Com mais atuação aquém do esperado, Vasco da Gama bate o Cuiabá, chega aos 40 pontos e respira aliviado no Brasileiro
Altair Alves
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Foto: André Durão/ge |
“1 a 0 foi goleada para
nós”.
Rafael Paiva resumiu dessa
forma a vitória do Vasco por 1 a 0 sobre o Cuiabá nesta quinta-feira, em jogo
atrasado da 19ª rodada do Brasileirão. Diante do longo jejum de vitórias na
temporada e vindo de uma eliminação dolorosa na Copa do Brasil, o jogo em São
Januário era daqueles em que o importante é vencer, não importa como.
O Vasco fez uma partida muito
ruim contra o vice-lanterna do campeonato. Encontrou dificuldades para criar,
agrediu pouco e sofreu sustos. No final das contas, jogou apenas o bastante
para conseguir a vitória magra que interrompe a sequência de oito jogos
(contando Brasileirão e Copa do Brasil) sem vencer – a última vez havia sido há
quase dois meses, contra o Vitória, em Salvador.
O gol do resultado importante
foi marcado pelo oportunista Hugo Moura em um dos poucos momentos em que o
Vasco foi melhor na partida, logo no início do segundo tempo. O time
cruz-maltino teve menos a bola no duelo inteiro (52% contra 48%) e empatou em
número de finalizações (11 contra 11), mas vai deixar para se preocupar depois
com o nível da atuação.
– Tenho certeza de que segunda-feira (contra o Bahia) estaremos conectados aos oito jogos restantes e vamos tratar como oito finais – prometeu Rafael Paiva.
A partir de agora, o Vasco tem
os mesmos 30 jogos que a maioria dos competidores. A equipe segue em décimo
lugar, com 40 pontos, um atrás do Atlético-MG, que está em nono; mas ainda a
nove pontos do Internacional, que é o primeiro time na zona de classificação
para a pré-Libertadores. Por outro lado, voltou a abrir oito pontos de
distância para a zona de rebaixamento.
Vasco em noite sonolenta
O Vasco teve muita dificuldade
de jogar contra o Cuiabá no primeiro tempo. Com Coutinho bem marcado e sem
conseguir acelerar as jogadas, o time não fez a bola chegar em Vegetti. As
únicas participações do camisa 99 foram uma cabeçada fraca para fora e uma
finalização travada dentro da área. Nem mesmo as construções pelos lados
buscando o cruzamento, forte dessa equipe, funcionaram.
Emerson Rodríguez foi o
jogador mais agudo do time, com tentativas de arrancada e lances de 1×1 pela
esquerda, mas continua pecando em algumas tomadas de decisão. Por outro lado,
Puma Rodríguez foi muito mal pela direita, tanto como ponta quanto como lateral
(depois da saída de Paulo Henrique). Dessa forma, o Vasco não conseguiu
descobrir por onde atacar. Também houve méritos do Cuiabá, que se postou bem,
cozinhou o jogo e ainda assustou em alguns contra-ataques.
O Vasco nem sequer teve
sucesso em estabelecer uma pressão sobre o adversário no primeiro tempo em São
Januário. O primeiro tempo terminou com 50% de posse de bola para cada lado,
por exemplo – embora o time cruzmaltino tenha finalizado mais: oito contra
quatro. A melhor chance foi uma finalização de Léo por cima do gol, depois que
Vegetti ganhou de cabeça no escanteio.
No intervalo, Paiva sacou
Emerson Rodríguez e colocou Lucas Piton em campo. Dessa forma, Leandrinho foi
adiantado para atuar como ala pela esquerda. A mudança surtiu efeito nos
primeiros minutos.
O Vasco começou bem o segundo
tempo, ocupando o seu campo ofensivo, algo que havia ocorrido poucas vezes na
primeira etapa. Aos sete, Hugo Moura aproveitou o bate-rebate dentro da área e
marcou o seu segundo gol com a camisa do Vasco, coroando a atuação correta na
partida. Ele e Mateus Carvalho foram bem, apesar do desempenho coletivo ruim.
Depois do gol, o Vasco recuou
e deu campo para o Cuiabá, que passou a sentir-se mais confortável na partida.
Paiva colocou Jean David e Maxime Dominguez em campo na tentativa de ter mais a
bola nos pés, mas o único momento em que a equipe conseguiu respirar foi a
partir da entrada de Payet, já aos 41 minutos. Os visitantes ainda ensaiaram
uma pressão nos acréscimos, mas nada que fosse suficiente para mexer no placar
da partida.
Vencer é bom, mas…
Ainda que o mais importante
tenha sido conseguir a vitória, a atuação contra o Cuiabá reforça alguns pontos
que precisam ser trabalhados por Rafael Paiva para as últimas oito partidas da
temporada.
A questão da ponta direita
ainda é um problema: Puma Rodríguez não fez boa partida e por vezes parece não
ter agressividade o suficiente para ser escalado mais adiantado. Poderia ter
acelerado a bola em alguns lances em que preferiu segurar. Jean David, que
poderia ser uma alternativa na posição, voltou a entrar muito mal e segue
devendo uma boa atuação desde que chegou ao clube.
O Vasco precisa encontrar
soluções para os momentos em que Philippe Coutinho (ou eventualmente Payet) não
conseguirem entrar no jogo. E, nesta quinta, Paiva demorou a ler o jogo e
entender que o francês precisava entrar – ele contribuiu demais mesmo atuando
por apenas 11 minutos.
Fonte: Globo Esporte
Título e Texto: Altair
Alves, Vasco Notícias, 25-10-2024
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