terça-feira, 15 de outubro de 2024

Inspirado em Las Vegas e Paris, Cine Roxy reabrirá nesta sexta; ingresso mais barato custará R$ 580

Para a reabertura, foram investidos mais de 65 milhões de reais

Victor Serra

Está quase tudo pronto! Com 86 anos recém-completados em setembro, o Cine Roxy, inaugurado em 1938, está prestes a dar o fôlego que Copacabana precisava. O estabelecimento, muito querido pelos moradores, é um medalhão do bairro.

 Está em processo de revitalização desde 2022 e promete reintroduzir o charme e a energia das casas de show na “princesinha do mar”. A partir desta sexta-feira (18/10), o espaço reabrirá sob nova administração, e com nome adaptado – agora como Roxy Dinner Show – dando início a um calendário repleto de atrações.

O Roxy, que permaneceu fechado desde a pandemia, já foi o maior cinema do Brasil e um dos últimos cinemas de rua do bairro. Em 2021, o imóvel foi colocado à venda por 30 milhões de reais. Reconhecido pela Prefeitura do Rio como um “marco referencial na cultura cinematográfica da cidade”, o grupo Severiano Ribeiro alugou o espaço para o empresário Alexandre Accioly, um dos principais nomes da indústria do entretenimento carioca, conhecido por sua atuação no QualistageNoites Cariocas, na rede de academias Bodytech, e como sócio-investidor em diversos restaurantes. Para a reabertura, foram investidos mais de 65 milhões de reais.

A nova concepção do cinema transforma o local em um espaço de “dinner show”, onde o público poderá desfrutar de um jantar antes de assistir a um espetáculo. A configuração será capaz de acomodar até 700 pessoas, sendo 580 na plateia, organizadas em 70 mesas com poltronas, e 120 no mezanino, que também poderá ser utilizado para eventos corporativos. A estrutura do prédio foi completamente reforçada para suportar as toneladas de equipamentos necessários para a nova casa de espetáculo.

[Aparecido rasga o verbo] Ecos de um silêncio que não dava trégua

Aparecido Raimundo de Souza

TATIANA SEMPRE amou a música. De paixão. Era a sua vida, o seu objetivo, o seu agora, e, igualmente, o seu porvindouro. Desde pequena, ainda na faixa dos cinco para seis anos, as notas de um piano ou a melodia suave de um órgão nas missas dominicais do padre Daniel a encantavam e acalmavam o seu espírito inquieto, notadamente quando se deparava com as partituras (ainda que de uma simples melopeia.) Sua paixão avassaladora pelos hinos, e pelas canções românticas se fazia como um trilho paralelo. Uma disposição anímica, um escape no meio do cotidiano efervescente, e uma forma direta de comunicação, tipo assim, como algo soberbo que se estendia além, muito aquém das palavras. No entanto, com o passar dos anos, algo que deveria ser uma fonte de alegria e esperança, se tornou um tremendo campo de batalha emocional, como uma arena imensa onde a frustração e o ressentimento se assarapantaram juntamente com as obras que costumava executar.

O pai de Tatiana, o Chico Marreta, sempre foi um homem de grandes expectativas. Para ele não havia limites. Com o sucesso profissional açambarcado pela sua eterna criança, ele transferiu as suas edacidades todas para ela, esperando que a jovem musicista fosse uma ensancha sofreguida de seus próprios devaneios e conquistas. Em razão disso, uma tara esfaimada e gulosa, quase as raias do pantagruélico em ver a Tatiana nos píncaros das estrelas, se consubstanciava numa única essência, como um reflexo do desejo de brilhar e superar a si próprio, ou qualquer coisa que ele mesmo trazia escondido a sete chaves dentro de si. Contudo, na busca galopante por realizações pessoais, ele se descuidou, ou seja, deixou de lado algo que deveria ser primordial: o respeito, a consideração, a deferência e a cortesia pela vontade e pelos sentimentos de sua única descendente. Tatiana, no início, tentou corresponder às expectativas do pai.

De todas as maneiras possíveis e imagináveis. Ela se dedicou, de corpo e alma e com profundo afinco, ao treinando incansável, buscando em cada aula, em cada audição, a aprovação que sabia ser a chave para o coração de Chico Marreta. Mas o que começou como uma busca por amor e aceitação, logo se transformou em um peso traiçoeiro e esmagador. As sinfonias, que antes representavam seu refúgio, a sua vida, seus sonhos e aspirações, passaram a ser uma fonte constante de pressão e dor à farta. Por assim, cada concerto, cada ensaio, cada encontro, se tornava uma espécie catastrófica de obrigação e não mais uma alegria inebriante. O ponto de ruptura culminou. Aconteceu exatamente durante um recital importante no Teatro Municipal no Rio de Janeiro. Chico Marreta, como de costume, se fazia pomposo na plateia lotada, observando atentamente e com os olhos arregalados, não de um pai carinhoso e dócil, de um crítico intransigente.

Vereador reeleito de Magé é baleado pela própria mulher

Leonardo Freitas Bittencourt, 45 anos, usou as redes sociais para dizer que foi um 'acidente'

O Dia

O vereador reeleito de Magé, na Baixada Fluminense, Leonardo Freitas Bittencourt, de 45 anos, foi baleado acidentalmente por sua mulher, Raquel Rocha, no domingo (13). Ele foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Fragoso. Segundo a assessoria da unidade de saúde, às 22h25, ele deixou o local sem autorização médica.

Em uma nota publicada em suas redes sociais, o vereador relatou o ocorrido como um terrível acidente. Ele agradeceu o apoio da população e pediu orações pela família: "Foi um terrível acidente. Não acusem sem conhecer os fatos e peço que respeitem a privacidade da minha família. Estamos todos bem, mas abalados psicologicamente pelo que aconteceu. E, para deixar claro: foi um acidente".

Segundo o comando do 34º BPM (Magé), os policiais foram acionados para atender um homem ferido por disparo de arma de fogo. No local, Leonardo informou aos militares que sua esposa foi autora do disparo e indicou o local que ela estava. 

