segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Revista Oeste: A eleição do novo presidente do Brasil está entre os destaques desta edição

Branca Nunes

Valeu a pena o empenho de boa parte dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral, da imprensa velha, do jornalismo militante, dos artistas/intelectuais de manifesto. Graças a uma vantagem inferior a 2 pontos porcentuais, Lula entrará no gabinete hoje ocupado por Jair Bolsonaro em 1º de janeiro de 2023. 

O esforço para eleger o único político considerado de esquerda que não sofre de raquitismo eleitoral produziu as mais improváveis parcerias. Uma delas: Guilherme Boulos, acusado de vadiagem por Henrique Meirelles, está de mãos dadas com Henrique Meirelles, acusado por Boulos de “explorador do povo brasileiro”. Outros namoros atraíram para o palanque de Lula os banqueiros do Plano Real, classificado pelo PT como uma “pura tapeação”, ou José Sarney, considerado por Lula em 1988 “o maior ladrão do Brasil”. 

As cerejas do bolo foram o vice Geraldo Alckmin (que em 2018 garantiu que Lula queria mais um mandato para voltar à cena do crime) e Fernando Henrique Cardoso, responsabilizado por deixar-lhe no colo uma “herança maldita” que nunca existiu. Há poucos anos, FHC achava que o PT quebrou o Brasil.

Essa babilônia brasileira pariu o terceiro mandato do homem que assombrou o país por 42 anos, oito dos quais na Presidência e mais cinco com o codinome Dilma Rousseff. Como avisa o artigo de Ubiratan Jorge Iorio, um esclarecedor regresso ao passado recente o que podemos esperar é, por exemplo, “a volta dos bancos públicos como fomentadores de projetos escolhidos politicamente Nunes para beneficiar setores de empresários amigos”. 

Iorio também prevê “tentativas de reverter privatizações; fortalecimento dos sindicatos, com a marcha à ré da reforma trabalhista feita no governo Temer; tentativa de ingerência na autonomia do Banco Central; explosão de gastos públicos; BNDES colocado para financiar projetos em países amigos; recuos nos marcos regulatórios de diversos setores; ideologia de gênero e muito mais”.

Após Caio Coppolla e Augusto Nunes, Guilherme Fiúza é demitido da Jovem Pan

O jornalista Guilherme Fiúza foi desligado pela Jovem Pan News nesta segunda-feira.

A decisão, confirmada a Splash pelo canal de notícias, vem na sequência das dispensas de Caio Coppolla e Augusto Nunes, também desligados pela rádio hoje.

Fiúza e Augusto Nunes faziam parte de "Os Pingos nos Is", o principal programa da rádio.

Título e Texto: Allan dos Santos, LocaLS, 31-10-2022

Um exemplo da alegria de "jornalistas" portugueses

[Aparecido rasga o verbo – Extra] O Honesto e o Ladrão

Aparecido Raimundo de Souza

“O Brasil já estava na merda, fazia tempo. Só fizemos confirmar o que sabíamos de cor e salteado e não queríamos, por puro medo, admitir”.
Tirullipa (Comediante) 

SENHORAS E SENHORES, entendam de uma vez por todas. Quando falamos que o povo brasileiro é burro e imbecil, retardado e mentalmente tresloucado, a maioria das pessoas nos rotulam de malucos. Que pena, que lástima! Pena e lástima, evidentemente, em face dos resultados das urnas. Elas vêm provar robusta e cabalmente tais fatos. Não somos malucos.

O povo sim, é o desgraçadamente apatetado e desorbitado. A prova concreta e insofismável, aí está. Ele preferiu colocar (de volta), no poder, um ladrão e cachaceiro, um abestalhado e toleirão mentiroso, abandonando ao “nada”, como um verme, aquele cidadão honesto e decente que à frente do país poderia continuar fazendo muita coisa boa e útil para o bem comum da sociedade.

O “PT”, ou “Partido dos Trambiqueiros”, ou dos “Trapaceiros”, ou por extensão, dos “Trogloditas”, levou a melhor, enquanto a bandeira impecável de Bolsonaro se via arrancada de vez e queimada com suas cinzas atiradas para o profundo de um poço de dimensões insondáveis. Dito de forma mais objetiva: Bolsonaro tomou um belo chute nos colhões.

Isso nos leva a acreditar piamente na falsa lisura, na nojenta e jocosa transparência, na lealdade truncada, no pundonor camuflado, na honradez enlodada e no decoro, notadamente na castidade briosa que os boçais, os estúpidos, os ignorantes, os brasileiros de cabeças de titicas e mentes amebadas (1), usque os mentecaptos, os “omens” feitos de puras bostas fedorentas chamam, agora, nesse momento, de “Festa da Democracia”.

“Festa da democracia”, senhoras e senhores, na verdade, deveria ser conhecida como “Festa da Demonioutopia”, ou “Solenidade” da subida triunfal do Capeta ao Poder””. A democracia que os “achavascados e noiados” deram em litúrgica oferenda os seus rabos sujos, para vê-la triunfar, não passa de uma página ilusória e inexistente. Falamos dessa maneira, porque a democracia nunca se viu sã, livre e próspera. Aliás, a democracia por essas bandas, jamais teve vida e forma corretas.

O Brasil tem mais de quinhentos anos de podridão, de indecorosidades (2), de putarias, de safadezas, de pilantragens, de sacanagens, de desrespeitos ao ser humano comum e, a cada dia, esse quadro dantesco só faz piorar aos olhos dos que ainda acreditam em milagres.

domingo, 30 de outubro de 2022

Zerézima carnavalesca

Haroldo Barboza

Os humanos com neurônios mais bem explorados, descrevem (por livros e filmes) sonhos que não demoram a se tornar realidades palpáveis.

Só para refrescar nossas memórias:

1931 - Dick Tracy já usava celular no pulso.

1954 - 20 mil léguas submarinas exibiu submarino com tecnologia que ainda nos surpreende.

1968 - 2001: uma odisséia no espaço exibe o computador que troca pensamentos conosco.

