Nome completo: Maria João Martins Filipe Figueiredo Matos
Duarte Lins
Nome de guerra: Tive dois. Na Cruzeiro, no Despacho MAO, Maria Matos, e na Varig, no voo, Maria João
Onde nasceu: Beira, Moçambique
Onde estudou: até os 14 anos, em Lourenço Marques, atual Maputo; em Portugal, no Liceu de Estremoz; Brasília, Belém e Manaus.
Ops! São muitas cidades
para tanto estudo...
Você pode fazer uma lista cronológica, tipo assim “de tal data a tal data frequentei/estudei” na Escola/Liceu...?
Você pode fazer uma lista cronológica, tipo assim “de tal data a tal data frequentei/estudei” na Escola/Liceu...?
Vamos lá, não vou colocar anos, sei que são muitas cidades, mas meu pai
assim quis. 😊
O primário fiz em Lourenço Marques, na Escola Nossa Senhora de Jesus
Ornelas, na Polana.
Os dois primeiros anos fiz no Liceu Dona Ana da Costa de Portugal, depois
foi começar o terceiro ano no Liceu Salazar e completei em Portugal, no Liceu
de Estremoz.
Vim para o Brasil, a sétima série e oitava, em Brasília, na Escola Pública
Modelo do DF, o primeiro ano em Belém, nos Maristas, e depois completei os dois
últimos em Manaus, no Colégio Santa Doroteia, como não havia ainda faculdade de
Turismo fiz o técnico em Turismo.
Em Manaus fiz o vestibular para História, mas o meu sonho era voar e como
tinha feito estágio na VARIG, fui convidada a ficar e de lá já não saí mais.
Seu pai era diplomata?
Não. Meu pai fez a academia militar, foi oficial do exército português.
Com 24 anos foi para Moçambique, e de lá foi para a Índia Portuguesa, onde
ficou dois anos, regressou a Moçambique, e após o meu nascimento em 1961, foi
para a vida civil, entrou para o Dealer da Caterpillar onde chegou a ser um dos
sócios de um grupo Caterpillar, British Leyland.
Com a revolução dos cravos e a consequência da independência de
Moçambique, ele resolveu sair, primeiramente fomos para Portugal, depois
Brasil, aqui ele entrou para a Caterpillar e andou por várias cidades como
diretor.
Você começa a trabalhar no
Despacho da Cruzeiro em Manaus...
Sim, comecei estagiando na loja e fui admitida no despacho de passageiros
(da Cruzeiro do Sul) em Manaus.
Foi o seu primeiro emprego,
certo? Você disse anteriormente que tinha feito ‘estágio na Varig’...
Sim.
No curso de turismo tínhamos que ter, acho, duzentas horas de estágio, e foi
na loja de venda de passagens que fiz.
Como surgiu a vontade de
voar?
Vamos lá, em Lourenço Marques, eu ainda pequenina, em torno de uns 8 anos,
a minha prima e madrinha Maria João começou a trabalhar na TAP. Como a mãe dela,
minha tia, era minha professora, eu ia muito para casa dela e a via se arrumar,
na época a moda era usar cílios postiços, (risos), eu ficava embasbacada, e
depois ela saía na carrinha que a pegava, coisas de criança. Nessa época é que
comecei a ver a aviação e a dizer que ia ser igual à madrinha. 😉
Hospedeiras da DETA na pista
do Aeroporto de Lourenço Marques, anos 1960. Fotografia de Jorge Quartin
Borges, restaurada. The Delagoa Bay World
|
Sim, tanto que fiz o curso de Turismo, porque tinha a possibilidade de
estagiar numa empresa aérea. Por ser Manaus, entrei por terra, naquela época as
empresas aéreas só selecionavam para o voo no Rio de Janeiro e São Paulo.
Como fez para entrar no voo?
Fui admitida em terra, esperando abrir seleção no Rio ou São Paulo, só
que nessa espera surgiu a seleção em Manaus, fiz, passei, fui para São Paulo,
por quatro meses, ficamos no Hotel por conta da VARIG. Já formada voltei a
Manaus, mas sempre com esperanças de voar no Rio. Um ano e quatro meses depois
surgiu a oportunidade de vir para o Rio.
