sexta-feira, 30 de junho de 2017

Tejo abandonado na Amadora

A Mariana Cravo enviou-nos este pedido de ajuda!

Este menino, que batizámos de Tejo, está abandonado perto da Ponte de Carenque, na Amadora.
Precisamos de ajuda urgente de alguém que o possa acolher e tratar dele.
É muito meigo e mimoso, parece ser obediente (senta quando lhe pedimos). Deve ter sido abandonado! 😥😢

Sexo: Masculino
Porte: Grande
Pelo: Curto
Cor: Branco e creme
Magro e com feridas ligeiras

Para ajudar por favor contactem a Mariana Cravo: 932 587 942



[Aparecido rasga o verbo] À espera do Enola Gay, o milagre que salvaria o Brasil

Aparecido Raimundo de Souza

“O brasileiro é antes de tudo uma besta elevada ao quadrado”.
João Topa Tudo (Pensador de rua. Rodoviária de Ribeirão Preto, interior de São Paulo).


MAIS UMA VEZ, senhoras e senhores, estamos aqui para dizer à população nativa, amedrontada, acovardada, aterrada, que o Brasil está na UTI, vítima de doença incurável. Um câncer raro, pior do que o que vitimou o cantor sertanejo Leandro (da dupla Leandro & Leonardo), em 1998. Um câncer profundamente maligno, inextirpável, portanto, sem cura. Mal crescente, que sabemos, de antemão, se alastrou corpo inteiro nação afora e não há remédio, tampouco medicina que dê jeito. Agora, só um milagre. Talvez nem isso. O Brasil entrou em estado de decomposição vegetativo. Em face disso, se prolonga, se desdobra, se protela aos peidos, preso, acorrentado, amordaçado, a aparelhos, para manter a “onra” que perdeu faz tempo.

O Brasil, na verdade, morreu. Ninguém acredita, mas já era. Foi para os quintos. Está obtuado, fedendo; e o cheiro do que dele restou exala por todos os cantos. Fere contumazmente narizes, corações, pessoas. Ataca frontalmente o que ainda poderia ser salvo. O Brasil de hoje é o mesmo de quinhentos anos atrás, quando Cabral aqui aportou. Estamos todos, filhos desta pátria fodida, corrompida, estragada, decomposta, maravilhando com olhos esbugalhados, a devastação, a pouca-vergonha, o descaso, a falta de pulso, de brio, de nossos representantes em Brasília.

O epicentro, por sua vez, é um enorme prostíbulo, um boeing gigantesco pousado, transformado em casa de mãe-joana, onde putas e veados de todos os quadrantes da federação abundam numa equação que nenhum matemático, por mais experiência que tenha, consegue resolver. Malba Tahan, se vivo fosse, meteria seu homem que calculava na bacia latrinal de algum daqueles palácios intocáveis que apinham à beira do Paranoá e daria descarga. Descarga com força, com gosto, senhor de si. O sol da canalhice, como se percebe, está alto. Queima, dilacera, caustica. O insuportável se propagou. Criou formas dantescas.

As vísceras dos pobres e oprimidos, a cada minuto se multiplicam, se reproduzem, se vulgarizam. A alma das Isaltinas e Manés, Franciscos e Catarinas se desgraçam no repasto da expiação. A impunidade vinda do pessoal da rebeldia dá as ordens, fala alto, grita; e o povinho (atocaiado na alfândega do Congresso e da Câmara) sem eira nem beira, sem teto, sem chão, sem comida, sem direito, se ferra, se atrapalha, se consome, se acorrenta. Os “sem-noção” tomam no rabo, e para não sentirem a dor do ferro entrando, sorriem. O coitadinho do brasileiro sorri. Kikikiki. Sorri meio que tímido, acanhado, retraído, insuflado mais pelo amarelo que o normal, contudo, sorri. É só o que pode fazer: sorrir. Sorrir e ver a trolha adentrando, vagarosamente, pacientemente, sem estardalhaço.

Não Nos Calamos!

Cristina Miranda

A primeira atitude tomada pela Governo e Presidente da República no dia em que se dava conta da tragédia de Pedrógão foi a desresponsabilização total e absoluta. Contra factos não há argumentos. O primeiro-ministro atribuía a matança a causas naturais inesperadas. O PR serenava os ânimos dizendo que tudo tinha sido feito. Sem saberem ainda de nada já sabiam que não havia responsabilidades deste governo porque estávamos apenas perante uma catástrofe natural. Porém, o ruído perturbador dos cidadãos nas redes sociais com denúncias e depoimentos sobre os factos, obrigou a uma mudança de estratégia. Curioso ver que tanta certeza houve nos primeiros minutos e agora volvidos 13 dias dizem ainda não saber dos culpados.

Começou por ser um raio. Num eucalipto, essas malvadas árvores que têm a ousadia de arder? Não. Num pinheiro. Depois, já não era o raio porque sem trovoadas não os há. Passou-se à GNR esses militares que tiveram a desfaçatez de desviar as pessoas para a estrada da morte. Mas descobre-se que só o fizeram porque não tinham comunicações entre eles. Entra o SIRESP ao barulho. Esse sistema de comunicações futurista do melhor e mais caro que o planeta tem mas que não funciona em caso de calamidades. Porém, alto lá que a malta do SIRESP respondeu logo (aqui a rapidez é estonteante) alertandoque esteve operacional SEM FALHAS. Portanto, todos os que testemunharam o contrário são, de acordo com estes, um bando de mentirosos. Ao SIRESP juntou-se, claro, o governo, acusando a Proteção Civil pelas falhas. Tem lógica: se as comunicações mesmo sem antenas funcionaram, só podia ser dos incompetentes das chefias da ANPC. Aquelas 30 que o governo substituiu 5 meses antes, por gente altamente qualificada em advocacia, enfermagem, ciências do desporto e desencarceramento. Que por sua vez estão sob a alçada do MAI. Tem lógica.

