terça-feira, 30 de novembro de 2010

MOMENTO HISTÓRICO: o dia em que Lula não desqualificou FHC

Leiam o que informa Leonêncio Nossa, no Estadão Online. Volto em seguida:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um discurso atípico, disse reconhecer que antecessores não tiveram as mesmas condições que ele ao assumir o comando do País. “Eu tenho consciência que outros presidentes da República não tiveram as mesmas condições que eu”, afirmou. “O presidente Sarney pegou o Brasil em época de crise. O Fernando Henrique Cardoso, mesmo se quisesse fazer, não poderia, pois o Brasil estava atolado numa dívida com o FMI. Quando você deve, tem até medo de abrir a porta e o cobrador te pegar”, afirmou o atual presidente.
É a Dilma que virá inaugurar, mas eu tinha que vir para fechar a comporta, 
pelo menos’, declarou.  Foto: Ed Ferreira/AE
As declarações de Lula foram feitas em um discurso de improviso durante visita ao canteiro de obras da usina hidrelétrica de Estreito, na divisa do Maranhão com Tocantins. Ainda em tom de humildade, o presidente observou que a inauguração da obra ficará mesmo para o governo de Dilma Rousseff. “É a Dilma que virá inaugurar, mas eu tinha que vir para fechar a comporta, pelo menos”, declarou o presidente.
Lula disse que precisou desmarcar três visitas à obra por causa de problemas nas áreas ambiental e social. Comunidades ribeirinhas denunciam que estão sendo prejudicadas pela construção da usina. O Presidente afirmou que recentemente foi firmado um acordo entre o consórcio Estreito Energia, construtor do projeto, com o movimento de atingidos pelas barragens. Pelo acordo, a empresa se responsabilizará por garantir a realocação das famílias e criar condições para que os pescadores continuem suas atividades. “Eu não queria violência com qualquer pessoa”, declarou Lula.

Receita de Pescada gratinada




Ingredientes:
  • 6 Medalhões ou lombos de Pescada
  • 1 Pacote de molho bechamel (grande)
  • 2 Cebolas médias
  • 2 dentes de alho
  • Batatas
  • Farinha
  • Azeite e/ou Óleo
  • Miolo de camarão (opcional)
  • 1 Cubo de caldo de peixe
  • Sal e pimenta branca a gosto
  • Sumo de um limão
  • Pão ralado
Preparação:
Descongele (se for o caso) os medalhões de pescada e tempere com sal, pimenta branca e sumo de limão. Reserve durante alguns minutos. Entretanto coza (ou frite) as batatas em rodelas e reserve.
  1. Passe a pescada pela farinha e frite em óleo ou azeite (como preferir).
  2. Enquanto a pescada frita, faça um refogado com um pouco de azeite, as cebolas cortadas em meia luas, e os dentes de alho picados. Deixe alourar um pouco e adicione o camarão. Quando a cebola estiver bem dourada, adicione o molho bechamel e o cubo de caldo de peixe e envolva bem.
  3. Num tabuleiro, coloque as batatas no fundo, de seguida a pescada e por fim regue com o preparado de bechamel e polvilhe com pão ralado.
  4. Leve ao forno a gratinar.
Pronto a servir!

Kenzo manda lambeijinhos...

... para todas as amigas e amigos, de duas pernas, quatro patas, sem pernas nem patas, oito patas...

Kenzo, 29-11-2010. Foto: JP
Kenzo, 29-11-2010. Foto: JP

Aviões da Varig em publicidade recente

Aí está, amigo e leitor:
Aviões da Varig compondo o cenário da publicidade das máquinas "Vending"; este anúncio, de página inteira, saíu na revista suplemento do jornal "Correio da Manhã", edição nº 11.496, de 25 de novembro de 2010. Escaneado por este escriba.

