segunda-feira, 16 de maio de 2016

O boneco falante

Trecho do artigo O golpe abortado (16.05), do Ricardo Noblat:

"Na manhã da última segunda-feira, depois de repetir que era vítima de um golpe e de excitar barulhentos militantes do PT reunidos para ouvi-la no Palácio do Planalto, a presidente Dilma disse que tinha um importante comunicado a fazer: Waldir Maranhão (PP-MA), presidente em exercício da Câmara dos Deputados, acabara de anular o resultado da votação que ali, em 17 de abril, aprovara o impeachment.

"Eu soube agora, da mesma forma que vocês souberam" comentou Dilma. "Apareceu nos celulares de todo mundo que o recurso foi aceito e o processo suspenso. Eu não tenho essa informação oficial. Estou falando porque eu não podia fingir não saber da  mesma coisa que vocês estão sabendo. Mas não é oficial. Não sei as consequências. Por favor, tenham cautela." ... DILMA MENTIU aos militantes do PT e aos que a escutaram país afora. Ela não soube pelo celular do que fizera Maranhão - soubera antes.

A informação que tinha era oficial, ao contrário do que afirmou. Ela estava farta de saber, sim, quais seriam suas consequências. E tudo por um motivo muito simples: a tentativa de golpe contra o impeachment era comandada por ela. (...) No Palácio do Alvorada, durante animada conversa regada a vinho chileno, Maranhão ouviu Dilma perguntar a Cardozo: "E Renan? Ele sabe?" Cardozo respondeu que sim. De Renan, como presidente do Senado, dependeria o êxito do golpe. Se ele referendasse o ato de Maranhão, ou se pelo menos o acolhesse para futura decisão a respeito, o impeachment empacaria." 
(...
Título e 'legenda' da imagem: Alberto José, 16-5-2016

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