O Costa começou a exigir respostas a todos os organismos envolvidos mas esqueceu-se de dar as respostas (bem, na verdade não se esqueceu, os jornalistas é que não as fizeram) sobre uma matéria que ele mesmo conhecia muito bem dado que foi ele que fez a adjudicação deste SIRESP formalizado em contrato assessorado pelos seus grandes amigos Lacerda e Constança. Foi graças a Costa que o contrato não contempla antenas satélite, nem geradores, não se responsabiliza em caso de calamidades nem falhas de comunicações que não sejam superiores a 4 dias. Com falhas assim, não se quer que resulte. Quer-se que falhe para justificar a compra de mais meios, mais boys, mais contratos ruinosos para o erário público. É tão claro e simples de entender.

O governo já fez “o mais fácil”

Rui Ramos

Dizem-nos que a demissão seria “o mais fácil”. Mas o governo já fez “o mais fácil”: na prática, já se demitiu, perante o conjunto de organismos e de interesses a que, por hábito, chamamos "Estado".

Perante a desordem administrativa que deixou 64 mortos e mais de 200 feridos no Pedrogão-Grande, o governo fez duas coisas. Primeiro, invadiu o terreno, com coletes refletores e olhos humedecidos, confiado em que este seria mais um problema que se resolveria com encenações de proximidade e afeto. A prova de velocidade da Ministra da Administração Interna para aparecer ao lado do Presidente da República ficou a simbolizar essa primeira fase, em que o que se tratava era de ficar bem na fotografia, segundo a manha que o furacão Katrina ensinou às elites políticas ocidentais em 2005 (apareçam e ponham caras tristes).

Mas a certa altura, o governo percebeu que a comédia dos abraços não bastaria desta vez para diluir a perplexidade e a indignação perante um Estado incapaz de desempenhar as suas funções mais básicas. Mudou então de táctica, e começou a fazer perguntas, muitas perguntas, às mais variadas entidades. As respostas, chegadas ao longo dos dias, foram frequentemente contraditórias entre si. O caso do SIRESP é significativo: segundo a Proteção Civil, falhou; segundo a empresa concessionária, não falhou. E segundo o governo? Segundo o governo, não se sabe. Os ministros não dão respostas, só fazem perguntas. É uma situação curiosa, em que o governo não se comporta como um órgão de decisão e de liderança, responsável em última instância, mas como uma espécie de comissão arbitral, neutra entre as várias partes. Quando a oposição, na Assembleia da República, propôs um inquérito independente, o governo aderiu logo. Se amanhã a Assembleia Geral da ONU sugerisse o envio de capacetes azuis, fica-se com a impressão que o governo também apoiaria. Tudo, menos assumir responsabilidades.

No meio disto, explicaram-nos que a demissão seria “o mais fácil”. Acontece que o governo, à sua maneira, já fez “o mais fácil”: na prática, já se demitiu, perante o conjunto de organismos e de grupos de interesse a que, por hábito e à falta de melhor termo, chamamos “Estado”. Em Portugal, o poder público está capturado por uma massa indefinida de interesses corporativos e privados, que submetem os serviços às suas conveniências. O atual governo é o menos capaz para enfrentar e corrigir essa desordem.

Macron e seu trono de duas pernas

Nelson Ribeiro Fragelli

Em outubro de 2016 uma sondagem de opinião do prestigioso instituto francês IPSOS fazia uma revelação: 88% dos franceses estão profundamente insatisfeitos com os rumos do país.

Em maio deste ano, novo estudo de opinião — o relatório anual do Conselho econômico, social e ambiental (CESE) — agravou ainda mais o ânimo nacional. “Le Monde” (24-5-17) cita trechos desse estudo, revelador do atual pessimismo dos franceses que, desorientados, não sabem o que fazer. Não se mobilizam e se consideram condenados a viver dias ainda piores. O estudo acrescenta que se torna urgente um despertar coletivo.

À guisa de resumo de suas conclusões, o relatório põe em destaque uma frase do socialista histórico Jean Jaurès, pronunciada pouco antes de seu assassinato em 1914: “Há na França, a propósito dos problemas vitais, uma inércia do pensamento, uma sonolência do espírito.” As recentes eleições presidenciais e legislativas confirmam esse diagnóstico.
*       *       *
Diante desse quadro, tudo se arranja na política francesa para que o recém-eleito jovem presidente Emmanuel Macron erga a cabeça de seu país entorpecido. O esforço publicitário para apresentá-lo revestido de grandezas passadas é imenso. Jornais e revistas, de esquerda e de direita, apresentam-no vistosamente em uniformes de Napoleão ou sentado com majestade num trono.

Vladimir Putin veio homenageá-lo. O encontro foi no majestático cenário do Palácio real de Versalhes [foto ao lado], cujos suntuosos corredores e salões ambos percorreram. Na Galeria das Batalhas eles se cercaram de pinturas magníficas de combates legendários. Quinze séculos de heroísmo os emolduravam, desde Clóvis, vencedor de Tolbiac em 496, até as vitórias de Napoleão em Austerlitz e Wagram. Seriam os dois vivazes políticos, de passado desconhecido, emanações modernas daqueles heróis? A encenação o sugeria. Mas os personagens não cabiam no papel…

Os jardins de Versalhes acolheram seus passos. Putin, habitualmente inexpressivo, olhava para Macron como um ajudante de ordens poderia olhar seu general após a vitória. E Macron parecia não vê-lo. Fitava o longínquo horizonte em sonhos grandiosos…

quinta-feira, 29 de junho de 2017

La langue des médias – Destruction du langage et fabrication du consentement

Ingrid Riocreux est agrégée de lettres modernes et docteur de l’université Paris IV Sorbonne dont elle est actuellement chercheur associé.

