domingo, 31 de julho de 2016

Lembro- me deste cara (e de outros!) dia sim, noite sim, nos televisores e jornais portugueses


Procura-se este senhor… desaparecido em parte incerta... bastonário da Ordem dos Contabilistas e ex-deputado do PS... especialista em impostos e que todos os dias falava nas televisões contra o anterior governo... gostaríamos que falasse agora sobre os atrasos nos reembolsos do IRS… mas desapareceu por razões misteriosas....
Imagem e Texto: Fórum da Escolha, Facebook, 31-7-2016

E veja o que este senhor (do Bloco de Esquerda) diz para justificar o atraso… ao minuto 51 ele fustiga o secretário de Estado do governo anterior (PSD/CDS).

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31 de julho de 2016: Eu estive lá/I was there/J'y ai été


Lisboa, Praça Luís de Camões, 31 de julho de 2016

Animais são abandonados!


QUIZ: Blade Runner

Que filme de do cinema mudo foi uma fonte de inspiração para Blade Runner: Perigo Iminente e para Guerra nas Estrelas?




A Aelita
B O Dr. Cyclope
C Metrópolis 
D Planeta Proibido

Charada (282)

Analisando as
palavras
de cada alínea,
descubra os títulos de
três filmes famosos:


 a) Dezena – Normas
b) Soberano – Argolas 
c) Ataque - Torre

Imigrantes latinos deveriam favorecer Hillary Clinton na disputa eleitoral americana?

Rodrigo Constantino

Já de volta a Weston, conheci um casal de venezuelanos ontem e ficamos algumas horas conversando. Ele era fazendeiro e proprietário de empresas na Venezuela, mas teve de abandonar tudo, vendeu apenas seus carros, e com essa quantia veio para cá iniciar nova vida, como tantos cubanos fizeram antes. Ela tem vários diplomas, mestrado na área de exatas. Ambos inteligentes, viajados, e lutando há um ano num recomeço praticamente do zero. Ela disse que prefere Hillary Clinton e teme Donald Trump.


Não é incomum. E política definitivamente não é sua praia, como admitiu. Deixa-se guiar por emoções, disse que chegou a chorar num discurso de Barack Obama sobre “raças”, e também quando Michelle Obama disse que sua família negra hoje vive numa casa construída por escravos. E, como imigrante, alegou ter muito medo da retórica de Trump, que lembra a ela o estilo de Hugo Chávez. Acha que os Democratas são melhores para os imigrantes, e reconheceu que é muito caro e difícil para os venezuelanos se estabelecer legalmente aqui.

Escutei, e liguei depois a metralhadora giratória. Joguei muitos fatos que eles desconheciam completamente, por só acompanhar notícias pela CNN, nunca pela Fox News. Falei do livro que acabara de ler, The War on Cops, de Heather Mac Donald, que pretendo resenhar em breve, e que mostra com ampla base de dados que a polícia não é racista, e sim que há um problema de maior criminalidade na comunidade negra, principalmente pela falta de estrutura familiar. Perguntei se ela não achava importante o pai e a mãe juntos na educação, já que o casal está junto há anos com seus filhos, e expliquei que mais de 70% dos negros americanos nascem de mães solteiras.

Sobre imigração, aleguei que entendia seu ponto, que os Estados Unidos foram criados com imigrantes, que a retórica de Trump podia incomodar mesmo, mas que ao menos ele tocava em pontos importantes e ignorados por populismo pelos Democratas. O estado de bem-estar social, com seus “food stamps”, Obamacare e tudo mais, cria uma “carona grátis” que irrita quem paga a conta e sente seu emprego ameaçado por imigrantes ilegais. As “sanctuary cities” protegem criminosos, muitos mexicanos na California, o que era um absurdo. Ela desconhecia isso tudo.

Trump não era nem de perto o melhor nome Republicano, mas é melhor do que Clinton, o que não é difícil. Os Republicanos não são contra os imigrantes em si, e muitos, como Marco Rubio, que é da Flórida, falam que é importante reduzir os custos e burocracia na imigração legal. Mas o problema da imigração ilegal existe, é um fato, e os Democratas exploram isso de forma demagógica, de olho nos votos das “minorias”. O caminho não pode ser esse. Não pode ser “abrir geral” e ainda dar vantagens e privilégios para quem já chega burlando as leis.

sábado, 30 de julho de 2016

Câmeras flagram a ousadia de ladrões de malas no principal aeroporto do País


Os criminosos aproveitam o período de grande movimento nos aeroportos para agir. Disfarçados de passageiros comuns, eles carregam mochilas ou pequenas malas de viagem. O balcão do check-in é um dos pontos de mais distração das vítimas que, enquanto separam a documentação para o embarque, se esquecem da bagagem.

“Metam-se na vossa vida”: é a resposta de Erdogan às críticas da Europa

A organização Repórteres sem Fronteiras está “aterrada” com o encerramento de 102 meios de comunicação na Turquia. As últimas detenções incluem 17 jornalistas que vão aguardar julgamento na prisão


Manuela Goucha Soares
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denuncia a “liquidação de 102 meios de comunicação pelas autoridades turcas”, cerca de duas semanas depois da tentativa de golpe de Estado ocorrida a 15 de julho.

A RSF diz no seu site que está “aterrada” com a “purga” que atinge toda a sociedade turca, sendo “ainda mais dramática” na área da comunicação social. Só este sábado foram detidos 17 jornalistas, acusados de pertencerem a um "grupo de terror".

