Telmo Azevedo Fernandes
As manifestações na China
contra as restrições impostas pelo governo chinês a pretexto do suposto combate
à covid19 têm vindo a ser apresentadas em Portugal como eventos de grande
mérito e coragem e vistos como acontecimentos louváveis em defesa da liberdade
das pessoas e dos direitos humanos. Há quem faça até o paralelo com os chineses
que em 1989 protestaram em massa por liberdade e democracia na Praça Tiananmen em
Pequim (ver vídeo aos 35s).
Mas há um ano, em novembro de
2021, por toda a Europa também houve protestos populares com os mesmos
propósitos de lutar contra as restrições e imposições a pretexto da covid19,
mas nessa altura os acontecimentos foram vistos como manifestações de
negacionistas, chalupas ou idiotas. Ora veja o que dizia o ano passado o
primeiro-ministro holandês, o nosso bonacheirão João Soares, ou o decano
fariseu Paulo Portas no vídeo
aos 2m14s.
Em 2022 as manifestações na
China são virtuosas e incentivadas.
Em 2021, a comissão europeia contemporizava com a ideia de limitar manifestações e o pequeno alcoviteiro do regime Marques Mendes dizia sem nojo de si próprio ser contra a obrigatoriedade da vacinação das pessoas desde que estas se vacinassem voluntariamente. Já quem optasse por não se vacinar teria a liberdade de ser obrigatoriamente injetado a mando do estado (ver vídeo aos 3m46s)