Já no Rio (re)começa em que
equipamento?
Cheguei ao Rio em 1987, como Chefe de Equipe da Nacional voando os
equipamentos B-707, B-727 e B-737.
Sim, durante os três anos que trabalhei em terra, em Manaus, vim várias vezes
ao Rio. Antes vim com a minha mãe passar férias.
Era a época da Zona Franca? 😉
Sim, em Manaus era a época da zona Franca.
Quando foi promovida para
equipamento superior?
Em dezembro de 1988, se não estou enganada.
Qual equipamento?
DC-10.
Foto: Rolf Wallner/Fascination Aviation, 1995 |
De quase todos, cada um tinha
uma particularidade que gostava, podia ser um restaurante, um passeio, somente
a caminhada sem muita pretensão, um mercado, amo passear em mercados, um museu,
sempre tentei tirar o melhor de cada lugar.
Você trabalharia na aviação
de hoje?
Não, tenho saudades do que vivi e ao mesmo
tempo tristeza com o que fizeram com milhares de funcionários, passaram-se onze
anos e nada de rescisões trabalhistas e previdenciárias. 😢
Além disso, hoje tenho outra profissão.
Acompanha a atualidade
moçambicana?
Muito pouco, depois que saí em 1975 já lá fui duas vezes, serviu para
relembrar e matar as saudades.
Qual profissão?
Depois que fui demitida comecei a fazer comida em casa por encomenda, até
que em 2010 fiz o curso de chefe de Cuisine Executive.
Hoje sou “confort chef“ e dou aulas particulares de gastronomia.
Você também foi demitida da
Empresa por telegrama?
Sim, no dia
2 de agosto, recebi um telegrama, literalmente fiquei sem chão, passava por um
momento delicado da minha vida e ainda mais essa, não que não esperasse, mas
ser demitida por telegrama e sem nada receber!! Nos abandonaram mesmo, passaram-se
onze anos e nada!
Relação do que não nos pagaram da dívida trabalhista:
13º salário
proporcional de 2006 e o integral de 2005;
Cinco
últimos meses de salário;
Aviso prévio;
Férias
integrais, eu estava entrando no segundo período;
Horas extras
normais, noturnas, variáveis do 13º salário, média variável de férias;
40% de multa
do total do FGTS (a multa rescisória).
Dívida
previdenciária:
Fui sócia
fundadora do AERUS, paguei 8,5% do meu salário por vinte e três anos, não
recebi nada e nem me aposentei, muito triste.
Culpa de quem ou do quê?
Vamos lá, um assunto desgastante e triste, mas, como tudo, temos que
encarar de frente se quisermos receber.
Assim como em um acidente de avião não teve apenas um fator contribuinte
para ocorrer este acidente programado que foi o fim da VARIG.
Participei ativamente quando a Acvar se juntou à Apvar e à Amvvar na luta
para tentar salvar a empresa. Procurei me informar. Participei de reuniões,
manifestações. Fui a Brasília algumas vezes. Fui no STF no julgamento da ação
colega Tete Felga, que tratou da sucessão trabalhista.
Em Brasília, no STF, com a colega Teresa Felga, no julgamento de sua ação trabalhista, com colegas de associações e advogados trabalhistas |
Por tudo isso posso dizer que a “cultura dos variguianos” e o comodismo
dos brasileiros de esperar um herói para solucionar os problemas que lhes
afetam foi um fator determinante.
Não resta dúvida que havia uma má governança corporativa na empresa e que
muitas pessoas só olharam para o próprio umbigo sem pensar no futuro da empresa,
e (sem) respeito aos que durante décadas fizeram a VARIG ser o que foi: a maior
empresa de aviação da América Latina respeitada no mundo todo.
