terça-feira, 23 de novembro de 2010

Greve geral: primeiros efeitos começam a fazer sentir-se hoje

Foto: José Goulão/Lusa

Os primeiros efeitos da greve geral começam a fazer-se sentir ainda hoje, em alguns setores, entre os quais a recolha de lixo e transportes.

No sector dos transportes o Metropolitano de Lisboa já anunciou apenas assegurará o serviço até às 23:30 de hoje, hora de partida do último comboio das estações terminais.
O serviço estará encerrado entre as 0:00 do dia 24 e as 01:30 do dia 25.
Também a CP, anunciou que os efeitos da greve geral se deverão fazer sentir já ao início da tarde de hoje nos serviços urbanos do Porto o que levará a atrasos e a supressões de comboios.
Já no que se refere à recolha de resíduos sólidos, os efeitos da greve deverão fazer-se sentir na noite de hoje, estando prevista às 22:15 a deslocação de uma delegação da central sindical liderada por Carvalho da Silva à zona dos Olivais.
O arranque da greve geral é assinalado pela CGTP-IN às 20:00 de hoje nas chegadas do Aeroporto da Portela, por Carvalho da Silva que lidera uma delegação da central sindical, junto com o piquete de greve do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa ao qual pertencem os bombeiros sapadores, que também anunciaram que vão aderir à paralisação.

Às 23:00, a delegação da CGTP estará no Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos e na Escola Náutica, frente ao Pavilhão desportivo de Paço de Arcos, às 23:50 no Metropolitano de Lisboa (na rua Sidónio Pais), e às 0:45 no Hospital Garcia de Orta, em Almada.
Vinte e dois anos depois de uma greve geral que uniu as duas centrais sindicais, Portugal vai ter novamente, na quarta feira, uma paralisação global que deverá afetar serviços chave da sociedade como educação, saúde, justiça, transportes e banca.
A paralisação, marcada pelas centrais sindicais CGTP e UGT, visa contestar as medidas de austeridade do Governo.
O ministério das Finanças já esclareceu que o acordo de serviços mínimos, em caso de greve, geral “garante a prestação de serviços mínimos indispensáveis para a satisfação de necessidades sociais impreteríveis.
Os setores abrangidos são: segurança pública, correios e telecomunicações, serviços médicos, salubridade pública, serviços de energia e minas, incluindo o abastecimento de combustíveis, distribuição e abastecimento de água, bombeiros, transportes e serviços de atendimento ao público que assegurem a satisfação de necessidades essenciais cuja prestação incumba ao Estado.
O ministério adiantou ainda que “os serviços que funcionem 24 horas por dia, sete dias por semana correspondem a serviços indispensáveis para a satisfação de necessidades sociais impreteríveis”.
Os meios humanos a afetar à prestação destes serão “em número igual àquele que garante o funcionamento aos domingos, no turno da noite, durante a época normal de férias”.

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