M. Jorge C. Castela, Edição do Autor, abril 2024, 1 292 páginas.
Esta obra é o resultado de uma
reflexão que o autor encetou, depois de mais de dois anos de investigação e
pesquisas, visando encontrar respostas para algumas questões que se foram
colocando no panorama geopolítico e geoestratégico, após os acontecimentos
desencadeados a 24 de fevereiro de 2022, na sequência de um conflito que se ia
avolumando desde o Golpe de Estado “(Euro-)Maidan”, em 2014. A saber:
1. Se a Federação
Russa, como é cada vez mais provável, alcançar os seus objetivos no conflito
que a opõe ao regime de Kiev, será que a NATO, os EUA e a "união
europeia" vão manter os convites (e compromissos) de “adesão da Ucrânia”?
E como vão reagir os seus cidadãos, eleitores-contribuintes – confrontados com
a hipocrisia dos seus governos, nos “milagres”, medidos em milhares de milhões
de euros e dólares, prestados e enterrados na Ucrânia –, nos sufrágios
decisivos que vão ter lugar em 2024?
2. Optará a NATO, e o
Politburo de Bruxelas, por enviar "boots on the ground", para
“derrotar a Rússia”?
3. Será que a narrativa
ocidental sobre a guerra na Ucrânia tem algum fundamento? Se assim fosse,
quiçá, então, as “políticas ocidentais” poderiam fazer sentido, mesmo que
implicassem algum risco de conflito nuclear? Porém, e se esta ficcionada
narrativa estiver errada?
4. Se assim for, o
“ocidente” estará a basear as suas próprias “decisões existenciais” em
premissas falsas? Ou, um compromisso negociado sem qualquer substrato, que
poupasse as vidas de combatentes e de civis e, ao mesmo tempo, reduzisse um
risco nuclear, representaria um apaziguamento? Seria uma necessidade prática,
até mesmo uma obrigação moral? De quem?
Estas perguntas são bem atuais e exigem uma profunda reflexão por parte do leitor.
O autor ensaiou apresentar
algumas pistas de análise, no confronto entre teses filosóficas, políticas e
históricas, que radicam na oposição entre o Nacionalismo Liberal e o Globalismo
‘Wokista’ em que se tece esta “guerra”, que opõe mundividências que se esgrimem
no teatro bélico entre a Rússia e a Ucrânia (e, afinal, todo este “ocidente” em
profunda e continuada decadência), tal como, aliás, noutro conflito em que se
coloca a sobrevivência de um Estado – Israel (e do seu Povo) –, face à ameaça
existencial de que é alvo, seja por parte da Teocracia iraniana e seus ‘proxy’,
seja em consequência da hipocrisia desse mesmo “ocidente”.
Dessa investigação ia
despontando uma insaciável descoberta por Factos – alvo de uma Propaganda e de
uma intolerável Censura que, entretanto, se foi institucionalizando no
“ocidente” – esta obra é o seu produto!
M. Jorge C. Castela
*****
O desafio intelectual proposto
nesta obra de Jorge Castela foge ao apelo asfíctico para o alistamento num dos
alinhamentos em campo. Pelo contrário, convida ao olhar desafogado para
enquadrar o evento bélico, pontual e contingente, no diorama mais amplo e mais
profundo dos choques de ideias, de valores, de civilizações.
Um convite a mergulhar nas Weltanschamungen
de Oriente e do Ocidente, tanto nas linhas de falhas como nas áreas de hibridação,
lavradas, ao longo da história, por milites do pensamento (filósofos),
do espírito (religiosos), da política (governantes), das armas (guerreiros).
O autor descortina este fresco através da procura minuciosa das fontes que
revelam a complexidade do enredo, explorada nas múltiplas dimensões da
filosofia política, do pensamento econômico, das relações internacionais da
geopolítica.
O conhecimento sólido do autor
nestas áreas do saber humano permite ao leitor aprender e apreciar a contribuição
intelectual e política de atores frequentemente desvirtuados pela propaganda e
pela demonização.
A obra foge da redação
asséptica – frequentemente pretensiosa – dos relatórios técnicos que replicam ad
aeternum os esquemas convencionais. O autor nos envolve com o seu objeto de
análise e oferece, sem escamotear, a sua interpretação dos homens e das
correntes que atravessam a narração, com o intuito não de converter, mas de
convidar à problematização, numa postura matricial da sua essência de
intelectual livre.
Ricardo Marchi, Historiador e cientista político italiano
*****
Uma pedrada no charco. Denso,
informativo, cáustico, factual, controverso. A abordagem a “novas” formas de ‘capitalismo’,
quando a “velha” forma continuará predominante e ativa.
Depois de ler, reler e rever, compre um bilhete para Marte: o sistema está viciado.
Ninguém ousa escalar a montanha e o gato continuará a comer o rato.
Luís Nascimento,
Economista
*****
Uma recolha de dados
impressionante, resultado de aturada investigação, associada a uma análise
meticulosa dos factos, que nos proporciona uma visão integral de um estágio da
nossa civilização tão importante – do qual muitos ainda não se aperceberam –
como o é sempre o fim de uma era, e o início de um novo mundo. E todo este
conhecimento nos é apresentado com o arrojo de quem não receou transgredir os
ditames do politicamente correto, ou os bloqueios de uma ‘censura democrática’
pouco permeável a verdades que, não obstante a sua irrefutabilidade, são
dolorosamente inconvenientes.
Rui Amiguinho,
Professor
Altura 24 cm, Largura 17 cm, Espessura 8 cm
Um verdadeiro tijolo.
Carece de uma cuidada revisão
gramatical e ortográfica, assim como uma diagramação (ou edição) profissional.
A obra teria muito a ganhar, pois merece.
Como já dito acima, o livro é
fruto de uma pesquisa minuciosa e exaustiva.
1 025 notas de rodapé!
Valeram estes trocentos dias da leitura, muito aprendi.
L’Intranquile Monsieur Pessoa
OMERTA
[Livros & Leituras] A ler
Front Populaire, nº 18
Três homens num barco
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