Eu e meu filho João Pedro numa
das inúmeras manifestações que fizemos em 2006, esta foi no SDU
|
Outro fator determinante foi a atuação nociva de dirigentes sindicais
contra os interesses dos trabalhadores e do Brasil. Preferiram atuar em defesa
de um projeto de perpetuação de poder do Partido dos Trabalhadores e auferir
vantagens pessoais.
Em suma, verdadeiras quadrilhas atuaram como predadores num ataque à
VARIG.
Agora, assistimos aos abutres e chacais atrás do dinheiro da Defasagem Tarifária
que deveria ser destinada aos trabalhadores.
Qual a sua opinião sobre o
valor da DT, se e quando um dia for ‘liberado’, ir para a ‘massa falida’,
leia-se Administrador Judicial, ou para o Instituto Aerus?
Obrigado pela pergunta. Adorei!
Tenho muito mais dúvidas que certezas. Desconfio de quem se acha dono da
verdade e é cheio de certezas.
Uma das poucas certezas que tenho é que a VARIG não mais existe e que
seus ex-trabalhadores ainda não receberam seus direitos trabalhistas e
previdenciários.
O mundo acadêmico tomou conhecimento e dimensão desta tragédia através da
tese de doutorado da amiga Loana Rios intitulada Pouso forçado-Desproteção do
Trabalhador: uma tragédia silenciosa no cotidiano dos demitidos e aposentados
da VARIG/AERUS, cuja defesa assisti na PUC/SP em outubro de 2012.
Eu, Loana Rios e Dra. Marina Steinbruch, conselheira da comissão da anistia em Brasília, foto tirada na defesa de doutorado da Loana Rios, na PUC São Paulo, 2012 |
Escuto, leio e vejo que alguns colegas tratam este sério problema que nos
aflige como se fosse uma partida de futebol ou a escolha da escola de samba de
sua preferência. Torcem com muita emoção sem levar em consideração a razão e
sem conhecimento de causa. Pura perda de energia.
É preciso conhecer a história para se construir uma solução que atenda
aos nossos interesses; caso contrário podemos cair numa armadilha sem qualquer
chance de recuperarmos boa parte do que nos devem. Neste sentido, não poderia
de deixar de recomendar a leitura do livro “Caso VARIG” de autoria do meu
marido, Marcelo Duarte Lins.
Muitos esqueletos estão nos armários e alguns corpos ainda estão
cheirando mal o que faz com que alguns beneficiários desta fraude queiram
enterrar de vez este assunto nos levando a crer que isso seria melhor para nós.
Não gosto da bipolarização como única alternativa. Existem várias
outras. Também não faz qualquer sentido se resumir a discussão entre as teorias dos comandantes Alexandre Freysleben versus Élnio Borges como se tem visto em
algumas páginas no facebook.
Se existem dois lados nesta história são os dos que lesaram e estão
lesando, e os dos lesados nos seus sagrados Direitos, que somos nós os
funcionários.
O tempo mostrou que o juiz herói reverenciado por
alguns e que recentemente se tornou desembargador não salvou a empresa e
muito menos assegurou nossos direitos!
A “recuperação judicial” foi uma farsa e a massa falida virou um
excelente negócio para alguns poucos. Virou um saco sem fundo. Um buraco negro
e todo dinheiro que bate ali desaparece. Assim, o patrimônio da empresa que
poderia pagar todos os credores é dilapidado e vai sendo comido numa engrenagem
burocrática. De que adianta vender patrimônio se não tivermos a garantia que
este dinheiro virá para nós?
Alguns poucos ex-colegas "eleitos" permanecem trabalhando para a massa
falida recebendo seus salários que não podem ser reduzidos, criaram empresas
para prestar serviços à massa falida. Perante a lei de recuperação judicial
ainda têm prioridade para receber na frente de variguianos que perderam os seus
empregos.
A massa falida é deficitária e consome recursos que deveriam quitar
dívidas com os credores. É um escárnio!
Alguns advogados poderão dizer que é a lei. Lei esta que até agora só vem
sendo cumprida no tocante ao que é conveniente ao juízo da Vara Empresarial.