2006 - Código da Vinci descreve uma trama internacional que pode colocar em risco alguns dogmas religiosos que nos são passados sem contestação permitida.

Não querendo me igualar aos geniais autores de tais obras, lanço aqui minha breve “fricção científica” para deleitar alguns valentes leitores de meus textos.

O teste da “zerézima” das urnas-E (tão seguras que nem o Paraguai as usa) é um belo engodo para criar distração similar às que os mágicos usam para enganar seus expectadores.


Claro que nenhuma das urnas-E possui votos previamente destinados para qualquer candidato.

O risco de manipulação das mesmas numa escala nacional é de pequeno dano. Já numa eleição municipal, pode ter algum peso, com a prática de alguns mesários votarem (perto das 17 hs) por eleitores que não chegaram até tal horário. Mas só pode ser realizada com a cumplicidade do presidente da seção, dos mesários escalados e dos “fiscais” devidamente convencidos de que os “plim plins” consecutivos ouvidos representam a finalização do processo. Tal cumplicidade exige bom valor para suborno e “garantia” de que nada será revelado durante um ano. Se tal ocorrer nesta época, o caso será facilmente abafado como nas “urnas de Algoas” - consulte:

Lula volta à cena

 Com 95% das urnas apuradas, o ex-presidiário está na frente com 57.132.197 votos.

Jair Bolsonaro está com 55.645.094 (49, 34%).

Portanto, Lula e quadrilha voltam para o saque.
Entre nulos e brancos são quase seis milhões!

Boa noite.

Bolsonaro vota no Rio de Janeiro

Presidente foi um dos primeiros a registrar o voto neste domingo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) votou na manhã deste domingo, 30, no Rio de Janeiro. O candidato à reeleição compareceu à zona de votação, na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na zona Oeste da cidade. Ele foi um dos primeiros a iniciar a votação, por volta das 8h. Assim como no primeiro turno, Bolsonaro usou uma camiseta amarela com a inscrição “Brasil” no peito.

Bolsonaro deixou o local onde estava hospedado por volta das 7h40 e seguiu para a Vila Militar. Assim que os portões do local de votação se abriram, ele se dirigiu para a seção eleitoral para registrar o voto.

Hoje, diferentemente do primeiro turno, Bolsonaro não concedeu entrevista aos jornalistas que acompanhavam a votação. Ao deixar o colégio, ele acenou para o público e conversou apenas com apoiadores que estavam no local.

“A expectativa é de vitória pelo bem do Brasil e só temos boas notícias, e seremos vitoriosos, ou melhor, o Brasil será vitorioso”, disse brevemente Bolsonaro.

Bolsonaro deve seguir para o aeroporto do Galeão para recepcionar o Flamengo, tricampeão da Libertadores. Em seguida, ele deve embarcar para Brasília, de onde acompanhará a apuração dos votos.

Título e Texto: Redação, Revista Oeste, 30-10-2022, 8h20

[As danações de Carina] Como se comesse pêssegos ásperos

Carina Bratt

‘Compreendeu que o empenho de modelar a matéria incoerente e vertiginosa de que os sonhos são feitos é o mais árduo que um varão pode empreender, embora penetre todos os enigmas da ordem superior e da inferior: muito mais árduo que tecer uma corda de areia ou que amoldar o vento sem rosto’
Jorge Luiz Borges

EU NÃO TENHO a mínima ideia do que acontece, embora não seja a primeira vez e, certamente, não será a derradeira. Todavia, sempre que a coisa vem à tona, eu me questiono: será que tudo foi verdade, ou apenas um sonho bobo que se fez real no imaginário tresloucado de uma de minhas noites mal dormidas? Não importa! O fato é que acordo toda molhada.

Literalmente. Encharcada da cabeça aos pés. O corpo suando em bicas, a alma pingando lembranças, o âmago chorando pitangas antigas e o coração, coitado, batendo num descompasso medonho como se fosse me sair pelos ouvidos num grito ensurdecedor. De vez em sempre o ‘Meu Toda Por Dentro’ se debulha em saudades passadas e me faz sair do sério, mesmo estando quietinha e serena nos braços fortes de Morfeu (1).


Às vezes penso ser uma menina boba, tentando me achar num mundo de esquizofrênicos à beira de um ataque de nervos. A cama realmente jazia ensopada, o lençol, os travesseiros, como se do nada um dique de uma cachoeira igualmente inexistente tivesse se rompido e inundado meu apartamento. Pulei, às carreiras. Nessas horas, sempre me movimento doidivanamente (2) em busca de meu próprio socorro.

Saltei, pois como se a bunda, motivada por molas debaixo da calcinha, me impulsionassem a um pinote tipo assim, ornamental. De repente, meus pés pisaram um chão conhecido, todavia naquele momento do contato tive a impressão de ambular (3) à esmo um espaço esquisito do qual eu não tivesse nenhum relacionamento mais íntimo.

Corri para a sala, liguei o som, abri as cortinas. Tropecei em Garcia Márquez (4) e me senti como se fizesse parte da ‘Memória de uma de suas putas tristes’ (5), que começara a ler na noite anterior. Não, eu não era uma delas. Me veio à cabeça um impropério em forma de palavrão. Me contive não deixando que tomasse forma em minha boca e saísse a bel prazer do meu espírito conturbado.

Abri as cortinas e me deparei com prédios sisudos à frente, afundados um ou dois andares abaixo da minha varanda, como se de suas estruturas me olhassem espantados e vissem, em mim, uma espécie de bicho arredio, enjaulado em sintonia de extinção. Um sol radioso me salvou. Entrou ligeiro, sem pedir licença e se fez majestoso em todos os cantos e recantos da sala.

Sergio Moro: Diga não!

sábado, 29 de outubro de 2022

Dois pontos deixados na ilha

FC Porto empatou a um com o Santa Clara no Estádio de São Miguel

O FC Porto regressa dos Açores com um ponto que não sabe a nada. Menos de 72 horas volvidas desde a excelente exibição europeia em Bruges, os Campeões Nacionais regressaram à realidade interna com um balde água fria. Em casa do Santa Clara, antepenúltimo classificado à partida para a ronda 11, os Dragões entraram bem, estiveram a ganhar durante 80 minutos, pareciam ter o desfecho minimamente controlado, mas acabaram a perder dois pontos na reta final da mesma forma como se haviam adiantado logo a abrir.

