segunda-feira, 31 de outubro de 2022

[Aparecido rasga o verbo – Extra] O Honesto e o Ladrão

Aparecido Raimundo de Souza

“O Brasil já estava na merda, fazia tempo. Só fizemos confirmar o que sabíamos de cor e salteado e não queríamos, por puro medo, admitir”.
Tirullipa (Comediante) 

SENHORAS E SENHORES, entendam de uma vez por todas. Quando falamos que o povo brasileiro é burro e imbecil, retardado e mentalmente tresloucado, a maioria das pessoas nos rotulam de malucos. Que pena, que lástima! Pena e lástima, evidentemente, em face dos resultados das urnas. Elas vêm provar robusta e cabalmente tais fatos. Não somos malucos.

O povo sim, é o desgraçadamente apatetado e desorbitado. A prova concreta e insofismável, aí está. Ele preferiu colocar (de volta), no poder, um ladrão e cachaceiro, um abestalhado e toleirão mentiroso, abandonando ao “nada”, como um verme, aquele cidadão honesto e decente que à frente do país poderia continuar fazendo muita coisa boa e útil para o bem comum da sociedade.

O “PT”, ou “Partido dos Trambiqueiros”, ou dos “Trapaceiros”, ou por extensão, dos “Trogloditas”, levou a melhor, enquanto a bandeira impecável de Bolsonaro se via arrancada de vez e queimada com suas cinzas atiradas para o profundo de um poço de dimensões insondáveis. Dito de forma mais objetiva: Bolsonaro tomou um belo chute nos colhões.

Isso nos leva a acreditar piamente na falsa lisura, na nojenta e jocosa transparência, na lealdade truncada, no pundonor camuflado, na honradez enlodada e no decoro, notadamente na castidade briosa que os boçais, os estúpidos, os ignorantes, os brasileiros de cabeças de titicas e mentes amebadas (1), usque os mentecaptos, os “omens” feitos de puras bostas fedorentas chamam, agora, nesse momento, de “Festa da Democracia”.

“Festa da democracia”, senhoras e senhores, na verdade, deveria ser conhecida como “Festa da Demonioutopia”, ou “Solenidade” da subida triunfal do Capeta ao Poder””. A democracia que os “achavascados e noiados” deram em litúrgica oferenda os seus rabos sujos, para vê-la triunfar, não passa de uma página ilusória e inexistente. Falamos dessa maneira, porque a democracia nunca se viu sã, livre e próspera. Aliás, a democracia por essas bandas, jamais teve vida e forma corretas.

O Brasil tem mais de quinhentos anos de podridão, de indecorosidades (2), de putarias, de safadezas, de pilantragens, de sacanagens, de desrespeitos ao ser humano comum e, a cada dia, esse quadro dantesco só faz piorar aos olhos dos que ainda acreditam em milagres.

O “Ser Humano” comum, aquele que se acha um sobrevivente, igualmente não é real. É tão falso quanto uma nota de quinhentos reais. É um zero à esquerda. O Brasil perdeu, faz tempo, o amor próprio, a dignidade, a hombridade, a coragem. Provou, com o resultado dessas eleições feitas por debaixo dos panos, no calor das colchas, e nas urnas alteradas e manipuladas pelos urubus togados do tal do TSE, ou (Tribunal Sem Escrúpulos), que não passamos de um monte de excrementos.

Mesmo norte, somos lixos podridos (3) e fétidos. Cheiramos a esterco e velhacagem. O lugar de todos nós, tidos como “brasileiros natos”, é exatamente esse que passaremos a viver a partir de 1º de janeiro de 2023. O Brasil adulterou o rosto entristecido da “Seriedade”, colocando em lugar dela, o invólucro definitivo e horroroso da desonra moral.

Um disfarce vergonhoso que daqui para frente, os que votaram nesse Câncer, sentirão na pele, o tamanho da ferida produzida. Uma fístula (4) aberta que não terá cura, tampouco cicatrização. A democracia que esses amaldiçoados de boca cheia tanto falam, vai, de fato, entrar em cena, com a volta de Luiz Inácio (carinhosamente o nosso “Mula”) às chafurdas dos palácios do Planalto e Alvorada.

Devemos, a partir desse momento, ter pena dos que venderam seus votos. Sofrer com eles, a indignação por todos os barganhadores (5), cegos de alma e espírito que trocaram as suas capacidades e espertezas pelo que os Girafales de plantão e os Amaldiçoados de carteirinha chamam, agora, de “Estado Democrático de Direito”.