Ontem, sexta-feira, 21 jornalistas foram presentes a julgamento e ouvidos até perto da meia-noite; deste grupo, quatro foram libertados, e 17 foram colocados em detenção pré-julgamento, acusados de "pertencerem a um grupo de terror", segundo avançou a Anadolu, a agência de notícias estatal. Entre os detidos estão o jornalista veterano Nazli Ilicak e também Busra Erdal, o antigo correspondente de uma publicação pró-Gullen.

A onda de detenções e demissões compulsivas está a ser condenada pela comunidade internacional, o que levou o Presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, a dizer aos responsáveis europeus para "se meterem na sua vida". Erdogan aproveitou um discurso feito no palácio presidencial ao fim do dia de sexta-feira para enviar este recado ao Ocidente: “Algumas pessoas dão-nos conselhos. Dizem que estão preocupados. Metam-se na vossa vida, olhem para os vossos próprios atos”.

45 JORNAIS, 16 TELEVISÕES E 23 RÁDIOS ENCERRADAS
Na última quarta-feira, um novo decreto-lei adoptado ao abrigo do estado de emergência “ordenou o encerramento e expropriação de 45 jornais, 16 estações de TV, 23 estações de rádio, três agências de notícias e 15 revistas, e 29 editoras. A lista, publicada no Diário Oficial da Turquia, está disponível aqui”, alerta o site da organização Repórteres Sem Fronteiras: “São todos suspeitos de colaboração com a irmandade de Fethullah Gulen, designado pelas autoridades como responsáveis ​​pelo golpe fracassado de 15 de Julho”.

Insegurança na Olimpíada: por que a imprensa faltou à entrevista coletiva?

Paulo Ricardo Paúl


Prezados leitores, nos ajudem a decifrar esse novo enigma, assistindo ao vídeo e opinando.

Qual a sua opinião sobre a imprensa ter faltado à entrevista coletiva?


Juntos Somos Fortes! 

Primeira praia para cães em Portugal

A Câmara Municipal de Peniche aprovou, esta sexta-feira, aquela que será a primeira praia para cães em Portugal. A inauguração está prevista para o dia 6 de agosto.

Foto: Dfaen/Pixabay
A proposta foi a votos e o local escolhido é a praia do Porto da Areia Norte. De forma a garantir as condições de higiene e segurança, serão colocados sacos para os dejetos dos animais, novos caixotes do lixo e infraestruturas para reforçar o controlo sanitário.

Uma medida idêntica foi aprovada, no dia 19 de julho, na cidade de Barcelona. Uma zona de 1250 m2 foi devidamente arranjada para que os animais e os seus donos possam desfrutar da época balnear. 
Beechcam Meo, 29-7-2016

A caneca Outback é sua

Outback Steakhouse presenteia clientes com sua famosa caneca


Os apaixonados pelas tradicionais canecas de chope do Outback já podem comemorar. De 31 de julho a 8 de setembro (de domingo a quinta-feira a partir das 17h, enquanto durarem os estoques), os clientes que comprarem uma Super Wings (15 sobreasas de frango empanadas servidas com molho blue cheese) e dois chopes poderão levar uma edição especial da famosa caneca pra casa. A ação é uma parceria do Outback com Brahma e Sadia e é válida em todos os restaurantes da rede no Brasil.

Mais uma vez, o cliente Outback tem a oportunidade de levar um pouco da nossa experiência para casa. Nossa caneca de chope está entre os principais ícones do restaurante e é objeto de desejo de muitos clientes. Agora todos  terão a oportunidade de ganhá-la, basta consumir o combo e levar a caneca na hora, sem sorteio”, diz Paula Castellan, Diretora de Marketing do Outback Steakhouse no Brasil.

Lista de mortes ordenadas por Maomé

Pedro Erik
O Papa Francisco disse que "toda religião quer a paz". Como disse o site The American Catholic: "a característica mais marcante do pontificado de Francisco é  a maneira sorridente com que o Papa diz coisas que são mentiras repetidas vezes".

O autor do blog ainda disse que "o Papa, a menos que seja um completo idiota, deve saber que nem toda religião quer a paz. E se ele sabe disso, ele está mentindo. Se ele realmente acredita no que ele diz, depois de tantas evidências em contrário, então temos ainda mais razões para ficar preocupados".

No Islã, que dá suporte para quase 100% dos ataques terroristas do mundo, o ser humano perfeito, aquele que deve ser imitado é Maomé. Ele deve ser imitado em tudo. Nada em Maomé é imperfeito. Ele é o perfeito muçulmano e é recomendado que todo muçulmano siga o exemplo dele. O Alcorão segue a vida de Maomé (quando Maomé quis paz, quando Maomé quis guerra, quando quis casar...) e segue o que o Maomé disse que é certo. Alá fala por Maomé e vice-versa.

Se todos os muçulmanos seguissem o exemplo de Maomé que mundo teríamos?

Na internet, no site Wikislam, há uma lista das mortes que Maomé ordenou ou apoiou. São centenas de mortes. O site colocou a razão das mortes e a fonte (Alcorão ou Hadith, que conta a vida de Maomé). 