Treinador entrega cargo após jogadores desrespeitarem ordem de pênalti

Leandro Romagnoli se demitiu do San Lorenzo, da Argentina

O Dia

O técnico Leandro Romagnoli [foto] se demitiu do San Lorenzo, da Argentina, nesta segunda-feira (14). O treinador decidiu entregar o cargo após os jogadores desrespeitarem a ordem de pênaltis da equipe. No empate com o Godoy Cruz, no sábado (12), pelo Campeonato Argentino, Francisco Fydriszewski desperdiçou uma cobrança nos últimos minutos. 

"Estou muito irritado. Tivemos um pênalti no fim e não marcamos. Poderíamos ter ficado com os três pontos que precisávamos muito. E saímos daqui com um, com sabor amargo. Joguei 20 anos e deixei um jogador designado. Era o Iker Muniain. Mas no campo decidiram que era ele (Fydriszewski) que cobraria. Se soubesse que ele cobraria, diria para não fazer isso", disse o treinador.

O San Lorenzo figura entre os últimos colocados do Campeonato Argentino. Em 24º lugar, a tradicional equipe argentina teve a chance de vencer o Godoy Cruz, fora de casa, mas o pênalti desperdiçado por Francisco Fydriszewski custou a vitória. Iker Munian, que estava em campo, deveria ser o responsável pela cobrança. Romagnoli ficou enfurecido com a situação.

Leandro Romagnoli é ex-jogador de futebol e fez história com a camisa do San Lorenzo. Ele disputou 377 jogos pelo clube e marcou seu nome com a conquista de três títulos continentais: Libertadores, Copa Sul-Americana e Copa Mercosul.

Título e Texto: Redação, O Dia, 14-10-2024, 12h21 

14-10-2024: Oeste sem filtro – Pacheco entra em campo para blindar o STF + “Vai roubar a santa!”

[Livros & Leituras] Rússia Versus Ucrânia – Nacionalismo Versus Globalismo – Factos Versus Propaganda

M. Jorge C. Castela, Edição do Autor, abril 2024, 1 292 páginas. 

Esta obra é o resultado de uma reflexão que o autor encetou, depois de mais de dois anos de investigação e pesquisas, visando encontrar respostas para algumas questões que se foram colocando no panorama geopolítico e geoestratégico, após os acontecimentos desencadeados a 24 de fevereiro de 2022, na sequência de um conflito que se ia avolumando desde o Golpe de Estado “(Euro-)Maidan”, em 2014. A saber:

1. Se a Federação Russa, como é cada vez mais provável, alcançar os seus objetivos no conflito que a opõe ao regime de Kiev, será que a NATO, os EUA e a "união europeia" vão manter os convites (e compromissos) de “adesão da Ucrânia”? E como vão reagir os seus cidadãos, eleitores-contribuintes – confrontados com a hipocrisia dos seus governos, nos “milagres”, medidos em milhares de milhões de euros e dólares, prestados e enterrados na Ucrânia –, nos sufrágios decisivos que vão ter lugar em 2024?

2. Optará a NATO, e o Politburo de Bruxelas, por enviar "boots on the ground", para “derrotar a Rússia”?

3. Será que a narrativa ocidental sobre a guerra na Ucrânia tem algum fundamento? Se assim fosse, quiçá, então, as “políticas ocidentais” poderiam fazer sentido, mesmo que implicassem algum risco de conflito nuclear? Porém, e se esta ficcionada narrativa estiver errada?

4. Se assim for, o “ocidente” estará a basear as suas próprias “decisões existenciais” em premissas falsas? Ou, um compromisso negociado sem qualquer substrato, que poupasse as vidas de combatentes e de civis e, ao mesmo tempo, reduzisse um risco nuclear, representaria um apaziguamento? Seria uma necessidade prática, até mesmo uma obrigação moral? De quem?

Estas perguntas são bem atuais e exigem uma profunda reflexão por parte do leitor.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

O jornalismo a que temos direito

João Távora


Não me espantou muito, ontem no noticiário das 13h da rádio Observador, ouvir uma curta reportagem de uma manifestação em Madrid pelo direito à habitação, que incluía um testemunho de uma Mortágua lá do sítio, apresentando soluções simples para aquele problema complexo, à boa maneira de um qualquer partido populista ou revolucionário “contra os interesses dos bancos, das grandes empresas e dos rentistas”.

Fadados a suportar por cá as nossas mortáguas e similares, como se isso não bastasse, a Rádio Observador presenteia os ouvintes com uma entrevista a uma “ativista” espanhola pela habitação em direto da Gran Via…

Não fiquei surpreso, mas tive pena, tenho muita pena que o Observador, que assino desde a primeira hora por causa da seção de "Opinião" e de alguns seus principais diretores, que prometia ser diferente, mostre tanta dificuldade a distinguir-se do restante jornalismo, sempre inclinado à esquerda, caixa de ressonância do “pensamento obrigatório” progressista.

Pela minha parte, estou certo de que por este país fora e àquela hora haveria bastantes acontecimentos de interesse público para noticiar, quem sabe até com um “direto”.

O parágrafo

Henrique Pereira dos Santos

A propósito do fim da comissão de serviço de Lucília Gago, por estes dias, não foi um nem dois jornalistas que, procurando resumir o seu desempenho à frente do Ministério Público, falaram no parágrafo que provocou a queda do governo de António Costa.

O que provocou a queda do governo de António Costa foi António Costa, não foi nenhum parágrafo escrito por terceiros.

Se dúvidas houvesse na altura, bastaria o percurso posterior de António Costa para demonstrar o que já então me parecia evidente: António Costa tinha perfeita consciência do grau de degradação institucional que o rodeava e estava apenas à procura de um pretexto, qualquer que fosse, para justificar a forma como tencionava tratar da sua vidinha.

Como sempre, António Costa procurava não fechar umas portas para abrir outras, o que ele estava a fazer, como sempre fez, foi ir abrindo portas, sem nunca deixar muitas outras abertas porque o futuro é uma coisa muito incerta.

Até havia vários precedentes na sua carreira, por exemplo, a forma como abandonou o governo de Sócrates, sabendo que a probabilidade de dar asneira era muito grande, que o esteve estar nesse governo apenas o tempo necessário para escolher a melhor forma para se distanciar, sem nunca demonstrar que essa era uma preocupação central para ele (o discurso de defesa de Sócrates no último congresso do PS que elegeu Sócrates, com uma votação norte-coreana, já depois de chamada a troica, é notável como demonstração do cinismo que caracteriza António Costa, que sempre esteve fartinho de saber quem era Sócrates e como funcionava).

