terça-feira, 15 de outubro de 2024

[Livros & Leituras] Rússia Versus Ucrânia – Nacionalismo Versus Globalismo – Factos Versus Propaganda

M. Jorge C. Castela, Edição do Autor, abril 2024, 1 292 páginas. 

Esta obra é o resultado de uma reflexão que o autor encetou, depois de mais de dois anos de investigação e pesquisas, visando encontrar respostas para algumas questões que se foram colocando no panorama geopolítico e geoestratégico, após os acontecimentos desencadeados a 24 de fevereiro de 2022, na sequência de um conflito que se ia avolumando desde o Golpe de Estado “(Euro-)Maidan”, em 2014. A saber:

1. Se a Federação Russa, como é cada vez mais provável, alcançar os seus objetivos no conflito que a opõe ao regime de Kiev, será que a NATO, os EUA e a "união europeia" vão manter os convites (e compromissos) de “adesão da Ucrânia”? E como vão reagir os seus cidadãos, eleitores-contribuintes – confrontados com a hipocrisia dos seus governos, nos “milagres”, medidos em milhares de milhões de euros e dólares, prestados e enterrados na Ucrânia –, nos sufrágios decisivos que vão ter lugar em 2024?

2. Optará a NATO, e o Politburo de Bruxelas, por enviar "boots on the ground", para “derrotar a Rússia”?

3. Será que a narrativa ocidental sobre a guerra na Ucrânia tem algum fundamento? Se assim fosse, quiçá, então, as “políticas ocidentais” poderiam fazer sentido, mesmo que implicassem algum risco de conflito nuclear? Porém, e se esta ficcionada narrativa estiver errada?

4. Se assim for, o “ocidente” estará a basear as suas próprias “decisões existenciais” em premissas falsas? Ou, um compromisso negociado sem qualquer substrato, que poupasse as vidas de combatentes e de civis e, ao mesmo tempo, reduzisse um risco nuclear, representaria um apaziguamento? Seria uma necessidade prática, até mesmo uma obrigação moral? De quem?

Estas perguntas são bem atuais e exigem uma profunda reflexão por parte do leitor.

O autor ensaiou apresentar algumas pistas de análise, no confronto entre teses filosóficas, políticas e históricas, que radicam na oposição entre o Nacionalismo Liberal e o Globalismo ‘Wokista’ em que se tece esta “guerra”, que opõe mundividências que se esgrimem no teatro bélico entre a Rússia e a Ucrânia (e, afinal, todo este “ocidente” em profunda e continuada decadência), tal como, aliás, noutro conflito em que se coloca a sobrevivência de um Estado – Israel (e do seu Povo) –, face à ameaça existencial de que é alvo, seja por parte da Teocracia iraniana e seus ‘proxy’, seja em consequência da hipocrisia desse mesmo “ocidente”.

Dessa investigação ia despontando uma insaciável descoberta por Factos – alvo de uma Propaganda e de uma intolerável Censura que, entretanto, se foi institucionalizando no “ocidente” – esta obra é o seu produto!

M. Jorge C. Castela 

*****

O desafio intelectual proposto nesta obra de Jorge Castela foge ao apelo asfíctico para o alistamento num dos alinhamentos em campo. Pelo contrário, convida ao olhar desafogado para enquadrar o evento bélico, pontual e contingente, no diorama mais amplo e mais profundo dos choques de ideias, de valores, de civilizações.

Um convite a mergulhar nas Weltanschamungen de Oriente e do Ocidente, tanto nas linhas de falhas como nas áreas de hibridação, lavradas, ao longo da história, por milites do pensamento (filósofos), do espírito (religiosos), da política (governantes), das armas (guerreiros).
O autor descortina este fresco através da procura minuciosa das fontes que revelam a complexidade do enredo, explorada nas múltiplas dimensões da filosofia política, do pensamento econômico, das relações internacionais da geopolítica.

O conhecimento sólido do autor nestas áreas do saber humano permite ao leitor aprender e apreciar a contribuição intelectual e política de atores frequentemente desvirtuados pela propaganda e pela demonização.

A obra foge da redação asséptica – frequentemente pretensiosa – dos relatórios técnicos que replicam ad aeternum os esquemas convencionais. O autor nos envolve com o seu objeto de análise e oferece, sem escamotear, a sua interpretação dos homens e das correntes que atravessam a narração, com o intuito não de converter, mas de convidar à problematização, numa postura matricial da sua essência de intelectual livre.

Ricardo Marchi, Historiador e cientista político italiano

***** 

Uma pedrada no charco. Denso, informativo, cáustico, factual, controverso. A abordagem a “novas” formas de ‘capitalismo’, quando a “velha” forma continuará predominante e ativa.
Depois de ler, reler e rever, compre um bilhete para Marte: o sistema está viciado. Ninguém ousa escalar a montanha e o gato continuará a comer o rato.

Luís Nascimento, Economista

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Uma recolha de dados impressionante, resultado de aturada investigação, associada a uma análise meticulosa dos factos, que nos proporciona uma visão integral de um estágio da nossa civilização tão importante – do qual muitos ainda não se aperceberam – como o é sempre o fim de uma era, e o início de um novo mundo. E todo este conhecimento nos é apresentado com o arrojo de quem não receou transgredir os ditames do politicamente correto, ou os bloqueios de uma ‘censura democrática’ pouco permeável a verdades que, não obstante a sua irrefutabilidade, são dolorosamente inconvenientes.

Rui Amiguinho, Professor

 

Altura 24 cm, Largura 17 cm, Espessura 8 cm

Um verdadeiro tijolo.

Carece de uma cuidada revisão gramatical e ortográfica, assim como uma diagramação (ou edição) profissional. A obra teria muito a ganhar, pois merece.

Como já dito acima, o livro é fruto de uma pesquisa minuciosa e exaustiva.

1 025 notas de rodapé!

Valeram estes trocentos dias da leitura, muito aprendi.


 👏👏👏👏👏

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