Título, Imagem e Texto: Pedro Erik, Thyself, O Lord, 29-7-2016


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25 dicas para a campanha eleitoral

Ilustração: NEF

Cesar Maia

1. O fracasso é certo quando se tenta agradar todo mundo. Escolha o seu lado, o seu discurso.
2. O seu adversário de votos é quem pensa como você ou se dirige ao mesmo perfil de eleitor.

3. O seu antagônico é atacado só para lhe dar nitidez.
4. Primeiro o eleitor decide em quem não se deve votar. Ajude.

5. Eleição é como lavoura. Os meios de comunicação irrigam. Mas só o contato direto semeia.
6. Candidato que se explica, perde.

7. Tenha sempre a iniciativa. Jogue com as peças “brancas”.
8. Discuta só o tema que você propôs. O tema proposto pelo adversário deve ser simples ponte para você chegar ao seu.

9. Candidato tem que se comprometer.
10. Em debates perguntar é sempre mais arriscado que responder. Na resposta você fala por último. A pergunta tem que imobilizar o adversário e impedi-lo de mudar de tema.

11. O tema honestidade é visto pelo eleitor de outra forma. O tema certo é CONFIANÇA.
12. A comunicação de campanha tem que mostrar que os valores do candidato são os mesmos do eleitor. Valores e crenças básicas são a base da campanha.

Alcateia islâmica

Rodrigo Constantino

Qualquer crítica é vista como “islamofobia”, o que anula a possibilidade de um debate sério sobre o assunto

Dois irmãos explodem uma bomba numa maratona de Boston. Um sujeito decide abrir fogo numa boate gay em Orlando. Um maluco joga um caminhão em cima de uma multidão em Nice, matando mais de 80 pessoas. Um padre com 86 anos é morto a facadas numa igreja francesa. Qual o denominador comum aqui?

A imprensa fala em “lobos solitários”. Mesmo? Não seria o caso de tantos lobos muçulmanos a ponto de criarem uma verdadeira alcateia islâmica? O autoengano não vai ajudar no combate ao terrorismo. A covardia é o caminho certo da derrota. O Ocidente precisa encarar a dura realidade: estamos em guerra.

O primeiro passo é deixar os bodes expiatórios de lado. Não dá para culpar a venda de armas, quando tantos matam usando aquelas obtidas ilegalmente, ou facas, aviões, caminhões. O foco dos “progressistas”, como o presidente Obama, na questão do desarmamento é pura distração, e coloca em risco a população pela reação equivocada que produz.

Também não podemos falar em “discurso de ódio” nas redes sociais. Não é isso que tem atraído essas pessoas ao radicalismo islâmico. O multiculturalismo politicamente correto, ao contrário, tem impedido um debate sincero, pois não podemos “ofender” os muçulmanos. Qualquer crítica é vista como “islamofobia”, o que anula a possibilidade de um debate sério sobre o assunto.

Charada (281)

Qual é a
área
profissional
deste casal?
Antão 
e Edeviges

QUIZ: Potemkin

Quem realizou O Couraçado Potemkin, por encomenda do Partido Comunista Soviético?


A – Sergei Eisenstein
B – Edmund Meisel
C – Nina  Agadzhanova 
D – Eduard Tissé

A clássica cena na escadaria de Odessa é a quarta parte do filme. As cenas iniciais banhadas em luz e alegria são substituídas pelas imagens chocantes de repressão violenta pela guarda do Czar. A própria escada já traz, em si, um símbolo da cruel hierárquica social e política, da diferença entre as classes. A cena da mãe assassinada, cujo carrinho de bebê desce degraus abaixo, é sempre citada como uma das mais famosas da história do cinema.

Eu também estarei na rua, Joice!

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Welcome to the Communist Party, U.S.A.

How Hilary's scary speech revealed her mistake in wearing a white pants suit to her coronation.

Daniel Greenfield

Wearing a white pantsuit, Hillary Clinton plodded out on stage to accept the nomination that she had schemed, plotted, lied, cheated, rigged and eventually fixed a series of elections to obtain.

Then she claimed that she was accepting the nomination of a race she had rigged with "humility”.

Humility is not the first word that comes to mind when thinking of Hillary Clinton. It is not even the last word. It is not in the Hillary dictionary at all. But this convention was a desperate effort to humanize Hillary. Everyone, including her philandering husband and dilettante daughter, down to assorted people she had met at one point, were brought up on stage to testify that she really is a very nice person.

This wasn't a convention. It was a series of character witnesses for a woman with no character. It was an extensive apology for the Left's radical agenda cloaked in fake patriotism and celebrity adulation.

Sinclair Lewis famously said, "When Fascism comes to America, it will be wrapped in the flag and carrying a cross". More accurately, when Communism comes to America, it will be wrapped in the flag and carrying a cross. That's what the Democratic National Convention was.

This night presented Hillary Clinton as all things to all people. She was a passionate fighter who found plenty of time to spend with her family. She is for cops and for cop-killers. She likes the Founding Fathers and political correctness. She wants Democrats to be the party of working people and of elitist government technocrats. And, most especially, she cares about people like you.

The convention, like everything about Hillary, was awkward and insincere.

Quem o paga? Advogado contratado por Lula cobra 40 mil Reais por DIA!

Implicante

De onde sai a grana para bancar tamanha fortuna?

