terça-feira, 31 de julho de 2018

[Aparecido rasga o verbo] O impacto que não se vende

Aparecido Raimundo de Souza

MARIA BIZORRA, TODA sexta-feira levava a sua cadelinha Fininha para o pet shop perto de sua casa. De tanto ir e vir, Fininha sabia de cor e salteado o caminho. Se Maria Bizorra deixasse, ela certamente faria o percurso de pouco mais de dois quarteirões de olhos fechados. Do condomínio onde residia à loja, podia se caminhar a pé. Percurso que não se gastava mais que meia hora, ainda que a passos lentos.

Bento Perrota, o porteiro do prédio (antigo no cargo, contava mais de dez anos de serviços prestados), morava sozinho no último andar, numa espécie de quitinete mantida pela zeladoria. Vinha seguido da Silvinha (uma jovem que fazia a faxina dos corredores, recolhendo o lixo dos cinco andares e seus vinte moradores). Silvinha, ao contrario de Bento Perrota, não morava no prédio. Chegava por volta das seis da manhã e saia às cinco.

O cidadão Bento Perrota, por residir no local de ocupação, sabia dos costumes e manias de todos os meeiros. Nesse contexto, tinha na ponta dos sentidos, a hora exata e precisa em que a Maria Bizorra descia para as necessidades fisiológicas do pequeno animalzinho. Nesse tom, quando enquadrava a moça pela câmera do elevador de serviço, corria pressuroso, a abrir a porta para as duas. Havia também um acontecimento invulgar que deixava Bento Perrota alegre e saltitante.

Tanto pela manhã, quando descia com a cachorrinha como nos finais de tarde, ao se dirigir à padaria ou ao supermercado, Maria Bizorra trazia um café reforçado. Em razão disso, o rapaz se desmanchava em mesuras e gentilezas, não só pelo oferecimento dos lanches, como pela beleza estonteante de Maria Bizorra e, num momento mais secreto, um azado que não revelava a ninguém. O carinho imensurável que nutria pela fofa cadelinha e se lhe pendurassem de cabeça para baixo, com fogo nos dedos dos pés, em igual teor, pela dona. Maria Bizorra, incontestavelmente se tornava, a cada dia, um pedaço pecaminoso de mulher.

No edifício havia mais animais de estimação. O doutor Moacir Bilal, ocupante da unidade 301, tinha um gato. O gato pouco aparecia. Como ao dono, se mostrava antipático e metido a rico. Nas raras vezes em que se fazia acompanhado de seu dono, doutor Moacir Bilal não permitia qualquer tipo de aproximação. Cortava o barato de Bento Perrota, quando ele tentava puxar conversa ou endereçar gracinhas ao peludo. O bichano filmava tudo, no final concordava com seu dono. Com a mesma pose que descia, subia de volta, sem dar uma palavra.

Olha aí, mais uma (discreta) do Facebook

De: dlvr.it
Enviada em: terça-feira, 31 de julho de 2018 05:48
Para: caoquefuma@gmail.com
Assunto: REMINDER - Changes to Personal Facebook Profiles 



Hello,

Facebook recently made a number of updates to their platform aimed at improving their ecosystem and reducing misuse and spam. One of these changes includes eliminating the ability for third party apps (such as dlvr.it), to post to personal Facebook Profiles.

Effective August 1st, you will no longer be able to post to personal Facebook Profiles via dlvr.it.

dlvr.it will continue to support posting to Facebook Pages and Groups.



This update is part of a broader change that Facebook is making to enhance platform experience and prevent misuse of personal accounts.

We’re optimistic these changes will ultimately benefit Facebook users, even if there is some near-term pain.
Here’s what you need to know:
Posting to personal Facebook Profiles will no longer be supported

As of August 1st dlvr.it will no longer post to personal Facebook Profiles. You may want to consider converting your profile to a Facebook Page.

We will continue to support posting to Facebook Pages and Groups

dlvr.it will continue to support posting to Facebook Pages and Groups. However, if you post to Facebook Groups, you may be required to reconnect your Facbeook Group to dlvr.it. We'll send details on reconnecting Facebook Groups soon.

You may continue to log in using your Facebook profile

Even though we will no longer support posting to personal Facebook profiles, you may continue to log in to dlvr.it using your personal Facebook credentials.

For more details, please read our post on the updated Facebook rules.
Cheers,
The dlvr.it team

Well... e o que isto quer dizer? Quer dizer que, a partir de amanhã, as postagens do blogue que eram postadas automaticamente no meu perfil pessoal do Facebook não serão mais, a não ser que eu transforme o perfil pessoal em página. Isso já aconteceu, compulsoriamente, com o perfil do Movimento ACORDO JÁ!, que foi transformado em página.