Tapete vermelho para a Polícia sergipana

Archimedes Marques *
O atentado ao desembargador e presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe, Luiz Mendonça, ocorrido na quarta-feira 18 de agosto passado, na Avenida Rio Branco, quando  o carro do Tribunal de Justiça em que estava aquela autoridade fora alvejado por mais de 30 tiros, oportunidade em que o seu motorista, o cabo da polícia militar Jailton, foi gravemente ferido com um tiro na cabeça, enquanto que, o desembargador-alvo do arquitetado e pretendido crime de homicídio saiu ileso como por verdadeiro milagre, trouxe comoção de toda a população sergipana e além fronteiras, mobilizou e colocou em xeque a segurança pública do nosso Estado.

Bandeira do Estado de Sergipe
O elevado grau de indignação e insatisfação da sociedade sergipana que aterrorizada temia que o crime ficasse no rol dos insolúveis devido a extrema ousadia com que fora perpetrado em uma das mais movimentadas avenidas da nossa Aracaju, gerou protestos dos três poderes em busca de justiça, pois além de tudo  a ordem do país fora ferida com a brutal tentativa de morte de um respeitado homem público, desembargador do nosso Tribunal de Justiça, ocupando o cargo de Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, cidadão que hoje pode dizer com orgulho que nasceu novamente, que realmente é um homem iluminado e protegido do Supremo Criador.

A vida que levei... (7º capítulo - descoberta da ditadura)

Capítulo anterior:
A vida que levei... (6º capítulo - Formigas)


Enfim, até aos 15 anos vivera num país em guerra - pela liberdade, descobriu depois. Como descobriu depois que a Mocidade Portuguesa, com aquelas "quinas", "bandeiras", "falanges" e a saudação com o braço esticado, havia sido criada por Oliveira Salazar à semelhança da Juventude Hitlerista.
Aos 15 anos vai para um país cheio de "bufas", delatores de todos os tipos e disfarces, que denunciavam e entregavam qualquer conversa que lhes parecesse suspeita. E a PIDE (Polícia Internacional e Defesa do Estado) chamava o 'denunciado', quando não o prendia ou sumia com ele...
Seu tio, que era do PCP, na clandestinidade, óbvio, o impressionava com o seu paciente proselitismo.
Depois, ele ficou sabendo que fora um engraxate quem denunciara a conversa sobre os pretos: eram burros ou ignorantes? Por que os colonos nunca lhes haviam ensinado nada??
Este país viveu assim, na escuridão da ditadura fascista por 48 anos. Mais tarde, viu claramente, o que era a ditadura fascista (de direita).

Sede da PIDE, Rua António Maria Cardoso, Lisboa. Foto: Miguel Madeira

Sponholz: aerodilma

sponholz.arq.br

Consumistas sofrem uma recaída


Centro Comercial Colombo, foto: Miguel Silva/Público
Basta ter andado nos centros comerciais este fim de semana para perceber que estamos todos em recaída. Com tanto discurso sobre a crise, taxas de juros e FMI era suposto que fugíssemos como o diabo da Cruz das catedrais do consumo, mas basta fazer a primeira compra para, zás, voltar à dependência.
Como um alcoólico que não pode beber nem um golo, sob risco de deitar a cura a perder, também os viciados em compras, ou seja, quase todos nós, só têm uma forma de se manterem limpos: abster-se totalmente de pôr um pé que seja dentro de um shopping.
Os cientistas que investigaram a dependência das compras, citados pela Time, explicam que este fenómeno obedece às regras de qualquer outra dependência: procuramos que o prazer que o objecto comprado nos dá supere a dor que gastar dinheiro implica.
Este mecanismo, que põe prazer e dor nos pratos da balança, é aquele que nos impede de fazer compras idiotas, e nos ajuda a ter uma noção do preço certo daquilo que adquirimos. Mas as diferenças individuais são enormes, não só naquilo que o consumidor acha que vale a pena (para mim pode ser uma camisola, para si um bom vinho), mas também na dor emocional que sente ao gastar, e que resulta da educação, da experiência pessoal e das características de cada personalidade.
O pior, dizem os especialistas, é que o Natal dá uma desculpa fantástica aos que gostam de ir às compras, e reduz as inibições dos que, por princípio, não gostam de o fazer, já que comprar para oferecer a terceiros reduz a culpa, ou seja, o desprazer de gastar dinheiro.
Se lhe somarmos o facto de o pagamento por cartão de crédito ou transferência bancária doer muito menos do que pagar em notas, está explicado por que é que é tão fácil arruinarmo-nos nesta época. Se não quer acordar em Janeiro com uma ressaca monumental, encontre fontes alternativas de prazer, e deixe os cartões de crédito em casa. Boa sorte.
Isabel Stilwell, Destak, 29-11-2010

