota terem
participação ativa no governo, o que é, convenhamos, algo um tanto incômodo,
quiçá assustador pela lente liberal. O próprio “mito” gravou um vídeo falando
para Frota ir se preparando para ser ministro da Cultura:
Recado do Capitão pic.twitter.com/FmZAvBe6xP— Alexandre Frota💛💚💛💚☉☇🌟 (@alefrotabrasil) 28 de março de 2018
Ao postar a notícia do Correio Braziliense, na qual consta o
vídeo, a reação imediata de muitos fãs de Bolsonaro foi atacar as “Fake News”.
Uma vez comprovado que foi o próprio Bolsonaro que disse isso, como dava para
ter verificado no link da notícia, a turma passou a repetir que era só uma
brincadeira, óbvio! Alguns, já adiantando que poderia não ser
uma brincadeira, passaram a questionar qual o problema em ter Frota no comando
da cultura, se já tivemos Gilberto Gil e a irmã de Chico Buarque.
QUIZ: A Minha Luta
A quem ditou Hitler o livro
Mein Kampf (A Minha Luta), onde
expunha a sua concepção do nacional-socialismo?
A
– Rudolf Hess
B – Hermann Goering
C – Joseph Goebbels
D – Um familiar
Charada (520)
um ciclista completar
uma volta à pista em
4 minutos e 24 segundos,
quanto tempo levará
a completar 30 voltas,
à mesma velocidade?
quarta-feira, 28 de março de 2018
Infelizmente a Soldado Caroline, era mulher, branca...
Paulo Ricardo Paúl
Infelizmente a SD Caroline,
era mulher, branca, heterossexual, não fazia apologia às drogas e abortos.
Sua família não receberá telefonema do Papa, nem a visita de cardeais, de artistas e direitos humanos. Não haverá passeata pedindo o fim de bandidos ou contra assassinatos de policiais. Não receberá nome de escola pública, tampouco a mídia se revoltará contra o seu assassinato. No programa “Encontro” você sequer ouvirá algum comentário por esse crime.
Era uma PM que, junto com seu
companheiro estava de férias, ao serem reconhecidos como policiais foram
alvejados. Infelizmente, Caroline veio a falecer, e seu namorado encontra-se em
estado grave no hospital (este também não receberá visita do clero, DH, ou
imprensa midiática).
Eram apenas policiais, e
policiais existem para tomar tiro, eles sabiam desse risco quando se
inscreveram para a polícia! Não é isso?
Título e Texto: Paulo Ricardo Paúl, Blog
do Coronel Paúl, 28-3-2018
Relacionados:
Direito à propriedade dos outros
Maria João Marques
É delicioso ver como para certa esquerda
viver nos subúrbios (esses bairros de lata ou sucedâneos) é bom para a arraia
miúda, a intelectualidade tem de viver nas zonas históricas (com rendas
baratas).
Lisboa, Largo do Camões, foto: Jim Pereira |
Houve manifestação contra a
carnificina e tudo, com grande apoio do BE. O vereador Ricardo Robles
participou. Tinha ‘riot’ no nome – na verdade é assunto para levar qualquer um
a pegar em armas. Inteligentemente (aspas) escolheram protestar na Almirante
Reis, avenida que tudo aquilo que repugna a esta boa malta reanimou de coma
profundo.
(De seguida vou
aludir a alguns casos descritos na reportagem, pelo que, caso o leitor esteja
desconhecedor do seu conteúdo, sugiro que vá buscar meia tablete de
ansiolíticos para acompanhar a leitura da galeria de horrores. É bem provável
que necessite de lhe dar uso.)
Veja bem o leitor. Um homem,
por causa do fim do seu arrendamento anterior, teve de mudar de casa do
Saldanha para os Olivais. Do Saldanha para os Olivais. Quem sobrevive a
semelhante provação? Imaginam o balúrdio em psicoterapia que esta pessoa,
compreensivelmente traumatizada, irá gastar para o resto da sua vida?
Ana Benavente, senhora importante
que até fez parte de um governo socialista, também viu o arrendamento da sua
casa terminado. E não é que teve de mudar para uma casa, ok, ok, bem arranjada,
mas que não é casa de ricos? Só um sub-humano tolera viver bem no centro de
Lisboa por mil euros numa casa de classe média. E os mafarricos dos senhorios
que pedem informações para garantir que os inquilinos têm capacidade de pagar
as rendas? Que ganância. Como se não tivessem obrigação de disponibilizar a sua
propriedade gratuitamente.