A sabatina de Jair Bolsonaro no Roda Viva


O Roda Viva recebe o candidato à Presidência da República pelo Partido Social Liberal (PSL), Jair Bolsonaro, que fala sobre seus planos para a presidência, caso venha a ser eleito.

O deputado teve dois projetos de sua autoria transformados em lei, em 27 anos de atividade no Congresso Nacional. Um deles estende o benefício de isenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para produtos de informática. Já o outro autoriza o uso da chamada fosfoetanolamina sintética, a "pílula do câncer".

Desde que chegou ao parlamento, em 1991, apresentou 171 projetos; entre eles, de decreto legislativo, lei complementar e proposta de emenda à Constituição – as chamadas PECs. Em 2014, Bolsonaro foi reeleito pela sétima vez como deputado federal.

Na bancada de entrevistadores estão Daniela Lima, editora da coluna Painel, da Folha de S.Paulo; Thaís Oyama, redatora-chefe da revista VEJA; Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico; Leonencio Nossa, repórter especial do jornal Estadão; e Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo.

Charada (565)

Qual o
fruto
que se esconde
nesta estranha
palavra?
RAEJEC.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

An Unabashedly Biased Media Goes After Kavanaugh’s Wife and Father

Embaixador nos EUA responde a perfeitos idiotas norte-americanos

o antagonista

Sergio Amaral, o embaixador do Brasil em Washington, respondeu oficialmente à carta em que congressistas dos EUA, incluindo Bernie Sanders [foto], criticam a prisão de Lula e alertam para um “ataque à democracia no Brasil”, informa a Folha.


Na resposta, Amaral disse ter ficado “atônito” com a carta e afirmou que a queixa dos congressistas é “distorcida e politicamente motivada”.

Disse mais: acusou os americanos de tentar manchar a eleição de 2018 no Brasil, cuja situação não é comparável à de outros países com sérias violações à democracia e aos direitos humanos, “que não parecem merecer uma preocupação semelhante do Congresso americano”.

O embaixador destacou ainda que as sentenças relativas a Lula “obedeceram totalmente ao devido processo legal e foram confirmadas por cortes superiores”.

E explicou que o impedimento para que o presidiário dispute as eleições se deve à Lei da Ficha Limpa, “aprovada por unanimidade no Congresso brasileiro, por todos os partidos”.
Título, Imagem e Texto: o antagonista, 30-7-2018

Assim se vê a “superioridade moral” dos bloquistas

José Manuel Fernandes

O episódio Robles, tal como outros envolvendo celebridades da esquerda chique (Iglesias, Varoufaquis), só é compreensível indo às raízes do pensamento radical, ao porquê da sua arrogância sem vergonha

Porque será que não fiquei surpreendido nem com os negócios imobiliários de Ricardo Robles, nem com as reações histriónicas das suas companheiras de partido, que começaram a disparar contra tudo e contra todos enovelando-se em artifícios e mentirinhas?

Não, não foi por acreditar nas suas desculpas esfarrapadas e cheias de contradições que não deixarão de o perseguir nos próximos tempos.


Não fiquei surpreendido por uma razão bem mais simples: porque é da natureza do Bloco e da ideologia que alimenta o Bloco ser assim e atuar assim. É da natureza do Bloco porque está-lhe na massa do sangue ver-se a si mesmo como estando acima dos demais, como sendo a moral do regime. E é da natureza da sua ideologia porque ela vê-se como moralmente superior às demais.

Reparem na reação de Catarina Martins. As críticas a Ricardo Robles não eram políticas – eram interesseiras, pois apenas visavam defender os interesses das imobiliárias que o Bloco em bloco, e Robles em particular, tão corajosamente têm atacado. E as notícias dos jornais não eram inocentes, muito menos fruto de os jornalistas tratarem de cumprir a sua missão de fiscalização dos titulares de cargos públicas, antes maquinações venais, peças encomendadas e conspirações mal disfarçadas.

Há aqui algum descontrolo emocional que até nos diverte já que, ao menos uma vez na vida, foram os bloquistas a serem apanhados em evidente contrapé, tão fora de mão que nem conseguiram beneficiar da habitual benevolência camaradas de muitas redacções. Contudo esse descontrolo emocional apenas tornou mais evidente a forma de raciocinar do Bloco e dos seus dirigentes.

Primeiro que tudo, Catarina Martins, tal como Ricardo Robles, consideram-se políticos moralmente superiores aos demais. Não há aqui nada de novo, pelo contrário: eles apenas estão na linha da tradição dos radicais de esquerda, dos jacobinos aos comunistas, eles apenas seguem a cartilha de quem, sem tibiezas nem disfarces, assumiu essa condição de estarem acima dos demais: nada menos que o próprio Álvaro Cunhal. Sim, porque foi ele quem escreveu, significativamente em 1974, o ano da revolução, um pequeno opúsculo intitulado A superioridade moral dos comunistas, um texto que é muito útil revisitar pela sua clareza e um desassombro no limite da arrogância.

