segunda-feira, 23 de maio de 2016

O que os artistas querem? Bolsa cultura?...

Valdemar Habitzreuter
Temer acertou ao propor criar um só ministério abrangendo o da educação e cultura, fundindo-os. Mas errou ao ceder à pressão do minguado grupo de artistas que requer a existência do ministério da cultura.

Antes de se pensar em cultura exige-se uma educação de qualidade. E o país é carente neste sentido.

O PT vangloria-se de ter ensejado o acesso à educação de crianças e jovens que se encontravam fora do esquema educacional; apregoa orgulhoso a criação de universidades; diz ter sido o governo que mais verbas direcionou para a educação, aumentando o salário dos professores universitários, propiciando estágios e intercâmbio de alunos no exterior; enfim, anuncia bem alto que 'nunca antes neste país' houve um movimento tão forte em prol da educação. Parece que muita gente acredita nisso.

Colocar alunos em massa em salas de aula sem ter escolas e espaço físico adequados; erigir mais prédios para implantar universidades; soltar verbas sem critério algum; tudo isso não representa que se esteja investindo em educação quando falta o mais importante: o ser humano qualificado, o professor independente - o único que pode determinar o rumo certo para uma educação de ponta. Digo independente no sentido de o professor não se submeter a ideologias políticas para favorecer regimes de governos suspeitos.

O governo petista, nestes anos todos, teve apenas uma ideia: fazer triunfar no ensino público seu ideologismo de esquerda com clara intenção de transformar a sociedade brasileira numa espécie de República privativa, descaracterizada do ideal democrático e dela locupletar-se.

O currículo escolar fundamental e secundário não correspondem à formação cultural adequada, além de eivado da ideologia gramsciana e de outras aberrações que são impostas aos professores ensinarem. O PT, a meu ver, foi um atraso para a educação do país.

Mas, os nossos 'artistas' aplaudem as manobras educacionais conduzidas pelo petismo, demonstrando um visível puxassaquismo para garantirem verbas com o intuito de produzir cultura. Está aí a exigência deles pela existência do ministério da cultura para que o mesmo seja abastecido do dinheiro do povo e estes pilantras poderem receber uma espécie de 'bolsa cultura', nos moldes da 'bolsa família', para se dedicar a algo que dizem ser cultura.

Na verdade, não estão interessados pela cultura do país, mas sim pelo seu próprio interesse, visando verbas não sei para que fins, se para fins culturais ou para seu próprio enriquecimento às custas do governo. Para eles, produzir peças de teatro e filmes é cultura. Pode até ser, mas o objetivo principal é ter o próprio bolso recheado do dinheiro público. Reivindicam, sim, 'bolsa cultura' para eles próprios e não para promover a cultura em nosso país.

Essa gangue deveria ser extraditada para Cuba e lá reivindicar um ministério da cultura para sentirem a mão pesada do comunismo a que tanto veneram.

Acredito que a maioria dos educadores não se enquadra nessa miopia intelectual desse minguado grupo de artistas que pressionaram o presidente interino a rever sua posição. Temer já começou a dar sinal de fraqueza voltando atrás na decisão de integrar o ministério da cultura no da educação. O que nós brasileiros precisamos é de uma boa educação escolar e automaticamente nossa cultura florescerá.

Investir em primeiro lugar na formação de bons professores, de bons educadores, que tenham destreza em educar (do latim e-ducere, conduzir para fora), isto é: despertar a riqueza interior do aluno e conduzi-la para fora, fazer com que o aluno descubra sua potencialidade intelectual e deixar que a desenvolva e forme livremente seu caráter de bom cidadão, isento de doutrinação tendenciosa. Cultuar sim a educação para no final termos o produto chamado cultura.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 23-5-2016

Quando cheguei ao Rio de Janeiro, em março de 1972, logo no primeiro dia, fiquei impressionado com prédio do antigo Ministério da Educação e Cultura, Edifício Gustavo Capanema, no centro da cidade.


Educação tem tudo a ver com Cultura. O “resto” é mais uma agressão ao bom senso. Muito inerente à esquerda que, repito, se move com e por rancores, jamais por valores.

Um comentário:

  1. E o ROMBO de quase DUZENTOS bilhões de Reais não merecerá grandes manifestações 'populares'??

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