Dans son ouvrage “La langue des médias”, elle observe et analyse le parler journalistique qui ne cesse de reproduire des tournures de phrases et des termes qui impliquent un jugement éthique sur les évènements.

Pour l’auteur, “on passe de la destruction de la langue à la fabrication du consentement”. Ingrid Riocreux relève la faiblesse de la compétence linguistique chez les journalistes, leur volonté d’utiliser des “mots valises” ou des expressions convenues comme le mot “dérapage” ou “phobie”.

L’auteur dénonce la dérive du journalisme qui assure de plus en plus nettement une fonction d’évaluation morale :”l’inquisiteur et le journaliste sont, chacun dans des sociétés différentes, des gardiens de l’ordre”. Ce livre est conçu comme un manuel de réception intelligente à l’usage des téléspectateurs exposés aux media classiques d’information et qui se tournent, de plus en plus nombreux, vers la réinformation.


Présentation de l’editeur:
Les journalistes se présentent volontiers comme des adeptes du "décryptage". Mais est-il autorisé de "décrypter" leur discours ?

L'héritage du socialiste François Hollande, Le Sauveur de l'Europe!


Corte na Europa decide matar bebê doente, apesar de luta dos pais

Rodrigo Constantino

TheSun.co.uk (video)

Pensadores conservadores se mostraram céticos ou pessimistas com a modernidade, em parte pela “morte” de Deus e o que isso poderia significar: um “humanismo” racionalista e utilitarista desprovido de valores absolutos, ou seja, relativismo moral e niilismo. Um caso triste esta semana mostra que esses pensadores tinham um ponto, e que a vida humana foi mesmo banalizada (enquanto a dos animais só é valorizada).

Charlie Gard é um bebezinho com uma doença terminal, e seus pais fizeram de tudo para salvá-lo, ou ao menos mantê-lo vivo o quanto fosse possível. Mas Chris e Connie, os pais, perderam o último apelo na Corte Europeia de Direitos Humanos. Eles desejavam levar o bebezinho, de apenas 10 meses, para os Estados Unidos, para uma tentativa de tratamento da sua condição genética rara.

Os médicos do Great Ormond Street Hospital for Children, em Londres, onde Charlie recebia tratamento, disseram que desejavam uma “morte digna” ao bebê. Mas o casal, de Bedfont, levantou quase £1.4 milhão para levar o filho para a América e tentar alternativas. As cortes deram ganho de causa aos médicos londrinos. Alegaram que a decisão visa a evitar sofrimento e dor. O estado decide o destino do filho deles, sentenciando-o à morte imediata.

Matt Walsh escreveu um duro ataque à decisão, que chamou de “um horror”. Ele lembra que os pais não estão exigindo que o hospital mantenha o bebê artificialmente vivo por máquinas. Lutam apenas pelo direito de tirar seu filho de lá para levá-lo aos Estados Unidos e tentar outros tratamentos experimentais. Que pais, tendo a condição para tanto (e eles buscaram essa condição), abririam mão dessa chance? Walsh desabafa:

CNN chega ao fundo do poço com “entrevista” de ícone de crianças para impor sua agenda de imigração

Rodrigo Constantino

“Sesame Street’s” é um dos desenhos animados mais famosos do mundo, e Elmo é um dos mais queridos personagens. A CNN, também conhecida por aqui como Clinton News Network, tamanho o seu viés partidário e ideológico, resolveu descer ao fundo do poço e “entrevistar” Elmo, para falar de sua “experiência” com crianças refugiadas.

A pauta é clara: é preciso aumentar a imigração, não seu controle. Isso faz parte da agenda democrata, pois quanto mais imigrantes, mais trabalho barato e mais eleitores a explorar com demagogia e oferta de coisas “grátis”. A demografia é uma aliada da esquerda, pois a tendência é o imigrante dependente do estado votar depois em quem oferece mais benesses.

Em vez de explicar melhor a recente demissão de três jornalistas por conta de uma reportagem contra o assessor de Trump cuja única fonte era uma firma de pesquisa ligada ao Partido Democrata, a CNN preferiu explorar a criançada para pregar sua política de “fronteiras abertas” (escancaradas?), atacando assim Trump e seus eleitores, que escolheram claramente uma postura diferente, de maior rigor na hora de aceitar quem vem para a América.

Exigir que sejam pessoas que respeitam o que significa ser americano é um bom começo, algo que no passado era tido como básico, mas hoje não parece relevante para os “progressistas”, que odeiam o que a América representa e desejam mudá-la “essencialmente”, como confessou Obama. Logo, em nome dessa bandeira, nada como trazer Elmo para uma “entrevista”, mostrando como as crianças refugiadas são exatamente iguais aos americanos.

The Truth About CNN

Paul Joseph Watson

Brian Stelter accuses Infowars of stoking “hatred” against Clinton News Network


CNN host Brian Stelter is whining about Infowars promoting hate towards CNN.

Boo-hoo.

People don’t hate CNN because of Infowars.

People hate CNN because CNN lies about HUGE things then has the arrogance to claim they’re impartial.

CNN is the epitome of fake news.

Please share this video! https://www.youtube.com/watch?v=Bxg6Xs3jQek
Paul Joseph Watson is the editor at large of Infowars.com and Prison Planet.com.

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Credores da Varig começam a receber primeiros valores

Foto: Gabriela Di Bella/JC

Carolina Hickmann

Onze anos após ao encerramento dos contratos de trabalho, os funcionários da Varig ainda não receberam a totalidade de suas verbas rescisórias. Em determinados casos, também alguns meses trabalhados não foram pagos. Em rateio de R$ 82 milhões, realizado a partir do início deste mês, mais de 5,5 mil credores tiveram acesso a uma parte de seus créditos, entre mais de 8 mil credores aptos. A estimativa é de que a média de quitação da dívida seja de apenas 8% por pessoa.

