quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
[Daqui e Dali] Desvio ou ladrão?
Humberto Pinho da Silva
Anda o País, que digo eu?, o mundo, preocupado com
a corrupção, e é mal difícil de estripar.
Já o nosso Sá de Miranda, em carta a El-Rei,
lamentava: "Onde há homens há cobiça."
E Diógenes percorria atarefado as artérias de
Atenas em busca de Homens, e ao que se saiba faleceu sem os ter encontrado.
Já que estou em época de citações, trago aqui,
novamente, o Sá de Miranda ao referir-se ao filósofo que ia de aldeia a aldeia:
Vou-me por aqui buscando
Entre tantos homens um.
Neste vão trabalho ando;
Inda não achei nenhum.
Nem eu acharia por mais voltas que desse à cidade,
se por tontaria me dedicasse à tarefa e, muito menos, se andasse por gabinetes
atapetados e climatizados, porque o dinheiro corrompe o mais honesto.
Mas sabem-me dizer o que é um ladrão?
Responde D Francisco Manuel de Melo, no "Escritório Avarento Apólogos Dialogais", pela voz de corsário:
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024
Entrevista exclusiva com Sérgio Tavares "The True"
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Tô chateado, nós não derrotamos o bolsonarismo
“Il n’y a pas de bonheur sans liberté, il n’y a pas de liberté sans courage.”
Aurélien Marq
L’archéologue Khaledal-Assad [photo], directeur des antiquités et des musées de Palmyre, fut decapité par des membres de l’organization État islamique le 12 août 2015 parce qu’il refusait de révéler aux hordes du dieu-tyran l’emplacement de trésors archéologiques que les fanatiques voulaient détruire. Ce ne sont pas de simples pierres et des fragments de terre cuite qu’il a cherché à préserver, au péril de sa vie, ni même des oeuvres d’art, c’est la dignité ontologique des hommes et des femmes de Palmyre qui, il y des siècles, les avaient façonnées.
Cet acte de préservation est un hommage au dévouement, à l’effort et à la foi que des artisans, des fidèles, des mécènes y avaient investis, des siècles pus tôt. C’est également un lien de fraternité qui se dessine avec ceux qui nous ont précédés, la reconnaissance de notre humanité et dignité commune.
Et c’est cela que le dieu-tyran et ses esclaves nónt pas pu supporter, parce
que ce lien repose sur l’affirmation de ce qu’il y a de sacré dans l’homme, ce
qui permet à l’homme de résister à tout arbitraire.
Comme Khaled al-Assad, qui a
voulu résister aux adorateurs du Mal, Jeanne d’Arc a combattu ceux qui
voulaient somettre la verité au dogmatisme et à la soif de pouvoir d’un État;
le musicien Lei Haiqing, a eu le courage de se dresser copntre un tyran barbare
(l’empereur chinois Xuanzong de la dynastie Tang) en refusant de chanter la
gloire du général An Lushan; Leónidas a résisté aux forces voulant priver les
Grecs de leurs droits d’hommes libres et de citoyens pour les soumettre à l’arbitraire
d’un despote.
Tous les quatre étaient de
religions diferentes, mais tous les quatre ont donné leurs viés pour défenfre
ce qui est sacré, et pour le Bien.
Ils ont ainsi donné l’exemple
du courage mis au servisse de la plus haute noblesse, ce courage dont Périclès
aurai dit, rendant hommage aux morts de la guerre du Péloponnèse:
“Il n’y a pas de bonheur sans liberté, il n’y a pas de liberté sans
courage.”
Copie: JP, 28-2-2024
A SIC perdeu todo o pudor e toda a seriedade
José Mendonça da Cruz
A peça de abertura de hoje da Sic 20 h sobre o discurso do Passos Coelho é uma vergonha, uma obra, não de jornalistas, mas gente despudorada e sem um pingo de honestidade intelectual. Omissões abrangentes e graves (habitação, saúde, economia, crescimento, segurança, defesa) seguidas da afirmação de que «foi o essencial de...»
Escrutínio de afirmações para as desmentir (mal e com total desonestidade), sugestões de que aquilo é o discurso do Chega.
Uma peça vergonhosa,
despudorada, de uma desonestidade medular. Logo seguida de PNS a repetir a
narrativa falsa dos cortes de pensões, que essa, passou sem escrutínio nenhum,
evidentemente. O «I» de Sic não é de independente, nem de informação. O «S»
talvez seja de sabujos, o «C» talvez seja de cloaca.