Muito dificilmente o jogo poderia ter começado de melhor forma. Novidade única no onze - lançado para o lugar do castigado Eustaquio -, Bruno Costa bateu um livre lateral que contornou a defesa açoriana logo ao terceiro minuto para Fábio Cardoso cabecear com força e direção perfeitas e fazer o 1-0. De sentido único, a primeira metade da etapa inaugural ainda teve Galeno perto de aproveitar as sobras dos avançados ao segundo poste e Evanilson desperdiçar um lançamento lateral que se confundiu com um cruzamento de Zaidu.

O resultado já pecava por escasso à meia hora, fase do encontro em que o camisola 30 azul e branco voltaria a falhar no momento de dizer “sim” ao golo - desta feita a convite de Otávio - e em que o capitão atirou forte, porém ligeiramente ao lado, na sequência de uma bola parada bem desenhada e estudada no Olival. A melhor - e única, na realidade - oportunidade de golo insular viria a surgir já perto do descanso e a ser negada pelo homem do momento. Com a mão esquerda, Diogo Costa manteve a folha limpa e a vantagem portista à ida para as cabines.

Brasil sofreu ‘golpe de sorte’, diz Temer ao lamentar falas de Lula

Ontem, petista falou sobre o ex-presidente no debate da Globo

Rute Moraes

O ex-presidente Michel Temer [foto] (MDB) usou as redes sociais neste sábado, 29, para lamentar os ataques que sofreu de Lula (PT), candidato à Presidência. Durante o último debate presidencial, na sexta-feira 28, o petista chamou Temer de “golpista”, se referindo ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

“Lamento a deselegância do candidato Lula ao chamar-me de golpista”, escreveu o ex-chefe do Executivo no Twitter. “Quem derrubou o governo petista foi o povo nas ruas e o Congresso Nacional. Na verdade, o que aconteceu no Brasil foi um ‘golpe de sorte’, pois recuperamos o país da maior recessão da sua história.”

Michel Temer ainda destacou que o petista deve perder “preciosos votos” das pessoas que constataram a sua “deselegância e inoportunidade política”. A declaração de Lula ocorreu ao afirmar que o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) recebeu o governo de um “golpista”, referindo-se a Temer. O emedebista era vice-presidente de Dilma.

Na manhã deste sábado, a advogada Luciana Temer, filha do ex-presidente, publicou um vídeo nas mídias sociais reafirmando seu voto em Lula, mesmo depois do petista ter ofendido seu próprio pai em rede nacional.

“Muita gente está me perguntando se vou continuar defendendo um homem que chamou o meu pai de golpista em rede nacional”, declarou. “Quem me conhece sabe o quanto amo e admiro meu pai. Eu defendo um modelo de país e de sociedade, que não é possível com um governante que desrespeita as instituições, favorável as crianças não frequentarem a escola, ao armamento das pessoas e que tem falas e atitudes machistas, racistas e homofóbicas.”

No domingo 30, o petista e o presidente Bolsonaro se enfrentam nas urnas para decidir quem governará o país nos próximos quatro anos.

Título e Texto: Rute Moraes, Revista Oeste, 29-10-2022, 16h30  

Obrigado, advogada Luciana Temer. A sua fala, de boneca de ventríloquo, sedimenta a opção em Jair Bolsonaro, porque tem “falas e atitudes machistas, racistas e homofóbicas”. Muito ao contrário do seu candidato que se preocupou com “a exportação de veados” e com a consistência dos “grelos” femininos.

Barra Shopping terá a maior Árvore de Natal do Rio, com 70 metros de altura

A atração é projetada pelo cenógrafo Abel Gomes

Natal de 2021

Sem a tradicional Árvore de Natal da Lagoa, os cariocas não ficaram órfão de um dos símbolos mais festejados desta época do ano. Isso porque o Barra Shopping se prepara para inaugurar sua árvore, que será a maior da cidade do Rio de Janeiro, com 70 metros de altura.

A atração é projetada pelo cenógrafo Abel Gomes.

Título e Texto: Redação, Diário do Rio, 29-10-2022

No domingo, 30 de outubro...

Programa de Governo...

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

[Aparecido rasga o verbo] Teimosia animalesca

Aparecido Raimundo de Souza

O MARCONDES
estava levando uma de suas vacas para cruzar com o touro da fazenda vizinha, num espaço conhecido como “cobrição” (1), quando seu capaz chegou correndo, saltou da camionete esbaforido com a notícia:
— O que foi, Arquimedes: Por que toda essa pressa? Vamos, homem, cante a pedra. Parece estar com o pai na forca!

Arquimedes, ainda sem se refazer do susto, mandou a bomba:
— Sua mãe, patrão. Dona Catarina está passando mal. Sua esposa já chamou o médico e pediu para que eu viesse lhe chamar com urgência. Caso de vida ou morte...

Acompanhando o Marcondes, Elisa e Pérola, as duas jovens filhas de seu advogado, que morava perto, numa gleba confinante à sua. Ambas estavam em sua propriedade à espera de Valquíria, a enteada, que saíra cedo e fora até o povoado pagar as contas e fazer as compras mensais para o rancho.

O imprevisto surgido deixou o fazendeiro aparvalhado, de calças curtas e deveras preocupado. Perplexo e sem ação, diante daquele fato inesperado, ficou sem saber, de pronto, que atitude tomar. Elisa, a mais velha das meninas, vendo o estado desesperador de seu Marcondes, se prontificou:
— Pode deixar seu Marcondes. Somos dondocas do vilarejo, mas o papai, como é do seu conhecimento, também tem um sítio enorme com pasto imenso onde cria vacas e cavalos de raça, igual ao senhor.