Geoffrey Ronald Robertson é um advogado conhecido internacionalmente por encampar causas que julga humanitárias. Mas ficou mais famoso por trabalhar para Julian Assange, o ciberativista por trás do WikiLeaks, e Mike Tyson, que dispensa apresentações. Agora, é o nome buscado por Lula para processar o Brasil junto à ONU, acusando o país de perseguição.

O Antagonista levantou os custos dessa assessoria jurídica. E, na conversão dos próprios jornalistas, trouxe um número por demais assustador: 40 mil reais POR DIA!

Vale, então, a pergunta: é o próprio Lula quem está bancando essa fortuna? Ou ainda: de onde vem tanta grana? 
Título e Texto: Implicante, 29-7-2016

A prefeitura do Rio vai ocultar favelas com painéis gigantes durante os Jogos Olímpicos

Implicante
Um pouquinho de maquiagem para não assustar os visitantes

Pior: essa uma prática da gestão desde 2010. O jornalismo está chamando de “envelopamento da cidade”. Ao custo de R$ 750 mil, a prefeitura do Rio de Janeiro tentará deixar a cidade mais bonita instalando adesivos, bandeiras e painéis e ocultem os problemas não resolvidos no município. Na Linha Vermelha, via de acesso ao aeroporto internacional, pode onde passarão turistas e atletas de todo o mundo, já adesivaram o “painel acústico”. Mas, segundo Antonio Preto, secretário de turismo, nada daquilo foi feito para esconder a favela:

“Essa ‘adesivagem’ no painel acústico ali da Linha Vermelha dá um movimento. Não é para esconder a favela, nunca foi. É para decorar e botar a cidade no clima olímpico.”

Alguém acredita? Os painéis têm três metros de altura e percorrem 7 quilômetros.


Foto: Gabriel Barreira/G1

Segundo a Folha, a “maquiagem olímpica” ainda atingirá a avenida Brasil, o Túnel Novo, a orla da zona sul, Aterro do Flamengo, entre outros. 
Título e Texto: Implicante, 29-7-2016

Portão!


Socialismo na Venezuela deu muito certo


Sim, o socialismo – bolivariano, chaveziano, maduriano, chamem como quiser! – deu muito certo na Venezuela (e em outros países, como Cuba, Cambodja).
A imagem acima retrata o SOCIALISMO. Ponto final parágrafo.

“O Papa está errado. Estamos sofrendo ódio por parte de uma religião”

Il Foglio

Patriarca de Antioquia reage à declaração de Francisco: Terrorismo e cristão assassinados por ódio à sua fé, primeiro no Oriente Médio e, agora, na Europa. Ignace Youssif III Younan fala à “Radio Uno” (uma rádio italiana) e pede para “evitar a linguagem politicamente correta. Devemos dizer que foi um islamismo radical e terrorista”.

O Patriarca à esquerda

“Devemos evitar a linguagem policamente correta. Devemos dizer que foi um islamismo radical e terrorista. Este é o fato. Aqueles que causaram a tragédia em Dakar, 9 italianos, não eram nem pobres nem ignorantes. Eram de família muito bem posicionadas e educados. Não se pode falar de gente sofrida, socialmente marginalizada”. Quem disse isso, convidado pelo programa “Preto no Branco” da “Radio Uno”, foi Sua Beatitude Ignace Youssif III Younan, Patriarca de Antioquia dos sírios.

“Enquanto estamos vivendo esta tragédia, vocês (no ocidente, nota da redação) estão fazendo elucubrações teóricas, e a sangue frio, e nós devemos sofrer a cada dia, a cada momento, os perigos do terrorismo islâmico. Um bispo morto, dez padres mortos”, tudo nos últimos tempos, acrescentou.

Acerca da pergunta sobre as considerações do Papa sobre a guerra que não tem nada a ver com a religião, o Patriarca respondeu: “Com todo o respeito pelo Santo Padre, não está certo o que ele disse. Sempre houve gente mais rica que os outros. Aqui estamos sofrendo ódio por parte de uma religião”.

Esta é uma guerra que podemos perder

Rui Ramos

O terrorismo islâmico é uma tragédia para as suas vítimas. Mas os jihadistas não querem só matar pessoas, mas também sociedades. O jihadismo pode transformar  a Europa. Não deve ser subestimado.

Há muitas maneiras de esquecer a vaga de ataques jihadistas em França e na Alemanha. Uma é ir para a praia e evitar a imprensa. Outra é convencermo-nos de que uns quantos marginais com camiões e facas podem causar tragédias localizadas, mas nunca abalarão um continente e uma civilização. Mas talvez esta segunda opção seja tão enganadora como a primeira. O que pode o jihadismo fazer à Europa?

As migrações das últimas décadas transformaram as sociedades ocidentais. Esta semana, ouvimos Obama exaltar a diversidade da sociedade americana – mas uma diversidade que comunga na tradição política dos Fundadores dos EUA. Os EUA são uma nação de imigrantes, que em vagas sucessivas adoptaram o patriotismo americano. Mas muita da imigração mais recente em vários países europeus teve outro efeito: a formação de comunidades muçulmanas que, por várias razões, não se identificam com as sociedades de acolhimento.