Título e Texto: José Mendonça da Cruz, Corta-fitas, 27-2-2024
Vasco vence o Marcílio Dias e avança de fase na Copa do Brasil
A partida foi válida pela primeira fase da
Copa do Brasil 2024, o Vasco da Gama conseguiu a classificação
Aniele Lacerda
Na noite desta terça-feira
(27), o Vasco da Gama venceu o Marcílio Dias pelo placar de 3 a 1. A partida
foi válida pela primeira fase da Copa do Brasil 2024.
Com algumas alterações na equipe e sem o craque Payet, o Gigante da Colina sofreu para se encontrar na partida. Apesar da dificuldade, o Vasco conseguiu inaugurar o placar com Vegetti, no início. No entanto, a vantagem do time vascaíno durou poucos minutos.
 |
| Foto: Leandro Amorim |
Durante a etapa inicial, a
defesa do Cruzmaltino mostrou uma certa desconcentração na partida. Além disso,
o meio de campo estava espaçado com a ausência do camisa 10. Assim, em um
vacilo, Zé Eduardo aproveitou para deixar tudo igual no Hercílio Luz.
Após um estudo do adversário,
Ramón Díaz adiantou Medel para primeiro volante e o Gigante da Colina conseguiu
buscar o segundo gol, em um chute cruzado de Adson. Apesar da melhora na
partida, os últimos minutos foram de total pressão do Marcílio Dias.
Na segunda etapa, o Cruzmaltino voltou com duas alterações, mas não conseguiu desempenhar um bom futebol no início. Já na reta final, Galdames fez bom passe para David e o atacante finalizou cruzado para ampliar o placar e dar tranquilidade ao time.
27-2-2024: Oeste sem filtro – Com Jair Bolsonaro
Moraes sobre “liberdade de expressão”, em 2010…
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terça-feira, 27 de fevereiro de 2024
Flamenguista admira festa da torcida do Vasco em Itajaí
Um pequeno flamenguista foi flagrado
admirando a festa da torcida do Vasco da Gama na recepção ao elenco em Itajaí,
Santa Catarina
Willams Meneses
Na tarde da última
segunda-feira (26), a delegação do Vasco da Gama teve uma grande recepção na chegada a Itajaí, em
Santa Catarina, para a partida contra o Marcílio Dias.
O detalhe é que não foram
apenas os vascaínos que acompanharam aquele momento. Um pequeno flamenguista
foi flagrado escorado assistindo a festa apoiado em um muro.
Ele estava vestido com uma
camisa do Flamengo, que estava personalizada com o número nove e o nome de
Gabriel Barbosa, o Gabigol, um dos maiores ídolos da história recente do
Rubro-Negro.
Assista
O estado de incompreensão
Luís Naves
Começa a ser demasiado
evidente que a guerra da Ucrânia está perdida, mas os comentadores, com raras
exceções, continuam a iludir a realidade. Na frente de combate, o lado
ucraniano parece à beira do colapso, não há munições e as baixas acumulam-se. O
país ficou arruinado e a estratégia de não se permitir o fim do massacre revela
a mais pura hipocrisia.
A ideia da América era reduzir
as capacidades militares russas sem perder soldados americanos, mas assistimos
à destruição progressiva da Ucrânia, que fornece a carne para canhão. O
Ocidente queria gerir o fim do império russo, mas apenas reanimou o adversário.
Dizem agora que os russos invadem a Europa se a Ucrânia perder, mas oculta-se
que o lado europeu da NATO gasta seis vezes mais dinheiro em defesa do que a
Rússia. Se nem nos conseguimos defender com tal abundância, a verba serviu para
quê? Portugal é um dos entusiastas na defesa da Ucrânia, diz que vai até ao
fim, mas não consegue pagar o seu próprio compromisso na NATO de 2% do PIB em
defesa.
Esta guerra de dois anos matou talvez meio milhão de pessoas e provocou na Europa brutais aumentos no custo da energia e dos alimentos. A sabotagem dos gasodutos NordStream foi ignorada e o gás natural americano é comprado ao triplo do preço do gás russo. Os nossos dirigentes diziam que a Rússia ia colapsar sob o peso das sanções, mas as sanções saíram do bolso dos europeus. Bruxelas também permitiu a entrada livre de produtos agrícolas ucranianos mais baratos, que não cumpriam as regras da política agrícola comum, e os agricultores europeus entraram em revolta. Não deixa de ser curioso que a metade mais fértil das terras agrícolas ucranianas fosse comprada antes da guerra por multinacionais americanas (também sauditas e europeias) que querem escoar os seus produtos.