O Bloco caiu do pedestal

Alexandre Homem Cristo

Os bloquistas sempre se idealizaram moralmente superiores aos seus adversários e os titulares do único projeto político verdadeiramente legítimo. Não o são e não o têm. Agora, ficaram-no a saber.

É próprio do populismo que, mais dia menos dia, este se vire contra o populista. A história dos partidos políticos está repleta de casos de quem abusou da arrogância moral e advogou comportamentos sociais que depois não foi capaz de cumprir (à direita e à esquerda). Por isso, o episódio de Ricardo Robles, cujo moralismo na habitação lhe valeu notoriedade, nada tem de inovador: ele foi vítima do seu próprio discurso populista sobre a habitação, aparecendo agora como um hipócrita. Enquanto criticou o aumento especulativo do preço da habitação, adquiriu e recuperou um prédio que tentou vender por quase 6 milhões de euros, valorizando cinco vezes o seu investimento inicial. Enquanto perseguiu a explosão no alojamento local em Lisboa, colocou o seu prédio à venda anunciando-o para alojamento local. Enquanto acusou a lei das rendas do governo PSD-CDS de promover despejos de inquilinos, ele próprio aumentou a renda dos apartamentos e negociou a saída de inquilinos do prédio que adquiriu. Enquanto responsabiliza políticos pela crise de habitação na capital, lava as mãos de responsabilidades no seu caso, apontando à agência imobiliária a decisão sobre os valores do negócio. A lista de contradições é extensa e insanável.

Tanto quanto se sabe, o negócio de Ricardo Robles enquanto proprietário é legal e legítimo – a valorização do imóvel mostra que foi, aliás, um bom negócio. Só que, simultaneamente, tudo isto corresponde ao comportamento que, no debate político, o BE e Ricardo Robles criticam, qualificam de “especulação imobiliária” e definem como alvo a abater. Pelos padrões do projeto político do BE, o que Ricardo Robles fez é fator de dano social para a comunidade. A raiz do problema está aí – e diz mais sobre o BE do que sobre Ricardo Robles.

É este o ponto: a hipocrisia pessoal de Ricardo Robles é gritante, mas o foco deve estar no moralismo do seu partido, que contamina o seu projeto político e que promove a desqualificação violenta dos seus adversários. Um moralismo que, agora, colidiu com a atuação do seu vereador lisboeta e que destapou as incoerências pessoais dos protagonistas do BE e da natureza do seu projeto político. Destapadas essas incoerências, não restam agora muitas hipóteses aos bloquistas. Ou o BE as assume e age em conformidade em relação a Ricardo Robles, censurando publicamente a sua atuação. Ou o BE assume que as incoerências estão enraizadas no seu projeto político, por este ser incompatível com as aspirações legítimas dos indivíduos, e altera a sua agenda política. Ou, então, o BE simplesmente nega a realidade, evitando rever o seu projeto político ou sequer ponderar consequências internas para Robles.


Catarina Martins preferiu a terceira opção: perante as acusações contra Ricardo Robles, a líder do BE ripostou que as notícias eram falsas, criticou a comunicação social, contestou as críticas e lançou uma teoria da conspiração – o Jornal Económico, que publicou a investigação inicial, repudiou (e muito bem) as acusações de Catarina Martins. Ora, mesmo que errada, a opção da líder do BE não constitui qualquer surpresa. É que é assim mesmo que todos os partidos se comportam: têm olhos de falcão para as falhas dos outros, mas ficam cegos perante as suas próprias incoerências.

Prossiga

Nelson Teixeira

Por mais que lhe falem da tristeza, prossiga sorrindo.

Por mais que lhe demostrem rancor, prossiga perdoando.

Por mais que lhe tragam decepções, prossiga confiando.

Por mais que lhe ameacem de fracasso, prossiga apostando na vitória.

Por mais que lhe apontem erros, prossiga com os seus acertos.

Por mais que discursem sobre a ingratidão, prossiga ajudando.

Por mais que noticiem a miséria, prossiga crendo na prosperidade.

Por mais que lhe mostrem destruições, prossiga na construção.

Por mais que acenem doenças, prossiga vibrando saúde.

Por mais que exibam ignorância, prossiga exercitando sua inteligência.

Por mais que o assustem com a velhice, prossiga sentindo-se jovem.

Por mais que plantem o mal, prossiga semeando o bem.

Por mais que comentem mentiras, prossiga na sua verdade.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 30-7-2018

Charada (564)

Qual a
palavra
que se extrai
da seguinte
adição:
3,14 + 365?

domingo, 29 de julho de 2018

[O cão tabagista conversou com...] Aloisio: “Jamais seria comissário de voo nos dias de hoje, aqui no Brasil.”