Em muitas das capitais europeias, os muçulmanos representam já provavelmente entre 10% e 20% da população. O terrorismo inspirado pelo fundamentalismo islâmico tem um objectivo: através do sectarismo e da violência, aprisionar os muçulmanos em comunidades fechadas e hostis aos olhos dos outros europeus. Ninguém mais do que os jihadistas está empenhado em promover a chamada “islamofobia”. A campanha de terror foi toda calibrada para isso. O autor do atentado não é sempre um comando armado chegado da Síria: pode ser o rapaz do andar ao lado, com um camião ou uma faca de cozinha, de modo que todo o muçulmano se torne suspeito. A vítima não precisa de ocupar cargos ou ter responsabilidades: basta estar no lugar errado à hora errada, de modo que todos os cidadãos se sintam ameaçados. O assassinato do padre Hamel na igreja de Saint-Étienne-du-Rouvray tem um sentido: é a tentativa de importação para a França do terrorismo sectário que afundou o Iraque, a Síria ou o Líbano numa espiral de violência entre as suas comunidades. É um facto: a Europa ainda não é o Médio Oriente. Mas já não está separada do Médio Oriente.

Vernaculês

Jacinto Flecha
Um amigo que nasceu em Berlim, depois veio para o Brasil e transitou por vários países, reside e exerce atividades diplomáticas nos Estados Unidos. Esse vasto background multinacional recomenda, numa ligação para o celular dele, não iniciar a conversa com a pergunta habitual – onde você está? – e globalizar a pergunta assim: Em que país você está? Seria uma surpresa ele estar no país que imagino.

Ele tem o bom costume de conversar na língua do interlocutor, e procura fazê-lo usando os termos correntes no respectivo país, o vernáculo mais atualizado possível. Recentemente ele me agradeceu por e-mail o envio de um PPS com belas fotografias de Sachsen, e perguntou-me como deveria dizer em vernáculo – em português, talvez numa próxima viagem ao Brasil – o nome desse estado alemão. Informei nosso Saxônia, e acrescentei o Saxe francês e o Saxony inglês.

Kriebstein Castle

Usar corretamente a língua do interlocutor é uma atitude cavalheiresca, muito elogiável, mas não isenta de dificuldades e complicações. Especialmente quando não se trata exatamente do vernáculo, mas um vernaculês com palavras que lembram longinquamente o original estrangeiro, muitas vezes com insinuações e duplo sentido.

Creio que o meu amigo desconhece pelo menos uma dessas vernaculidades. Durante uma conferência dele no Brasil, referiu-se a um imél que havia recebido, e o meu vizinho no auditório perguntou-me o que é isso. Esclareci que os americanos pronunciam assim o e-mail. Provavelmente ele teria usado nosso vernaculês, se soubesse que os brasileiros pronunciam mail de acordo com os caracteres fonéticos meil, como indicam os dicionários.

Os americanos inventaram o e-mail e deram-lhe este nome, mas resolveram pronunciar imél, sabe-se lá por quê. Imagino que alguém poderia confundir correio eletrônico (e-mail) com algum correio masculino, pois male (macho) e mail (correio) têm representação fonética igual nos dicionários. Nesse mundo que ainda não despachou para o hospício quem considera iguais um menino e uma menina, é bem possível alguém confundir macho com correio. Não é minha culpa se o mundo está atolando a toda velocidade nesse tipo de “progresso”, e a preocupação vernacular nem sempre elucida loucuras do gênero (sem insinuações intencionais...).

Charada (280)

Quatro arquitetos sentaram-se
em torno de uma mesa quadrada
para discutirem um novo projeto.
Salema, o mais velho, é lisboeta.
Os outros são de Braga,
do Funchal e de Ponta Delgada.
Lacerda sentou-se à direita de Salema,
Medeiros sentou-se à direita
do minhoto e Martins, que não é
açoriano, sentou-se à frente
de Lacerda.

Assim, qual é a
naturalidade 
de cada arquiteto?

Sempre há tempo

Nelson Teixeira
Há pessoas que estão sempre apressadas, preocupadas com o trabalho e com os afazeres do dia a dia. Nunca têm tempo para telefonar para um amigo, um familiar, fazer uma visita a alguém que não esteja bem de saúde. São pessoas que só pensam na vida material e esquecem-se da verdadeira razão de estarmos aqui, neste mundo.

É certo que temos obrigações a cumprir, trabalhos a fazer e temos também de cuidar da nossa subsistência e daqueles que dependem de nós. Mas não se deve deixar de lado a alegria e o prazer de estar com os amigos, parentes e, na medida do possível, doando um pouquinho do nosso tempo também àqueles desafortunados que vivem nos asilos, nos orfanatos, sem atenção, afeto e carinho.

Lembremo-nos de que todos nós dependemos uns dos outros. Ninguém vive sozinho. Fazemos parte de uma grande família universal e somos filhos de um único Pai. Pense se tem dado a devida atenção ao que realmente interessa.

Sempre há tempo para nos unirmos aos entes queridos e também àqueles que vivem na solidão, não por opção, mas pelas circunstâncias da vida. Pensemos nisso. 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 29-7-2016

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Julho

Maria João Avillez
Já sabia - mas em Julho percebi-o melhor - que deixou de haver chão debaixo dos nossos pés, o chão que sempre houve, o nosso, fossem altas ou baixas as marés, amenas ou tempestuosas as estações.