No fundo, até que se mude de rumo, a lei 11101 se tornou uma lucrativa
indústria que favorece alguns poucos operadores do Direito e protegidos.
Por outro lado, o AERUS vem pagando os colegas aposentados com uma tutela
antecipada que dá como garantia a ação de defasagem tarifária. Neste trem da
alegria até aposentados da Transbrasil recebem com o nosso dinheiro. Por quê?
Como ficam as poupanças individuais daqueles que contribuíram por uma
vida e não se aposentaram? Hoje praticamente todos em idade de estar
aposentados, eu sou desse grupo.
Ou seja, em ambos os caminhos que você perguntou existem riscos, abutres
e chacais que não estão interessados nem preocupados que se faça Justiça com os
trabalhadores que são o elo mais fraco desta engrenagem.
Mediante estes fatos incontestáveis, acredito que um “acordo” justo e
equilibrado seja o melhor caminho.
Talvez não recebamos tudo que nos é devido de Direito, nem ressarcidos e
indenizados por outras perdas incalculáveis, pelo sofrimento que nos vem sendo
imposto numa tortura sem fim, mas poderemos receber bem mais do que tem nos
sido proposto na bacia das almas.
Permita-me,
sobre “o juiz herói reverenciado por alguns”, até onde eu pude observar, ele
foi reverenciado pelos mesmos que o desreverenciaram
depois...
Eu nunca reverenciei!
A ficha de alguns demora a cair. Isso costuma acontecer com aqueles que
esperam o aparecimento de um super-herói para resolver seus problemas. Quando o
super-herói não resolve, vem a decepção.
Importante a participação na construção das SOLUÇÕES para os problemas
que nos afligem.
Não podemos terceirizar nem contratar despachantes. Depende de nosso
envolvimento
A VARIG é o reflexo do Brasil!
Você mencionou na sua resposta um “‘acordo’ justo e equilibrado”. Quais as partes que costurariam esse acordo?
O nosso problema não é apenas judicial como alguns pensam. É bem mais
amplo. Envolve o governo federal. Neste sentido é onde entra a Política.
Ele precisa ser costurado num grande acordo que envolva os Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário.
A ministra Cármem Lúcia já havia se prontificado a ajudar numa conversa com
a colega Angela Arend no TJ-RJ.
Ele pode sair através de uma Medida Provisória ou uma resolução
Legislativa do Congresso Nacional.
As partes são Cármem Lúcia, Rodrigo Maia e Michel Temer que representam
os Poderes da República.
Muito bem. Mas, além da
Angela, quem seriam os representantes dos ex-trabalhadores da Varig?
Você que está falando que a Angela será ou poderá ser uma representante.
Eu apenas disse que ela teve a oportunidade de conversar com a ministra Cármem
Lúcia e solicitou que ela mediasse uma solução para o nosso problema. Poderia
ter sido qualquer outro colega. Não se trata de nomes! A questão não é esta. O
foco deve ser que as nossas demandas devam ser atendidas.
Para isso se faz necessário que as autoridades com poder de decisão
entendam o que se passou e o que se passa. O que está em jogo é o destino de
cerca de 14 bilhões! Simples assim.
Seria muita ingenuidade achar que algum governo irá abrir o cofre do
tesouro e entregar todo esse dinheiro, seja para o Aerus ou Massa Falida
sabendo que está cheio de abutres e chacais de olho para abocanhar uma boa
fatia. Por que faria isso?
Não é mais fácil criar um fundo de indenização para os ex-trabalhadores e
desembolsar mensalmente apenas alguns milhões pagando praticamente com os
juros?
A CPI da ALERJ pode ajudar muito neste entendimento e construção da
solução através de um acordo. Só isso!
Taí uma proposta concreta
de possível Acordo. Então, vamos acompanhar a CPI da Varig na ALERJ... Quando
será a próxima reunião?
Ontem teve reunião da CPI, mas o melhor para acompanhar é no site http://www.varig-credorestrabalhistaseprevidenciarios.com
Já ouviu falar sobre o Encontrão em Sintra?