Se abriu num sorriso contagiante e completou:
— Apesar de vivermos mais no conforto das facilidades, sabemos como agir e lidar com essas coisas.
Pérola interrompeu a irmã e completou:
— Verdade, seu Marcondes. Deixa que eu e Elisa levamos a sua vaca até onde o touro se encontra. Por favor. Vá cuidar de sua mãe e deixe esse encargo por nossa conta. Tiraremos de letra.

Espavorido e receoso com o fato de que as duas donzelas não dessem conta do recado, mil coisas vieram martelar à cabeça da criatura. Todavia, com seu homem de confiança no encalço e à sua espera, para leva-lo até à progenitora carecendo de ajuda, decidiu que naquele momento o mais acertado seria partir em amparo de sua consanguínea, uma senhorinha em idade bastante avançada:
— OK, meninas. A vaca é toda de vocês duas.

Buscando votos dos indecisos

Se você tem um conhecido que não votou no primeiro turno e está indeciso quanto ao próximo compromisso com a Pátria, converse com ele baseado neste ensaio

Haroldo Barboza 

Respeitamos a sua decisão neste evento por não ter alimentado esperanças nas propostas anunciadas nos velozes discursos que antecederam nossos compromissos com a Democracia. 

Provavelmente, pelo menos dois motivos importantes o levou a tomar tal decisão: 

Motivo 1) No 1º turno, os canais de propaganda ficam naturalmente “poluídos” pela enorme quantidade de candidatos para diversos postos da administração pública. As aparições são muito velozes e basicamente não há tempo de digerir as mensagens resumidas que são exibidas. Mal um partido termina, entra um seguinte para anunciar seus candidatos em 4 ou 6 segundos para cada um. Sem dúvida, nossas mentes acumulam muitas informações conflitantes. 

Motivo 2) Decepção com nossos representantes públicos (talvez mais de 50%) que por décadas prometeram medidas para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e não cumpriram nem 30% do que foi verbalizado com disfarçado entusiasmo. 

Sabemos o quanto é preciso ter personalidade e credibilidade para planejar e executar projetos que muitas vezes contrariam interesses de pequenos grupos que não possuem compromisso com a pátria.  E muito menos com o povo.  

E pior: aumentam suas contas bancárias a serviço de entidades internacionais danosas que apenas visam explorar as riquezas naturais existentes em nosso rico solo. 

Felizmente, nós, conscientes, executamos um grande passo no 1º turno, conseguindo oxigenar os principais postos de comando (Estados, Senado, Câmara de Deputados), onde pessoas com ideais claros e alinhados com nosso crescimento, certamente terão menores dificuldades para liderarem os movimentos cívicos necessários para resgate de nossa dignidade e cultivo de um campo que promete bons frutos para nossos herdeiros. 

Estamos numa encruzilhada delicada. A placa da esquerda, com letras miúdas, borradas e confusas, que encobrem situações perigosas que podem nos levar a um estado de miséria gigantesco dentro de 10 ou 20 anos. Começando pela falência da Educação, passando pela quebra de valores familiares e massificação subliminar de teorias de exaltação às práticas de desrespeito às normas sociais morais e legais. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Diante de uma trapaça gigante, a resposta do TSE foi a mais suspeita possível

J.R. Guzzo

A “justiça eleitoral” do TSE, essa aberração criada pela ditadura do Estado Novo e que não existe em nenhuma democracia séria do mundo, está fazendo o possível, o impossível e mais um pouco para dar a impressão de que as eleições presidenciais de 2022 vão ser roubadas. Podem não ser, é claro – na noite do dia 30 vai se saber, para efeitos práticos -, mas os fatos, os puros e simples fatos, tornam cada vez mais difícil para o cidadão comum acreditar que o TSE age com imparcialidade nesta eleição. É simples: quase tudo o que decide é abertamente a favor de um candidato, o ex-presidente Lula, e contra o outro, o presidente Bolsonaro. Um é atendido em todas as exigências que faz. O outro não ganha nada e é proibido de tudo. O que eles querem, então, que as pessoas pensem?

Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

O último escândalo, talvez o pior de toda a coleção que o TSE acumulou desde o início da campanha, é essa trapaça gigante, e cada vez mais obscura, na administração do horário eleitoral. Não se trata mais, apenas, da expropriação de tempo que pertence legalmente a Bolsonaro, e que foi entregue a Lula com “argumentação técnica” de jardim de infância. Trata-se, agora, de fraude direto na veia: segundo denúncia apresentada ao TSE pela candidatura do presidente, cerca de 1.300 horas, ou o equivalente a 150.000 mensagens devidas a ele, não foram ao ar em emissoras de rádio do Nordeste. É isso: sumiram, simplesmente, ao longo da campanha, e deixaram o eleitor nordestino ouvindo uma voz só - a de Lula. Não há precedentes de um roubo de tempo igual a esse na história das eleições no Brasil.

Não se trata mais, apenas, da expropriação de tempo que pertence legalmente a Bolsonaro, e que foi entregue a Lula com “argumentação técnica” de jardim de infância. Trata-se, agora, de fraude direto na veia

A reação do TSE foi um desastre com perda total. O ministro Alexandre Moraes, que dá todas as ordens nesta eleição, teve mais uma das reações automáticas que vem exibindo desde o início da campanha: ignorou a queixa no minuto em que foi apresentada, alegando “falta de provas”, e sem fazer o mínimo esforço para verificar se existiam ou não essas provas. Simplesmente, não fez investigação nenhuma - justo ele, Moraes, que manda investigar tudo, até um grupo de amigos que conversava em particular no WhatsApp, quando a acusação é feita contra a candidatura de Bolsonaro. Em vez de tentar apurar os fatos, ameaçou punir os que estavam fazendo a queixa, pela suspeita de “denúncia falsa”. Para completar, demitiu o funcionário do tribunal que relatou falhas na gestão do tempo eleitoral – com uma nota oficial perfeitamente incompreensível na qual diz que, no fundo, é tudo culpa dele e que o TSE não tem nada a ver com a distribuição de inserções no horário de propaganda eleitoral. É por coisas assim, e pelo conjunto da obra, que a honestidade da eleição está sendo questionada. Como poderia ser diferente?