A carreira de António Costa, na forma como ocorreu, só é possível num ambiente mediático como o que existe em Portugal, com todas as redações dos jornais dominadas pela esquerda woke, enfronhadas na intriguice que assenta nas fontes anónimas e na leitura de "entrelinhas" feitas por jornalistas que não sabem que cada leitor escolhe as entrelinhas que quiser, não havendo utilidade nenhuma em qualquer jornalista se entreter a explicar ao povo ignaro quais são as entrelinhas de qualquer discurso.

Korybko To The Media Line: Russia Has Pragmatic Reasons For Partnering With The Taliban


Andrew Korybko

Here’s the full interview that I gave to The Media Line’s Arshad Mehmood, excerpts of which were included in his report about how “Moscow’s Move To Delist Taliban Faces Skepticism Over IS-KP Threats”

1. Can this significant move by Russia genuinely bring stability to the region?

Russia’s promised delisting of the Taliban as a terrorist organization is unable to bring stability to the region on its own, but it can help improve the overall situation in Afghanistan with time. Russia can now expand military and intelligence cooperation with the Taliban, including the possible provisioning of small arms, and reach investment deals in the energy and mining sectors. The last two can provide more jobs and budgetary revenue, the latter of which could ideally be reinvested into helping average people.

2. Is this part of a larger strategy to form a new bloc as a counterbalance to the United States?

Russia doesn’t believe that bloc politics are relevant anymore. While it’s true that the global systemic transition can be oversimplified into the competition between those countries that want to retain the US-led Western unipolar system and those who want to accelerate multipolar processes, there’s too much diversity within the second group to characterize them as a bloc.

What Russia wants in Afghanistan is for the Taliban to eradicate terrorism, keep foreign military bases out of the country, open up investment opportunities in its energy and mining sectors, become a market for certain Russian exports, and facilitate trade with South Asia via a new logistics corridor. These are legitimate interests that don’t infringe on anyone else’s legitimate ones, including the US’.

3. Is stability in the region and effective action against terrorist organizations, including Daesh, feasible without Pakistan's involvement?

Daesh/ISIS-K is still a formidable threat, but the most destabilizing regional force in recent years has proven to be the Tehreek-i-Taliban Pakistan (TTP), also known as the “Pakistani Taliban”. They’re designated as terrorists by Pakistan, have reportedly allied with similarly designated Baloch groups, and have been responsible for an upsurge in terrorism since 2021 and especially over the past year. Islamabad accuses the Afghan Taliban (“Taliban”) of patronizing the TTP though they’ve denied it.

Ou o Brasil acaba com o crime ou o crime acaba com o Brasil

[Sétima Arte] O retorno do rei


The Lord of the Rings: The Return of the King (Brasil: O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei / Portugal: O Senhor dos Anéis: O Regresso do Rei) é um aclamado filme baseado nos livros da série O Senhor dos Anéis, escrito por J. R. R. Tolkien. Conclui a trilogia junto com os filmes The Fellowship of the Ring (2001) e The Two Towers (2002).

Uma das maiores bilheteiras da história, foi vencedor de 11 Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor (Peter Jackson) e Melhor Roteiro Adaptado.

No IMDb: 9!


Devo ter algum tipo de transtorno tripolar cogitabundo… tirando os monstros e mostrengos e excluindo o insuportável Frodo, eu julgaria um bom filme.

Como o desejo acima é inatingível… 

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Le Président 
As duas torres 
'Gladiador II' chega ao Brasil em 14 de novembro 
Uma linda mulher

domingo, 13 de outubro de 2024

Terceira semana de outubro no Rio será de pouco calor e tempo instável

Desta segunda (14/10) até o próximo domingo (20/10), cidade deve ter dois dias de chuva e bastante nebulosidade


Raphael Fernandes

A terceira semana de outubro no Rio de Janeiro será de pouco calor e tempo instável. De acordo com o site especializado, Climatempo”, nesta segunda-feira (14/10), a capital fluminense terá pancadas de chuva de manhã e muitas nuvens à tarde. Os termômetros devem marcar entre 19 e 28 graus.

Já de terça (15/10) a sexta (18/10), a tendência é que o sol apareça na cidade em meio a bastante nebulosidade, mas sem tanta possibilidade de chuvas. As temperaturas devem variar de 17ºC a 32ºC.

Por fim, no fim de semana, o sábado (19/10) será frio e chuvoso, com previsão de garoa durante o dia inteiro. Já no domingo (20/10), o Rio volta a ter um tempo mais aberto, mas sem calor. Nesses dois dias, os termômetros marcarão entre 22 e 27 graus.

Título e Texto: Raphael Fernandes, Diário do Rio, 13-10-2024

Burger King do ParkShopping, em Campo Grande, pega fogo e assusta frequentadores

Incidente ocorreu na noite do último sábado (12/10), Dia das Crianças; não houve feridos

Raphael Fernandes

Na noite do último sábado (12/10), o restaurante especializado em fast-food Burger King situado no ParkShoppingCampoGrande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, pegou fogo, causando momentos de pânico no local.

Pessoas em frente ao Burger King do ParkShoppingCampoGrande após incêndio. Foto: Reprodução/Internet

O Corpo de Bombeiros informou que militares do quartel de Campo Grande foram acionados às 22h50 para a ocorrência e, por volta das 23h45, o incêndio já havia sido controlado. Vale ressaltar que não houve feridos.

Por ser Dia das Crianças e feriado de Nossa Senhora Aparecida, o shopping estava lotado. Nas redes sociais, um vídeo mostra pessoas assustadas deixando a praça de alimentação. Em outro, é possível ver as chamas no teto da loja, do lado de fora.

Assista:

Mansão de Marcio Garcia à venda no Rio por R$ 250 milhões: ela vale menos que 1/3 do valor pedido

Casa de 6 mil metros quadrados no Joá tem sete suítes, 18 banheiros, cinema que se transforma em boate e acesso a praia privativa

Quintino Gomes Freire

Marcio Garcia, ator e apresentador, decidiu colocar à venda sua luxuosa mansão no Rio de Janeiro, localizada no exclusivo bairro do Joá, na zona oeste da cidade. A propriedade está sendo oferecida no mercado por impressionantes US$ 50 milhões, cerca de R$ 250 milhões.