Esquerda, direita, “gays” e jornalismo
Miguel Pinheiro
Para Rosas, Adolfo não é homossexual – é
“gay”. E não é gay – “diz” que é gay. Mais: não é “moderno” – é “ai que
moderno”. E não é só “ai que moderno” – é “ai que moderno” com as mãozinhas no
ar.
1. Podemos sempre
contar com a extrema-esquerda para algum reacionarismo nos costumes. O último
exemplo revelador é o de Fernando Rosas, fundador do BE, a falar na TVI sobre a
homossexualidade de Adolfo Mesquita Nunes: “O CDS pode ter esta coisa da
modernidade e tal, são muito modernos, até têm um dirigente que diz que é gay…
Ai que moderno que ele é!”. Atenção: para Rosas, o dirigente do CDS não é
homossexual – é “gay”. E também não é gay — “diz” que é gay. Mais: o dirigente
do CDS não é “moderno” — é “ai que moderno”. E não é só “ai que moderno” — é
“ai que moderno” com as mãozinhas no ar, como pode comprovar quem for ver as imagens de Fernando Rosas a falar.
Quem conheça a história da
extrema-esquerda portuguesa, nomeadamente a do PCP — e a sua relação conturbada
com a homossexualidade (por causa das exigências da clandestinidade, mas não
só) –, não se espantará. Quando, há uns anos, Carlos Cruz perguntou a Álvaro
Cunhal o que ele pensava da homossexualidade, a resposta, desarmante, foi:
“Acho que é uma coisa muito triste”.
Já Francisco Louçã tem um
particularíssimo conceito sobre a importância da paternidade. No final de um
debate com Paulo Portas, quando estavam a discutir o aborto, o então líder do
BE iniciou este edificante diálogo:
Louçã: “Não me fale de
vida, não tem direito a falar de vida.”
Portas: “Quem é o senhor para me dar ou não o direito de falar?”
Louçã: “O senhor não sabe o que é gerar uma vida. Eu tenho uma filha. Sei o que é o sorriso de uma criança.”
Portas: “Quem é o senhor para me dar ou não o direito de falar?”
Louçã: “O senhor não sabe o que é gerar uma vida. Eu tenho uma filha. Sei o que é o sorriso de uma criança.”
E temos ainda a forma
enternecedora como Jerónimo de Sousa olha para as mulheres. No fim de semana do
congresso do CDS, disse, com orgulho, que “as mulheres importantes estão aqui
hoje, não no congresso do CDS”. Claro: as mulheres do CDS não são “importantes”
(da mesma forma que as mulheres do BE também não são “importantes”, são apenas
“engraçadinhas”, para poderem angariar mais votos).
[Ferreti Ferrado suspeita...] Celular em Bangu
Haroldo P. Barboza
Título, Arte e Texto: Haroldo P. Barboza, 28-3-2018
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O duplipensar petista
Rodrigo Constantino
A coisa mais irritante na extrema-esquerda é seu duplo padrão seletivo, sua cara de pau de atacar nos outros aquilo que é ou faz, de abusar da hipocrisia, de tentar monopolizar as virtudes e, com isso, justificar os meios que condena nos demais. Assim tem sido a história dos comunistas, socialistas e petistas desde sempre. Eles exigem ser cobrados por uma régua e querem usar outra para julgar seus adversários.
Senão, vejamos: quando João
Doria leva ovos em protestos, isso é liberdade de expressão da democracia.
Quando Lula é o alvo, isso é atitude violenta de fascistas que não aceitam a
democracia. O ovo é o mesmo, mas dependendo de quem foi atingido, a análise
muda completamente. Cinismo puro.
Quando o MST, braço armado do
PT, lidera invasões e queima pneus nas ruas, isso é manifestação legítima,
“ocupação”. Mas quando um grupelho associado à direita queima pneus para
protestar contra a caravana do bandido condenado Lula, isso é desrespeito aos
valores democráticos.