Já, acompanho desde o primeiro e este ano, em junho, meu marido
participou. No próximo que será em maio de 2018, espero estar presente.
Como Chef você promete revelar a sua avaliação e nota sobre os pratos?
Claro, sempre que vou a um
restaurante, bar ou similar, gosto de avaliar, como cliente e como chef. (risos)
Você e seu marido já
pensaram em se mudar para Portugal?
Sim, não quero viver a velhice aqui no Brasil. Em 42 anos vi e vivi
muitas mudanças, umas para melhor e outras para pior, mas o que assusta é a
violência desenfreada sem controle.
Neste momento no Frade, em Angra, e no Morro do Juramento estão em guerra.
Hoje tenho medo de sair de casa.
Esqueci alguma pergunta?
Não.
"O que faz andar a estrada? É o sonho. Enquanto a gente sonhar a estrada
permanecerá viva. É para isso que servem os caminhos, para nos fazerem parentes
do futuro.”
(Fala de Tuahir, em "Terra sonâmbula”, de Mia Couto.)
No MD-11 em 2005, no último ano da saudosa VARIG
|
Fotos: Arquivo pessoal de Maria João
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Conversas anteriores:
Vander Rocha: "E muitos deles me criticaram, me ofenderam e até me expulsaram de uma palestra no sindicato."
Marcelo Duarte: “Enquanto pilotávamos os aviões, os que estavam pilotando a empresa estavam quebrando a VARIG e o AERUS”
Marcelo Duarte: “Enquanto pilotávamos os aviões, os que estavam pilotando a empresa estavam quebrando a VARIG e o AERUS”
Excelente depoimento!
ResponderExcluirEquilibrado , e com conhecimento de causa.
Paizote
Parabéns, Maria João, pela excelente entrevista!
ResponderExcluirVocê colocou muito bem a situação absurda que vivem os ex-funcionários da Varig, principalmente os que estavam na ativa em 2006 por ocasião do fechamento da empresa.
Esperamos que os políticos se sensibilizem e consigamos fechar um grande acordo, que seja justo para todos, principalmente para aqueles que nada receberam até o momento.
Parabéns, Jim, pela sua sensibilidade em abordar o assunto e oportunidade para divulgar para o mundo a história do fechamento da maior empresa aérea.
Um grande abraço,
Angela Arend
Mulher de fibra!
ResponderExcluirValdemar
Muito bom! Muito bom mesmo! Parabéns ao Editor e à Maria João. Sempre simpática, e esclarecedora entrevista.
ResponderExcluirRealmente, tudo que passamos, os Aposentados que durante quase dez anos só recebiam em torno de 8%, e hoje tem uma Tutela ainda não Definitiva e os Trabalhadores que na ativa na época, todos merecemos os nossos Direitos, e com urgência.
Não podemos mais ficar calados.
Maria João, mais uma vez parabéns pela sua entrevista. Saúde e Paz!
Heitor Volkart
Parabéns, Maria João!!
ResponderExcluirExcelente entrevista.
Metzler
Adorei a entrevista. Não imaginamos os dramas por que passam as pessoas, as vicissitudes que encontram pelo caminho e a coragem que lhes é cobrada a cada momento da visa. Maria João aparece nas fotos sempre sorrindo, emprestando a impressão que sempre viveu e vive num mar de rosas. Que mulher de fibra (aliás um pleonasmo, bastava dizer mulher), guerreira, vitoriosa. Esta foi uma daquelas entrevistas que a gente fica pensando nela o dia inteiro. Um beijão, Maria João.
ResponderExcluirParabéns pelo belo esclarecimentos do que fizeram com os vc aeroviários/aeronautas dessa Empresa símbolo de prestação de serviços aéreos....que a turma dos Ptralhas deixaram sucumbir.....
ResponderExcluirBoa colocação Maria João , sem demagogias ou protecionismo. Parabéns
ResponderExcluirParabéns Maria João! Sucesso!