1. Costumo esperar pelo verão “como por outra vida” (falta-me o ar se todos os anos por esta altura não evocar a pertença quase física de Ruy Belo à “única estação”) mas Julho foi como um sapato demasiado apertado, que nunca tivesse usado. Não houve a festa nem o incomparável brilho do verão, não podia haver, o medo e os mortos por contar são incompatíveis com o brilho. E a barbárie numa pequena igreja francesa atacando a Igreja no seu coração é incompatível com tudo. Com tudo o que herdei, aprendi e vivi na civilização onde nasci. Já sabia – mas em Julho percebi-o melhor – que deixou de haver chão debaixo dos nossos pés, o chão que sempre houve, o nosso, fossem altas ou baixas as marés, amenas ou tempestuosas as estações.

Agora que a Europa deixou de ser um valor (e um porto) seguro e que o Ocidente agoniza, o mundo em que entrámos requer aprendizagem e outros códigos mas quais? Transformar o medo em rotina? Domar esta “expectativa de pior” que já vestimos como uma segunda pele, da próxima vez será onde e quando? Meter na cabeça de vez que o substantivo “segurança” caiu em desuso? Habituar-me à aflição desnorteada e desmunida das lideranças políticas face à irrupção sem pré-aviso do terror? Olhá-lo como uma banalidade quotidiana, passando a quarta ou quinta notícia do dia?

O terror num teatro, na rua, num centro comercial mas também na “democrática” Turquia e tenho a horrível certeza que lá se produz o terror em cadeia, no segredo das prisões, na demência das purgas, na gelada crueldade das perseguições. Tudo afinal tão desconforme neste mês de Julho que costumava ser azul e festivo e por isso incomparável. Pareceram-me quase roubados alguns dos seus deslizantes dias, como se por momentos me tivessem emprestado o Atlântico, a maresia, o sal, as noites, as neblinas matinais, ex-libris deste Oeste onde vivo.

2. Sim, é certo, estamos em ano de hortenses, no jardim há grandes cachos delas, rosa vivo e azul anil, sim, houve serões de lua cheia no terraço, arribaram os quatro netos, deixando o eco de uma vozearia indisciplinada pela casa, de imediato em estado de sítio. E até conheci um lugar no magnífico Alentejo, São Lourenço do Barrocal, ontem casa de lavoura, hoje, hotel. O traço dotado de Souto Moura manteve intacto o espírito do lugar, naquela branca e imensa herdade, agora aberta a hóspedes.

A PREVIC representa contra o BNDES

Alberto José
A PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) fez uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), que mandou cobrar quase R$ 1 bilhão da FAPES, Fundação de Assistência e Previdência Social, que foi repassado irregularmente pelo banco.
 
Entrada do prédio do BNDES, no Rio. Foto: Mônica Imbuzeiro
Enquanto outros fundos têm os recursos desviados, a FAPES, entre 2009 e 2010 recebeu esse aporte bilionário, o que parece ser um crime de peculato, quando o funcionário tira proveito indevido em razão do cargo que ocupa.

A intervenção do TCU levantou a questão do nível de salários do banco, pois sendo uma entidade estatal os salários dos seus funcionários estão em patamar "sem paradigma em todo o mundo civilizado", e será objeto de apuração em auditoria por estar fora dos padrões de moralidade da Administração Pública Federal.

De fato, eles ganham muuuuuuitíssimo bem!
Título e Texto: Alberto José, 28-7-2016

A verdade sobre a presença das mesquitas: é um sinal de conquista!

Khadija Kafir


O texto abaixo é a transcrição do vídeo.

Presidente Obama: Há uma mesquita em cada Estado de nossa união. E mais de 12 centenas de mesquitas em nossas fronteiras.

Aynaz Anni Cyrus [foto]: Bem, essas doze centenas de mesquitas sobre as quais Obama se refere com orgulho… o que significa é que… basicamente sempre que houver uma mesquita em qualquer área não é apenas um lugar sagrado onde o muçulmano vai e reza. Não!


Quando houver uma mesquita em qualquer lugar, é um sinal de conquista! Então aquela área foi conquistada pela sharia! Então significa que já se tem doze centenas de áreas perdidas para a sharia. Então quando ele diz isso, muita gente está interpretando como: “oh, ele está sendo bonzinho, ele não é racista, ele é um bom presidente”. Não! Ele está se referindo ao fato de que “nós (os muçulmanos) estamos quase lá! Já temos áreas conquistadas o bastante”.

E que podemos ficar trazendo mais e mais muçulmanos até que este seja um país islâmico. O significado de mesquita sempre foi… e as pessoas precisam lembrar o significado por trás de uma mesquita: elas não são “locais de oração”. Não!

Este mundo não é nada como tínhamos imaginado

José Manuel Fernandes

O multiculturalismo falhou porque ignorou a centralidade dos nossos valores. O laicismo também falhou pois ignorou que a modernidade não é só filha do Iluminismo, é também da tradição do cristianismo.

Não foi assim que imaginámos que ia acontecer.

Não imaginámos que a globalização, que muitos diziam que ia empobrecer os pobres, causasse afinal problemas nos países ricos. E por isso não vimos chegar Donald Trump, como antes não compreendêramos o significado do voto popular em Marine Le Pen ou em Nigel Farage.

Não imaginámos que aqueles que foram sendo acolhidos na Europa como imigrantes se voltassem tão violentamente contra os valores dessa mesma Europa. Não imaginámos que uma, duas gerações depois de chegarem continuassem não apenas a não estar integrados, como a recusar a integração.

