O trabalhador brasileiro ao
término da sua adolescência e já tendo definido sua formação educacional,
ingressa no mercado de trabalho com mil sonhos na cabeça, ambicionando garantir
logo o seu futuro. Está feliz e realizado por já estar empregado, visando
sempre o seu crescimento na profissão, que é a garantia do sucesso que lhe
permitirá uma excelente, sustentável e prazerosa qualidade de vida.
Então já estabilizado
economicamente escolhe uma companheira para juntos constituírem uma família. É
um período admirável da vida, onde casal e filhos gozando de boa saúde, ficam
tranquilos quanto à segurança e ao bem-estar da família nova, cuidadosamente
planejada, um sonho que todo ser humano minimamente previdente e com os pés no
chão, almeja e persegue.
Nem desconfia o iludido
trabalhador que essa fase prodigiosa da vida que o Pai Supremo nos concede,
será corrompido e destruído por débeis governantes indignos e acomodados, que,
erradamente, direcionam os destinos sempre incertos e duvidosos do nosso
querido Brasil. Temos Quantidade exagerada de políticos que ao invés de nos ser benéfico, é contraproducente, porque,
comprometendo seriamente a robustez da nossa economia pelos seus ganhos
astronômicos, falta-lhes o essencial, que é a Qualidade, uma dádiva que só é
conseguida com um número bem reduzido de parlamentares com visão privilegiada,
cuidadosamente escolhidos, sem mordomias, sem privilégios, sem imunidade
parlamentar, sem foro privilegiado, sujeitos também aos rigores da lei,
condições estas indispensáveis para a efetivação de uma boa, justa e honesta
governabilidade.
Fica então reservado para este
cidadão outrora feliz, um final de vida desastroso, porque não é mais protegido
e somente é visto como um ex-trabalhador que não dá mais lucro ao governo,
obrigado a sustentá-lo sem mais nada receber em troca. A fase dos descontos
mensais deste trabalhador para o INSS, tão cobiçado pelas débeis equipes
econômicas, acabou! Por isso, ele está definitivamente descartado e alijado do
direito de desfrutar uma digna e merecida cidadania!
Começa aí para o trabalhador
na transição de ativo para inativo, um perverso preconceito e injuriosa
discriminação, contra os velhos de cabelos brancos. Tudo o que ele construiu na
vida laboriosa será desmantelado. Afinal, não mais contribui para os cofres do
governo, um peso morto mesmo, merecendo ser descartado para não ter os mesmos
direitos e benefícios dos trabalhadores ativos. Também porque os aposentados e
pensionistas não são para os politiqueiros de plantão uma ameaça no resultado
das eleições, já que a maioria dos segurados, devido ao avanço da idade e
cansados pela ausência de políticas honestas e transparentes, não mais
comparecem às urnas.
Nesta colheita final do
aposentado brasileiro quando outrora só plantava sementes boas e lucrativas
para o governo, recebe agora para a sua subsistência como trabalhador inativo,
frutos de péssima qualidade, murchos e degradados, colhidos do chão, não
condizendo mais com o seu esplêndido plantio do passado. A semeadura foi muito
boa, a colheita no final, entretanto, ao contrário do que se esperava lhe será
funesta! A atividade profissional lhe foi favorável, a inatividade ao
contrário, só lhe trará prejuízos, insegurança e tortura mental. Será um eterno
perseguido! Assim, o governo federal e sua tropa de choque tornaram-se os
principais carrascos dos aposentados e pensionistas da iniciativa privada, cuja
sórdida e perversa intenção é nivelar todas as aposentadorias do RGPS em apenas
01 (um) salário mínimo.
Se hoje já não estamos
recebendo apenas o piso da Previdência, devemos agradecer unicamente a
salvadora intervenção da nossa fada madrinha, a Juíza Salete Maccaloz
(in-memoriam), que peitando o governo federal nos concedeu também o mesmo
percentual de aumento dado ao salário mínimo, ou seja 147%, quando a
massacrante equipe econômica do governo teimava em nos dar apenas o irrisório
índice de 54%! Foi uma grande batalha travada nos tribunais! Que Deus lhe dê a
glória eterna no Reino dos Céus.
Fica assim fácil constatar que
a má vontade política contra aposentados, pensionistas e aposentáveis, já vem
de longa data. Acertadamente, podemos acusar os últimos quatro presidentes da
república como os maiores algozes e principais inimigos dos indefesos segurados
do INSS. Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e
Michel Temer, degolaram nossos benefícios, cuja degradação total somada pela má
boa vontade política dos quatro, já cortou mais da metade do valor em números
de salários mínimos que recebíamos no início da tão desencantada e frustrante
aposentadoria, que de um agradável sonho, transformou-se em terrível pesadelo!
Que em 2018 tiremos do coldre
a nossa única arma/voto, colocando-a para nos defender efetivamente, mostrando
que poderemos sim fazer a diferença, ao contrário do que aconteceu em 2014
quando ela (a arma) permaneceu silenciosa, inerte e inofensiva. Unidos, os
aposentados tornar-se-ão invencíveis, não precisando da ajuda de ninguém para
nos defender, tornando a nossa derradeira colheita de um prêmio amargo, para um
prêmio, que como seria mais condizente e coerente, de sabor adocicado...
Título e Texto: Almir Papalardo, 30-3-2018
Relacionados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não aceitamos/não publicamos comentários anônimos.
Se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-