ResponderExcluirBrilhante e Lúcida. Como dissestes muito bem a Varig é o retrato do Brasil. Agora estamos assistindo a destruição do país. Vá logo sonhar os seus sonhos longe daqui. Te desejo muita sorte!
ResponderExcluirValeria Ferraro
Muito obrigado pelo apoio na divulgação; poucas horas após a publicação, mais de oitocentos acessos!
ResponderExcluirQuem não deve, não teme!
ResponderExcluirÉ assim mesmo MªJoão, foste precisa e concisa, para além de saberes defender com justiça uma causa que também é tua!
São pessoas como tu que fazem a diferença na luta por uma causa!
Que leves a bom porto essa nau onde embarcaste e consigas o resultado pretendido, nesse leme que tão bem seguraste e continuas a ter esperança!
Edite Cecília
Grande comissária! Grande Variguiana. Tive o prazer de degustar dos salgadinhos feitos pela Maria João num encontro com os Duarte Lins no Rio de Janeiro! Parabéns e um grande abraço. Sérgio Daniel Bitelo
ResponderExcluirParabéns pelo o depoimento!
ResponderExcluirExcelente entrevista; Maria João receba o meu abraço, a minha solidariedade e admiração pelo importante depoimento; entre tantos pontos esclarecedores, destaco a tua alusão ao apoio político;concordo plenamente contigo.
ResponderExcluirBoa sorte!
Vilmar Mota
2 156 acessos em menos de vinte e quatro horas!
ResponderExcluirPela minha experiência, posso adiantar que esta conversa quebrará o recorde de audiência!
Mas, não é só pelo conteúdo e substância das respostas, é também pela divulgação feita pela entrevistada, que compartilhou a conversa em várias páginas e perfis.
Parabéns e obrigado!
Emocionante ler o que nós todos vivemos... Maria João sintetizou com clareza e lucidez!
ResponderExcluirMeu sincero agradecimento e espero que seja lida e entendida por milhões de pessoas!
Talvez façam a justiça prevalecer!
Obrigada Maria João!
Parabéns Maria João apesar de não a conhecer disse tudo o que aconteceu com a nossa querida Varig. Tenho o livro que seu marido escreveu, cada linha que lia mais me deixava furioso, mas infelizmente se foi, tragada pelos abutres. Trabalhei 30 anos nessa companhia que até hoje sinto orgulho e guardo muitas lembranças que passo para os meu netos. Mais uma vez Parabéns.
ResponderExcluirMaria João, parabéns pela sua entrevista. Concordo em gênero e número com tudo que foi colocado. Me considero amigo de seu marido e inclusive tive a honra de batalhar com ele a divulgação do excelente documento "CASO VARIG" o qual estou sempre indicando e sugerindo a todos meus amigos e parentes a lerem. Muito obrigado e que Deus te proteja. PARABÉNS.
ResponderExcluir
ResponderExcluirBom dia e parabéns pela entrevista !
Guardo o rosto de Maria João claramente , desde os tempos da Varig , porém não sabia o nome e tampouco egressa da grande capital Lourenço Marques ( Maravilhosa , antes de mudar para Maputo).
Gostei muito da preleção; percebe-se que a entrevistada é firme , determinada e assertiva . Destacamos abaixo pequeno trecho da afiada conversa, por julgarmos relevante e concordarmos com a proposição:
" ...Muitos colegas permaneceram em casa todo este tempo achando que os outros resolveriam os nossos problemas, e a sensação de invulnerabilidade de que a VARIG nunca quebraria era forte.
Por tudo isso posso dizer que a “cultura dos variguianos” e o comodismo dos brasileiros de esperar um herói para solucionar os problemas que lhes afetam foi um fator determinante."
Acreditamos que Maria João acertou em cheio no núcleo da questão que vimos enfrentando desde o início.
Desejamos que seja coberta de êxito no trabalho e junto aos familiares . Boa sorte em tudo , e grande abraço !
Sidnei Oliveira
Gostaria de acrescentar mais um comentário, é a respeito do que Vilmar Comentou, endosso, acho que será inevitável que, um pagto. De Tais Valores, passe pelo Congresso, com certeza teremos que contar com os Parlamentares novamente.