Oi, Aloisio, começando a reler a sua primeira entrevista (Obrigado!), você tem algo a acrescentar, explicar, justificar, esclarecer?
Boa tarde, Jim. Tornei a ler com bastante atenção toda a entrevista e, de fato, não tenho absolutamente nada a acrescentar ou a retirar. Meus sinceros parabéns pela entrevista, você é um jornalista excelente e um entrevistador de primeira linha.

Muito obrigado, Aloisio. Efetivamente, foi uma bela conversa.
Houve alguns ‘senões’ ao fato de você ter atribuído a queda da RG à má administração interna...
Foi um prazer! Eu vi os senões... mas mantenho o que disse... (risos).

Como vai ocupando os seus dias (e/ou noites)?
Bem, por incrível que possa parecer, tenho mais atribuições hoje em dia, depois de aposentado.  Procuro ocupar o meu tempo da melhor forma possível... Basicamente tenho uma rotina diária de tarefas domésticas e outras tarefas aqui na chácara onde resido atualmente.

Em função da violência que se instalou no Rio de Janeiro decidi me estabelecer por aqui, há sete anos. Moro em um bairro ímpar do Rio: Guaratiba, logo depois do Recreio dos Bandeirantes, estou a uma hora de viagem urbana até Copacabana, bairro onde nasci e vivi por cinquenta anos. Cuido da saúde, dos meus compromissos burocráticos de um modo geral.
A sorte é que a internet facilita muito a vida...

Ó Aloisio! UMA hora até Copacabana, hein?! Vai de helicóptero?  😃 😃
Sim, Jim, contanto que não haja trânsito... e isto considerando os vários semáforos e o limite de velocidade de 80 km que, por sinal, acho pouco. Um helicóptero faria isso em bem menos tempo... (risos).

Não “sente falta” da aviação?
Claro que eu sinto muita falta da aviação, mas reconheço que a atividade de comissário na minha idade atual seria muito exaustiva.

Roma
Ah! Gostaria de acrescentar que, de fato, a questão tarifária também prejudicou muito a companhia, mas se ela estivesse bem estruturada economicamente talvez houvesse resistido. É isso.

Aloisio, não só a nossa (antiga) profissão é exaustiva para a nossa atual idade, como também, julgo, a atividade não é mais a mesma. Isto é, não mais se exerce como antigamente, para o bem ou para o ‘mal’. A legislação é diferente; as empresas são diferentes; os mandatários diferentes são. And so on...
Com certeza! Concordo. Caso eu fosse começar a vida no momento atual, provavelmente tentaria fazer outra coisa. Jamais seria comissário de voo nos dias de hoje, aqui no Brasil.

Miami Beach
A sua resposta me provocou duas lembranças:
A afirmativa da nossa querida colega, Angela Arend: “Na aviação de hoje não gostaria mais de voar como comissária”, e um aforismo: “É olhando para o passado que melhor se constrói o futuro.” Pois, no nosso caso não tivemos a chance de olhar para o passado, saímos logo construindo o futuro. Que, hoje, consideramos passado. O que lhe parece, véio amigo comissário?
De fato, polêmico, amigo. Dá uma sensação de algo inacabado mesmo...

Jair Bolsonaro no Roda Viva



O Roda Viva desta segunda-feira entrevista o candidato à Presidência da República pelo Partido Social Liberal-PSL, Jair Messias Bolsonaro. Às 22h15, na TV Cultura, no site da emissora, no YouTube, no Twitter, no aplicativo #CulturaDigital e aqui, no Facebook.

Em final dramática, meninos portugueses vencem o Campeonato Europeu Sub-19

Depois de três finais perdidas, a seleção de Portugal sagra-se campeã dos sub-19

Na final no OmaSP Stadion, em Seinajoki, na Finlândia, a seleção lusa estava vencendo por 2-0, com gols de Jota e Trincão.

Até que o italiano Moise Kane marca aos 75’ e 76’. Sim, dois gols em dois minutos!!

2 a 2.

Aí, veio o prolongamento. No primeiro tempo, João Filipe (Jota) faz 3 a 2.


No segundo tempo do prolongamento, aos 107’ Scamacca empata. 3 a 3!

E um minuto depois, Pedro Correia atira para o 4 a 3!

Temperaturas vão chegar aos 45 graus na próxima semana (Maravilha!)

Concelhos do Alentejo vão ter extremos, mas termómetros sobem acima dos 40° na maior parte do País

Getty Images

João Saramago

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera reviu as previsões e admite agora a possibilidade da vaga de calor elevar as temperaturas em algumas localidades do Alentejo para os 45 graus na primeira semana de agosto.

De acordo com os valores disponibilizados este domingo no site do IPMA, entre 2 e 4 de agosto (quinta a domingo) são esperados entre 44 a 45 graus em concelhos como Reguengos de Monsaraz, Mourão, Moura ou Serpa.