[Aparecido rasga o verbo] Poeira em alto mar
Aparecido Raimundo de Souza
AS VELAS ENORMES rechinavam, como se temessem o desafio do vento pesado e
traiçoeiro que soprava sem dó nem piedade. O veleiro, um gigante de madeira e
ferro, cortava as águas revoltas do oceano incomensurável. A tripulação, com
olhos cansados de medo e angústia, as mãos calejadas de tantos anos encarando
águas inquietas e conturbadas, enfrentava a imensidão azul daquele mundo de
horizonte incerto com coragem e determinação. Havia, entretanto, algo mais
forte no ar, além do cheiro de maresia e do balanço constante e tresloucado. Se
fazia hiante uma poeira fina, quase imperceptível, um pó que se infiltrava em
todos os cantos do navio.
Os marinheiros a chamavam aquele evento de “poeira vinda dos confins do
reino de Poseidon.” Poseidon, segundo a falsa meteorologia, perdão –, segundo
os livros enganosos de história, se fazia conhecido também por Netuno (filho de
Cronos, “Rei do Tempo” e da sua bela e esfuziante esposa, a estonteante “Réia
(sem “Gono”), ou a “Deusa da Fertilidade”.) A tal poeira acima citada,
provocava uma inusitada cerração que se erguia das profundezas, como se o
próprio oceano estivesse exalando a sua alma em cubos de vapores espessos, o
que aliás, daria no mesmo. O fato real, é que ninguém sabia ao certo a origem
daquela poeira de camada fina tipo cocaína.
Alguns dos presentes diziam que não se tratavam de partículas de sonhos
perdidos. Outros acreditavam que o troço não ia além de fragmentos de histórias
esquecidas de velhos livros sobre piratarias dos tempos de Johnny Depp. Mas
todos concordavam num ponto, ou seja, que aquela (poeira) trazia consigo um
mistério meio que impérvio. Não um “secreto,” de deixar todo mundo doidão,
vendo, por exemplo, as caravelas de Pedro Álvares Cabral transportando um Lula
cagando Brasil em golfadas, como se expelisse uma canja de galinha estragada
numa bacia de privada sem descarga), apenas uma sensação de que algo maior
acontecendo mais para lá do que poderia ser alcançado “Além do horizonte,”
bailando, aos propósitos saborosos daquela melodia cantada pelo Roberto Carlos.
Bruna Surfistinha, a jovem marinheira que se escondia sob roupas largas e cabelos encaracolados, sentia o pó como uma atropina agindo em toda a sua pele de bronzeado perfeito. Ela olhava para o céu estrelado, imaginando o que estaria ocultado das ondas que se quebravam contra o casco do imponente “Poderoso.” (“Poderoso” é bom que se esclareça, não outra coisa senão o nome de batismo do veleiro.) “Poderoso” lembrava a ela, uma monóxila –, aquela canoa de pau único, embora a sua história relatasse acúmulos de gostos por “lascas” capazes de tirarem qualquer cristão do sério. Apesar dos pesares, seu coração pulsava em compasso “descadenciado” com o abalo sísmico das águas insondáveis. A beldade se perguntava se algum dia encontraria respostas objetivas para as suas próprias metonímias.
Moraes sobre “liberdade de expressão”, em 2010…
Alexandre de Moraes afirmou mais cedo que o termo "Liberdade de expressão" é muito usado por extremistas. Em 2010, o mesmo Alexandre escreveu um artigo p/Folha sobre o tema e usou praticamente TODOS os argumentos dos tais extremistas em defesa da liberdade. Peço que compartilhe! https://t.co/xxDxU0OjzP pic.twitter.com/pm1HjkLbon
— Henrique Soldani (@HenriqueSoldani) February 27, 2024
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024
Nearly a Million Brazilians Fly Israeli Flags in Protest of Antisemitic President
Combat Antisemitism Movement claimed that a
million people were present
Many of the tens of thousands of protesters who took to the streets in São Paulo, Brazil, on Sunday in support of the country’s former president Jair Bolsonaro—including Bolsonaro himself—were waving Israeli flags as a gesture of defiance against the country’s current leader, Luiz Inácio Lula da Silva.
Bolsonaro called for the rally
in response to a police investigation into his role in attacks on government
buildings by his supporters in January after he lost the election.