Quando a turma liderada por
Pablo Vilaça e José de Abreu (e pode-se imaginar a turma que tem tais líderes!)
resolve fazer um boicote contra a Netflix, por conta de uma nova série de José
Padilha sobre a Lava Jato, isso é uma resposta legítima dos consumidores, mas
quando o povo resolve boicotar uma “mostra de arte” com pedofilia e zoofilia,
ou uma “instalação” com um homem nu sendo tocado por crianças, isso é fascismo
obscurantismo e censura reacionária.
O adultério de Trump e a seletividade moral da imprensa
Rodrigo Constantino
Donald Trump está sendo massacrado na imprensa (que novidade!) por conta de revelações de uma atriz pornô, que teria se envolvido com ele há mais de uma década e recebido dinheiro em troca do silêncio. Em que pese a estranha credibilidade moral que uma prostituta passou a ter pela ótica dos jornalistas, cabe perguntar: mesmo sendo tudo verdade, isso torna Trump um presidente imoral que deve ser rejeitado pelos conservadores?
Ao menos um importante
conservador diz que não. Dennis Prager é um conservador judeu conhecido por sua
rigidez moral. Mas ele não acredita que um presidente deva ser julgado com base
em suas peripécias amorosas fora do casamento. Em um artigo publicado
no Townhall, Prager sustenta que não é isso que faz alguém um bom líder
político ou não, afirma que há outras questões morais ainda mais importantes, e
ataca a hipocrisia da mídia.
Para Prager, um adultério pode
invalidar moralmente um pastor, um rabino, mas não necessariamente um político.
A grande vocação dos líderes religiosos é ser um exemplo moral, um guia espiritual,
um exemplo de conduta pessoal. Os clérigos não decidem sobre guerras, não
assinam orçamentos nacionais, não apontam juízes e não controlam relações
diplomáticas. Ou seja, ao contrário dos líderes religiosos, o que o
presidente faz afeta diretamente a vida de milhões de cidadãos. Se o presidente
for um modelo moral, isso é um ótimo bônus, diz Prager. Mas essa não é sua
principal função neste cargo. Neste papel, as prioridades são outras.
Além disso, Prager reconhece
que há várias facetas de um julgamento moral, e que o adultério, por mais que
seja pecado pela ótica religiosa, não é o critério mais relevante para se
determinar o caráter de alguém. Existem gradações de pecado, diz o autor. Uma
pessoa pode ter um comportamento ético em várias áreas da vida e, ainda assim,
ter escorregado em seu compromisso matrimonial, sendo infiel. Não é o ideal,
mas não é prova inconteste de que se trata de um salafrário em todos os
aspectos. Isso vale para quando a infiel é a mulher também, que fique claro.
Sintomas de normalidade
Haroldo
Barboza
Acordamos já agitados pelo despertador, mesmo sendo musical. O tubo da
pasta dental indica 90 g. Com sorte, tem 85 g. O saco de 1 kg de açúcar talvez
atinja 975 g. O rolo de papel higiênico que deveria ter 35 m, pode ter apenas
32 m e nos deixar em situação delicada. O
entregador do jornal ainda não chegou na hora pela 8ª vez no mesmo mês.
Consideramos isto normal.
A esposa foi para a fila municipal às 3 horas da manhã para tentar uma
vaga na 1ª série para o caçula da família. O filho de 11 anos pegou o ônibus
que o leva à escola a mais de 25 km de sua casa. O filho maior não foi para o
colégio pois seus professores combinaram “enforcar” a 6ª feira após o feriado
da 5ª feira. A sobrinha passa 6 horas seguidas na frente do game contendo
inocente joguinho violento onde a distribuição de pancadas e tiros atingem a
mente da criança em formação, milhares de
vezes ao dia.
Consideramos isto normal.
A sogra voltou da padaria com o pó de café e torceu o pé por ter pisado
numa grade de bueiro, pois a calçada em frente ao prédio está ocupada por um
automóvel “off road” da Prefeitura. A rua está engarrafada, pois vários
caminhões descarregam mercadorias fora do horário permitido, enquanto o guarda
está fazendo um lanche gratuito nos fundos da padaria. Um motorista de ônibus
urina ao pé da árvore em frente à
farmácia. Na pracinha, mendigos fazem higiene geral no chafariz ao lado de cães
vadios e pulgas sonolentas.
Consideramos isto normal.