No mesmo dia - em que a maior parte do território continental terá temperaturas na ordem dos 40 graus -  Évora será a capital de distrito mais quente com 44 graus.

Às previsões de calor tórrido será mais poupado o Litoral Norte, onde as máximas serão de 34 graus no Porto.

Em Lisboa, o pico do calor está previsto para quinta-feira, com os termómetros a subir aos 38 graus, descendo para 36 na sexta-feira.
Texto: João Saramago, Correio da Manhã, 29-7-2018

[Discos pedidos] On écoute quoi cet été?

D’aprés Le Point nº 2394, 19 juillet 2018, pages 78, 79 et 80. (Aucune chanson française!?)

O especulador Ricardo Robles

Aquilo que Robles fez é, pura e simplesmente, um desastre político e uma absoluta hipocrisia.

João Miguel Tavares

Nós já sabíamos que o Bloco era esquerda caviar, mas nunca antes tínhamos apanhado um bloquista com tanto caviar na boca. O caso Ricardo Robles seria sempre relevante e criticável quer ele fosse vereador do PS, do PSD ou do CDS. Sendo vereador do Bloco de Esquerda, e conhecendo todos nós a sua posição pública e a do seu partido acerca da terrível “especulação imobiliária”, aquilo que Robles fez é, pura e simplesmente, um desastre político e uma absoluta hipocrisia.


Vamos por partes. Primeiro, o desastre político. Classificar o negócio de Ricardo Robles como politicamente desastroso não depende sequer da sua cor partidária, nem do seu discurso contra os maus-tratos sofridos pelos pobres moradores dos bairros históricos, que estão a ser empurrados para fora dos centros das cidades devido à pressão horrível do turismo. A questão política é outra, e transversal a qualquer detentor de um cargo semelhante ao seu: deve um vereador de uma câmara municipal envolver-se, durante o seu mandato, em negócios imobiliários que envolvam aquisição de imóveis a entidades públicas, e a aprovação de obras de beneficiação por parte da mesma câmara onde desempenha um alto cargo executivo? A minha resposta é óbvia: não, não deve.

Robles só é vereador do Bloco desde 2017, mas já em 2013 era líder da bancada do partido na Assembleia Municipal de Lisboa. Ou seja, tinha as mãos na massa. Para mais, o prédio foi comprado em junho de 2014 não a uma entidade privada, mas à Segurança Social, por 347 mil euros – um valor ridículo numa zona que naquela altura já era muitíssimo valorizada. Se o valor do imóvel conseguia ser facilmente multiplicado por 16 com algumas obras de reabilitação, como acabou por acontecer, isso significa que a Segurança Social fez um negócio miserável. E a Segurança Social somos todos nós. Mais: as obras no prédio tiveram um licenciamento muito rápido, ainda por cima com mudanças estruturais que envolveram o bónus de um piso extra, antes inexistente, através da ampliação das águas furtadas.

As vozes e os donos

Alberto Gonçalves

Há sobretudo o aroma da doença que precede o fim, e a terrível impressão de que ainda estamos no princípio. Portugal tornou-se uma imensa exposição de fancaria que as vozes dos donos vendem aos berros

Um deputado do antigo PSD, Carlos Abreu Amorim, comparou os incêndios gregos aos portugueses e despertou a cólera das boas consciências. As boas consciências irromperam a rejeitar a utilização de uma desgraça para fins políticos. Uma obscuridade do PS classificou o comentário de “vergonhoso e indigno” (ao invés dos comentários vergonhosos e dignos). Uma moça do BE falou em “demagogia barata” (a do Bloco sai caríssima). E a sensível filha de Adriano Moreira afirmou que “não se pode descer mais baixo”. Ou pode?

Claro que sim. Trinta e cinco segundos após as patrulhas definirem os limites da linguagem e proibirem o aproveitamento da tragédia de lá para caluniar o governo daqui, passou-se à fase posterior. A fase posterior consistiu no aproveitamento da tragédia de lá para desresponsabilizar o governo daqui, exercício que, ao invés de fúria, suscita regozijo geral. Na ânsia de agradar aos chefes, numerosos serviçais da oligarquia desataram a explicar às massas porque é que os governos (socialistas, escusado acrescentar) não devem ser criticados quando as coisas ardem. Em prosa pungente, o novo diretor de um defunto diário evocou o calor, os ventos, as árvores, a humidade, as mudanças climáticas, a densidade urbana, o turismo, o sr. Trump e a pesca da solha para concluir, acho eu, que nenhum governante (salvo os de “direita”, suspeito) tem culpa dos incêndios.

