Haroldo Barboza
Os humanos com neurônios mais bem explorados, descrevem (por livros e filmes) sonhos que não demoram a se tornar realidades palpáveis.
Só para refrescar nossas memórias:
1931 - Dick Tracy já usava celular no pulso.
1954 - 20 mil léguas submarinas exibiu submarino com tecnologia que ainda nos surpreende.
1968 - 2001: uma odisséia no espaço exibe o computador que troca pensamentos conosco.
2006 - Código da Vinci descreve uma trama internacional que pode colocar em risco alguns dogmas religiosos que nos são passados sem contestação permitida.
Não querendo me igualar aos geniais autores de tais obras, lanço aqui minha breve “fricção científica” para deleitar alguns valentes leitores de meus textos.
O teste da “zerézima” das urnas-E (tão seguras que nem o Paraguai as usa) é um belo engodo para criar distração similar às que os mágicos usam para enganar seus expectadores.
Claro que nenhuma das urnas-E possui votos previamente destinados para qualquer candidato.
O risco de manipulação das mesmas numa escala nacional é de pequeno dano. Já numa eleição municipal, pode ter algum peso, com a prática de alguns mesários votarem (perto das 17 hs) por eleitores que não chegaram até tal horário. Mas só pode ser realizada com a cumplicidade do presidente da seção, dos mesários escalados e dos “fiscais” devidamente convencidos de que os “plim plins” consecutivos ouvidos representam a finalização do processo. Tal cumplicidade exige bom valor para suborno e “garantia” de que nada será revelado durante um ano. Se tal ocorrer nesta época, o caso será facilmente abafado como nas “urnas de Algoas” - consulte:
Se algo pode ser manipulado na totalização de votos, o local é dentro do computador residente no “seguro” prédio que abriga a máquina bonitinha, à prova de fraudes (talvez mais segura apenas que o computador da Prefeitura do RJ, que após quase 3 meses, continua cambaleante).
Vamos ao resumo da peça aqui proposta, sobre como “tratar” os dados recebidos das urnas-E, seguindo esta hipotética cronologia).
No sábado, 23:00, um Analista de TI de alto gabarito, adentra o prédio por uma entrada bem camuflada (consulte o grande historiador Milton Teixeira sobre o túnel que D. Pedro I usava no bairro da Glória, RJ) e se instala num confortável cômodo longe de suspeitas.
No domingo, 16:00, remove a versão honesta do programa totalizador e implanta a versão “ernesta”, cheia de “IF THEN ELSE” para direcionar 2% ou 5% (de acordo com o preço) dos votos do candidato A para o candidato B.
No domingo, 23:00, após os “resultados” serem exibidos ao mundo, o Analista refaz a troca de programas, sem mesmo precisar mexer nos arquivos (comuns às duas versões).
Na 2ª feira, perto das 2:00, sai do prédio com a certeza do “dever” cumprido. Fim da comédia que encanta os adoradores do “santo byte”.
Mesmo que algumas redes sociais (a mídia pesada passa o tempo garantindo que o sistema é seguro) exponham suspeitas sobre possibilidade de fraude, por não termos voto impresso para efetuar a checagem de urnas aleatórias, o fato esfriará e deixará de ser citado tão logo seja patrocinado o primeiro show carnavalesco de 2023 em cada aprazível praia brasileira.
Título e Texto: Haroldo Barboza, outubro 2022
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