No banco da esquina, dos cinco caixas eletrônicos, apenas dois
funcionam. Saques somente em notas de R$ 50,00. O ar condicionado está com
defeito há 3 dias. Quase quarenta idosos aguardam resmungando sobre a reposição
do benefício de apenas 2%, enquanto o tal banco lucrou
105% no mesmo período. O pequeno empresário tem de preencher dezenas de
formulários para obter um empréstimo para levantar sua firma, enquanto grandes
estelionatários (patrocinadores de eleições) dão golpes nos cofres públicos sem
serem incomodados pela burocracia e fiscalização.
Consideramos isto normal.
March for Our Lives organizers inflate crowd size by 400 percent
Washington Times
The “March for Our Lives” rally in support of gun control in Washington, Saturday, March 24, 2018. Photo: Andrew Harnik/AP |
The March for Our Lives was
big, just not nearly as big as organizers said it was.
Multiple media outlets
reported that the Saturday gun-control rally in D.C. drew more than 850,000
protesters, citing march organizers, which would have surpassed the massive
2017 Women’s March by more than 300,000.
The problem is that two
separate expert analyses, using aerial imaging and photographs, put the march
crowd in the 200,000 range, or about a quarter of the widely touted 850,000
figure.
Digital Design & Imaging
Service in Falls Church, Virginia, estimated the peak crowd size at 202,796,
with a 15 percent margin of error, according to CBS News.
A separate estimate by a team
of research scientists led by G. Keith Still, professor at Manchester
Metropolitan University in England, said the crowd was even smaller, pegging
the number of protesters at about 180,000, according to the New York Times.
Mr. Still had placed the 2017
Women’s March crowd at the National Mall at about 470,000, which is in line
with other estimates showing the number of protesters between 440,000 to
500,000.
[Aparecido rasga o verbo] Alea jacta est
Aparecido Raimundo de Souza
O QUE SE
ESPERAVA,
indubitavelmente veio à baila. O STF (sigla que se define por Saiu Tranquilo e
Feliz), engessado à pressão que sofreu e continua a padecer dos imortais,
“leões alvijubados”, livrou o senhor Luiz Fula Inácio da Gula Silva, de ser
engaiolado. Tantas manobras foram feitas, tantos recursos interpostos como
germinais atrozes, onde ministros latiram, uivaram, ganiram, ladraram, mugiram
entre si, se mimosearam, saíram (para ingleses e outras raças verem) nos tapas
e beijos, línguas e dentes. Tudo debalde!
De antemão, como tragédia previamente anunciada, o “Salvo
Conduto” ganhou vida plena. O STF da latrina Brasília, proibiu que o Tribunal
Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre, autorizasse meter, de
imediato, Lula na cadeia. Esse tribunalzinho só poderá “apreciar com muito
carinho e dedicação”, o recursinho mimoso da defesa do pobrezinho do Lulinha,
mas, kikikikikiki, não poderá mandá-lo para o xilindró ou aplicar à sua
“onesta” pessoa, outra medida restritiva.
Continuamente, antes de tal fato se tornar real, nos
perguntávamos: por que essas celeumas todas, essas enganações cheirando a
falcatruas, nesse circo magistralmente armado no Planalto Central, onde
artistas treinados em malabarismos os mais intrincados (e pagos com os suores
de nossos rostos), nos engambelavam, ou pensavam que nos davam uma pernada se,
no final do espetáculo, sabíamos perfeitamente o que aconteceria?
Caros leitores, entendam. Coloquem na cabeça uma coisa
simples. Neste brasilzinho de bosta os poderosos fazem mutretas tão
previsíveis, como um pau entrando numa boceta e gozando. Não há nada de novo
nesse ato, ainda que o membro seja avantajado. Ou que a puta que o esteja
recebendo em meio às entranhas rebole cante, dance ou peide. Não importa o modus operandi dessa galera do STF. O
resultado, fim da linha chega a dar nó nas tripas.
Agora, caso passado, vemos que tudo se encaixou ejaculadamente
igual, sem tirar nem pôr. O que estamos sinalizando com esse exemplo
tipicamente esdrúxulo (e nos perdoem os leitores pela afronta), é isso: não
houve nenhum fato novo digno de maiores considerações no caso dos dezenove
dedos de São Bernardo do Campo e a sua magia no barco STF e seus ministrinhos
com caras quixotescas lutando contra loucos e varridos moinhos de ventos.