“Estado Democrático de Direito” (com todas as desculpas e honrarias às senhoras e aos senhores que têm vergonha na cara, que veneram as saias e as calças que vestem), devemos esclarecer que o “Estado Democrático de Direito” é o caralho. Grosso modo, é a puta que o pariu. O “Estado Democrático de direito”, à excelência da verdade, não venceu. Pelo contrário, foi para o ralo. Sucumbiu. Procurem compreender o mapa sistêmico da situação. E por que não venceu?

Simples, amados! Em vista de não ter alcançado os objetivos almejados, logicamente pelo fato da tal da “Democracia” não lograr nenhum proveito em torno da vida desse cidadão que agora a raia miúda endeusa e apregoa como o “Salvador da Pátria”. O povo brasileiro tampouco teria ou pior, terá algo sólido a dizer. Somos o retrato atualizado do famoso Titanic. A nossa frente, um iceberg se renova num mar proceloso idêntico ao de 15 de abril de 1.912.

O afundamento triunfará, ou melhor, começou a submergir desde ontem. Fazemos referência ao fatídico 30.10. Nunca se esqueçam dele, 30.10. A degenerescência de todos nós, a contaminação, a depravação a esculhambação nos abraçou num amplexo único. Se consolidará em definitivo, esse abraço, ou presente de grego, a partir, sempre bom repetir, a começar de 1º de janeiro de 2023, por quatro, ou talvez, oito anos. A Verdade paralítica e doente, a Verdade capenga e opressora, a insidiosa pestilenta que todos sabiam existir, mas ninguém teve peito e coragem suficientes para dar um basta, e gritar um “N Ã O” em bradoso uníssono.

Ganhou espaços, infelizmente, senhoras e senhores, a baderna anunciada, a estroinice (6) em seu maior grau de suportamento. Galgaram patamares estratosféricos, a fuzarca, a barafunda, o escangalho nas mãos daqueles que queriam deixar o país atolado numa cratera de onde jamais conseguirá se levantar e claro, sair ileso.

Logo teremos a reviravolta acordando de seu sono sepulcral. Qual seja, o aumento em linhas crescentes da gasolina, dos remédios, da falência da saúde, da educação, da segurança pública, da desmilitarização das polícias, sem falarmos no gás de cozinha, nas cestas básicas e, num todo, de outros alimentos e insumos indispensáveis à sobrevivência de nossos filhos e esposas.

Não demorará muito as senhoras e os senhores (no lugar de um bom churrasco), estarão mandando para suas barriguinhas carnes de cachorros e filés de ratos. Chegará o instante em que serão podados em seus direitos de irem e virem, de emitirem opiniões nas redes sociais, e mais à frente, serão proibidos terminantemente de respirarem aquele ar benfazejo à continuidade da vida. 

A lei da mordaça e do confinamento, tão logo o Infame assuma, se fará cruel e presente como uma maldição incurável. Pior que a Covid-19. De roldão, a imprensa e os jornalistas escreverão aquilo que o Ditador achar que o Zé Povinho precisará saber. Pois bem! A traição maciça e sólida ao BEM se fez real. Saiu do imaginário e tomou vida e forma num mundo de “Filhos das Mães Joanas”. 

Agora os senhores e as senhoras aguentem as consequências. O arrependimento não vira mais tarde. De forma alguma. O suplício, a exulceração (7), a mágoa, a compulsão, o medo, o “valha-me Nossa Senhora”, já estão a pleno vapor, percebam, parados, de olhos arregalados, de plantão, em nossas portas. A miséria que dormitava em berço esplêndido, em nosso Lado Negro, aflorou e vai nos esmagar, nos martirizar nos levar a comer boas saladas de “capins fresquinhos pelas raízes”.

O arrependimento, caríssimos amigos e amigas, começou a vigorar a partir de ontem, 30-10. Só nos resta dizer aos que tentarão sobreviver, aos trancos e barrancos: que o PAI MAIOR TENHA COMPAIXÃO DE NÓS. Em verdade, é a única coisa que nos sobrou de aproveitável. O resto, kikikkikikiki, vamos rir? O resto é E S C U R I D Ã O.


Notas de rodapé:

1) Amebadas – Mentes paspalhas e insensíveis.

2) Indecorosidades – Torpezas e obscenidades.

3) Podridos – Coisas apodrecidas e estragadas.

4) Fístula – Chaga, mácula, o mesmo que abcesso.

5) Barganhadores – Aqueles que negociam, que traficam qualquer coisa pelo menor preço.

6) Estroinice – arrogantes, levianos e travessos

7) Exulceração – Sofrimento moral, aflição ou tristeza medonha.


Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Sertãozinho, interior de São Paulo, 31-10-2022

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6 comentários:

  1. Pois,

    Amo minha terra, suas tradições, suas músicas e a minha gente.

    Amo meu país e seus legados, um pouco desiludido com as divisões.

