Almir Papalardo
Para felicidade da maioria do
povo brasileiro a presidente Dilma foi afastada do governo por um período que
poderá durar até 180 dias, quando será concluído definitivamente o seu
impeachment. Poderá ser afastada por um período de oito anos, ou retornar cheia
de pompas à governança!
Vossa excelência assumiu a
presidência por este período, um governo de transição, com possibilidades de
estender-se até o ano de 2018. Esta última hipótese, entretanto, dependerá
exclusivamente da sua performance à frente da nação, num curto espaço de tempo
com a obrigação de recuperar rápida e seguramente o nosso equilíbrio
financeiro, levantar a moral da política brasileira e combater eficazmente a
corrupção infestada em todos os nossos pilares de sustentação. Enfim, recuperar
a confiança perdida do indignado e sofrido povo brasileiro.
Evidencia-se ser uma tarefa
muito difícil, gigantesca, ante um curto período de apenas seis meses para
recuperar o equilíbrio financeiro de um país semi-destruído, onde vossa
excelência não poderá cometer falhas, porque, na última votação do impeachment,
foi alcançado o total de 55 votos favoráveis, apenas um voto a mais do
necessário para confirmar o impedimento final da presidente. No entanto é
fundamental que nenhum senador destes 55 que votaram a favor, mude de opinião,
para não correr o risco de comprometer o resultado final da votação anterior. E
não se esquecer que os parlamentares aliados de Dilma, que irados não se
conformam com a derrota da sua tutora, tudo farão para dificultar e embaraçar o
êxito da sua árdua missão de recuperação.
Para agilizar este arriscado
resultado, a sua equipe muito bem escolhida, cogita ressuscitar a CPMF, como
sabemos, um imposto repudiado pela população e de muitas dificuldades para ser
aprovado no Congresso. Se for inevitável a sua implementação, permita-me propor
uma sugestão: Que o projeto seja apresentado com um curto período de duração,
contendo a data de vigência e principalmente determinando a data para a sua
finalização. Esta data de finalização será até mais importante que a data de
vigência. A sociedade saberá assim com antecedência o prazo que terá de
suportar este novo sacrifício que afetará o seu bolso! Deverá, como é óbvio,
ser o mais curto possível para a sua incerta aceitação.
Peço vênia para apresentar uma
nova e despretensiosa sugestão, uma verdadeira bomba que estouraria de modo
surpreendente no seio da população, dando-lhe a notoriedade necessária para
ajudá-lo no cumprimento da difícil missão assumida:
Dado ao preconceito e a
discriminação imposta aos velhinhos aposentados que estão tendo a sua
aposentadoria destruída, quando quem se aposentou com valores superiores ao
salário mínimo está sendo impiedosamente massacrado, se aproximando
implacavelmente com os covardes cortes anuais nos seus proventos, para receber
somente o piso pago pela Previdência. Isto já vem acontecendo há dezoito anos
consecutivos, sem perspectivas de encerramento, porque quando passa pela
aprovação do Congresso a finalização desta aberração, os governos petistas
fazendo uso de uma caneta assassina, veta todos os projetos que possam
alforriar os penalizados, injustiçados e oprimidos aposentados.
Portanto, sem ninguém
esperando que os aposentados sejam lembrados, onde existe o conformismo de que
os segurados do INSS serão sempre descartados pelo governo, porque não têm
qualquer representatividade política, não têm como se defenderem, esta atitude
de justiça causaria um impacto positivo, extraordinário, inovador, a favor do
novo e sensato presidente! Seria enfim uma sensatez para os aposentados que só
recebem chineladas!
Existem mofando nas gavetas da
Câmara o Pl 01/07 (percentual único de reajuste para todos os aposentados), e o
Pl 4434/08 (recuperação das perdas), que poderiam ser liberados, pelo menos um,
para entrar nas pautas de votação. Outra opção positiva para captar o apoio de
todos os trabalhadores, é que poderia ser dado em caráter excepcional, um
pequeno percentual de reajuste para estes aposentados que já sofreram uma
enorme degradação em suas aposentadorias que a reduz abaixo da metade do valor
que deveriam estar hoje recebendo.
Seria uma forma de minimizar a
tremenda degradação imposta arbitrariamente nos proventos destes prejudicados
cidadãos, que deram durante a vida ativa no mercado, toda a dedicação e
empenho, muito contribuindo para a soberania do país. Não se compreende como
podem ser jogados na lixeira!
O resultado positivo destas
iniciativas superaria a necessidade premente de diminuir os gastos nas contas
governamentais, porque seria abençoado por iniciativas tão justas e
necessárias, o que tem sido empurrado com a barriga, pela acomodação,
incompetência, covardia e falta de arrojo dos últimos presidentes, que
desprezaram os velhos aposentados por não receberem mais os cobiçados descontos
mensais, sendo ainda obrigado, a contra-gosto, a sustentá-los.
>> Michel
Temer surpreenderia o Brasil e o mundo... <<
Título e Texto: Almir Papalardo, 15-5-2016
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