Já há alguns (muitos) dias que
concluí a leitura do primeiro volume da “Minha Luta”, de Adolf Hitler.
Este volume tem quatrocentas e
cinquenta e seis páginas, não é leitura fácil. Não o estudei. Talvez por isso
não tenha percebido a razão, ou razões, do profundo ódio do autor pelos judeus.
Ele considerava a imprensa
alemã ‘judaica’:
“Quem não é atacado pela
imprensa não é alemão.”
Curioso (e me surpreendeu) ressaltar
que Hitler enxergava os judeus como perigosos marxistas.
Gozado!, não conheço nenhuma
sociedade de judeus, ou judia, de cariz marxista-leninista.
Gozado, sim, pois Stalin, lá
na União Soviética, na primeira metade do século XX (de 1922 a 1953), também
quis aniquilá-los. (Aliás, estima-se que entre vinte e sessenta milhões de
pessoas tenham morrido durante seus trinta anos de governo, muito mais do que
os estimados onze milhões aniquilados por Hitler. As fontes divergem quanto ao
número de mortos.)
Para concluir, tenho para mim
que, se ele, Adolf Hitler, não tivesse odiado e perseguido também os marxistas
e os comunistas, não deixando de ser considerado louco e criminoso, a sua
rejeição comparar-se-ia à de outros notórios criminosos comunistas, como o já
citado Stalin, Mao Tse-Tung, Pol Pot…
O primeiro volume tem como ‘Introdução’ sessenta e sete páginas do historiador britânico, Donald Cameron Watt, falecido em 30 de outubro de 2014. Para quê? Para alertar os leitores sobre a maldade de Adolf Hitler, etc… quase pedindo que os leitores não lessem o livro…
Eu acho do C…! Não deves ler Adolf Hitler! Mas tudo bem quanto a Marx, Engels, Mao Tsé-Tung e qualquer lindo carbonário!
Podes ler Pascal Boniface, um francês que apareceu no Roda Viva, sempre a colocar bolinhas de gude, modo de ver se os cavalos da civilização ocidental se estrepam…
Vale (muito) lembrar que este livro está proibido no... Estado do Rio de Janeiro!
Este volume termina com
o relato dos primeiros passos do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores
Alemães, em 24 de fevereiro de 1920, no salão de festas da cervejaria Hofbräu Haus, em Munique. O partido
adotou este nome em março de 1920, tornando-se conhecido como NSDAP,
abreviaturas do extenso original alemão.
“Quando, quatro horas depois,
uma multidão compacta começou lentamente a dirigir-se para as portas de saída,
soube então que os princípios de um movimento tinham passado para o povo alemão
e que nunca mais seriam esquecidos.
Tinha-se ateado o fogo de cuha
incandescência haveria de sair um dia a espada que devolveria a liberdade ao
Siegfried alemão e a vida à nação alemã.
E para lá do renascimento
iminente, eu sentia a deusa da implacável vingança que vinha exigir a reparação
do perjúrio do 9 de novembro de 1918.
Lentamente, a sala ficou
vazia.
O movimento seguia o seu
curso.”
Relacionados: