terça-feira, 23 de novembro de 2010

Despertar



Seria um dia de cão?
Sem sol nem avião?
A manhã despontava,
e a monótona noite se retirava.

Uma vida sem nexo:
um corpo sem sexo;
um coração sem bater;
uma boca sem comer.

Entroncamento de dúvidas,
montanha-russa nas esperanças.
Dar-me-iam outras vidas
se desprezava tantas chances?

Na inferioridade do meu ser
na estreiteza do meu intelecto
fortaleço o meu caráter
aspirando a ter um teto.

Besta presunçoso
ou masoquista pretensioso?
Deixa pra lá a rima
e acorda, preguiçoso!

Não foi um dia de cão,
teve sol e avião
Talvez até diversão,
assim disse a imaginação.

JP, década de 80

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