Governo Central tem superávit primário de R$ 10,95 bilhões em setembro

Dividendos e arrecadação recorde contribuíram para resultado

Wellton Máximo

O pagamento de dividendos da Petrobras e a arrecadação recorde fizeram as contas públicas registrarem, em setembro, o segundo maior resultado positivo da série histórica para o mês. No mês passado, o Governo Central - Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - registrou superávit primário de R$ 10,954 bilhões, divulgou hoje (27) o Tesouro Nacional.

Em valores nominais, esse é o segundo maior superávit para o mês desde o início da série histórica, só perdendo para setembro de 2010. Ao descontar a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o resultado foi o sexto melhor da série histórica, em 1995.

O resultado veio melhor que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 847,6 milhões em setembro.

Com o resultado de setembro, o Governo Central fechou os 9 primeiros meses do ano com resultado positivo de R$ 33,775 bilhões. Ao corrigir os valores pela inflação, esse é o melhor resultado para o período desde janeiro a setembro de 2013.

O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Apesar da possibilidade de déficit nos próximos meses, a equipe econômica estima que o Governo Central fechará o ano com superávit primário de R$ 13,548 bilhões, o primeiro resultado positivo anual desde 2013.

Segundo o Tesouro Nacional, o superávit poderia chegar a R$ 37,45 bilhões em 2022 não fosse o acordo sobre o controle do Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista. Por meio do acordo, a União pagou R$ 23,9 bilhões à Prefeitura de São Paulo em troca da extinção do processo judicial que questionava o controle do Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista.

A previsão de superávit ocorre mesmo com a emenda constitucional que aumentará gastos sociais em R$ 41,25 bilhões no segundo semestre e com as desonerações de R$ 71,56 bilhões que entraram em vigor em 2022. A estimativa foi divulgada na última edição do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.

Receitas

As receitas continuam crescendo em ritmo maior do que as despesas. No último mês, as receitas líquidas cresceram 14% em relação a setembro do ano passado em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o crescimento atingiu 6,4%. No mesmo período, as despesas totais subiram 6% em valores nominais, mas caíram 1,1% após descontar a inflação.

Desemprego cai para 8,7% no terceiro trimestre, revela IBGE

A população ocupada somou 99,3 milhões de pessoas

Akemi Nitahara

A taxa de desemprego caiu 0,6 ponto percentual no trimestre móvel de julho a setembro de 2022 e ficou em 8,7% no período, em comparação com o trimestre de abril a junho, quando foi de 9,3%. Em relação ao mesmo período de 2021, quando o desemprego estava em 12,6%, a redução é de 3,9 pontos percentuais.Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua e foram divulgados hoje (27), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Segundo o IBGE, é a menor taxa desde o trimestre fechado em junho de 2015, quando o desemprego estava em 8,4%. Os dados apontam para um total de 9,5 milhões de pessoas desocupadas, queda de 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e 29,7% (menos 4 milhões) no ano.

Em números absolutos, a população ocupada somou 99,3 milhões de pessoas, um recorde da série iniciada em 2012. A alta na comparação trimestral foi de 1% ou mais um milhão de pessoas. Na comparação anual, a alta é de 6,8% ou mais 6,3 milhões.

Subutilização

O nível da ocupação ficou em 57,2% e a taxa composta de subutilização foi de 20,1%, a menor desde março de 2016. O contingente subutilizado somou 23,4 milhões de pessoas e o subocupado por insuficiência de horas trabalhadas estava em 6,2 milhões no trimestre encerrado em setembro, o menor total desde junho de 2017. Os desalentados ficaram estáveis em 4,3 milhões de pessoas frente ao trimestre anterior e caíram 17,2% na comparação anual.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado subiu 1,3% no trimestre, para 36,3 milhões de pessoas, e os sem carteira assinada atingiram o maior nível da série histórica, apesar da estabilidade no trimestre: 13,2 milhões de pessoas. A taxa de informalidade caiu de 40% para 39,4% da população ocupada, com 39,1 milhões de trabalhadores informais.

O que explica a calma de Bolsonaro a poucos dias da eleição

Paulo Polzonoff Jr.

Entro na festa e não hesito em emendar a pergunta assim que cumprimento as pessoas. Prazer, Paulo. Você não está achando o Bolsonaro muito calmo, não? Muito tranquilo. Muito sereno. Muito zen. Pego linguiça, pão d'alho, litrão. Prazer, Paulo. E essa tranquilidade toda do Bolsonaro, hein? Estranho, né? Dou mais algumas voltas pelo churrasco. Abro um sorriso que uns consideram patético e outros, psicopata. E novamente o cumprimento e a pergunta. Prazer, Paulo. Bolsonaro tá calmo demais nos últimos tempos, não acha? 

A maioria das pessoas responde com um sorriso amarelo. Compreensível. Aquela não é a hora nem o lugar para esse tipo de conversa. E, no mais, já estou de saída. A dúvida, porém, permanece e se confunde com os primeiros sintomas da ressaca: este não era o capitão que não levava desaforo para casa? Não era o toscão do baixo clero incapaz de um cálculo político minimamente elaborado? Não era o fascista irascível? Não era o caudilho carioca que imporia sua vontade sobre os demais, rasgando a Constituição? Não era a superameaça à democracia? 

E ainda mais numa hora como essa, em que até a pecha de pedófilo tentam pregar em Bolsonaro. Um momento em que as máscaras todas caíram, a Revolução está no ar e o Judiciário age flagrantemente em favor de Lula. Um cenário de censura, perseguição e instabilidade institucional que fomentam a instabilidade emocional - e não só do presidente e candidato à reeleição. 

A mim, confesso, também me espanta a mudança de postura do Jair Bolsonaro. Como são diferentes o homem daquele remoto dia 1º de janeiro de 2019 e este de agora. Ou será que só vejo uma mudança drástica porque, em algum momento, também me deixei contaminar pela narrativa de que Bolsonaro representava mesmo uma ameaça? Seja como for, o homem de agora deixou de ser apenas tolerável e é até admirável. Mesmo que essa imagem de líder pacífico e democrático seja apenas parte do “esforço eleitoral”, está de parabéns o homem capaz de conter sua agressividade. De, apesar de todos os apelos, insistir no jogo "dentro das quatro linhas". Todos sabemos como isso é difícil. 

