FC Porto empatou a um com o Santa Clara no Estádio de São Miguel
O FC Porto regressa dos Açores com um ponto que não sabe a nada. Menos de 72 horas volvidas desde a excelente exibição europeia em Bruges, os Campeões Nacionais regressaram à realidade interna com um balde água fria. Em casa do Santa Clara, antepenúltimo classificado à partida para a ronda 11, os Dragões entraram bem, estiveram a ganhar durante 80 minutos, pareciam ter o desfecho minimamente controlado, mas acabaram a perder dois pontos na reta final da mesma forma como se haviam adiantado logo a abrir.
Muito dificilmente o jogo
poderia ter começado de melhor forma. Novidade única no onze - lançado para o
lugar do castigado Eustaquio -, Bruno Costa bateu um livre lateral que
contornou a defesa açoriana logo ao terceiro minuto para Fábio Cardoso cabecear
com força e direção perfeitas e fazer o 1-0. De sentido único, a primeira
metade da etapa inaugural ainda teve Galeno perto de aproveitar as sobras dos
avançados ao segundo poste e Evanilson desperdiçar um lançamento lateral que se
confundiu com um cruzamento de Zaidu.
O resultado já pecava por escasso à meia hora, fase do encontro em que o camisola 30 azul e branco voltaria a falhar no momento de dizer “sim” ao golo - desta feita a convite de Otávio - e em que o capitão atirou forte, porém ligeiramente ao lado, na sequência de uma bola parada bem desenhada e estudada no Olival. A melhor - e única, na realidade - oportunidade de golo insular viria a surgir já perto do descanso e a ser negada pelo homem do momento. Com a mão esquerda, Diogo Costa manteve a folha limpa e a vantagem portista à ida para as cabines.
O arranque da segunda parte
foi premonitório do que se avizinhava. Logo aos cinco minutos, o Santa Clara
ameaçou em lance confuso na pequena área forasteira e, a partir daí, a contenda
perdeu qualidade, fulgor e tempo útil. Já depois de Boateng impedir Galeno de
dilatar a vantagem, a mão esquerda de Diogo Costa voltou a fechar os caminhos
do golo aos da casa e, a cumprir suspensão na bancada, Sérgio Conceição dava
instruções para Toni Martínez e Rodrigo Conceição renderem Evanilson e Bruno Costa.
Em claro decréscimo de
produtividade ofensiva, o FC Porto viu o dono das redes de Ponta Delgada ter
uma saída intempestiva que permitiu a Galeno uma chance de baliza semiaberta
que o extremo não concretizou no último lance prévio à substituição para a
entrada de Gonçalo Borges. Aos 83 minutos, na sequência de um pontapé de canto
inexistente, Boateng superiorizou-se à concorrência nas alturas para repor a
igualdade no marcador (1-1). A derradeira oportunidade digna desse nome nasceu
nos pés de Pepê, capaz de ultrapassar todos os adversários que encontrou até
descobrir Gonçalo Borges, que cruzou com conta peso e medida para Mehdi Taremi
cabecear e proporcionar a defesa da tarde (e talvez da jornada) ao guardião
açoriano. Até ao apito final de Artur Soares Dias só houve a registar as
entradas de Marko Grujic e Danny Namaso para as vagas de Zaidu e Pepê.
Título e Texto: FC
Porto, 29-10-2022, 17h44
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