A importância do ócio

Hoje, em grande medida, vive-se concentrado nos meios de vida, mas subestima-se o fim da vida
Alberto Benegas Lynch. *
Aristóteles escreve na obra Ética a Nicômaco, que as ocupações para contar com recursos para viver são “para  ter ócio”, ou seja, para a vida contemplativa, para adentrar-se no sentido da vida e para o conhecimento (daí que “a virtude é o conhecimento”, de acordo com os ensinamentos socráticos).
É por isso que, de acordo com Josef Pieper em “O ócio e a vida intelectual”, a expressão “ócio” deriva de escola, “assim, pois, o nome com que denominamos os lugares em que se leva adiante a educação, e inclusive a educação superior, significa ócio”. É por isso que Aristóteles em “A política” sustenta que o ócio é o ponto cardeal em torno do qual gira tudo.
Hoje, em grande medida, vive-se concentrado nos meios de vida, mas subestima-se o fim da vida. Muitos se vangloriam de ter agendas cheias de meios, mas não deixam espaço para os fins. Trabalhar para a arbitragem cotidiana, ou seja, trabalhar para comprar barato e vender caro sem o menor esforço de trabalhar o espírito. Como já dito, ninguém no seu leito de morte se arrepende de não ter ido mais ao escritório, contudo, há arrependimentos por não ter alimentado mais a alma.

Agora só falta Brasília...

Colaboração: Daniel Ricarde

Análise "putológica" da novela "Passione"

Recebido por e-mail:
Pessoal, sei que o assunto não está relacionado aos tiros e invasões, mas dá uma olhada no que a GLOBO, "A AMIGA DA PAZ E DO DESARMAMENTO", está colocando na cabeça do brasileiro:

BARBARIDADES DA TV GLOBAL...



"ANÁLISE PUTOLÓGICA DA NOVELA PASSIONE":


Vamos falar somente da estrutura e do personagem central da novela, a viúva dona da fábrica, Beth Gouvêa...
É  assustador!

1 - Ela casou-se grávida de outro homem e teve um filho que o marido CORNO escondeu.

2 - Todos os seus filhos são cornos, até a filha esquisita  - todos, inclusive o Totó italiano, grande babaca...


2 - Um dos filhos tem um problema misterioso: pedofilia ou necrofilia? Ele não trabalha e nem faz nada, como todo rico de novela brasileira...

4 - O outro, já morto, o ex-presidente da fábrica, Saulo Gouveia, que chamaremos de malandro agulha (aquele que toma na bunda mas não perde a linha...) odiava a mãe, além da mulher que não comia; que só de raiva sai por aí dando pra todo mundo...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Chico Buarque é mau escritor com ou sem petição, com ou sem prêmio

Yara Chiara

Conheço bem os livros de Chico Buarque. Conheço até a última palavra da página 163, da 2ª Edição, 12ª Reimpressão - lado direito do livro - do romance Budapeste, publicado pela Companhia das Letras. Lê-se: “O carro afundou na garagem, o vigia se metera na guarita e a persiana da Vanda já estava arreada. Era dia claro quando cruzei zunindo a portaria do hotel, e nem bem alcancei minha porta, o telefone tocou.”

Assim como Caetano não indulge em certas coisas, a persiana da Vanda fica permanentemente arreada, edição após edição.

Ou o cantor que estranha a presença de acento agudo em “Gadú” acha normais os erros mais esdrúxulos [o certo é "arriada"]?