Mas vamos às possíveis explicações para a calma que parece tomar conta de um antes explosivo e impetuoso Jair Bolsonaro. E ainda mais às vésperas da eleição mais dura e suja das últimas décadas!

Possíveis explicações

Conversava eu com um amigo sobre essa possibilidade de os últimos quatro anos terem amadurecido alguém acostumado ao conflito. O amigo, porém, não acredita que cachorros velhos aprendam truques novos. Eu acredito. Não que o cachorro velho vá sair por aí andando sobre duas patas enquanto equilibra um ovo na ponta do focinho. Isto é, não acredito que Bolsonaro vá se transformar num lorde cheio de não-me-toques. Mas é possível, sim, que um cachorro velho aprenda a conter sua fome diante de um bife. Isto é, que Bolsonaro tenha aprendido que a mansidão é uma virtude tão importante quanto, sei lá, o senso de justiça.

STF e TSE destroem honestidade da eleição e impõem censura demente

O STF e a sua polícia eleitoral, o TSE, destruíram a honestidade da eleição presidencial

J. R. Guzzo

O Supremo Tribunal Federal e a sua polícia eleitoral, o TSE, destruíram por completo a honestidade da eleição presidencial a ser decidida no dia 30 de outubro; estão favorecendo, agora de forma aberta, um dos candidatos, o ex-presidente Lula. Para isso, violaram as leis brasileiras, expropriaram o horário de propaganda eleitoral para entregar ao seu escolhido o tempo que cabe legalmente ao adversário e, pior do que tudo, deram a si próprios poderes de censor que são absolutamente proibidos pela Constituição Federal – a eles ou a qualquer autoridade do Brasil.

É o ataque mais ruinoso à democracia que o País já sofreu desde a proclamação do AI-5, em 1968. Mais: a censura que impuseram à imprensa, e a todos os 215 milhões de cidadãos brasileiros, não tem precedentes, nem nos piores momentos da ditadura, em matéria de brutalidade, arrogância e estupidez.

O TSE, sem o mínimo fiapo de lei que lhe permita fazer isso, saiu de suas funções legais como fiscal das regras do horário eleitoral e passou a mandar em tudo – agora dá ordens, 24 horas por dia e a respeito de qualquer assunto, à imprensa, aos jornalistas e, no fim das contas, a qualquer brasileiro que queira abrir a boca para dizer alguma coisa contra Lula, nas redes sociais ou onde for. É proibido dizer, por exemplo, que ele foi condenado pela Justiça por corrupção passiva e lavagem de dinheiro – ou que nunca foi absolvido de nada.

Pior ainda, os ministros criaram a censura prévia – uma violação rasteira do princípio segundo o qual só se pode punir um erro depois que ele foi cometido. O resultado é que se chegou neste fim de campanha à seguinte demência: os jornalistas estão proibidos de dizer o que ainda não disseram. É isso mesmo: “até o dia 31 de outubro”, há profissionais e órgãos de imprensa que não podem escrever ou falar. O TSE não está punindo uma “notícia falsa”, ou algum crime de calúnia, de difamação ou de injúria; ao suprimir previamente o direito de palavra, está punindo delitos que não foram praticados. Em que lugar da Constituição se permite uma coisa dessas?

A dupla STF-TSE não está ferindo direitos de jornalistas ou veículos; está eliminando o direito que a população tem de ser informada. Nem se importa, aliás, em esconder isso.

Diogo Costa "anunciou" para onde iria defender o segundo pênalti

Diogo Costa desempenhou um papel importante na vitória do F. C. Porto contra o Club Brugge (4-0), em jogo da quinta jornada da Liga dos Campeões, e até anunciou para onde iria defender o segundo pênalti consecutivo.

Bernardo Monteiro

O guarda-redes português, de 23 anos, defendeu o primeiro pênalti cobrado por Vanaken e repetiu o feito quando o árbitro da partida mandou repetir a cobrança, assumida por Lang, por entrada na grande área de Eustaquio antes da grande penalidade ser batida.

Momentos antes do remate, Diogo Costa "anunciou" para onde o adversário iria cobrar o pênalti.

Na transmissão televisiva do encontro é perceptível que o guardião indicou com o olhar (56 segundos do vídeo seguinte) o local para onde Lang iria rematar. E o que é certo é que defendeu, numa altura em que os belgas do Club Brugge poderiam ter empatado a partida e mudado a história do jogo.

Site usa foto de Bangladesh para denunciar aumento da miséria no Brasil

A fotografia tem mais de dois anos

Artur Piva

Em uma postagem publicada no Twitter nesta segunda-feira 26, o UOL usou a foto de um lixão em Bangladesh para denunciar o aumento da miséria no Brasil. O retrato foi tirado em Chittagong, na costa do país asiático.

A cena foi registrada pela fotógrafa Mumtahina Tanni e está disponível no site Pexels, especializado em fotos. A imagem também não é tão recente, sendo que foi publicada pela primeira vez há mais de dois anos, em junho de 2020.

Do local da fotografia para o Brasil, são cerca de 14 mil quilômetros. Nem sequer existem voos diretos para chegar a Chittagong saindo dos aeroportos brasileiros. Uma viagem em avião comercial partindo de São Paulo leva por volta de 96 horas, incluindo duas paradas: uma em Doha, Catar, e a outra em Daca, a capital de Bangladesh.

Título e Texto: Artur Piva, Revista Oeste, 26-10-2022, 17h40 

Moraes rejeita investigar falta de inserções na campanha de Bolsonaro

Ministro aponta erros e inconsistências em dados apresentados ao TSE

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, negou hoje (26) pedido da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar supostas irregularidades na veiculação de programas eleitorais em emissoras de rádio.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ontem (25), a campanha apresentou ao TSE uma auditoria realizada por empresas terceirizadas concluindo que rádios não estariam veiculando programas do candidato do PL no horário eleitoral gratuito no rádio. Segundo a campanha, cerca de 154 mil inserções não foram veiculadas no segundo turno.