Com mais de 6 mil metros quadrados, a residência conta com sete suítes, 18 banheiros, três cozinhas, um escritório para até 20 pessoas, além de uma vista deslumbrante para o mar e para a icônica Pedra da Gávea.

O imóvel oferece uma série de amenidades de luxo, como uma praia privativa, espaço para heliponto, piscina semiolímpica, jacuzzi e até uma área destinada ao minigolfe. Um dos destaques é o “núcleo” de entretenimento da casa, que inclui um cinema transformável em boate, equipado com isolamento acústico e capacidade para 100 pessoas.

A mansão está sendo oferecida para venda pela Piquet Realty, uma imobiliária especializada no mercado dos Estados Unidos, que decidiu abrir uma exceção para comercializar o que o presidente da empresa, Cristiano Piquet, descreveu como “a melhor casa do Rio”.

Recentemente, a imobiliária Sergio Castro Ouro conseguiu vender a casa da família Amaral – antigos donos do Supermercado Disco – no Leblon, por 220 milhões. Porém a casa foi vendida como terreno para construção para a incorporadora Mozak. Será dividida em cerca de 10 lotes – seu terreno tem mais de 10.000m2 no bairro mais valorizado do país – onde serão feitas diversas casas com um volume de vendas de aproximadamente 500 milhões. “Uma casa antiga na região do Jardim Pernambuco não sai por menos que 20 milhões. E uma nova em terreno modesto não sai por menos de 30”, explica o corretor Paulo Cézar Ximenes, diretor da empresa.

A lição das urnas

Arte: Kiko

Os resultados eleitorais no Rio e em São Paulo mostram que a sociedade precisa ser levada a sério pelos políticos — que a tratam como fosse apenas massa de manobra

Nuno Vasconcellos

Agora que a eleição passou e os votos foram computados em todos os municípios do país, é hora de parar e refletir sobre as lições que podem ser tiradas do processo eleitoral que terminou na semana passada. Quer dizer... refletir sobre os pontos que mais chamaram atenção no processo que já está concluído para os eleitores na maioria dos municípios do país, inclusive o do Rio de Janeiro. Por aqui, nenhuma surpresa. As previsões se cumpriram e Eduardo Paes foi reeleito para mais quatro anos à frente da prefeitura.

Acontece, porém, que, felizmente, o Rio não é uma ilha. Da mesma forma que fatos acontecidos em outras cidades podem trazer ensinamentos preciosos para os cariocas, as experiências do nosso município podem, perfeitamente, reverberar pelo país afora e gerar lições capazes de esclarecer algumas situações aparentemente absurdas vividas por outros leitores. Assim, a primeira lição do Rio para o Brasil é a seguinte: não é obrigatório, como parece ser diante do que os analistas de plantão insistem em dizer, se identificar com a esquerda mais furiosa nem com a direita mais radical para conquistar a preferência do eleitorado.

Bem avaliado pelos eleitores, Paes é a encarnação do político de centro. É hábil em buscar o entendimento pelo diálogo e evita ofender os adversários para conquistar a preferência do eleitor. Cumpre os acordos que celebra e sempre se mostrou avesso a radicalismos. Sem apelar para polêmicas desnecessárias, atravessou a campanha inteira na liderança das pesquisas eleitorais. No final, foi eleito em primeiro turno, feito que não se explica por ações espetaculares de campanha e muito menos pelo apoio que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um apoio que, comparado ao que foi dado a outros candidatos pelo Brasil afora, foi para lá de discreto.

A vitória de Paes, que no final das contas pareceu extremamente fácil, se explica sobretudo por seu trabalho à frente de uma administração que tem resultados a apresentar, a despeito dos problemas que o município continua tendo e que jamais se resolverão em apenas um ou dois mandatos. E esses resultados, pelo que demonstram o placar final da eleição, pareceram sólidos o bastante para inspirar o carioca a não arriscar seu voto em candidatos que ainda não foram testados à frente de tarefas desafiadoras — como é a de comandar um município complexo como o Rio.

[As danações de Carina] Os sonhos não morrem jamais

Carina Bratt

Ofereço o presente texto para todas as crianças. Nessa passagem do dia 12. Elas, no amanhã serão os jardins floridos de um Novo Mundo que surgirá repleto de sonhos.

DESDE PEQUENA –, vivo sonhando. ‘Pousam nos meus sonhos as borboletas (*). Virou rotina nas minhas noites, vaguear por lugares deslumbrantes. Nessas fantasias noturnas, cada ‘passeio-viagem’ me leva para o centro de cidades barulhentas, onde prédios altos parecem furar as nuvens e tocar os calcanhares do infinito. Falando em prédios altos, ano passado fiquei por cinco dias nos Emirados Árabes e tive a grata satisfação de subir no Burj Califa. Na época, o arranha céu mais alto do planeta. Sempre em meus sonhos, ele ‘aparece’ me trazendo visões as mais variadas e empolgantes, de quando estive fotografando a cidade lá do andar 160.

A última vez em que ele me ‘apareceu’ –, euzinha estava no topo –, ou mais precisamente grudada na torre. Lembro de um lugar envolto por uma névoa densa, onde o tempo parecia não passar. À minha frente, só nuvens. Para onde olhasse, nada via. De repente, tudo se fez escuridão. Nessa hora, uma menina, de uns quinze anos, com cabelos longos e olhos que brilhavam como estrelas. Ela estava sentada confortavelmente e flutuava numa espécie de tapete. Atrás dela, servindo de recosto, um travesseiro em forma de um jarro de flores com rosas vermelhas. Ao me ver ali, em pé, olhando para o nada, ela, com um sorriso lindo dos olhos vivazes, indagou:
— Por que você está triste?

Sua voz chegou até mim suave e envolvente. Eu não sabia o que responder. A imagem dela, tão serena, batia de frente com a realidade que eu conhecia.
— Eu não estou triste –, menti.
Contudo, a verdade se escondia turvando as minhas palavras. Ela sorriu de novo, e dessa vez o seu gesto iluminou a escuridão ao nosso redor.
— Às vezes, as pessoas têm medo do que não entendem. Eu não sou um mistério –, somente uma amiga.
Suas palavras reverberavam como um eco familiar, despertando, dentro de meu ‘eu’ uma sensação de conforto.