    Não foi o nordeste que elegeu o corrupto de Garanhuns.

    Foi o sul e o sudeste, onde vivem os filhos de papai e os abastados funcionários públicos atrás das mamatas, da corrupção, das drogas e das vadias.

    Nossa tradição pelo futebol mostra a imbecilidade de torcer quando se ganha, quando perde esconde a camisa no armário.

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  2. Verdade, Aparecido! Parabéns pelo texto! Estou numa decepção enorme aqui. O Brasil virou chacota mundial, símbolo do povo que foi roubado e elegeu para líder seu próprio ladrão. Sem contar os anos de escuridão que nos aguardam agora. Um presidente que estava limpando a roubalheira do país foi trocado por um ladrão e toda sua quadrilha. Lastimável demais. Digo que a tal "metáfora" da picanha é a seguinte: quando o bandido deseja furtar uma casa, joga carne para os cães. (Barbara, Rio de Janeiro).

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  3. Minha amiga Barbara Rastelli, andou sumida. Que bom que esteja de volta. Aproveitando o gancho de lhe ver por aqui, comentando o Aparecido, justamente com o título 'As muralhas', me permita lhe dizer algumas palavras. Escritora de fôlego, nos deu de presente um livro que não deve, ou pelo menos não poderia faltar nas melhores bibliotecas e livrarias do Brasil e mundo afora.
    Faço referência às ‘Muralhas da Vida Eterna – O Espetáculo do Tempo e da Morte’.
    O Romance espiritualista foi tão bem escrito e consequentemente aceito com louvor imensurável pela comunidade literária, que acabou sendo plagiado, imagine só, nada mais, nada menos, pelo “roubador’ ou ‘usurpador’ de ideias alheias, um senhor conhecido como Aguinaldo Silva, novelista famoso da Rede Globo.
    Aguinaldo escreveu ‘O Sétimo Guardião’ usando indevidamente várias passagens do trabalho de Barbara, o que a levou a ingressar na justiça para ver preservado seus direitos. Vamos e venhamos. Se fosse um escritorzinho qualquer, até seria louvável o ato praticado. Porém, a figura é um autor de prestígio, além de reverente e, como tal, careceria de ter tido o cuidado, a lisura, a delicadeza, o bom senso de procurar a autora e acertar com ela uma parceria, já que o romance engrandeceu seu folhetim.
    Seria mais reverenciado e consequentemente bem visto pelos demais escritores Globais, se ao invés de gozar do alto do pedestal sozinho, se fizesse mais humilde e menos vaidoso e mandasse colocar nos créditos o nome da jovem moça, levando em conta, que todo novelista não escreve sozinho, tem sempre duas ou três pessoas que aparecem como “colaboradores”.

    No caso do ‘Sétimo Guardião’, Agnaldo contou com a colaboração de Joana Jorge, Maurício Gybosky, Virgilio Silva e Zé Dassilva. O problema é que o cidadão é famoso e, por estar sentado na cadeira da fama, se acha o tal, o maioral, o senhor de tudo. Esse é o mal das pessoas. Se posicionam acima de tudo, notadamente das leis brasileiras. Deveria, a meu ver, o ilustre senhorzinho, se envergonhar. Que coisa feia!
    Carina Bratt
    Ca
    De Campinas, interior de São Paulo.
    Me liga, amiga. Você sabe o número.

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  4. Querida Carina, muito obrigada pela resposta e apoio! Antes de mais nada, devo dizer que realmente ando sumida, recolhida, mas sempre acompanho seus textos e os textos do Aparecido. Vocês sim são autores de fôlego, ao meu ver. Agradeço muito o elogio ao meu livro, que, segundo você, não poderia faltar nas melhores livrarias e bibliotecas. Quanta honra a minha ler isso de vocês. Fico muito agradecida e lisonjeada!
    É verdade! Hoje, diante do cenário, em que diversos monstros revelaram suas verdadeiras faces e mostraram seu imenso desejo de “vampirizar” as tetas do Governo, tirando imensa vantagem sobre o dinheiro do povo, através, por exemplo, da Lei Rouanet, mesmo já sendo ricos, milionários, multimilionários, não tenho nenhuma dúvida que fui sim usurpada em meus direitos autorais. Esperemos que a tão corrompida Justiça deste país, também tão corrompido, enxergue essa verdade e ainda venha a me dar alguma razão!
    Mais uma vez, muito obrigada por suas ilustres palavras e seu apoio! Grande abraço para você e o Aparecido. Saibam sempre que muito vos admiro. E, pode deixar! Vou ligar sim; com toda certeza! (Barbara Rastelli, Rio de Janeiro).

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  5. https://clubedeautores.com.br/livro/as-muralhas-da-vida-eterna

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