Na decisão, Moraes disse que há “erros e inconsistências” nos dados apresentados pela campanha.

“Não restam dúvidas de que os autores – que deveriam ter realizado sua atribuição de fiscalizar as inserções de rádio e televisão de sua campanha – apontaram uma suposta fraude eleitoral às vésperas do segundo turno do pleito sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova, em manifesta afronta à Lei n. 9.504, de 1997, segundo a qual as reclamações e representações relativas ao seu descumprimento devem relatar fatos, indicando provas, indícios e circunstâncias’, afirmou.

Na decisão, o presidente do TSE ainda determinou que o Ministério Público Eleitoral apure o possível cometimento de crime eleitoral com “a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana", além da apuração de suposto uso de recursos do fundo eleitoral para financiar a auditoria.

Bolsonaro

O candidato à reeleição Jair Bolsonaro disse na noite desta quarta-feira (26) que haveria provas de irregularidades na veiculação de programas eleitorais de sua campanha em emissoras de rádio. O candidato à reeleição cumpriu agenda em Minas Gerais e retornou a Brasília para fazer um pronunciamento à imprensa sobre o assunto, no Palácio do Alvorada, residência oficial.

[Aparecido rasga o verbo – Extra] Última chamada. Venham todos conhecer o “Brazzzzel”

Aparecido Raimundo de Souza

NUNCA OUVIMOS FALAR, que nesse pais de merda existisse o “Estado de direito” (1). Conhecemos não a coisa por ouvirmos dizer, mas por sentirmos na pele a sua verdadeira definição pátria. Nesse tom o “Estado de direito”, perdão, o "Estrado de direito", nada mais é que aquela base de madeira entrelaçada igual beijos de aranhas loucas e menstruadas, que a gente compra nas lojas que vendem camas e colchões. As putas e vadias adoram os Estrados, notadamente se vierem acomodados com bons colchões.

No brazzzzel, o “Estado de Direito” faz tempo, virou "Estrago de direito". Que porra é essa? Vamos tentar explicar. O “Estrago de direito”, perdão, o “Estrado de direito”, em dias atuais, se entende por aquele púlpito (2) que foi feito ou construído direito e não de forma errada. Trocado em miúdos. “Estrado de Direito”, local elevado do chão, onde os picaretas que pleiteiam cargos públicos para continuarem mamando nas tetas, trepam para fazerem promessas e discursos e engambelarem os “Trouxas e Manés”. Os “Trouxas e Manes”, sempre lembrando, somos nós.

Os “Estrados” servem também como proscênios (3) para os vigaristas já travestidos e vindos de velhos carnavais, disfarçados  como parlamentares, “devogados” “juízes”, “promo”CO”res”, “deuputados”, mi”SI”nistros” e outras figuras bestiais falarem bonito e provarem que sabem cagar com excelência pelas bocas sujas de dentes podres. E o melhor de tudo: asseverarem que conhecem profundamente (como as pregas de seus rabos), a “Noça” querida e fodida, desculpem, a “Noça” querida e fornida (4) língua portuguesa.

O verdadeiro e correto “Estado de direito” pode ser visto por outra ótica (a ótica boa), ou seja, a daqueles casaizinhos de pombinhos que compraram ou pretendem adquirir pacotes para finais de semana curtirem as suas esposas, amigas, namoradas, amantes, ficantes e lubrificantes. Grosso modo, lugarezinhos aconchegantes, como por exemplo a majestosa e inoxidável pilha de “Ferrando Semvergonha”. “Ferrando Semvergonha” só para não fugir da memória, está situado na “Exporrada dos Mistérios” e não na bucólica Recife, capital de Pernambuco.  

Para gostos mais sérios, profundos e apurados, o brazzzzel oferece pontos equidistantes e não menos importantes. A “Chupada dos Viadeiros”, por exemplo é um deles. A “Chupada dos Viadeiros”, em Goiás, é excelente para quem gosta de ficar chupando alguma coisa, de pernas para o ar, ou dando o caneco, sem fazer absolutamente porra nenhuma, a não ser dar. Os “viadeiros” surgem do nada. Andam em bandos como caçadores de votos em épocas eleitoreiras.

[Daqui e Dali] Ser doutor é necessário

Humberto Pinho da Silva

Acabo de saber que minha neta Margarida, recebeu lindo diploma, por ter concluído o "curso", no Jardim-de-infância.

Teve direito a tudo: chapéu de formada e passeio de finalista, por dois longos dias.

O ensino está tão divulgado – e ainda bem – que até as menininhas imitam os que concluem licenciatura.

Dizia Marden, e com razão: "Dá-se mais importância ao diploma, que representa sabedoria fictícia, do que à verdadeira sabedoria sem garantia do diploma." (1)

Se no tempo de Marden era assim, agora é pior. Quem não possui "canudo", dificilmente consegue singrar em qualquer profissão.

E para que todos possam obter diploma criam-se Faculdades e Escolas, sobre tudo e nada.

Certa ocasião, o jornalista da RTP, João Adelino, foi indicado para moderar debate. O seu assessor informou-o que um dos intervenientes recusava-se a entrar no estúdio, porque o moderador não o tratava por "Doutor". (2)

A ideia piramidal de transformar a universidade em fábrica de licenciados, tornou, segundo Karl R. Popper, o estudo desinteressante. Numa conferência realizada em Zurique, em 1958, disse: "Para os estudantes da minha geração, sem recursos, a luta pelo saber constituía uma aventura, que exigia pesados sacrifícios, o que conferia aos conhecimentos obtidos, valor singular." (3)

Como se sabe, tudo que se obtêm sem sacrifício nunca é devidamente apreciado.

A facilidade, no ensino, torna, em regra, abundância de licenciaturas, mas nem sempre abundância de bons profissionais.

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Tiroteio na Folha

O jornal só absolve policiais que prendem inimigos da redação

Augusto Nunes

A Folha de S.Paulo afirmou na manchete da edição desta quarta-feira, 26, que a equipe de Tarcísio de Freitas apagou imagens do tiroteio em Paraisópolis. Segundo o militante encarregado de redigir o texto, as cenas mostravam policiais atirando em bandidos.