Conversei com ela sobre os sonhos e desejos que deixamos para trás e as memórias que a partir de coisas desfeitas ou não realizadas, nos assombram. Falamos também sobre a vida e a morte, como se as barreiras entre nós não existissem. Calma lá! Ela estava viva ou morta? Me belisquei por duas vezes. Doeu. Ela estava morta. Seu nome, Angélica. Ela me contou sobre os lugares que nunca visitou, as risadas que não pôde compartilhar. Eu a ouvia, encantada, sentindo que havia algo sagrado naquele diálogo.
— Você pode me visitar sempre que quiser –, disse ela –, a certa altura (altura?!) como se a sua existência dependesse disso. E eu acreditei!

Onde é? Qual o nome? 😉

[Antigamente] Fichas



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Nerso da Capitinga 
Praia de Copacabana, 1974 
Paris, 1957 

sábado, 12 de outubro de 2024

O auricular e a carteira

Henrique Pereira dos Santos

Púrpuro acaso, ontem passei algum tempo no carro e, por isso, tive oportunidade de ouvir, ao vivo e em direto, a quantidade de idiotices que jornalistas perguntaram a Luís Montenegro sobre auriculares e afins. 

A situação não nasceu do vácuo, resulta de umas declarações tontas de Luís Montenegro que os senhores jornalistas consideraram ofensivas, razão pela qual se sentem na obrigação de sinalizar a sua virtude fazendo perguntas ainda mais tontas que as declarações iniciais, a que ninguém liga nenhuma a não ser os jornalistas, claro. 

Em paralelo, um senhor cuja carreira jornalística se resume a ser jornalista de bola (e de "A Bola"), que ninguém conhece a não ser os jornalistas (afinal foram eles que o elegeram presidente do seu sindicato), veio dizer que nós, os vulgares espectadores de televisão, fomos completamente enganados porque pensávamos que estava a ser feita uma entrevista a Montenegro por uma jornalista, quando na verdade era uma entrevista feita por Maria João Avillez, que usurpou funções, enganando toda a gente.

Presidente do Sindicato de Jornalistas, Luís Simões, foto: Miguel A. Lopes/Lusa

Para evitar problemas gravíssimos destes, em que as pessoas são enganadas por não jornalistas que fazem perguntas, o senhor em causa vai tratar do caso com o mais absoluto rigor, porque os espectadores não podem ficar à mercê de pessoas como Maria João Avillez que têm a ousadia de fazer perguntas sem terem carteira de jornalista, em vez de terem, por exemplo, um jornalista de bola, como o senhor presidente do sindicato, a entrevistar Luís Montenegro.

Foto: Nuno Fox/Lusa

 Que o senhor seja um jornalista de bola que não tenha um décimo da experiência de jornalismo político de Maria João Avillez é evidentemente irrelevante, face ao magno problema da carteira que, esse sim, deveria ser o primeiro problema a resolver, impedindo que pessoas que não são jornalistas, no sentido de que não têm carteira, façam perguntas a quem lhes dê na gana, enganando o público em geral que, coitado, não tem capacidade para entender a importância da carteira e, por isso, deve ser defendido de usurpadores. 

Mulher atropelou e matou ladrão após assalto em SP

Ela acelerou o carro contra o ladrão após ser ameaçada com arma na zona sul


Uma motorista reagiu a um assalto na zona sul de São Paulo ao acelerar seu carro contra um criminoso. O ladrão morreu.

O incidente ocorreu quando ela deixava uma amiga em casa. Durante o assalto, o ladrão apontou uma arma para a mulher mesmo após ela entregar seus pertences. Em pânico, ela acelerou e atingiu o motociclista que estava com o ladrão.

O motociclista foi identificado como Gabriel Fernandes, de 20 anos. Após ser atingido pelo carro da motorista e arrastado pela rua até colidir com um portão de uma residência próxima, ele morreu no local.

A estrutura da casa ficou danificada devido ao impacto do veículo.

Obra da Iguá causa desastre ecológico no Bosque da Barra: lago seca e fauna luta pela sobrevivência

Obra da Iguá provoca desastre ecológico no Bosque da Barra, causando a seca do lago e impactando gravemente a fauna local. Prefeitura do Rio suspende ampliação da estação de esgoto

Quintino Gomes Freire

lago do Bosque da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, encontra-se praticamente seco, ameaçando o delicado ecossistema da área. O desastre está relacionado à obra de ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto da Barra, conduzida pela concessionária Iguá. Após denúncias e constatações de danos ambientais, a Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu paralisar imediatamente as obras, em uma tentativa de preservar o ecossistema local.

A situação no Bosque da Barra é crítica. O lago, antes vibrante, agora se resume a lama e umidade residual. Garças e outros animais lutam para sobreviver, enquanto jacarés se arrastam pela lama em busca de um habitat que está desaparecendo rapidamente. O biólogo Luiz Roberto Zamith, pesquisador da UFF e membro do conselho consultivo do Bosque, alerta para os riscos que esse incidente representa para a flora e fauna da área, incluindo espécies ameaçadas de extinção.

Intervenção e impacto ambiental

As obras da Iguá tinham o objetivo de aumentar em 50% a capacidade da estação de tratamento de esgoto, mas uma vistoria da Secretaria Municipal do Ambiente e Clima, realizada em julho, detectou que o rebaixamento do lençol freático, necessário para a obra, estava contribuindo para o ressecamento do lago. Mesmo após adequações, os efeitos ambientais persistem, gerando questionamentos sobre a eficácia das medidas adotadas pela concessionária.

Comentarista elege torcida do Vasco como diferenciada do Brasil

Em programa da ESPN, Osvaldo Pascoal elogia a torcida do Vasco da Gama e afirma que ela complementa o time

Aniele Lacerda

Ter uma torcida que faça a diferença nas arquibancadas, muitas vezes, figura como arma importante para os clubes de futebol. Ao analisar este cenário, o jornalista Osvaldo Pascoal [foto] bancou o Vasco como detentor de torcedores diferenciados no Brasil, classificando que a força vinda do extracampo surpreende.