Alguns credores quirografários (sem garantia real), porém, não receberam sequer 2% dos seus direitos. A legislação determina que em casos de falência os pagamentos preferenciais sejam os créditos trabalhistas, respeitando o limite de 150 salários-mínimos estipulado por lei. Quirografários são credores que, após o recebimento do teto, passam para o final da fila de pagamentos.

Na situação acima encaixa-se o ex-comandante de rotas internacionais da empresa, Paulo Antony, que avalia ter valores substanciais para receber. "Até o início do mês, eu não havia recebido um tostão", conta, lamentando que até agora só recebeu 2% dos que teria direito. Ele observa que nem todos os ex-funcionários tiveram a mesma "sorte". "O administrador judicial da massa falida pede um cadastro, mais 15 dias e, até agora, teve gente que não recebeu", explica Antony, que é um dos porta-vozes de parte dos credores trabalhistas.

De acordo com o escritório Licks Associados, responsável pela massa falida, além de todas as dificuldades, os correntistas do Banco do Brasil não estão conseguindo efetuar saques (das liberações) na boca do caixa, como os clientes dos demais bancos, por uma questão de incompatibilidade de sistemas. O banco informa, no entanto, que é responsável apenas pelo processamento de valores indicados pelo escritório, que ainda não teria repassado qualquer recurso para crédito ou indicado beneficiários.

Vídeo vazado de produtor da FNN (Fake News Network) é desgraça para a emissora, mas mídia nacional (e a internacional) esconde o caso

mrk

A CNN (que já merece ficar conhecida como FNN, ou fake news network) já estava envolvida no escândalo de três jornalistas que foram forçados a pedir demissão depois de divulgarem notícias falsas (no fundo, era apenas uma contenção de danos, pois a organização é especialista em falsificar a realidade).

Mas a treta mais pesada envolve o vazamento de um vídeo mostrando uma gravação secreta de um diálogo com John Bonifield, um produtor da CNN comentando a decisão da empresa de focar na investigação das alegadas conexões de Trump com a Russia, mesmo diante da falta de qualquer evidência de conluio entre a campanha de 2016 do atual presidente e o país de Putin.

Algumas horas depois, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse que o vídeo “é uma desgraça para toda a mídia, para todo o jornalismo”.

Veja o vídeo, que sepulta de vez a moral da CNN, em vídeo legendado pelos Tradutores de Direita:


Título e Texto: mrk, Ceticismo Político, 28-6-2017

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QUIZ: A Anunciação

Que religioso dominicano quatrocentista, nascido perto de Florença e beatificado em 1982, combinou uma vida de devoção com a prática de uma excelente pintura religiosa, criando obras como A Anunciação?


A  – Fra Diamante
– Bramantino
C  – Fra Angelico 
D  – Frei Bartolomeu

Pessoas difíceis

Nelson Teixeira

As pessoas com as quais você tem grande dificuldade de lidar são também aquelas que podem ser os seus mais valiosos mestres.

Isso porque os problemas que você tem com elas não são necessariamente em função da maneira como essas pessoas são ou agem, mas sim, da maneira que você reage a elas.

Aprenda a lidar com pessoas difíceis e você irá aprender valiosas lições a respeito de si mesmo.
Aprenda a se relacionar positivamente com pessoas difíceis e você irá desenvolver habilidades que podem muito lhe ajudar em muitas outras situações desafiadoras.

As pessoas são aquilo que são.

Desista de tentar mudá-las, julgá-las ou condená-las e olhe pelo valor que elas podem oferecer.
Algumas vezes esse valor é algo que está profundamente oculto e quando você o encontra você acaba descobrindo um tesouro preciosíssimo; algo que pouquíssimas pessoas investem um bom tempo em descobrir.

As pessoas com as quais você interage são espelhos que ajudam a ver algumas coisas dentro de você.

Com algumas pessoas, esse espelho pode ser difícil de olhar, porém, quando você tem a coragem de fazê-lo, as recompensas podem ser maravilhosas. 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 29-6-2017

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Incêndios, eucaliptos ou a ignorância e arrogância do Bloco (e do dr. Louçã)

José Manuel Fernandes

A obsessão do Bloco com o eucalipto não é uma preocupação com a floresta, é só preconceito e ignorância. Mais: sem o contributo do eucalipto dificilmente teremos recursos para recuperar o mundo rural.

Ainda antes de escrever a primeira linha deste texto já sei do que vou ser acusado – até já estou a ver as frases que encherão as caixas de comentários, onde serei de imediato condenado como um miserável avençado das empresas de celuloses. É isso que dita a habitual arrogância moral da esquerda e, sobretudo, da extrema-esquerda, aquela que dispara antes de pensar e insulta em vez de debater.

E sei muito bem porque é que isso vai acontecer: porque vou contrariar a ideia feita de que os grandes males da floresta portuguesa são todos obra da sua “eucaliptização”. Depois da tragédia de Pedrógão Grande, esclarece o sumo sacerdote e eterno ideólogo do Bloco, o prioritário não é determinar como foi possível um tal colapso do Estado na sua primeira missão de proteção dos cidadãos, nem apurar responsabilidades políticas, nem sequer tentar perceber, no terreno, como possível que o fogo se propagasse tão depressa nalguns terrenos ao mesmo tempo que deixava, aqui e além, umas manchas verdes. Para Francisco Louçã a “agenda do rescaldo” nunca passa por pedir contas a quem nos governa, antes por condenar quem está na oposição e, sobretudo, por “ter cuidado” com “as empresas do eucalipto” que estarão “a mover-se para proteger o seu baú”.