A research group at the
University of São Paulo estimated 185,000 people participated, while the
Brazilian military police said the crowd was larger, according to the
Associated Press. Others, including Sacha Roytman, CEO of the Combat
Antisemitism Movement, claimed that a million people were present.
Da Silva “has received
widespread criticism at home for comparing Israel’s military offensive in Gaza
to the Holocaust,” according to AP.
We'd like to extend a huge thank you to all the fine people of Brazil who came out in support of Israel. It means a lot.
— Mossad Commentary (@MOSSADil) February 26, 2024
A huge opposition demonstration led by Bolsonaro (the former president), who pulled out the Israeli flag as soon as they arrived at the demonstration.… pic.twitter.com/1CyNBUSGmx
Last week, Israeli Foreign Minister Israel Katz declared Lula persona non grata over his comparison of Israel’s war against Hamas to the Nazi genocide.
Eu acredito na Teoria da Relatividade, mas…
“A razão pela qual acreditamos
em algumas verdades é porque sabemos que elas podem ser contestadas, mas que
ninguém conseguiu de maneira convincente.
Eu não estudei Física, mas
acredito na Teoria da Relatividade. Se eu tivesse lido, no momento em que
Einstein publicou a sua tese, que fizeram calar todos os cientistas que a
avaliavam como falsa, que recusaram convidar à Universidade e a outras repartições
públicas toda a pessoa em desacordo com ela, que haviam excluído as contas
YouTube, Facebook, Instagram e Twitter dos matemáticos que afirmavam haver um
erro de cálculo na demonstração, então, sem nenhuma dúvida, eu não confiaria
tanto na Teoria da Relatividade.”
Samuel Fitoussi, citado por Aurélien Marq no livro “Refuser l’arbitraire”, página 92. Tradução: JP, 26-2-2024
Pour 84% des Français, la France, un pays de tradition catholique : pour combien de temps ?
Georges Michel
Il y a parfois de bonnes nouvelles qui tombent comme ça, sans qu’on s’y attende vraiment. Comme ce sondage de l’institut CSA pour CNews, Europe 1 et le JDD, publié ce dimanche 25 février : « 84 % des Français estiment que la France est un pays de culture et de tradition catholique. » Évidemment, diront, les esprits forts, c’est encore un truc sorti par la « sphère Bolloré ». Oui, peut-être, mais le sondage n’a pas été fabriqué en lisant les ronds dans l’eau bénite ou en observant les fumées d’encens. Fermons la parenthèse.
Les intégristes de la
République auront beau dire...
Pourquoi est-ce une bonne
nouvelle ? Parce que dans un pays où, paraît-il, un jeune sur six pense que la Terre est plate, on se dit
qu’il y a quand même encore une immense majorité de gens qui voient la réalité
en face. Les intégristes de la République auront beau dire, beau faire, beau
penser, beau faire semblant de croire que la France est née avec la Révolution
française dans une sorte de génération spontanée et fulgurante, les Français
dans leur immense majorité estiment que la France est un pays de culture et
tradition catholiques. Pourquoi évoquer la Révolution ? Évidence, là aussi :
c’est bien la Révolution qui a lancé le processus pour éjecter la religion
catholique de l’espace public de ce pays. Plus de deux siècles d’acharnement,
de persécutions souvent, de mesquineries parfois, mais aussi d’abandons du côté
même de l’Église catholique de France, notamment durant les soixante-dix
dernières années, n’auront pas suffi pour éradiquer la tradition et la culture
catholiques dans ce pays.
À quelques points près,
tous sexes, générations, sensibilités politiques confondus
Dans ce pays où, selon l’INSEE, 51 % de la population des 18-59 ans déclarent ne pas avoir de religion, où seulement 29 % de la population se disent catholiques, où 10 % se revendiquent de religion musulmane, où le « processus de transmission » (on appelle ça « la tradition » !) n’est que de 67 % chez les catholiques quand il est de 91 % dans les familles musulmanes, où l’assistance à la messe a dégringolé de façon vertigineuse en trois générations, en dépit (ou à cause ?) des bienfaits de « l’esprit de Vatican II » (27 % de « messalisants en 1952, 4,5 % en 2016…), où l’Église catholique a brillé généralement par son misérabilisme et est devenue quasiment inaudible, dans ce pays, donc, malgré tout cela, l’immense majorité des habitants estiment, non pas que la Terre est plate, mais que la France est un pays de culture et de tradition catholiques. À quelques points près, tous sexes, générations, sensibilités politiques confondus. À l’exception des Français qui votent LFI : seulement 72 %. Ce qui n’est tout de même pas mal. La France, pays de tradition et de culture catholiques : une évidence, donc. Un quasi-consensus sur ce constat.
