Salário é sagrado. Quer dizer, o valor que você recebe em troca do seu trabalho, é inviolável. Você recebe o salário DEPOIS de ter trabalhado, de ter prestado o serviço.
Então, enquanto você está empregado, com o salário que você recebe mensalmente, você vai administrando e gerenciando esse total, de acordo com a sua vontade, necessidade, você faz o que quiser com a sua remuneração.
A grande maioria dos assalariados (pouquíssimos são aqueles que não querem ganhar mais) luta e se capacita para aumentar esse ganho mensal: estuda, presta concurso, pede diretamente ao chefe/patrão, puxa o saco dos chefes ou do patrão, presenteia-os com o que podem comprar ou com o que têm… Enfim, julgamentos dispensados, cada um e cada qual luta com o que sabe ou tem.
Pois bem, então vejamos aquele cidadão trabalhador que conseguiu estar ganhando 1.500 euros. Está feliz. Sente-se realizado. O que o envaidece mais é a administração desse orçamento; ele consegue suprir as necessidades básicas dele e do seu agregado familiar, pagar as prestações da casa e do carro, ter um relativo conforto em casa, de forma a que ele e os seus sintam prazer e orgulho de estar em casa. Não gasta dinheiro buscando conforto ou diversão externos. Não desperdiça salário comprando o que não precisam e/ou o que veem na televisão…
Aí, um partido que (des)governa o país dele, enche-se de dívidas, esconde-as, vai dizendo que está tudo bem, que a casa é a mais linda do planeta, que em Plutão tem uma casa menor do que esta, que em Saturno os saturnenses são muito maus… Mas, quando acaba o estoque de fábulas, esse (des)governo decide mexer no orçamento mensal daquele cidadão trabalhador. O (des)governo decide que aquele cidadão vai ganhar menos do que ganhava. E ponto! Claro, também decidiu subtrair mensalmente de outros cidadãos. O (des)governo decidiu empobrecer os cidadãos daquele país.
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