ResponderExcluirSeu ponto de vista, Maria João está a meu ver correto. Abs,
Heitor Volkart
Achei a data sugestiva, afinal, a entrevista datada do "Dia de Finados" prevê que morreremos na praia. Palmas para todos os dirigentes do sindicato na época; sem exceções !
ResponderExcluirSugestiva a data da matéria, no "Dia de Finados". Prevê que morreremos na praia... Palmas para os dirigentes sindicais na época; Sem exceções ! ass: Margareth Peppe
ResponderExcluirTodos nós sabíamos do acordo do José Dirceu com o Comandante Rolim! Ali, estava decretado o fim da nossa gloriosa VARIG.Que esse dinheiro ganho no STF, seja logo , sem maracutaias, destinado aos empregados dessa massa falida. FAÇA-SE PREVALECER O DIREITO!!!
ResponderExcluirMaria João, parabéns pela entrevista,um forte abraço.
ResponderExcluirParabéns Maria João, adorei sua entrevista "22 anos de Varig / Gilmar Gonçalves SAO, forte abraço.
ResponderExcluirParabéns belissima entrevista é sempre bom saber algumas verdades nos da um choque e nos tras a realidade .obrigado att. João Mario
ResponderExcluirParabéns Jim e à Maria João. Cada entrevista coloca, no "tabuleiro" de nossas grandes insatisfações e desapontamentos/frustrações, mais uma peça do quebra-cabeça que foi a derrocada e falência da maior empresa aérea da América latina. Muitas peças importantes, diria fundamentais, estão por aí, escondidas, ocultas por culpa ou medo de revelarem sua participação e conluio. "Continue assim, viu?"rsrs, meu caro amigo. Grande abraço. Anonimus (too old for)
ResponderExcluirCaros colegas,
ResponderExcluirExcelente reportagem com a colega Maria João.
Parabéns Jim Pereira pela elaboração e parabéns Maria João pela sua história de vida contada em detalhes e demonstrando profundo conhecimento da causa Varig.
Abraços
Angela Arend
Discordo no que tange a "comodismo e cultura de variguianos" (em comentário). Fato que trabalhadores da VARIG nunca foram acomodados. Ponto. Acomodados sim, são os poucos militantes puxa-saco de sindicalistas. Chora ! Saudações. Margareth Peppe
ResponderExcluir12 065 acessos! Um recorde mais do que absoluto!
ResponderExcluir12 127! Já é a SEXTA postagem MAIS vista/acessada da revista "O cão que fuma"!
ResponderExcluirParabéns e muito obrigado!
Surpreso qdo cliquei e abriu a página com uma entrevista tão boa de uma colega, já que fui comissário também e vivi e vivo os mesmos problemas...
ResponderExcluirParabéns!
Parabéns Maria João pela valiosa entrevista, esclarecendo e apontando caminhos. Grande conhecedora e batalhadora da causa de todos nós!Quanto a esse país, fora da educação não há salvação! Bjo pra você!
ResponderExcluirImpressionante repercussão: 13 872 acessos diretos! A sexta postagem mais vista do blogue!
ResponderExcluirFaltam 2 089 acessos para ascender à quinta posição.
Olá, Jim Pereira, td bem? Sabe qual é o segredo de resposta para repercussão? R: Onde ou enquanto houver cheiro de dinheiro...haverá gente! Abçs
ResponderExcluir13 915 acessos; 38 comentários.
ResponderExcluir... e para quem acreditou e apostou que a justiça demoraria menos que a passarela do aeroporto de Congonhas/SP, saiba que a passarela está sendo instalada ! Perdeu. rsss ass: Dona Pina
ResponderExcluirpor: Karla K. Comerlato/ 20 de novembro às 22:30 (facebook) Queridos familiares, amigos e colegas é com muita tristeza que comunico o falecimento do meu querido pai Milton José Comerlato (Cmte) ocorrido ontem. Convido a todos para o velório que será realizado hoje, dia 21, a partir das 17h até às 13h do dia 22, quando será realizada a despedida na capela 3 do Crematório Metropolitano localizado na Av. Prof. Oscar Pereira 584 – Azenha, Porto Alegre – RS.