Alguém disse o contrário? Entre gente civilizada, julgo que não. E os serviçais da oligarquia, as vozes dos donos, sabem. Não sendo demasiado iluminados, sabem o suficiente para saber que o problema não passa exatamente pelos incêndios, mas pelas vítimas que estes causaram. Sabem que a recente devastação na Suécia, provocada pelo “aquecimento global”, pelo Abominável Homem das Neves e pelo que se lembrarem, até ver não matou uma única pessoa. Sabem que os massacres portugueses e gregos de 2017 (em dose dupla) e de 2018 são dos fogos florestais mais mortíferos dos últimos 70 ou 80 anos, no Ocidente e não só. Sabem que os dois (ou três) exemplos constituem casos singulares de ineficácia do Estado no cumprimento da solitária missão que de facto lhe cabe. Sabem que pior do que apanhar o sacrossanto Estado em flagrante delito é, logo em seguida, apanhar as suas figuras gradas numa impecável exibição de mentiras, desorientação, sentimentalismo, desprezo, cinismo e crueldade. Sabem que, no auge da calamidade, um primeiro-ministro de férias em Espanha entra no território do grotesco. Sabem que a nossa gloriosa nação está nas mãos de criaturas cuja competência não as prepara para sequer gerir um galinheiro, e cujo carácter aconselha a que não sejam deixadas a sós com as galinhas.

Escândalo do Facebook: Ex-auxiliar de Janot comemora censura e deixa escapar que foi parte do conluio com TSE

Eric Balbinus de Abreu

As coisas estão acontecendo muito rápido no Escândalo da exclusão arbitrária de páginas e perfis pelo Facebook. Os últimos acontecimentos deixam claro que há um conluio entre gente grande que pretende de alguma forma interferir nos resultados da eleição. Uma das provas disso foi documentada pelo portal BR18, do Estadão. A nota é assinada pela jornalista Vera Magalhães. 

João Carlos Rocha e Luis Fux
O procurador da República João Carlos Rocha chamou de “ação exemplar” a decisão do Facebook de tirar do ar 186 páginas e 97 perfis de usuários brasileiros sob a alegação de que faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com contas falsas.
Ele disse no Twitter que a ação assegura o cumprimento dos compromissos estabelecidos junto ao TSE. O perfil oficial do tribunal curtiu a publicação do procurador. Movimentos atingidos pela ação do Facebook se queixam, entre outras coisas, de o TSE ter colocado em sigilo as atas de reuniões que trataram de fakenews. / V.M.

Vejam só: o procurador-geral que curtiu a informação e que está defendendo a censura em seu Twitter é o mesmo que assessorava o nebuloso Rodrigo Janot quando este atuava como déspota pouco esclarecido no comando da Procuradoria Geral da República. A informação consta inclusive no perfil do sujeito no Linkedin.


Não é a única pegada deixada pelos canalhas. O perfil do Tribunal Superior Eleitoral curtiu o tweet. Notem que não há problema algum na manifestação do procurador, que tem garantindo a liberdade de expressão. Quem não tem liberdade de expressão é o perfil do TSE, que deveria apenas reportar fatos sem indicar qualquer preferência política, partidária ou ideológica.

Redator-chefe trabalhando

Segredos da humildade

Nelson Teixeira

Quantas vezes em nossas vidas deixamos de dizer, “você me faz falta”, “você me faz feliz”, “fique mais um pouco”, “me desculpa”?

Quantas oportunidades e amizades perdemos por timidez ou orgulho em excesso?

Depois de um dia para o outro, o tempo nos leva e nos separa, e aí já era.

Por isso pare para dizer o quanto seus amigos são importantes; o quanto os ama e agradeça por tudo que eles fizeram e fazem por você.

Uma de nossas maiores virtudes é a humildade com tudo e com todos.
Pense nisso!
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 29-7-2018

QUIZ: Suicídio de Hitler

A 30 de abril de 1945, quando a derrota alemã era já inevitável, Hitler suicidou-se juntamente com a sua mulher, Eva Braun. Que método utilizou?


A – Um tiro na cabeça
B – Enforcamento
C – Envenenamento com cianeto
D – Corte das veias

Charada (563)

Um comboio elétrico
percorre a linha da Beira Baixa
à velocidade de 120km/h.
Se o vento soprar na mesma
direção e à mesma velocidade,
para que lado vai o fumo
que o comboio vai deitando?

sábado, 28 de julho de 2018

[Discos pedidos] Matias Damasio

Avião na maionese

Haroldo P. Barboza


FATOS:
1 - Um litro de querosene está custando perto de R$ 4,50 (julho 2018).

2 – Em uma semana, quase trinta (ou mais?) elementos da alta roda do “podre poder” realizam (em média) duas viagens nos jatinhos da FAB (até levando parentes).

O custo maior (querosene) não tem um valor preciso pois o consumo flutua em função de diversos componentes que variam muito: peso da carga, velocidade do vento, pressão atmosférica, altitude, vida útil, rotas alternativas, etc. Efetuei uma estimativa aproximada usando a tabela FOM do Boeing 777.