Coerentemente, a Folha vende a ideia de que bandidos são os policiais. Esses só se transformam em homens da lei quando escalfados para prender o ex-deputado Roberto Jefferson.

Título e Texto: Augusto Nunes, Revista Oeste, 26-10-2022, 13h10

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“Amizade é isso aí”

Lojinhas de porcentagem

Ipec luta para alcançar Tarcísio

Augusto Nunes

O Ipec afirma que Tarcísio de Freitas tem 46% do eleitorado paulista. Afirma também que Fernando Haddad tem 43%. Portanto, há um “empate técnico”.

Eu afirmo que o Ipec é a mais vigarista das lojinhas de porcentagem e está arrendada aos adversários do favorito.

No domingo, saberemos quem deve ser processado.

Título e Texto: Augusto Nunes, Revista Oeste, 26-10-2022, 12h22

Brasil gera 278 mil empregos formais em setembro

Salário médio de admissão teve queda de 0,64%

Andreia Verdélio

O Brasil gerou 278.085 postos de trabalho em setembro, resultado de 1.926.572 admissões e de 1.648.487 desligamentos de empregos com carteira assinada. No acumulado deste ano, o saldo é de 2.147.600 novos trabalhadores no mercado formal. Os dados são do Ministério do Trabalho e Previdência, que divulgou hoje (26) as Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 42.825.955 em setembro, o que representa um aumento de 0,65% em relação ao mês anterior.

No mês passado, o saldo de empregos foi positivo nos cinco grupamentos de atividades econômicas: serviços, com a criação de 122.562 postos distribuídos principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; comércio, saldo positivo de 57.974 postos; indústria, com 56.909 novos postos, concentrado na indústria de transformação; construção, mais 31.166 postos de trabalho gerados; e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que criou 9.474 empregos.

Salário

Em todo o país, o salário médio de admissão em setembro foi de R$ 1.931,13. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de R$ 12,47 no salário médio de admissão, uma variação negativa de 0,64%.

O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, disse que o segmento da indústria continua crescendo, apesar de ter caído para a terceira colocação na geração de empregos no mês. “Quando a gente fala de aumento de número de postos de trabalho na indústria isso também quer dizer que, inevitavelmente, no médio prazo, a média salarial do brasileiro vai aumentar, porque a qualificação para se encaixar no trabalho na indústria é um pouco maior e gera maiores salários”, explicou.

Por região

Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego no mês passado, sendo que houve aumento de trabalho formal nas 27 unidades da federação.

Inmet prevê “frio intenso e atípico” em quatro regiões

Frio chegará ao Rio Grande do Sul a partir da próxima semana

Pedro Peduzzi

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que o início de novembro será de “frio intenso e atípico” em quatro das cinco regiões do país. As temperaturas mais baixas estão previstas para o Sul.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A “queda brusca” das temperaturas se deve à passagem de uma frente fria que vem seguida de uma “forte massa de ar de origem polar”.

As previsões sugerem que, a partir da próxima segunda-feira (31), o frio chegará no Rio Grande do Sul e em parte de Santa Catarina, avançando, na sequência, por todo o território catarinense, para então avançar pelo Paraná, pelo centro-sul do Mato Grosso do Sul e em parte de São Paulo.

“A previsão indica, no início da próxima semana, queda em torno de 15°C na Região Sul”, informou o Inmet.

Entre os dias 31 de outubro e 1º de dezembro há uma pequena possibilidade de neve na região compreendida entre o planalto sul catarinense e os Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul. Paralelamente, a massa de ar frio continuará se deslocando para o Sudeste, Centro-Oeste e Norte do país.

Preços da indústria recuam 1,96% em setembro, diz IBGE

Onze das 24 atividades pesquisadas registraram deflação

Vitor Abdala

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que calcula a variação de preços dos produtos na saída da fábrica, registrou deflação (queda de preços) de 1,96% em setembro. A queda, no entanto, foi mais moderada do que em agosto, quando o IPP teve deflação de 3,04%.

Foto: Nacho Doce/Reuters

Segundo dados divulgados hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPP acumula taxas de inflação de 5,87% no ano e de 9,76% em 12 meses.

Em setembro, 11 das 24 atividades pesquisadas tiveram deflação. Os principais impactos vieram do refino de petróleo e biocombustíveis (-6,79%), outros produtos químicos (-6,20%), alimentos (-1,13%) e metalurgia (-3,77%).

Por outro lado, 13 atividades tiveram inflação, com destaque para fumo (3,62%) e vestuário (3,50%).

Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, a principal queda de preços veio dos bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (-2,42%). Também tiveram deflação os bens de consumo semi e não duráveis (-2,01%).

Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo, tiveram inflação de 0,48%, enquanto os preços dos bens de consumo duráveis subiram 0,19%.

Título e Texto: Vitor Abdala; Edição: Denise GriesingerAgência Brasil, 26-10-2022, 10h12

Ó Maria Santíssima, salvai o Brasil!

Padre Jerome Brown

O brasileiro acordou na manhã do dia 25 de outubro com uma notícia cheia de paz:

O Presidente da República consagrou o Brasil a Nossa Senhora.

A consagração que membros do clero impediram, no dia 12 de outubro, finalmente ocorreu.

Não compreenderá a importância desse ato quem ignore o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem de S. Luís Maria Grignon de Montfort.

Por ser Mãe de Deus, o mundo inteiro pertence a Maria. Os pastorinhos de Fátima, observando o único ornamento que Nossa Senhora trazia, um globo dourado que pendia de seu pescoço por um cordão de ouro, compreendam que o mundo inteiro depende de Maria.

Daí a consagração consiste em oferecer humilde e livremente a Maria o que já lhe é seu por direito.

E feito isso, o que é consagrado se une de tal forma a Nossa Senhora que suas próprias ações são apresentadas diante de Deus com os méritos incontáveis de Maria.

Servidor do TSE exonerado: declaração à PF em 26 de outubro de 2022