Como? Na cabeça conspirativa do novel conselheiro de Estado essas empresas irão aproveitar “a necessidade de posse administrativa dos terrenos abandonados para um movimento de concentração da propriedade, à espera de um novo governo que lhes favoreça a eucaliptização”. Por isso, acrescenta, é preciso, pois, ter cuidado com os “eucaliptocratas”, razão pela qual não há dirigente, deputado ou bota-faladura do Bloco que não fale do eucalipto mesmo sem saber daquilo que fala.

Infelizmente fazem-no em terreno fértil: primeiro, porque as empresas de celulose são ricas e dão lucro, e isso é pecado em Portugal; depois porque o eucalipto tem, sempre teve, muito má imprensa – às vezes com razão, outras sem ela. Quando a Catarina ou uma das manas Mortágua investe contra a chamada eucaliptolândia, os jornalistas que seguram os microfones quase acenam com as cabeças e depressa se esquecem de confrontar a sua doçura de hoje (quando morreram 64 pessoas num incêndio florestal) com a lendária agressividade dos tempos em que até as suas unhas encravadas eram culpa de Passos Coelho.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Paraíso cubano


Undercover Video: CNN Producer Says #TrumpRussia Hoax Is 'Mostly Bull****

In the recent video footage obtained by Project Veritas, John Bonifield a Sr. Producer at CNN, admits to several beliefs that are in direct conflict with the official CNN narrative that Trump has colluded with Russia, and that Russia has interfered with the 2016 election. Bonifield expresses clear doubts that there is a fire behind the Russia smoke, stating, “I haven’t seen any good enough evidence to show that the President committed a crime.” He also confirms suspicions that CNN staff is ideologically biased against Trump, stating, “I know a lot of people don’t like him and they’d like to see him get kicked out of office…”

Bonifield even further confirms CNN’s bias against the President, stating, “I think the President is probably right to say, like, look you are witch hunting me...you have no real proof.”

Bonifield exposes that Russia has been great for CNN’s ratings, and that orders from CEO Jeff Zucker himself have directed CNN to pursue Russia leads at the expense of other stories. Bonifield states “And the CEO of CNN said in our internal meeting, he said ‘good job everybody covering the Climate Accords, but we’re done with it let’s get back to Russia.’”

He further comments on Russia, “it’s mostly bullshit right now. Like, we don’t have any giant proof...if it was something really good, it’d leak.”

E começa a organização do 3º Encontrão: 19 de maio de 2018

Com este belíssimo vídeo produzido por Luís Torres encerramos a organização do 2º Encontro Europeu de ex-Trabalhadores da Varig, Familiares e Amigos.





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O homem que afinal não tem sempre sorte

Rui Ramos

Ao fim de uma semana, tivemos desculpas do líder da oposição por um comentário, mas nem uma palavra de contrição do governo pelo descontrole que matou 64 pessoas e deixou mais de 200 feridas.

O incêndio do Pedrogão Grande foi um dos fogos florestais em que mais pessoas perderam a vida nos últimos cem anos em todo o mundo. O espetáculo ignóbil do colapso do Estado no exercício das suas funções mais básicas espantou quem pôde seguir o noticiário: imprevidência, abandono das populações, descoordenação, informações contraditórias. Mas no meio do caos, enquanto os mortos e os feridos se acumulavam, o que inquietava o jornalismo e as redes sociais que geralmente zelam pelos interesses de António Costa? Isto: a identidade do autor de um artigo sobre Portugal no El Mundo. A pressão (vinda de Portugal) sobre os editores do diário espanhol terá sido maior do que quando tratam de temas irritantes em Espanha e nas Américas, como a Venezuela chavista. Ficámos assim com uma ideia da máquina de que o atual governo de Lisboa dispõe para “afeiçoar” a comunicação social.

Que fez El Mundo? Apenas isto: especulou sobre as consequências políticas da catástrofe do Pedrógão. Acontece, porém, que El Mundo não refletia o debate público em Portugal. Nenhum partido ou personalidade influente exigiu a demissão de um ministro, nem sequer de um secretário de Estado, quanto mais do governo. O presidente da república, segundo depois terá feito constar, repetiu fielmente o que o governo lhe disse. A oposição respeitou o luto. O PCP e o BE tiraram, que me lembre, as primeiras férias desde 1974: foi como se não existissem. Não houve, como em Londres depois do incêndio da Grenfell Tower, nenhum “day of rage”. As televisões faziam desfilar “especialistas” a repetir muito disciplinadamente o que dizem todos os anos.

O que aterrorizou então o clube de fãs de António Costa? Não foi a perspectiva de uma improvável insurreição à latino-americana, mas outra coisa: o perigo de acabar o mito que tem sido a força de Costa. Desde o princípio, que António Costa foi apresentado aos portugueses fundamentalmente como um homem de sorte e de habilidade. Perdeu as eleições, mas o PCP e o BE deram-lhe a mão, e chegou a primeiro-ministro. Passos Coelho deixou a economia a crescer e o desemprego a diminuir, mas é Costa quem está a registar os resultados. Que mais provas podia haver da sua boa estrela? Napoleão, como é sabido, preferiu sempre generais menos capazes, mas com sorte, a generais muito competentes, mas azarados. Costa seria talvez um bom general para Napoleão, e era disso que, segundo a oligarquia, o país precisava: um governante a quem tudo corresse bem, um “optimista”.

Travel ban

José António Rodrigues Carmo

Os médias de esquerda norte-americanos (NYT, WP, CNN, MSNBC, a TIME, etc), devidamente secundados pelos equivalentes europeus e portugueses, fizeram parangonas vitoriosas quando o "travel ban" relativo a alguns muçulmanos foi bloqueado em tribunais de 1ª e 2ª instância nos EUA.

