Ministro aponta erros e inconsistências em dados apresentados ao TSE
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, negou hoje (26) pedido da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar supostas irregularidades na veiculação de programas eleitorais em emissoras de rádio.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Ontem (25), a campanha
apresentou ao TSE uma auditoria realizada por empresas terceirizadas concluindo
que rádios não estariam veiculando programas do candidato do PL no horário eleitoral
gratuito no rádio. Segundo a campanha, cerca de 154 mil inserções não foram
veiculadas no segundo turno.
Na decisão, Moraes disse que
há “erros e inconsistências” nos dados apresentados pela campanha.
“Não restam dúvidas de que os
autores – que deveriam ter realizado sua atribuição de fiscalizar as inserções
de rádio e televisão de sua campanha – apontaram uma suposta fraude eleitoral
às vésperas do segundo turno do pleito sem base documental crível, ausente,
portanto, qualquer indício mínimo de prova, em manifesta afronta à Lei n.
9.504, de 1997, segundo a qual as reclamações e representações relativas ao seu
descumprimento devem relatar fatos, indicando provas, indícios e
circunstâncias’, afirmou.
Na decisão, o presidente do
TSE ainda determinou que o Ministério Público Eleitoral apure o possível
cometimento de crime eleitoral com “a finalidade de tumultuar o segundo turno
do pleito em sua última semana", além da apuração de suposto uso de recursos
do fundo eleitoral para financiar a auditoria.
Bolsonaro
O candidato à reeleição Jair Bolsonaro disse na noite desta quarta-feira (26) que haveria provas de irregularidades na veiculação de programas eleitorais de sua campanha em emissoras de rádio. O candidato à reeleição cumpriu agenda em Minas Gerais e retornou a Brasília para fazer um pronunciamento à imprensa sobre o assunto, no Palácio do Alvorada, residência oficial.
"O senhor presidente do
TSE recebeu as provas no tempo hábil que nos cobrou, 24 horas. Nosso pessoal
virou a noite trabalhando nisso. Nos surpreende o senhor Alexandre de Moraes
simplesmente inverter o processo, nos acusar de estar gastando dinheiro do
fundo partidário com empresas para fazer auditoria", disse
"Da nossa parte, iremos
às últimas consequências, dentro das quatro linhas da Constituição, fazer valer
aquilo que as nossas auditorias constataram. Realmente, um enorme desequilíbrio
no tocante às inserções. Isso é claro que interfere na quantidade de votos no
final da linha", acrescentou o candidato.
Ainda durante o
pronunciamento, Bolsonaro disse se sentir "muito prejudicado" por um
suposto desequilíbrio na veiculação de inserções de rádio em relação ao seu
adversário no segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele
cobrou uma análise célere do processo que, segundo ele, foi remetido ao Supremo
Tribunal Federal (STF).
"Sabemos que está em
cima, as eleições estão aí, mas um lado, o meu lado, está sendo muito
prejudicado, e não é de agora. Eleições se decidem no voto e aquele que tiver
mais voto na urna deve assumir o cargo na data adequada", finalizou.
Título e Texto: Agência
Brasil (Colaborou Pedro Rafael Vilela); Edição: Nádia Franco –
Agência Brasil, 26-10-2022, 21hh27
[Aparecido rasga o verbo – Extra] Última chamada. Venham todos conhecer o “Brazzzzel”
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