ResponderExcluirNão entendi.
ExcluirFalta uma hora e alguns minutos para o dia 28!
Brava Maria João! Valente lutadora que não se cala. Que outras vozes se juntem à sua para que barbaridades como esta. Mal comparando, a queda da barreira de Mariana é similar à queda da saudosa Varig. Os culpados flanando e os prejudicados lutando sem apoio das "ortoridades".
ResponderExcluirEntre trancos e barrancos, sofridos e desgastados, chegamos ao final de 2017. Gostaria de saber como anda a dispensa e como será a mesa de Natal dos sindicalistas que entregaram no ano de 2006, a VARIG, de mão beijada para o Lula. Na onda do politicamente correto não registrarei meus votos a estes. Aos demais, muita saúde e sorte em 2018!
ResponderExcluirSe o processo estivesse no Estado de São Paulo, com certeza estaria em outro estagio. Mas, como é no Rio de Janeiro... Esqueçam, né benzinho???
ResponderExcluirVide dados do Processo VASP-AEROS (Eu disse: AEROS)
Dados do processo no Tribunal de Justiça de São Paulo
Processo:
0070715-88.2005.8.26.0100 (000.05.070715-9)
Classe:
Falência de Empresários, Sociedades Empresáriais, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Área: Cível
JIM, agradeço o espaço porém não adiantou e nada para quem não é aposentado do AERUS. O dinheiro dos Leilões continua depositado em contas a mercê das demandas exageradamente preguiçosas das VARAS. Por sua vez a CPI acabou em pizza e a ALERJ entra no escândalo dos vales alimentação (vide imprensa). O RJ nessa situação... até mesmo a ponte aérea praticamente inexiste em relação aos tempos de glória! Então, dinheiro mesmo do AERUS só para os aposentados e o restante...
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/12/1942573-nova-lei-de-falencias-da-mais-poder-a-bancos.shtml
ResponderExcluirPL 8238/2017 Inteiro teor
ResponderExcluirProjeto de Lei
Situação: Aguardando Criação de Comissão Temporária pela MESA
Origem: PLS 18/2016
Identificação da Proposição
Autor
Senado Federal - Fernando Bezerra Coelho - PSB/PE
Apresentação
09/08/2017
Ementa
Altera a Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, que “regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária”, para conferir mais segurança jurídica ao negócio jurídico firmado com empresa em recuperação judicial.
Prezados Credores.
ResponderExcluir- Aos Credores trabalhistas,
Informamos que, na última terça-feira (20.03), foi realizada a sessão de julgamento pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça dos Embargos de Declaração no Recurso Especial - RESP nº1.655.717, interpostos e opostos por APVAR Associação de Pilotos da Varig e Elnio Borges Medeiros, com fito de reverter a decisão que, acertadamente, decretou a falência as empresas S/A Viação Aérea Rio Grandense,Rio Sul Linhas Aéreas S/A e Nordeste Linhas Aéreas S/A.Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Terceira Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Marco Aurélio Bellizze(Presidente), Moura Ribeiro, Nancy Andrighi e Paulo de Tarso Sanseverino votaram com o Sr. Ministro Relator
Sendo assim, caso não haja mais nenhum outro recurso de caráter meramente procrastinatório, o processo de falência (nº0260447-16.2010.8.19.0001) estará muito próximo de transitar em julgado, conferindo a segurança jurídica, até então mitigada pela existência de recurso pendente de julgamento, e, possibilitando assim a realização de novos rateios, além de uma condição mais atrativa para alienação de ativos.Desta forma, tão logo seja consolidado o Transito em Julgado da Falência, serão direcionados esforços para a realização de um novo rateio, até o final do ano.
Link para o STJ - Terceira Turma
Dormientibus non succurit jus (O DIREITO NÃO SOCORRE AOS QUE DORMEM)
ResponderExcluir