Na altura, muita gente chamou a atenção para o facto de esses tribunais serem dominados por juízes nomeados por administrações democratas e as sentenças serem basicamente políticas e ideológicas.

Ontem, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu ouvir o caso lá para outubro, mas, entretanto, anulou a parte substancial dos bloqueios decididos pelos juízes ativistas.

Sede da Suprema Corte dos EUA, Washington

Foi uma clara vitória da administração Trump, mas curiosamente os tais media noticiaram o assunto pouco mais que em nota de rodapé, o que revela claramente o sectarismo de alguns meios de comunicação que, instalados em bolhas de esquerda, insistem num solipsismo tragicómico.

O relevante nesta decisão é que ela foi inteiramente jurídica, unânime, com todos os juízes, incluindo os "liberais", a votarem a favor.

O bom senso começa a regressar e a poeirada ideológica daqueles que só aceitam a democracia quando lhes convém, está finalmente a assentar. 
Título e Texto: José António Rodrigues Carmo, Facebook, 27-6-2017

[Aparecido rasga o verbo] Viúva inconsolável

Aparecido Raimundo de Souza

O RATO CHEGOU todo cheio de si, cutucou o gato e disse impostando uma voz grossa e firme:
- Meu chapa, é o seguinte. Hoje eu vim aqui com uma única finalidade. Acabar com a sua raça.
Antes de responder, o doméstico caseiro com cara de Fígaro (aquele famoso gato do mestre carpinteiro Gepeto) se empertigou todo e sorriu com desdém.

- Estou pagando para ver, seu insignificante espécime comum. Eu é que pretendo pôr um fim definitivo em você e sua irritante empáfia. Assim que acabar a minha saborosa refeição. Saiba que partirei para cima de seus costados como um rolo compressor. Fique preparado que daqui a alguns minutos você virará picadinho. Será a minha sobremesa, após todas essas guloseimas que estou mandando para dentro.

Foi a vez do pequeno roedor cair em gostosa gargalhada:

- Você vai fazer picadinho de mim? Kikikikikikikikikiki... saiba que sou eu quem está pagando para ver...

O felídeo virou o derradeiro gole do suco que bebia e observou:
- Você é tão imprestável e sem importância, que nem me darei ao trabalho de interromper a minha prazerosa e nutritiva refeição. Isso equivale dizer que você será a sobremesa. Faz tempo que não mando para a barriga um bom pedaço de carne de rato. Olhando para seus cornos, me vem à lembrança a figura do Chumbinho.




- Kikikikikikikikikiki...
- Ria mesmo, meu chapa. Divirta-se até não poder mais. Seus minutos estão contados.
- Seu frajola bobalhão. Vá ver se eu estou ali na esquina.
- Me traz um pedaço de queijo, que aproveito e ponho na sua boca, para que engula como a gororoba terminal.
- Seu tolo. Sem noção. Lembra que ontem eu coloquei esse chocalho que agora balança no seu pescoço? Ou será que esqueceu? Que mico você deve estar pagando!

De fato, a essa lembrança, o bacamarte ficou pê da vida. Essa proeza mexeu com seus brios. Realmente acordara com um guizo pendurado. A princípio pensara que fora seu velho dono, todavia, logo depois, chegou à conclusão que estava completamente errado. O velho senhorio, seu amo, havia viajado e ainda não voltara. Fuzilou o indefeso rato de laboratório, alguns passos à sua frente. O primeiro ímpeto que lhe veio à cabeça foi saltar sobre o desamparado.

Piada de Lula contra Moro deveria ser rebatida com condenação pesada e prisão preventiva

mrk

O vídeo que veremos ao final deste post é um dos mais repugnantes possíveis.

Vemos ali que o réu Lula demonstra total desrespeito com o juiz Sérgio Moro, com o estado de direito e a Justiça, além de se achar no direito moral de transformar todo o seu caso em piadinhas cínicas.

Isso deveria servir como motivação adicional não apenas para a condenação de Lula (que, segundo a Istoé, deve ficar em torno de 22 anos de pena).

Já passou da hora de Sérgio Moro condenar Lula também à prisão preventiva, pois caso o ex-presidente seja apenas condenado, ainda poderá ficar mais de um ano solto, uma vez que o julgamento do recurso no TRF-4 ocorreria apenas em julho de 2018.

Que a provocação abaixo sirva como motivação para Moro mandar Lula para uma preventiva, pois esse privilégio dado ao petista já está enchendo o saco:


Título e texto: mrk, Ceticismo Político, 27-6-2017 

NdE: O meliante aqui em cima beneficia-se da Liberdade de Expressão, SOMENTE existente e assegurada por sistema político que o meliante, apaniguados e assemelhados tudo fazem para implodir.

Polícia assume assassinato com sacos de feijão e fuba

Maka Angola


A Polícia Nacional e a administração municipal do Cuango procederam, no sábado à tarde, à entrega de um saco de arroz e de um saco de fuba de milho à família do malogrado Pimbi Txifutxi, morto a tiro por um agente da Polícia Nacional durante a marcha do Movimento do Protectorado Lunda-Tchokwé, no Cuango.

“Fomos ao comandante da Polícia Nacional (superintendente Caetano Bravo dos Santos[foto]) e a administradora municipal [Angélica Umba Chassango] estava presente. Ambos nos disseram que vão assumir o óbito”, afirma Raimundo Pimbi, irmão da vítima. “Vão dar o caixão e deram um saco de arroz, um saco de fuba de milho, cinco litros de óleo e cinco quilos de açúcar.”