No programa “ESPN FC” desta quinta-feira (10), o comentarista analisava o processo de reconstrução que o Gigante da Colina tem passado, após a saída da 777 Partners no comando da SAF, e aproveitou para enaltecer a força da torcida cruzmaltina.

“O Vasco encontrou uma certa regularidade. O Coutinho está lá, Payet, tem um baita goleiro, tem o Vegetti, que faz gol toda hora. E o Vasco tem um diferencial de quase todas as outras equipes do futebol brasileiro. O que faltar, a torcida completa. Se o time não está bem, a torcida complementa”, iniciou Pascoal.

“A torcida do Vasco é uma das coisas mais fantásticas do futebol brasileiro. É espetacular, faz diferença, acredita, não desiste, os caras estão empurrando o time, e isso é um alento. Eu espero que apareça logo esse novo parceiro no Vasco”, acrescentou o comentarista.

STF-Supremo Tribunal Federal mente

11-10-2024: Oeste sem filtro – Lira indica a aliados que deve frear pacote anti-STF + Lula confirma a compra de novos aviões

Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Silvio Navarro, Adalberto Piotto e Alexandre Garcia estão reunidos em Oeste Sem Filtro, apresentado por Vitor Brown. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 17h45 às 19h45. 

Vote no prêmio iBEST, +Admirados de Economia, Negócios e Finanças 2024 


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Lanchonete Woke 
9-10-2024: Oeste sem filtro – Governo Lula assume que não faz negócios com judeus + Moraes admite que eleições pesaram na decisão do X + Geraldo Alckmin 

[Versos de través] Queima das Fitas, Coimbra, 1967: “A rosa”

Desfolhaste uma rosa 
naquela tarde
e o seu perfume ainda hoje dura…

Tal na lonjura
a toada de um sino repercute…

Ninguém que a escute?
Que importa!

O vento bate à minha porta
e traz-me folhas de uma rosa morta.


Saul Dias, Faculdade de Direito

Anteriores: 
Queima das Fitas, Coimbra, 1967: “Deserto” 
Queima das Fitas, Coimbra, 1967: “Poema” 
Queima das Fitas, Coimbra, 1967: “A uma criança só” 
Queima das Fitas, Coimbra, 1967: “Sinal da Cruz” 

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

O povo brasileiro pode voltar ao X. Pelas piores razões possíveis

Paulo Hasse Paixão

Os brasileiros voltaram a ter autorização para aceder ao X. Parabéns. Pela derrota


A verdade é que o regresso da plataforma de Musk ao acesso dos cidadãos brasileiros resulta de um processo que é de tal forma vergonhoso que até custa escrever sobre ele. E ao contrário do possa parecer, é sobretudo uma vitória de Alexandre de Moraes e a prova provada de que ninguém, nunca, deve confiar em bilionários.

Se o gentil leitor bem recorda, a plataforma que é propriedade do auto-denominado campeão do livre discurso, foi interdita no Brasil por se recusar a aceitar os mandatos censórios de um canalha eleito por ninguém que exerce poder absoluto naquele país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.

Se à estimada leitora não lhe falha a memória de curto prazo, Elon Musk fartou-se de injuriar o juíz fascista, merecidamente, claro, até porque não devem existir mais que cinco ou seis seres humanos a circular na curvatura da Terra que mereçam injúrias como Alexandre de Moraes é digno delas.

Tudo o que se possa dizer deste vilão, ou até da mãe dele, que terá necessárias responsabilidades no monstro que criou, será sempre deficitário.

Mas, por que há sempre um mas quando o dinheiro entra violentamente no perímetro dos princípios, o Brasil é o sexto mercado demográfico do mundo. E o livre discurso, e a constituição brasileira, e a democracia, e a dignidade humana e todas esses abstratos ideais nunca conseguem competir com a materialidade da ganância.

Elon Musk pode ser o gajo mais rico do mundo, mês sim, mês não, mas vai querer sempre ser o gajo mais rico do mundo todos os meses do ano. E acabou por considerar que afinal não valia a pena estar a perder tanto dinheiro por causa da ética.

A Forbes Contributor Fears That A Ceasefire Will Lead To A Pro-Russian Fascist Coup In Ukraine

Andrew Korybko

Most Westerners already know that Ukrainian nationalists fiercely hate Russia so they’re unlikely to fall for the fantasy that he’s peddling to scare them away from supporting a ceasefire

Forbes contributor Melik Kaylan, who’s described by that outlet as having covered global geostrategic conflicts for three decades, published a highly speculative piece last week about “Moscow’s Hidden Plans For Exploiting A Ceasefire With Ukraine”. He predicts that “ultra-nationalist elements of the army (will) revolt and stage a coup against Zelensky for giving away Donbas and Crimea” if there’s a ceasefire, after which they’ll align with Russia due to being subjected to its propaganda and aliened by the West.

According to Kaylan, versions of this approach have been employed by Russia in the past in Georgia and Armenia, the first by supposedly meddling in its 2013 elections to get conservative-nationalists elected and the second after pro-Russian veterans of the original Karabakh War came to power. These are imperfect comparisons though since neither had a military coup nor were the nationalist who came to rule those countries driven by anti-Russian sentiment like is the case with most Ukrainian nationalists.

While there do indeed still exist some representatives of that ideology’s moderate school, in the sense of those who are proud of the regional identity that’s formed around their lands over the centuries but aren’t obsessed with hating Russia, the radicals still far outnumber them. It’s therefore unrealistic to imagine that there are enough moderates in the army to attempt a coup, that they wouldn’t be stopped by the radicals, and then their new regime will successfully repair ties with Russia.

What’s much more likely is that the radicals among them might attempt a coup if there’s a ceasefire, perhaps with the support of the SBU, though it wouldn’t be for pro-Russian purposes but to perpetuate the conflict that they’re doomed to lose anyhow in order to become “martyrs” for their cause. Even if that doesn’t unfold or fails, there’s no way that they’d sit back and let moderates take over the armed forces and then repair ties with Russia. They’d either rise up on their own or be ordered to by the US.