Que Caetano acuse de grosseiro quem já debateu seriamente o mérito literário de Chico Buarque enquanto escreve uma diatribe de viés estritamente pessoal, sem manifestar-se uma vez sequer sobre por que Chico seria, afinal, um bom escritor, não denota lá muita coragem. Que traga a política quando, em teoria, condena a politização das críticas a um prêmio literário, trata-se já de certa ausência de autocrítica.

Também o incomoda a existência de pseudônimos. Para Caetano, opinião só vale com “CPF na nota”: o importante é quem opina, e não o que se diz, no mundo em que a fabricação e a projeção da imagem constituem a essência das coisas.

Chico Buarque é mau escritor com ou sem petição, com ou sem prêmio: os leitores e os escritores de respeito discordam do clube que outorgou a Chico a premiação. Eu não coloquei nem nome nem pseudônimo na petição: ela não me interessa. Não acho que Chico deva devolver o Jabuti - a ordem das coisas exige que se critique, antes de tudo, quem conferiu o prêmio, não o ato de recebê-lo, de que Chico é, a essa altura, vítima inescapável.

Jamais encontrei quem goste da obra literária de Chico Buarque, embora conviva com leitores ávidos diariamente. Sempre encontro reservas: “É bom letrista, mas muito fraco como escritor”, dizem. Foi o que disse, basicamente, Wilson Martins, a quem não se pode acusar de ter sido um ignorante literário ou um político da literatura.

Haïti: René Préval, un président "têtu" au "caractère de caméléon"

Le président haïtien René Preval, le 30 juin 2010. Photo: Thony Belizaire/AFP

Pour l'ambassade américaine à Port-au-Prince, le président sortant d'Haïti, René Préval, est un allié, mais sa "personnalité" pose problème. Lors de son élection, en 2006, M. Préval avait pu compter sur le soutien des Etats-Unis, du Brésil et de la France, très impliqués en Haïti. "Son engagement pour la construction d'institutions démocratiques, la promotion de la stabilité politique et le développement de l'économie correspond à notre propre intérêt", affirme un message diplomatique de mars 2007 obtenu par WikiLeaks et examiné par Le Monde.
"Préval reste l'homme indispensable d'Haïti", insiste un long mémo de juin 2009 intitulé "Déconstruire Préval". Cependant, "la relation avec lui est un défi qui peut être frustrant et parfois gratifiant", explique ce texte. La difficulté découle de sa"vision du monde, sa personnalité et son style de leadership renfermé", ainsi que d'un "caractère de caméléon". "Personnalité discrète et complexe, le président partage peu. Son cercle rapproché a beaucoup rétréci ces deux dernières années."D'ailleurs, "l'isolement de Préval dans le palais au cours de la dernière année est notable". "Il quitte rarement le palais, sauf pour aller chaque soir à sa résidence ou au refuge qu'il a acheté à sa fiancée sur les hauteurs de Port-au-Prince."

UE aprova ajuda à Irlanda e anuncia mais cortes em Portugal

Para travar os riscos de crise sistémica que pesam sobre a moeda única, o eurogrupo aprovou ajuda de 85 mil milhões à Irlanda e clarificou as regras do seu futuro mecanismo de gestão de crises, que passam a ser as do FMI. A Portugal exigem reformas laborais e nos serviços públicos.

O Presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro do Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, e Olli Rehn, Comissário do FMI, na reunião dos Ministros das Finanças europeus, este domingo, em Bruxelas.
Foto Olivier Hoslet/EPA/LUSA
Em concreto, os dezasseis países da zona Euro decidiram abandonar o envolvimento automático dos investidores privados nos futuros processos de reestruturação da dívida soberana dos países em risco de insolvência - uma ideia que tinha provocado nas últimas semanas uma reacção negativa dos mercados -, optando por uma participação "caso a caso" e de acordo com as regras do FMI. Esta estratégia vai substituir, a partir de meados de 2013, o fundo de urgência provisório, criado em Maio.