SUPOSIÇÕES (perto da realidade):
Um quilômetro de avião consome oito litros de querosene.
Distância média Brasília-outra-cidade (e vice-versa): oitocentos quilômetros.
O preço de uma passagem comercial não deve passar de R$ 500,00!
Total de querosene gasto por viagem: 800 x 8 = 6 400 litros.
Valor (apenas do querosene): 6400 x 4,50 = R$ 28.000,00
Acrescentar 10% (serviços agregados à viagem): R$ 2.800,00
Valor total de UMA viagem: R$ 30.800,00.

Vereador, de extrema-esquerda, fez um belo negócio capitalista

Rui A.

Vereador do Bloco de Esquerda, Ricardo Robles, foto: Nuno Fox/Agência Lusa
A ortodoxia do Partido Comunista Português fez com que continuasse a ser, ainda hoje, um partido importante e influente na sociedade a que pertence. Esse posicionamento foi mantido com sacrifícios, incompreensões, deserções, ameaças diversas, mas resistiu e permitiu que sobrevivesse à queda do muro de Berlim, ao contrário dos partidos comunistas europeus, que desapareceram ou se tornaram completamente irrelevantes.

Isto só foi possível porque o Dr. Álvaro Cunhal soube sempre que um partido comunista, em terras de capitalismo, não sobreviveria à influência preponderante dos gramscianos saídos das universidades e das famílias burguesas, meninos com ideias que não correspondem a qualquer experiência ou sentimento de vida, que as trocariam pelo primeiro cheque gordo que lhes pusessem à frente do nariz.

Facebook: segurança da informação ou expurgo ideológico?

As circunstâncias da exclusão de centenas de perfis e páginas, todas de um mesmo lado do espectro político, levantam suspeitas sobre ação do Facebook

Gazeta do Povo

Na quarta-feira, o Facebook anunciou a exclusão de 196 páginas e 87 contas pessoais que, de acordo com a empresa, constituiriam “uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”. Essas páginas e contas teriam relação com o Movimento Brasil Livre, um dos movimentos de rua que foram protagonistas dos protestos contra o governo de Dilma Rousseff. Mesmo jornalistas renomados comemoraram a exclusão coletiva, mas as circunstâncias em que ela se deu e os próprios motivos alegados pelo Facebook para esse tipo de ação, no entanto, levantam uma série de questões que deveriam preocupar quem defende a liberdade de expressão.

Esta é a primeira ação em massa de cancelamento de perfis e páginas por iniciativa do próprio Facebook, mas mesmo antes disso outros influenciadores já vinham sofrendo suspensões que poderiam variar de alguns poucos dias a até um mês. Em comum, todos eles eram conservadores ou de posição política mais à direita. Havia tempos o Facebook vinha lidando com denúncias de que seu algoritmo estaria “escondendo” conteúdos dessa linha. Ficou célebre o embate entre o dono da mídia social, Mark Zuckerberg, e o senador norte-americano Ted Cruz, quando aquele teve de depor no Senado dos Estados Unidos. O empresário não conseguiu explicar por que diversas páginas conservadoras norte-americanas tinham sido apagadas ou suspensas, limitando-se a dizer que se empenhava “em garantir que o Facebook seja uma plataforma para todas as ideias” – excluídos, claro, absurdos evidentes como apologia ao terrorismo e outros tipos de crimes.

O que está em jogo não é apenas a liberdade de expressão, mas a possibilidade de uma interferência no processo eleitoral

No caso específico brasileiro, uma preocupação adicional está no fato de o próprio Facebook ter afirmado que a exclusão não era motivada pela divulgação de notícias falsas – o que permite questionar no que consistiria o “espalhar desinformação” alegado pela empresa em seu comunicado. Mais inconsistente ainda é a acusação de “gerar divisão” como motivo para o cancelamento de contas e perfis. 

QUIZ: Yalta

Quem se reuniu na conferência de Yalta, celebrada entre 4 e 11 de fevereiro de 1945?

A – Estaline e Hitler
B – Churchill, Roosevelt e Estaline
C – Churchill e Roosevelt
D – Churchill, Roosevelt, Estaline e De Gaulle

Charada (562)

Qual dos
seguintes
artistas
pintou a
famosa obra
“O Pensador”?

a. Leonardo da Vinci
b. Donatello
c. Auguste Rodin
d. Pablo Picasso

QUIZ: Copa do Mundo (40)


No Mundial de 2014, o anfitrião Brasil perdeu a meia-final para a Alemanha por...

A. 5-1
B. 6-1
C. 7-1

sexta-feira, 27 de julho de 2018

[Aparecido rasga o verbo] Em rota de colisão

Aparecido Raimundo de Souza

ESTAMOS TODOS, INDISTINTAMENTE, embarcados num avião de grande porte, nos moldes de um Airbus A-380, sem os pilotos na cabine de comando. O destino desse voo é duvidoso, ambíguo, confuso e enigmaticamente tenebroso.