No Brasil, jornalista quer censura

Rodrigo Constantino

Dora Kramer nem é das mais petistas e radicais das redações da velha imprensa. Está mais para uma tucana moderada. Mas Dora causou nas redes sociais nesta quarta ao celebrar a censura imposta por Alexandre de Moraes ao X de Elon Musk: "Viram? Ninguém morreu de abstinência em 38 dias necessários para se cumprir a lei". Jornalista aplaudindo a censura? No Brasil temos! 

A checagem dos leitores foi direta ao ponto: "Punir usuários, que não são parte do processo no STF, é uma violação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A postagem confunde violação do devido processo legal com cumprimento de lei". A reação na parte dos comentários deu o tom da indignação, com uma chuva de críticas a esta postura absurda da jornalista. 

Gostaria de lembrar que a minha conta e de tantos outros seguem sob censura, por ordem ilegal de Alexandre de Moraes. Ainda há jornalistas censurados no Brasil, com os aplausos de militantes disfarçados de jornalistas... 

Claudia Wild desabafou: "Que comentário mequetrefe! Digno de uma mentalidade subdesenvolvida e corroída pela sabujice estatal. A senhora é uma vergonha para a classe jornalística". A economista Renata Barreto foi a mais afiada e seu comentário teve quase nove mil curtidas até agora, cinco vezes mais do que a própria publicação de Dora: "Tantos anos de jornalismo para, no fim, virar marmita de tirano". 

Barqueiros do Quadrado da Urca recebem notificação da Seop para sair do local

Advogado dos barqueiros argumenta que lei estadual considera as comunidades de pescadores como patrimônio cultural, histórico e imaterial fluminense e de especial interesse social

Patricia Lima

Há anos no local, os barqueiros que ficam no Quadrado da Urca receberam ordem de “desocupação total” do local em uma notificação da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), na última segunda-feira (7).

Foto: Analice Paron/O Globo

O documento fala ainda em “demolição” das caixas de fornecimento de energia elétrica e água potável, além da retirada dos ganchos para a atracação dos barcos. Segundo a Seop, as medidas foram tomadas com base no fato de a amurada da Urca ser um bem tombado, e as alterações realizadas pelos barqueiros representarem irregularidades.

Pescadores e donos de barcos atracados no local receberam o comunicado com muita apreensão. A região integra a Colônia da Z-13, com sede no Posto Seis, em Copacabana.

O fotógrafo e dono de barco, Tasso Marcelo, disse ao jornal O Globo que as contas de água e luz estão regulares e todas pagas. Tasso disse ainda que o Quadrado da Urca é um ponto turístico de grande importância, inclusive para artistas, que retratam o local em fotografias e pinturas.

“O Quadrado da Urca é um ponto turístico. Tem gente que vai lá para pintar quadros; é um local de aulas de fotografia. O colorido dos barcos chama muito a atenção. Fomos pegos de surpresa. São mais de cem famílias que dependem daquilo ali. Ainda tem as pessoas que lucram vendendo gelo, iscas e lanches para a gente”, disse o fotógrafo ao jornal.

[Aparecido rasga o verbo] Pequenas modificações na historinha do grande rei

Aparecido Raimundo de Souza

O PRESIDENTE daquela nação repletada de idiotas e atoleimados, embasbacados e lunáticos, resolveu sair do seu suntuoso palácio e seguir a pé pelas ruas calçadas de paralelepípedos para verificar (de corpo presente) se a sua fuça de calhorda ainda prosperava entre a melhor de todas, e, se em tempo real, gozava do mesmo prestígio do primeiro mandato. Os tempos tinham mudado. As condições de protestos e badernas se alteravam a cada dia. Diziam que alguns insatisfeitos não levavam à sério às relações de respeito à hierarquia. Corriam também, em paralelo, boatos de que uma parte da população estava organizada e coesa.

Falavam até em amotinação de alguns desses grupos que pretendiam sair de cidades próximas e protestar seguindo em passeata em direção ao centro da cidade, às margens do Rio do Ânus do Cu Fedido. A intenção principal dos subversivos: invadir a Câmera dos Deputados, o Senado Federal, e, se desse tempo, os ministérios. Não que restasse ao Maioral qualquer tipo de dúvida quanto a sua realeza, ou ao seu poder constituído, mas, por via das dúvidas, e igualmente por questões de honras, resolveu sair em campo e tirar a prova dos nove. Embora não soubesse somar dois mais dois, em face dos resultados obtidos serem diferentes, é bom lembrar, sempre havia um veado formado em matemática para lhe dar, a qualquer hora, a resposta correta.

Assim, o chefe da nação dispensou os protocolos, mandou à merda a segurança, encaminhou a primeira cama, – perdão –, a primeira dama para o salão de beleza e se pôs em marcha. Logo, de cara, encontrou o chefe do gabinete civil a quem, de chofre, inquiriu:
— Responda rápido, seu banana... quem é o seu presidente?
O chefe do gabinete civil não pensou nenhum segundo sequer para responder:
— É o senhor, o meu presidente...
Na rua, interpelou um sujeito que se beneficiava de uma tal de bolsa família:
— Filho de uma égua, quem é seu presidente?

A resposta do cidadão foi categórica:
— É o senhor, o meu presidente...
Satisfeito e cheio de si, o Todo Poderoso daquele pequeno reinado de patetas e desmiolados e seguiu adiante. Não cabia em si de contentamento. De repente, surgiu ao seu lado, um cara que lembrava o safado do Ferrando Calor do Marmelo:
— Diga, aí, ô Ferrandinho. Quem é o seu presidente?
— Preciso responder? Estou diante dele. Quanta honra!
Imponente, o Dono do Mundo continuou o seu caminho. A certa altura cruzou com o Ministro da Justissssssa:
— Diga, seu cara de elefante sem tromba, quem é o seu presidente?
— Estou olhando para ele...

What is misinformation?

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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Inocência e conhecimento ou o ovo da serpente


Walter Biancardine

Recentemente escrevi artigo sobre Adão, Eva e sua expulsão do Paraíso, causada pelos “olhos abertos” decorrentes da árvore do conhecimento, que havia sido provada pelo casal.

Uma das conclusões que podemos tirar deste relato é que todo conhecimento, ciência ou sabedoria traz consigo um ônus, e tanto mais perigoso o mesmo se torna na exata medida de seu poder em influenciar o curso natural das coisas e gentes.