Teixeira dos Santos manteve-se em silêncio depois de anunciadas pelas autoridades comunitárias reformas estruturais em Portugal
Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças português, assumiu o compromisso de realizar "reformas estruturais significativas nos sectores da saúde e dos transportes" e "no quadro orçamental", segundo o que afirmaram Didier Reynders, ministro belga das Finanças e presidente em exercício da UE, e Olli Rehn, comissário europeu responsável pela Economia e Finanças. Isto, frisou Reynders, para aumentar "o potencial de crescimento e a produtividade" da economia portuguesa no quadro de "um trabalho a fazer com a Comissão Europeia". 
“Nós saudámos a aprovação do Orçamento para o próximo ano que está totalmente em linha com a estratégia orçamental acordada”, disse Olli Rehn.

Obama congela salários dos funcionários do Governo durante dois anos. (Não confunda congelar com subtrair)

O presidente norte-americano anunciou hoje que vai propor o congelamento dos salários dos funcionários do Governo federal durante os próximos dois anos, de modo a cortar o défice.

Foto: Jason Reed/Reuters
Num comunicado emitido pela Casa Branca, Barack Obama diz que esta medida vai trazer uma poupança de dois mil milhões de dólares (cerca de 1,5 mil milhões de euros) aos cofres do Estado durante o resto do ano fiscal de 2011 e mais 60 mil milhões ao longo da próxima década.
“Por causa da irresponsabilidade da década passada, o presidente herdou um défice de 1,3 biliões de dólares e uma crise económica que ameaçou atirar o país para uma nova Grande Depressão”, diz a Casa Branca.

Benefício da dúvida

O mais grave não é o sofrimento actual. É não se ver saída.
O pior na crise actual é a falta de esperança. A decomposição acelerada do Governo põe todos a pensar em alternativas. Mas nenhuma granjeia um mínimo de credibilidade. As coisas estão mal e só se vislumbra que piorem. O mais grave não é o sofrimento actual. É não se ver saída.
É importante dizer que este desânimo não vem da situação real. As circunstâncias são duras mas claras. Não é difícil saber o que há a fazer. O caminho é exigente mas sem mistérios. Vivemos em décadas recentes situações bem piores de onde saímos bem. E então a desorientação e desilusão não eram tão grandes como agora. É verdade que a geração actual tem um grau de exigência diferente, sem a capacidade de trabalho e poder de encaixe dos seus pais. Mas quem não tem dinheiro não tem vícios, e quando não há escolha as condições depressa ensinam a saída.
Mesmo assim temos de admitir que as dúvidas sobre o sucesso do futuro Governo, qualquer que seja, são legítimas e justificadas. Não tanto pela dificuldade da tarefa ou falta de qualidade dos prospectivos líderes e técnicos, mas devido à manutenção das condições que nos enfiam no buraco há 15 anos. Os interesses instalados, direitos adquiridos, bloqueios regulamentares e exigências processuais não mudariam com a troca de Executivo. Os grupos de pressão souberam criar contactos em todos os partidos de poder para proteger as suas benesses. A rede que estrangula a economia, se foi apertada por Sócrates e o PS, pode bem sobreviver-lhes.
Apesar disso, com novos líderes surgiria uma inegável oportunidade que não podemos desprezar. É provável que falhe, mas temos de tentar. Mesmo com políticos maus e sob influência dos lobbies, é possível um Executivo diferente chegar onde este falhou. E a prova disso é... José Sócrates.