Não imaginámos que, depois da revolução portuguesa de 1974, das transições democráticas na América Latina, desse maravilhoso ano de 1989 em que caiu o Muro de Berlim, os regimes autoritários voltassem a ter prestígio e até apoio popular. Tal como não imaginámos que a ideia de “primavera democrática” não tivesse o mesmo sentido, nem o mesmo destino, nas duas margens do Mediterrâneo.

Eu sei que houve muitos avisos. Que muitos alertaram para o excesso de optimismo. Que houve quem previsse uma viragem dos ventos, quem notasse que, na viragem do século, estávamos porventura a viver um momento de “viragem da maré”, e que vinham aí tempos menos previsíveis, mais turbulentos, com menos liberdade, com menos esperança.

Eu sei isso tudo, até porque várias vezes, ao longo destes anos, alertei para a necessidade de algum cepticismo: a História não é um processo com um só sentido, a ideia de que se pode forçar o Progresso (com P maiúsculo) é mesmo das mais perigosas.

Mas, convenhamos, não me recordo de alguém ter previsto esta espécie de “tempestade perfeita” em que parece estarmos a entrar neste Verão de 2016. E não, não é a economia, pois nunca houve tanta riqueza ao dispor de tantos no conjunto da Humanidade. E não, também não é guerra, pois a verdade é que também nunca, na história da mesma Humanidade, houve tão poucas guerras e, proporcionalmente, tão poucas pessoas a morrer de morte violenta.

O silêncio do Papa


Roberto de Mattei

O primeiro mártir do Islã em terra da Europa tem um nome. É o padre Jacques Hamel [foto], assassinado enquanto celebrava a Santa Missa no dia 26 de julho, na igreja paroquial de Saint-Etienne-du-Rouvray, na Normandia. Dois muçulmanos exaltando o Islã invadiram a igreja, e depois de tomar alguns fiéis como refém, degolaram o celebrante e feriram gravemente outro fiel. Sobre a identidade dos agressores e o ódio anticristão que os moveu não pairam dúvidas. Em sua agência de notíciasAmaq, o Estado Islâmico definiu os dois assaltantes de “nossos soldados”.

O nome de Jacques Hamel se soma ao de milhares de cristãos que todos os dias são queimados, crucificados, decapitados em ódio à sua fé. Mas o massacre de 26 de julho marca uma guinada, porque é a primeira vez isso que acontece na Europa, lançando uma sombra de medo e consternação nos cristãos do nosso continente.

Obviamente não é possível proteger 50.000 edifícios religiosos na França, e um análogo número de igrejas, paróquias e santuários na Itália e em outros países. Cada sacerdote é objeto de eventuais ataques, destinados a se multiplicarem, sobretudo após o efeito emulativo engendrado por esses crimes.

“Quantas mortes são necessárias, quantas cabeças decepadas, para que os governos europeus compreendam a situação em que se encontra o Ocidente?” – perguntou o cardeal Robert Sarah. O que precisa acontecer, podemos acrescentar, para que os confrades do Cardeal Sarah no colégio cardinalício, a começar pelo seu líder supremo, que é o Papa, compreendam a terrível situação em que se encontra hoje não só o Ocidente, mas a Igreja universal?

Ninguém diga que está bem

Paulo Tunhas
As quatro grandes paixões políticas do século XX foram o anti-semitismo, o anti-liberalismo, o fascismo e o comunismo. O pensamento democrático e liberal não suscitou paixões intelectuais excessivas.

Passei uns dias a reler um livro, já com uns anos, que é, no fundo, uma história das principais paixões políticas francesas ao longo do século XX: Le siècle des intellectuels, de Michel Winock. Começa com o caso Dreyfus e acaba praticamente com a recepção francesa do Arquipélago de Gulag de Soljenítsin e a queda do muro de Berlim. Como o título indica, as paixões em questão são as dos intelectuais, expressão criada exactamente na altura do caso Dreyfus. Vale a pena lê-lo. Não só para nos darmos conta de quão pouca gente, entre os intelectuais do século passado, soube manter a razão sóbria por um período de tempo razoável, mas também para perceber que, embora com vestes ligeiramente diferentes, essas mesmas paixões continuam entre nós.

Winock dividiu o seu livro em três grandes partes: a primeira, relativa ao caso Dreyfus e à sua posteridade imediata; a segunda, incidindo sobre o período entre o final da primeira grande guerra o o final da segunda; e a terceira, que lida com o segundo pós-guerra até, como disse, ao acolhimento reservado a Soljenítsin pelos intelectuais franceses e a queda do muro de Berlim. Não faria sentido tentar resumir aqui estas quase oitocentas páginas (excluindo apêndices, índices, etc.). Mas vale a pena dar conta de algumas lições fáceis de retirar da leitura do livro de Winock. Seguem-se algumas, como dizia o outro, “sem ordem nem desordem”, e igualmente sem referência a um só nome, o que é quase como representar Hamlet sem o príncipe, já que o livro se centra na análise relativamente detalhada da evolução de um sem número de príncipes, isto é, de intelectuais. Para quem estiver interessado, o melhor é mesmo lê-lo.