De acordo com Raimundo Pimbi, que liderou a sua família no encontro com as autoridades, no Comando Municipal da Polícia Nacional, “primeiro, o comandante queria negar a responsabilidade da polícia pelo crime. Disse que deu senha branca para a paz e não vermelha para matar. Segundo o comandante, se o polícia matou, a responsabilidade não é do MPLA, mas do indivíduo. É ele que tem de assumir.”

O irmão da vítima refere ainda que “a administradora Angélica Umba Chassango disse apenas ‘vamos assumir a responsabilidade de dar comida e caixão, o resto vamos conversar depois’”.

“Não falaram de prisão, de fazer justiça, nada! O matador está livre, circula à vontade no Cuango.” Raimundo Pimbi manifesta, naturalmente, a indignação de toda a sua família.

QUIZ: David

Um escultor florentino do Quattrocento deu um novo tratamento ao seu material e esculpiu de uma forma inovadora obras como David ou São Jorge. De quem estamos a falar?
 
 David (1408-1409)
Museo Nazionale del Bargello, Florença

A  – Lorenzo Ghiberti
– Pietro Lombardo  
C  – Antonio Pollaiulo 
D  – Donatello

Vida

Nelson Teixeira

Você já percebeu que quando nos APAIXONAMOS por algo nesta vida, o nosso sentido de viver opera milhões de transformações na gente?

Como é bom se APAIXONAR pelo trabalho, pelas novas conquistas, pelos amigos, pelos nossos irmãos, pela pessoa amada, pelos nossos pais, pelos nossos sonhos de felicidade, pelos nossos filhos, enfim, por tudo…

Quando abrimos o coração para o mundo que está em nossa volta, perpetuamos o que há de mais valoroso existente neste universo… O NOSSO AMOR.

Aproveite o dia hoje para se apaixonar por algo novo e vibrante.

No final do dia você verá que teve a oportunidade de ser um grande pintor, pois uma aquarela de tintas foi colocada em suas mãos e você soube muito bem aproveitar. 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 27-6-2016

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Diário da antiga Corte

Bruno Garschagen


Passeando por Lisboa, sede da nossa antiga Corte, sinto cheiro da minha infância. As ruas, as pessoas, as construções lembram-me um certo Brasil da década de 1980. Há nos portugueses uma ingenuidade sincera, uma maneira singular de lidar com a vida e com o outro, elementos que deixamos desaparecer do nosso senso comum.

Ajuda essa peculiaridade a compreender por que tantos brasileiros, turistas ou imigrantes, ao reconhecerem Portugal como a sua casa, ou a casa de um familiar querido, desabrocham em elogios, apaixonam-se à primeira vista. E querem voltar a passeio ou nunca mais daqui sair.

A oikophilia, o amor pelo lar de que fala Roger Scruton, porque distinção humana, permite-nos reconhecer como casa aquilo que nos é familiar, que nos desperta o senso de pertencimento e de proteção contra os instintos destrutivos dos revolucionários.

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Desde 2007, quando vim pela primeira vez para residir, Portugal é o meu país. Portugal é o meu país justamente porque sou brasileiro. E ser brasileiro significa reconhecer e celebrar esse extraordinário capital cultural que nos foi legado pelos portugueses. Se nós, brasileiros, somos portugueses dilatados pelo calor, como escreveu Eça de Queiroz em 1872, partilhamos fidagalmente qualidades e senões. Em muita medida, ainda somos “expansivamente” o que os portugueses são “retrahidamente”.


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Estive num jantar, na semana passada, com um grupo de amigos em Lisboa. Um escrete estrelado, como diziam antigamente os cronistas de futebol. Cada um deles bem-sucedido e influente em seu ofício – literatura, jornalismo, mercado editorial, ensino universitário. A política dominou a conversa, posto que o momento está para isto mesmo seja em Portugal, no Brasil e no resto do mundo.

A crise política do Estado do Rio de Janeiro num momento terminal

Cesar Maia
               
1. A grave crise fiscal e financeira do Rio de Janeiro vem levando a crise política a um limite. A assembleia legislativa tem feito sacrifícios políticos ao votar medidas duras encaminhadas pelo governador. Os deputados federais fluminenses têm sido solidários e têm se mobilizado em Brasília para acelerar a aprovação de leis e demandas de interesse do Estado. E até ministros do STF.
                   
2. A partir das aprovações dessas medidas, o governador – até por natural ansiedade – antecipa a expectativa dos prazos para a normalização do pagamento dos salários, proventos e pensões, e débitos com fornecedores. Esse otimismo tem ajudado a construir maioria de votos na assembleia legislativa, apesar do desgaste e da mobilização nas ruas, tantas vezes radicalizadas.
                   
3. Mas, na medida em que as expectativas e o otimismo antecipados não se confirmam, se constrói um quadro de depressão social, política e funcional. E de minimização da confiança no governador. Com isso, suas novas demandas, independente do grau de necessidade das mesmas, passam a ter um terreno muito mais pedregoso para suas efetivações.
               
4. Na quinta-feira passada (22), dois fatos políticos marcaram esse quadro de depressão política. Numa conversa com representações dos servidores, o governador – pela primeira vez – admitiu que poderia não concluir o seu mandato. Não houve desmentido. Uma admissão como essa cria a sensação de governo terminal, o que dificulta ainda mais sua mobilidade como gestor e a confiança no andamento e consequências das medidas que propõe. 
                   
5. Quase simultaneamente, no mesmo dia, o presidente da assembleia legislativa – que tem construído maioria e tem conduzido, com todas as dificuldades e os ruídos crescentes das ruas, a aprovação das medidas – em entrevista afirmou que a partir de agora haveria dois caminhos para o governador: a intervenção federal e o impeachment.