Brasil ajuda TAP a voar mais alto

A receita global da TAP cresceu 10% nos primeiros nove meses do ano, impulsionada pelo mercado brasileiro, que pode vir a ter as ligações reforçadas, revelou o vice-presidente da companhia. "Está a ser um ano muito bom", afirmou, devido em grande parte às rotas de ligação com o Brasil, onde os proveitos do tráfego cresceram 30%, até setembro. Luiz Gama Mór reconheceu ainda que, embora "a factura do combustível este ano esteja mais alta", a receita está acima dos custos.
Diário de Notícias, 29-11-2010


Suíça vai expulsar estrangeiros que cometam crimes

Cidadãos suíços concordam com expulsão automática de imigrantes criminosos. Defensores dos direitos humanos indignados

Será que os estrangeiros condenados devem ser automaticamente expulsos da Suíça? 52,9% dos cidadãos deste país acha que sim.
A proposta, apresentada pelo populista Partido Popular Suíça (SVP) e votada ontem em referendo, visa facilitar a expulsão automática de cidadãos não-suíços condenados por crimes que vão desde homicídio ao usufruto de benefícios de forma fraudulenta.

O Governo apresentou uma contraproposta - sugerindo a ponderação da gravidade dos crimes e o tipo de pena aplicada antes da expulsão - mas esta foi rejeitada por 54,2% dos votantes.
Poucos meses depois de ter sido aprovada a proibição da construção de minaretes no país, também sob proposta do SVP, o resultado deste referendo está a preocupar as organizações de defesa dos direitos humanos.

"É um dia negro para os direitos humanos", declarou o departamento suíço da Amnistia Internacional em comunicado.
"Estas medidas violam os direitos do homem e não respeitam a nossa Constituição. Quem apresentou esta proposta abusou mais uma vez do direito à iniciativa para aumentar a sua força política através de ideias xenófobas", sublinhou a ONG.

Também os Verdes se mostraram indignados com esta proposta , dizendo-se "consternados ao constatar uma nova violação do princípio da igualdade à luz da Constituição federal".

Temperaturas baixas nesta semana


Foto: Alfredo Cunha/Global Imagens
A semana vai ser fria. Muito fria. As temperaturas vão baixar durante a semana e, para agravar, a chuva vai também marcar presença, prevendo-se neve em algumas zonas do País, principalmente no interior norte.
Hoje, Bragança, Guarda e Viseu poderão receber os primeiros nevões. O distrito da Guarda será mesmo o mais frio, com dois graus de mínima e apenas três de máxima, situação que deverá manter- -se toda a semana.
Apesar de a partir de amanhã as mínimas subirem ligeiramente em quase todo o País, as máximas mostram uma tendência contrária, segundo o Instituto de Meteorologia. No interior norte, as temperaturas não atingem os dez graus. Aliás, a norte, só o Porto vai atingir esse patamar.
No litoral centro e sul, as temperaturas máximas para amanhã variam entre os dez graus em Leiria e os 14 na zona do Algarve. Lisboa terá 11.
O Instituto de Meteorologia tem três distritos em alerta amarelo para hoje a amanhã, nomeadamente Braga, Aveiro e Évora. Mas também a Madeira continua a receber atenção, apesar de as temperaturas serem mais amenas comparativamente com o Continente. Isto é, as máximas rondam os 20 graus e não há previsão de chuva, apenas céu muito nublado.
Só no fim-de-semana a temperatura deverá começar a subir. Quanto à chuva, quinta e sexta- -feira deverá fazer umas tréguas, mas regressa no sábado e no domingo.
Diário de Notícias, 29-11-2010

Ásia ganha fortunas e esbanja-as em armas

Desfile militar, Coreia do Norte
A bomba nuclear da Coreia do Norte é como a casaca de luxo comprada por um pobre que vendeu tudo para impressionar os vizinhos. Mas bem vistas as coisas, em matéria de armamento na Ásia, quem tem ido mais ao alfaiate são outros: China, Índia, Taiwan, Coreia do Sul, Paquistão e Singapura. E se os norte- -coreanos só têm uma muda de roupa, mesmo que exuberante, já outros povos da região são capazes de exibir vários fatos de bom corte. A começar pelos sul-coreanos, que depois do empate da guerra de 1950-1953 souberam construir uma democracia próspera, enquanto a norte se ergueu uma monarquia estalinista que mal alimenta os súbditos. Por isso, ao Sul não lhe pesa comprar aviões, navios e tanques. No próximo ano planeia gastar 27 mil milhões de dólares em armamento, o que nem é muito para a 12.ª potência económica mundial.