Não somos todos marxistas
João Carlos Espada
Sim, possivelmente, “Marx vive” — nas
culturas políticas tribais que desconhecem o primado da lei. Mas nem todas as
culturas políticas são tribais. Por esta razão, não somos todos marxistas.
A revista do semanário
Expresso do passado dia 10 de março dedicava a capa a Karl
Marx, sob o título “Marx vive”. Acrescentava que “a sua obra mudou o curso da
História no século XX e, hoje, até os mais cépticos parecem rendidos ao homem
que nasceu há 200 anos”. Dois artigos no interior da publicação — um de
Francisco Louçã, outro de Luciano Amaral — corroboravam em tons diferentes
aquela asserção principal: “Marx vive”, ou, no título de Luciano Amaral, “Somos
todos marxistas”.
Pedro Norton terá respondido indiretamente
a estas teses na revista Visão com um excelente artigo intitulado “Liberais somos todos nós”. E João César das Neves ripostou diretamente no Diário de Notícias.
Basicamente, recordou ele que
“O
elemento chocante é que nessas longas elaborações ninguém refere o aspecto mais
relevante: a tal mudança que Marx fez no século XX gerou milhões de mortos,
miséria inaudita e as maiores catástrofes económicas de sempre, da coletivização
da agricultura soviética ao “grande salto em frente” maoísta. É esquecimento de
peso!”
Tem César das Neves toda a
razão. E tem ainda razão quando recorda que essas tragédias foram provocadas em
nome do marxismo e da sua crucial doutrina da luta de classes. Eu
acrescentaria: daquilo que Marx designou como a doutrina científica da luta de
classes.
Ao contrário do que costuma
ser dito sobre Marx, o que é distintivo da sua doutrina não é o impulso moral
de indignação perante a pobreza das classes trabalhadoras. Esse impulso moral
existiu em vastos movimentos sociais não marxistas e antimarxistas, vários,
aliás, de forte inspiração cristã. Estes movimentos foram responsáveis por
profundas reformas sociais no capitalismo democrático — reformas que ocorreram
sob os olhos dos próprios marxistas, enquanto estes pateticamente gritavam que
o capitalismo não era reformável.
O que foi distintivo do
marxismo foi a atribuição de um carácter alegadamente científico à teoria da
luta de classes. Marx reclamou ter descoberto as leis do desenvolvimento histórico,
à semelhança das leis do desenvolvimento da natureza orgânica conjecturadas por
Darwin. O marxismo seria por isso uma “doutrina científica” que explicava toda
a história da humanidade com base em leis inexoráveis. Daí decorria que o
socialismo e o comunismo sucederiam inexoravelmente ao capitalismo, da mesma
forma que este sucedera inexoravelmente ao feudalismo, como este sucedera ao
regime escravagista e este, por sua vez, sucedera ao “comunismo primitivo”.
Um novo César para Angola?
Paulo Zua
José Eduardo dos Santos e João Lourenço |
Do ponto de vista
jurídico-constitucional, é claro que – desde o fim do socialismo e do conceito
marxista do partido-Estado – o presidente do MPLA não detém qualquer poder
legal soberano. Pelo menos na letra da lei, o MPLA não equivale ao Partido
Comunista da China ou da velha União Soviética. O MPLA está integrado num
sistema formalmente multipartidário. O seu poder depende da representação que
tem nos órgãos de soberania, designadamente na Presidência da República e na
Assembleia Nacional. É neste último ponto que alguns estribam as suas
afirmações sobre a bicefalia, afirmando que o presidente do MPLA manda nos
deputados. Deste ponto de vista, haveria dois poderes paralelos: o presidente
da República e os deputados comandados pelo presidente do partido na Assembleia
Nacional.
Ora, até que ponto os
deputados à Assembleia Nacional estão de facto sob a batuta de José Eduardo dos
Santos? Até onde, neste momento, os deputados lhe obedecerão? Atrevemo-nos a
dizer que não mais de dez deputados obedecerão incondicionalmente a JES. E nada
na Constituição os obriga a obedecer-lhe. Não existe qualquer imperativo
constitucional que torne os deputados dependentes de JES. Contudo, esta equação
acaba por desvirtuar o sistema constitucional.
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