Não é difícil perceber quais as quatro grandes paixões políticas do século XX: o anti-semitismo, o anti-liberalismo, o fascismo (num sentido amplo, englobando o nazismo) e o comunismo. O pensamento democrático e liberal não suscitou nunca paixões intelectuais excessivas. Excepto, é claro, paixões negativas. Mas anti-semitismo, anti-liberalismo, fascismo e comunismo, sim. E é curioso ver como essas paixões se compuseram entre si. A composição do anti-semitismo com o fascismo é, a partir de certa altura, quase obrigatória entre os intelectuais, embora não seja obviamente necessária e haja excepções. Mas a paixão comunista também se pôde compor com a paixão anti-semita, e os exemplos não faltam. Em geral, de resto, as paixões negativas (anti-semitismo, anti-liberalismo) suscitam elementos de identidade entre as paixões fascista e comunista. Os anos 30 são exemplares disso, e um dos seus sinais indubitáveis foi a dificuldade de vários intelectuais, alguns muito improváveis, em se decidirem por uma ou por outra. Há casos notáveis de oscilação. Ou, então, a facilidade de transição efectiva de uma a outra.

A volta do DC-3




Após restauração realizada por uma equipe apaixonada, com a participação de antigos colaboradores da equipe de mecânica e de manutenção da Varig, o DC3 PP-ANU pousa novamente em Porto Alegre.


Carinhosamente apelidado pelos pilotos de “Douglinhas”, o PP-ANU é considerado um dos primeiros DC-3 fabricados no mundo e está pronto para receber você e sua família para relembrarem a era de ouro da aviação brasileira.

Venha viver esta experiência!

VISITE O INTERIOR DO AVIÃO
30 de julho até 28 de agosto
sábados e domingos
das 12h até 18h
Entrada Franca
LOCAL
Boulevard Laçador
Avenida dos Estados, 111
Porto Alegre - RS - Brasil


Não sabem o que dizem

João César das Neves
Até há uns meses nunca contemplaria escrever um artigo assim. Em temas financeiros é preciso muito cuidado ao falar em público. Declarações negativas ou só ambíguas podem ter consequências drásticas e inesperadas. A base das finanças é a confiança, que pode ser abalada por frases imprudentes acerca da reputação de uma instituição. Sou apenas um académico sem qualquer influência real, mas mesmo assim a prudência recomenda nunca escrever um artigo destes.

Pior, a situação financeira está ao rubro. Não só o mundo ainda anda combalido, após uma das maiores crises da história, sofrendo já novos choques, não só as taxas de juro estão a níveis impensáveis, como a sucessão de assustadores casos bancários nacionais pôs os aforradores com os nervos em franja. Num clima tão explosivo, nunca escreveria um artigo assim.

Só que hoje parece que entrámos num mundo surrealista, onde os responsáveis fazem as declarações mais inacreditáveis, com ligeireza e insensatez que tocam as raias da loucura. Em particular, depois do passado dia 18, entrámos no reino da imbecilidade institucionalizada. Peço desculpa, mas assim vou escrever um artigo destes.

Tudo começou com uma situação inaudita, ao termos o governo apoiado por forças que há anos pressionam para que se faça uma reestruturação da dívida. E mesmo depois de terem tomado a posição de pseudocoligação, PCP e Bloco de Esquerda mantiveram a proposta. Dizer isso na oposição, como partidos extremistas e irrelevantes, ninguém levava a sério. Mas a histórica opção de António Costa colocou-os a dominar a situação, e tudo mudou de figura.

Como é que uma entidade com responsabilidades políticas pode apregoar que se deve reestruturar a dívida, enquanto o governo que apoia está todos os dias a pedir mais dinheiro emprestado? O problema não é terem ou não razão sobre essa necessidade, mas, precisamente se a tiverem, ser muito estúpido anunciar a urgência. A fazer-se, uma reestruturação deve ser súbita, disfarçada ou diluída num programa europeu. Nunca declarada.

FGTS: Bradesco ou Itaú?

Alberto José
O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) foi criado pela Lei 5.107 de 13-09-1966, passando a vigorar em 01-01-1967 para proteger o trabalhador demitido sem justa causa.

O governo, agindo como um suposto pai preocupado com os filhos, ancorou as operações do fundo na Caixa Econômica Federal, orgão cujo controle operacional sempre foi concedido a políticos do partido mais influente.

Ilustração: Stefan

O trabalhador sempre teve a percepção de que o seu fundo é mal remunerado. Todo trabalhador, na primeira oportunidade que se apresenta, corre para retirar a sua economia lá depositada.

Hoje, com o afastamento do governo petista e com as recentes delações que estão comprovando que o FGTS foi usado para enriquecer empresários "amigos do Lulla e da Dillma", os bancos privados se apressam em abrir caminho para gerir esse fundo bilionário. Afinal, todos querem ganhar - ninguém trabalha de graça - mas, ser remunerado de acordo com o mercado é uma coisa, e ter a remuneração determinada pelas aplicações decididas por grupos políticos é bem diferente.

A jornalista Míriam Leitão, registrou no seu livro "História do Futuro" a comparação entre uma aplicação remunerada pelo CDI e a correção do FGTS entre agosto de 1994 e dezembro de 2012 e obteve um resultado digno de nota! O CDI acumulou 2.682,57% enquanto no mesmo período a remuneração dos depósitos no FGTS foi de (pífios) 373,64%!

Além do mais, se o dinheiro depositado pertence ao trabalhador, ele deve ter o direito de exercer a sua opção pela manutenção do seu fundo no banco da sua confiança, imune às interferências do "aparelhamento" político do orgão administrador da sua economia! 
Título e Texto: Alberto José, 28-7-2016