Assim, nada vai mudar

Alexandre Homem Cristo

A quem se entrega um dossier que se pretende inconclusivo? Ao parlamento, claro – um cemitério de reformas políticas e um palco de desentendimentos que nunca desilude nos espetáculos mediáticos.

O Estado ficou aos papéis no incêndio de Pedrógão Grande. Mas a classe política nem por isso. Desde a primeira hora da tragédia, o governo e a Presidência fizeram os possíveis para sacudir a pressão e abafar a discussão sobre as origens do incêndio, os erros operacionais e a descoordenação política. A versão oficial, pela boca de Marcelo, saiu definitiva: não havia nada mais que pudesse ter sido feito. Agora que os jornais desenterraram factos que contrariam essa versão, a história mudou. Afinal, Marcelo exige esclarecimentos. Afinal António Costa quer respostas cabais. Ainda bem. Mas que fique registado: a primeira intuição foi afastarem-se das responsabilidades e soltar informação que, escrutinada pela imprensa, se provou errada ou, pelo menos, muito duvidosa – sobre como tudo começou, sobre a coordenação dos serviços, sobre meios de combate ao incêndio.

Nada de inusual. O instinto de sobrevivência faz parte da vida dos partidos. E perceber isto é fundamental para entender o que aí vem quando se fala de apuramento dos factos sobre Pedrógão Grande: quanto mais esse apuramento depender dos partidos, menor será a independência das conclusões e menor será o esclarecimento público. É por isso que, entregue o processo ao parlamento, tudo indica que será pouco mais do que fomentar a ilusão de escrutínio. Afinal, a quem se entrega um dossier que se pretende inconclusivo? Ao parlamento, claro – um cemitério de reformas políticas e um palco de desentendimentos que nunca desilude na disponibilidade para espetáculos mediáticos.

A farsa já começou, sob coordenação da Presidência da República, que exige novas leis até às férias e pelos vistos determina o calendário legislativo da Assembleia da República (justiça seja feita a Passos Coelho, que se tem oposto às precipitações de Marcelo). Esta semana, os deputados despacharam numa tarde o que há dois meses não se resolvia. Será que, legislando assim, os interesses dos cidadãos ficarão melhor protegidos? Parece óbvio que não. Mas os dos deputados ficarão: votadas e aprovadas as leis, ninguém os poderá acusar de não terem feito do tema uma prioridade. As aparências são tudo.

Tudo é nada. E o nada é medo

Helena Matos

O imprevisível tornou-se no terror do Governo. Porque é o imprevisível que expõe o logro desse Estado cheio de “meninas César" que gasta metade da riqueza nacional e desaparece quando gritamos Socorro

Renascença: Marcelo diz que “É tempo de apurar tudo sem limites nem medos”

Observador: Marcelo. “É preciso “apurar tudo, mas mesmo tudo, o que houver a apurar”

ExpressoMarcelo Rebelo de Sousa quer que o parlamento aprove, antes das férias, um pacote legislativo global que abarque várias áreas, do ordenamento florestal às questões penais. “Sobre tudo, mas tudo é tudo“.

O que se passa? Do que tem medo Marcelo? Ou melhor dizendo de quem tem medo? Porque insiste e repisa Marcelo como se estivesse possuído por uma fúria enfática naquele tudo que é “mesmo tudo”? Afinal se vamos apurar algo não é precisamente para apurar tudo? Que parte é essa que o Presidente teme que fique fora desse tudo que exige conhecer? E porque fala o Presidente de limites e de medos? Mas esses limites podem ser colocados por quem? E os medos quanto são? Serão dois medos? Três medos? E quem tem medos? E de que ou de quem?…

Não, isto não é apenas Marcelo, qual silicone da situação, a tentar preencher todos os pontos de fuga. Há de facto um medo instalado. Em primeiro lugar, o medo que um povo experimenta quando não vê o seu Estado. Em Pedrógão não aconteceu um erro. Negligência. Ou falha. Tudo isso já tivemos e continuaremos a ter. Porque somos humanos. Não, o que aconteceu em Pedrógão foi doutra natureza e apenas tem paralelo com as cheias de 1967: o Estado não estava lá. As pessoas gritaram, as pessoas pediram socorro, as pessoas fizeram o que as autoridades mandaram… e morreram.

Nos dias seguintes enterraram-se os mortos e procura recuperar-se o quotidiano, mas, latente, ficou a memória daquele dia em que os portugueses ficaram entregues a si mesmos. E tiveram medo. É desse medo que Marcelo e o Governo têm medo. Porque pode ser terrível aquilo que um povo faz para não sentir medo. E por isso, todos, Governo, Presidente e povo repetem a si mesmos, desde 17 de junho, que não pode haver uma segunda vez.

The Bizarre Reason There Was No Service On My TAP Portugal Flight

Lucky

I’ve seen a lot of laziness from airline crews in my day, though I’ve never seen anything quite like what I just experienced on my TAP Portugal flight.

I just flew TAP Portugal from Lisbon to Milan, which was a 2hr5min flight. As soon as we boarded it was announced that “this flight is operating with reduced cabin crew and for that reason there will be no meal service on this flight.”


My assumption was that maybe they wouldn’t do the full service in economy (maybe only drinks of choice and not whatever food they’d usually serve), but I figured they’d still serve something in business class.

Nope. Instead the crew passed through economy with water cups shortly after takeoff, and then came through business class with glasses of water or orange juice. That was the extent of the service.


I asked if I could have another glass of water, and was told “one per person.”

I smelled food in the oven, but go figure those were crew meals. The crew spent the rest of the flight in the galley eating, talking, and reading. The next time we saw them was when the cabin had to be prepared for landing, and the curtains were no longer blocking the galley. I can’t say I blame them, because I’d be embarrassed to make an appearance in the cabin as well under such circumstances.