Sérgio Tavares detido pela Gestapo de Lula da Silva, em São Paulo
Paulo Hasse Paixão
O jornalista português independente – e dissidente – SérgioTavares [foto], foi detido ontem, à chegada ao aeroporto de S. Paulo, no Brasil, onde ia reportar a “Manifestação pela Democracia” que decorreu naquela capital estadual. A Gestapo de Lula da Silva passou 4 horas a interrogar o Sérgio sobre as suas opiniões políticas.
Após ter sido detido no
aeroporto e de lhe terem sonegado o passaporte, o jornalista português foi
conduzido a uma delegacia onde foi interrogado pela polícia federal. Sérgio
Tavares recebeu apoio da embaixada portuguesa e foi acompanhado durante o interrogatório
pelo advogado Eduardo Borgo, que o aconselhou a não responder às perguntas que
lhe foram colocadas.
Depois de submetido a um
processo só possível num regime totalitário, acabou por ser liberto, afirmando
nesse momento:
“Durante estas horas todas
na delegacia fui interrogado pela Polícia Federal. Perguntaram-me
especificamente sobre Alexandre de Morais, Flávio Dino, vacinas, 8 de Janeiro,
tudo. Um português que vem simplesmente cobrir uma manifestação de apoio a Jair
Bolsonaro e uma audiência pública sobre vacinação, amanhã em Brasília, é
sujeito a isto tudo. Apreenderam o meu passaporte e fui tratado aqui quase como
um criminoso.”
Continue lendo no » ContraCultura
Tô chateado, nós não derrotamos o bolsonarismo
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23-2-2024: Oeste sem filtro – Ato de Bolsonaro na Avenida Paulista Brasil, esse país judeu
[Sétima Arte] Silêncio, Martin Scorsese
Silence (bra/prt: Silêncio) é um filme
nipo-méxico-ítalo-estado-unidense-taiwanês de 2016, do gênero drama histórico,
realizado por Martin Scorsese, coautor do argumento, ao lado de Jay Cocks,
baseado no romance Chinmoku, de Shusaku Endō.
Conta com a participação de Andrew Garfield, Adam Driver, Liam
Neeson, Tadanobu Asano, Issei Ogata, Shinya Tsukamoto
Portugal, 1633. Quando a Companhia de Jesus recebe a notícia de que o missionário Cristóvão Ferreira teria renunciado publicamente à Fé Cristã, Sebastião Rodrigues e Francisco Garupe, dois dos seus discípulos mais fiéis, decidem partir para o Japão para o confirmar. Depois de uma longa viagem, os dois sacerdotes deparam-se com um país empobrecido e com uma população subjugada ao regime Tokugawa, que proibiu o Cristianismo ou quaisquer influências europeias no Japão. Ali, eles vão assistir a perseguições e todo o tipo de crueldade em relação aos cristãos, impedidos de qualquer demonstração de fé em Jesus Cristo...
Bota crueldade nisso!
domingo, 25 de fevereiro de 2024
Avenida Paulista, 25 de fevereiro de 2024: “Meu Deus, o povo brasileiro não merece estar passando por este momento!”
O cão que fuma;
jimpereiraRG
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20-2-2024: Oeste sem filtro - Lula dobra a aposta e Brasil denuncia Israel em Haia
Israel Responds to Brazil’s Lula’s Comments on Gaza Conflict and Holocaust Comparison
Lula e o antissemitismo
Avenida Paulista, 25 de fevereiro de 2024: Silas Malafaia explode
FC Porto se despede do primeiro lugar…
… e oxalá consiga se despedir do campeonato português (Primeira Liga) no terceiro lugar.
Desperdício e Descompensação
[Antigamente] Amaral Neto, o repórter
No vídeo, programa
"Amaral Neto Especial", sobre os acontecimentos políticos, econômicos
e sociais no brasil, nas décadas de 1960 e 1970. O vídeo, de 1975, mostra o
desenvolvimento econômico e as realizações de cada governo e a apresentação
de Concerto na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Brasil, Ontem, Hoje
e Amanhã. Arquivo Nacional. Fundo Agência Nacional.