É lugar comum na literatura e mesmo em seitas iniciáticas, confrarias e teorias da conspiração o decreto de que “determinados conhecimentos não podem ser de domínio público”, estando os mesmos reservados aos grandes mestres, que os preservariam em tratados cuidadosamente produzidos sob hermética e quase indecifrável linguagem – o conhecimento é perigoso!

Rimos hoje, em pleno século XXI, das reservas adotadas pela Santa Madre Igreja nas épocas medievais, onde órbitas planetárias, esfericidade da Terra, o vapor e demais conhecimentos herdados dos antigos – mesmo dos pragmáticos romanos – representariam “ameaças”, naqueles tempos vistas e apontadas contra a crença em Deus Pai.

Mas seria esta a verdadeira ameaça da qual se preveniam? Estariam certos os antigos monges, diante do quase absoluto ateísmo de nossos atuais e tão tecnológicos dias? Ou existiria algo de maior, pior e terrível, a esconder-se por detrás da cândida alegação de “progresso e bem-estar da humanidade”?

Não cabe aqui discorrer sobre a “deposição” de Deus feita pelos filósofos iluministas mas, sim, de suas consequências – como seja; a falta de freios em nossas especulações, ambições, tentativas e sucessos, decorridas todas da total desconsideração de valores e princípios morais, e mesmo humanos, preconizados pela Verdade Revelada.

A falta de Deus trouxe-nos a liberdade de imaginar, criar e ousar sem limites. Temos, por um lado, maravilhas que nos dão conforto e, por outro, ameaças a nível global jamais supostas há poucos cem anos atrás. E é neste momento que o “hermetismo” de determinados conhecimentos – chamados atualmente de “tecnologias” – torna-se não apenas bem-vindo como necessário.

Várias ‘estrelas do jornalismo’ não têm carteira profissional

Pedro Almeida Vieira e Elisabete Tavares

Caiu o Carmo e a Trindade por Maria João Avillez entrevistar, sem deter carteira profissional de jornalista, o primeiro-ministro Luís Montenegro num espaço informativo da SIC. A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) ameaça não deixar o ‘caso em branco’ e o Sindicato dos Jornalistas fala em “usurpação de funções”. Porém, os casos de exercício da atividade jornalística sem carteira profissional, proibida pela Lei da Imprensa, são inúmeros e são do conhecimento da CCPJ. O PÁGINA UM fez um rápido levantamento e ‘apanhou’ uma dezena de situações ilegais em jornalistas com funções de topo, designadamente na TVI, CNN, CMTV/Correio da Manhã, Expresso, Público, Diário de Notícias, Jornal de Notícias e Observador. Confira aqui os nomes, onde pontificam José Alberto Carvalho [foto] e José Carlos Castro, que pelo menos desde finais de 2021 não têm carteira ativa, e ainda Ana Sá Lopes, que, além de redatora-principal no Público, é comentadora na CNN Portugal.

O exercício da atividade de jornalista sem carteira profissional está proibido por lei – e os órgãos de comunicação social incorrem em multas –, mas o ‘caso Maria João Avillez’, que ontem entrevistou para a SIC o primeiro-ministro num espaço informativo, está longe de ser único. Na verdade, trespassa praticamente todos os grandes grupos de media, e mesmo figuras gradas do jornalismo. A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) tem conhecimento destas situações há muitos anos, mas nada tem feito.

Já em Janeiro de 2022, o PÁGINA UM relatara os casos de quatro conhecidos jornalistas de televisão que estavam no ativo de forma ilegal: José Rodrigues dos Santos e Carlos Daniel (RTP), José Alberto Carvalho (TVI) e José Carlos Castro (CMTV). Os dois primeiros viriam a recuperar a carteira profissional – e Rodrigues dos Santos até ‘perdeu’ o seu número original, daí ter um número recente (CP 7590) –, embora até agora os outros dois continuem sem constar no registo da CCPJ como jornalistas no ativo. Saliente-se que José Carlos Castro é também diretor-adjunto com a tutela da Estratégia do Correio da Manhã e da CMTV.

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Comerciários do Rio enfrentam fila quilométrica para cancelar contribuição sindical

Fila se estendeu da portaria do sindicato dos comerciários, na André Cavalcanti, passando pela Rua do Rezende, chegando nas proximidades da Avenida Mem de Sá

Patricia Lima

O cancelamento do desconto sindical se tornou um pesadelo para os comerciários do Rio de Janeiro. Na manhã desta quarta-feira (9), a sede do sindicato, localizado na Rua André Cavalcanti, nº 33, no Centro, registrou uma fila quilométrica para a efetuação do procedimento. A fila se estendeu da portaria da entidade sindical passando pela Rua do Rezende, chegando nas proximidades da Avenida Mem de Sá.

Apesar de vivermos em tempos digitais, o Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro (SEC RJ) ainda está parado no tempo, impondo perda de tempo e muito sofrimento aos trabalhadores fluminenses. Segundo o jornal Tempo Real RJ, comerciários teriam recebido um comunicado do sindicato dizendo que esta quarta-feira seria o último dia para solicitar o cancelamento, o que fez que muitas pessoas chegassem cedo ao local para entregar o documento.

A comerciária Márcia Silva ingressou na fila por volta das 10h, e ao meio-dia ainda não havia sido atendida. “Estou aqui para não ser mais descontada por essa contribuição. É um valor que varia para cada pessoa. Não explicaram por que teria que ser presencial. O sindicato apenas passou um comunicado dizendo que teríamos até hoje para entregar essa carta. Hoje em dia com tanta plataforma digital, seria mais prático se fosse online”, queixou-se ao veículo, que tentou conversar com representantes do sindicato.

Um funcionário que atendia os trabalhadores teria dito ao Tempo Real que o presidente da entidade estaria em reunião e que, posteriormente, uma nota oficial de esclarecimento seria emitida.

Na nota, de acordo com o jornal, o sindicato afirmou que recebe a Carta de Oposição à contribuição negocial, mesmo a categoria tendo aprovado, em assembleia, a contribuição de 1% da remuneração mensal, com o teto máximo do desconto limitado a R$ 50.