Combatendo a SIDA/AIDS: Palhinhas para inalar droga distribuídas gratuitamente

De forma a evitar a transmissão de VIH e hepatite C, utilizadores terão acesso a palhinhas e cachimbos gratuitos


Depois da troca de seringas, a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida vai distribuir um novo kit de prevenção da doença em 2011,a que chamou Kit Snif. Como o nome indica, é um conjunto de materiais assépticos para consumir droga inalada, como a cocaína. Em breve, vai ser testado outro kit, mas com cachimbos e boquilhas descartáveis.
Maria José Santos, responsável do programa Troca de Seringas, explica ao DN que "há evidências de que a palhinha que é usada para snifar possa ser um meio de transmissão do VIH mas sobretudo da hepatite C. Isto porque o consumo inalado provoca sangramentos e seca as mucosas, que ficam feridas. A partilha destes materiais torna-se um risco", avança.
Embora o risco de transmissão pela via intravenosa seja maior, "estamos a notar que os hábitos dos utilizadores de droga estão a mudar . Há um decréscimo do uso de drogas injectáveis, por isso, temos de chegar a todos os utilizadores".

Puxando as orelhas do Coronel Paúl

Ilustração: Beto Almeida
Amigos e amigos andam mais preocupados comigo do que normalmente já ficam.
Dizem que estou ficando contra todos, diante da fabulosa aprovação da atual tática de segurança pública, glorificada pela mídia.
Eu entendo, prometo ter mais cuidado, afinal não quero preocupar, além do razoável, amizades construídas ao longo de anos e outras construídas recentemente.
Prometo!
Todavia, como sou teimoso, esclareço alguns pontos a todos neste espaço democrático.
1) Não estou fazendo análise precipitada da ação no Complexo do Alemão, aliás, tendo escrito que só o tempo nos permitirá uma avaliação mais correta. O que tenho feito é fornecer subsídios para que todos possam analisar. Publico opiniões pessoais e de outros, com o intuito de informar e tentar evitar que a parte da mídia que apoia o governo estadual incondicionalmente, forme a opinião pública que o governo quer. Sei que é uma luta perdida, o poder de uma TV é infinitamente maior que a diminuta força do nosso espaço democrático.

"Esta operação tinha de acontecer"




Henrique Salgado, Produtor do documentário 'Complexo - Universo Paralelo'. Tem 36 anos e conhece bem  o Complexo do Alemão. Foi lá que passou meses a produzir um documentário que capta a dura realidade de um dos mais violentos aglomerados de favelas do Brasil

O BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) tomou ontem conta do Complexo do Alemão após uma operação que envolveu uma força de 2600 homens. Como é que encara o desfecho desta invasão?

Tenho estado a acompanhar de perto as notícias. Esta operação teria de acontecer mais cedo ou mais tarde. Não era possível que a situação continuasse como estava. Mas acho que, até agora, ainda não havia vontade política. Finalmente, aconteceu aquilo por que todos esperavam.

A imagem do Rio de Janeiro vai sair reforçada, agora que começam os preparativos para os Jogos Olímpicos de 2016?
Penso que este é um dos primeiros passos para acabar com a criminalidade na cidade, já que o Complexo do Alemão é o quartel general do Comando Vermelho, a principal facção criminosa do Rio de Janeiro.

O Henrique produziu o documentário Complexo - Universo Paralelo, resultado de vários meses de filmagens nas favelas deste complexo. Como é que conseguiram ter acesso ao local?
A oportunidade surgiu quando fizemos um videoclip para o artista MC Playboy. Conhecemos o complexo e achámos que havia conteúdo suficiente para avançar, apesar de ser um local bastante inacessível e de sabermos que um jornalista que lá entrou em 2002 [Tim Lopes] foi assassinado. Mas o Mário e o Pedro Patrocínio [os dois irmãos que assinam o filme] apaixonaram-se pelo sítio.