Ventos desfavoráveis vindos de todos os quadrantes fazem com que a aeronave sofra, de través, uns baques estranhos, como se estivéssemos num imenso elevador de um prédio muito alto que, de repente, se soltasse lá de cima.

Que despencasse vertiginosamente sem amarras, sem correntes, sem algemas e freios e, no minuto seguinte, se estabilizasse como num passe de mágica e deixasse de se degringolar espatifando a carcaça de setenta e três metros de comprimento num chão duro de terra batida.

Assim, é o Brazzil. Uma espécie de superjumbo. O mesmo que até algum tempo podíamos, sem receio algum, chamar de lar. Nosso cantinho de amor. O Brazzil que nossos pais nos legaram tantos anos passados. O mesmo que agora nos tira o sossego, a esperança, a tranquilidade e a paz.

Aqueles a quem chamamos vergonhosamente de governantes (ou nossos mandatários...) são figuras irreais, fictícias e ilusórias. Indivíduos com semblantes distorcidos, alterados, falseados. Cafajestes e ladrões, pilantras e salafrários que lembram um acúmulo de monstros malignos e espiritados que nos querem devorar as carnes e os ossos a qualquer custo.

Para esses crápulas do poder, não passamos de um bando de palhaços e bufões, de arrelias e girafales correndo como bois soltos nos pastos do acaso, ao descaso dos imprevistos, a procura de empregos idôneos, de hospitais que nos recebam com dignidade, de uma segurança pública que nos permita andar pelas ruas e praças sem medo de molestações e acabrunhamentos.

Passamos a vida inteira em busca constante de um horizonte mais patriótico, de uma amplidão que não seja artificial, postiça, dissimulada. Queremos um destino que não se esconda que não se misture que não se deteriore ou que se envergonhe de nós.

Até lá…

Rui A.

Ora, finalmente, alguém a falar como deve ser: «Alexis Tsipras é um traidor do povo grego! E por isso será processado». Enquanto, por cá, as meninas do Bloco engolem as «cativações» do Centeno, como se fossem puré Maizena, e humilham os professores, lembrando-lhes que o orçamento não é só deles, na Grécia, a menina Zoe Konstantopoulou [foto], moça cujo nome é, por si só, suficiente causa de divórcio, não está com meias medidas: «TRAIDOR!», em cima do ex-venerado bad boy das esquerdas europeias.

Mas os gregos são os gregos e os portugueses são os portugueses, não há muito que fazer.

Porque, no dia em que a presidenciável Marisa Matias, cujo perfil aquilino não é muito diferente do da Konstantopoulou, chamar «traidor» ao Costa e o ameaçar com as penas da temível justiça portuguesa, ficarei convencido de que há um futuro para as esquerdas portuguesas. Até lá, não passam todas – as esquerdas indígenas e as meninas do Bloco – de elementares colaboracionistas do Sr. Junker, confortavelmente sentadas à mesa do orçamento de estado.
Título e Texto: Rui A., Blasfémias, 27-7-2018

[Língua Portuguesa] Pastor alemão (ou pastor-alemão) tem hífen? E isso importa?

dicionarioegramatica.com


O certo é pastor alemão ou pastor-alemão? O nome da raça de cães leva hífen ou não?

A quem aqui chegar preocupado em escrever da forma “oficial” e apenas interessado na resposta rápida: escreva o nome da raça com hífen. É assim que vem, por exemplo, no VOLP, o Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras – que, embora não tenha valor oficial, é usado como referência por dicionários brasileiros e mesmo pelo português Priberam.

Ainda assim, convém resistir à tentação de apontar o dedo a que escrever “pastor alemão” sem hífen como se se tratasse de erro: o Dicionário Michaelis, por exemplo, traz o nome da raça sem hífen, com abonação – a maioria dos bons autores, aliás, sempre escreveu o nome da raça sem hífen. O Houaiss em papel também traz apenas “pastor alemão” sem hífen, dentro do verbete “pastor”, mas na versão na Internet incluiu a forma hifenizada. E o Dicionário Aulete aceita as duas opções: traz tanto com hífen, “pastor-alemão”, quanto sem hífen, dentro do verbete “pastor”:


E a verdade é que a solução salomônica do Aulete é a melhor: por que é que uma forma deve necessariamente estar errada?

Ouvir isso deve provocar arrepios no leitor que tenha chegado aqui após perder seu tempo consultando no Google qual a grafia “correta” para a raça, preocupado em não cometer um suposto “erro de grafia”; mas o que se quer aqui trazer à discussão é o fato de a língua portuguesa ser a única cujos falantes perdem tanto tempo, inutilmente, preocupados em descobrir se uma palavra ou expressão deve ser escrita com hífen ou não.