terça-feira, 23 de novembro de 2010

A resposta está na Filosofia

Num teste de filosofia tinha o seguinte diálogo entre mãe e filho:
“- Porque terei que ir para a escola? Porque não posso ficar em casa? Porque terei de aprender? Porque não posso ficar como estou? Porque terão as coisas que ser assim? Porque é que não podem ser diferentes?
- A vida está cheia de mistérios, não está? Então até logo à tarde… boa escola!
- Às sete horas da manhã a mamã está muito filosófica…”
O levantar de questões acontece em todos nós e em todas as idades, mas com maior premência e acuidade na adolescência. A adolescência é por muitos considerada como a idade filosófica por excelência. Comente e critique o texto.
Jessica respondeu:
“ Os adolescentes são considerados muito filosóficos, isto porque, é um período de transição entre a infância (brincadeiras, jogos, diversões) e a maturidade – os adultos (problemas financeiros, emprego, filhos).
Imaginem um ser humano (como o filho nessa pequena história) no meio de duas estradas um tanto quanto opostas! Para a mente humana cria uma certa confusão e uma vasta linha de interrogações… interligadas. “Porque terei que ir a escola?” A segunda pergunta está ligada a primeira. “Porque não posso ficar em casa?” A resposta é tão abstracta entre o decidir e o desistir. Por ser tão abstracta há muitos caminhos não percorridos e, nós, os adolescentes, ficamos muito inseguros. O desconhecido sempre causou muito medo ao ser humano.

A filosofia tenta descobrir a vida, procurando o seu sentido, quebrando a monotonia da ignorância e a beleza que envolve o processo da vida. Com esta definição poderemos dizer que é na adolescência que o ser humano começa a perceber que tem que se decidir por um caminho para viver. Viver não é igual a sobreviver! Todo mundo pode sobreviver mas, nem todos podem viver! Atenção: Não podem porque não querem – Querer é poder! Sobreviver é aquele que dorme e acorda mas não percebe o que é dormir e acordar. Por acaso, são sensações tão vitais e relaxantes que deveríamos dar mais valor. Experimentem definir o prazer de deitar e fechar os olhos! Qual a definição? Não sabem?! E nunca pensaram nisso? Então sobrevives apenas. Vou dar um exemplo: Se ficarmos uma noite sem dormir, sonharemos acordados em deitar na nossa cama. Naquela noite o sono será valorizado.
Não dê valor as coisas só quando as perde… pode ser tarde demais!
Viver é acordar e dormir, mesmo sabendo que não sabe (só sei que nada sei) o que é, mas interrogando-se para descobrir em que consiste ACORDAR e DORMIR.
É, na adolescência que, interrogamo-nos por isso e por aquilo e as nossas células cinzentas começam a pensar em coisas abstractas. Muitas vezes a resposta está na filosofia!”
Hilda Pereira Torres, 1991

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