BR_RJANRIO_EH_0_FIL_TTV_0002_0001 @ArquivoNacionalBrasil
[As danações de Carina] A Morte nunca bate na porta
Carina Bratt
FAZIA UMA TARDE COMPRIDA e cinzenta, dessas que parecem carregar o peso do mundo nos ombros. As nuvens se arrastavam preguiçosamente pelo céu, como se relutantes em deixar cair a chuva que há tanto tempo se escondia. Naquela rua estreita, de casas antigas e janelas cerradas, vivia dona Santinha uma senhora de quase noventa anos, os cabelos prateados e os olhos quase cegos de cansados.
Dona Santinha não era uma mulher de muitas palavras. Seu silêncio se fazia fiel como uma armadura que a protegia das agruras da vida. Ela vivia sozinha, numa casa de paredes desgastadas, o telhado carecendo de ser trocado e o muro, ao redor, necessitando ser derrubado e erguido um novo no lugar. Dona Santinha vivia ela e Deus, com suas lembranças e fotografias amareladas.
O marido havia partido fazia anos, levado pela doença que não bate na porta, nem pede licença, nem manda aviso que está chegando. Aliás, a doença, para a maioria das pessoas (notadamente para os pobres e necessitados), entra sorrateiramente, como um ladrão na calada da noite. Naquela tarde, enquanto a chuva fina começava a cair, ela se arrastou até uma das janelas e observou as gotas escorrendo pelos vidros.
Por instantes pensou no velho Chiquinho, seu marido, nas risadas deles, no cheiro do café que ele preparava todas as manhãs. Sentiu saudades, também uma estranha sensação de alívio. Lembrou que a Morte não bateu na porta deles. Ela simplesmente entrou e o levou consigo. Dona Santinha não temia a Morte. Ela a via como uma velha amiga, uma companheira que a esperava pacientemente do outro lado encostado no lugar onde deveria existir um portão.
Ela sabia que, um dia, também deixaria tudo e partiria. Não tinha pressa. A vida ainda lhe reservava pequenos prazeres: o sol à pino; o cheiro das plantas; o barulho da chuva cantando forte no telhado; o gosto do bolo de fubá que fazia nas tardes ensolaradas; o som inconfundível do piano que tocava para seu velho companheiro quando ele se sentava no chão ao lado da banqueta para se deleitar e agora; quando tocava para afugentar a solidão pesada que insistia apertar o peito.
À noite, enquanto o vento uivava lá fora, dona Santinha acendia uma vela e olhava para as fotografias do marido e dos filhos. Tantos janeiros juntos, tantos filhos, tantos netos. Num repente inesperado, num ‘vapt-vupt, chicoanysiano,’ todos se foram. Viajaram em direção ao futuro. Os filhos cresceram e casaram. Os netos cresceram e constituíram novas famílias. Dona Santinha sorria cansada, fatigada, os olhinhos vermelhos e cheios de uma ternura imorredoura.
Trump Wins South Carolina Primary; Haley Vows to Stay On
Trump cruised to victory in the Palmetto
State, with the race called moments after polls closed. Haley, however, has
vowed to press on despite the result
 |
| President Donald Trump takes the stage at the South Carolina State Fairgrounds in Columbia, S.C., after defeating Nikki Haley in her home state on Feb. 24, 2024. (Madalina Vasiliu/The Epoch Times) |
Epoch Times Staff
South Carolina Rep. Norman:
‘The People Spoke for Trump’
Rep. Ralph Norman (R-S.C.), a
key supporter of former South Carolina Gov. Nikki Haley in her home state, had
a simple message after her loss was called.
“The people spoke for Trump,”
he told The Epoch Times.
Mr. Norman, who has campaigned
for Ms. Haley across the state, stressed that both President Trump and Ms.
Haley “love America.”
“What she will have to do… is
make a decision.”
“What she’ll do is count the
delegates up,” he said when asked about her possible moves after Super Tuesday,
March 5, when a large number of delegate-heavy Republican contests will be
decided.
“At the end of the day,
everybody will come together, whether it’s [for] Nikki Haley or Donald Trump,”
Mr. Norman predicted.
Trump Glides to Victory
COLUMBIA, S.C.–Former President Donald Trump has once again racked up a decisive victory over Republican challenger Nikki Haley. This time, he is running a victory lap around the former South Carolina governor in her home state.
Sérgio Tavares é libertado pela PF do aeroporto de Guarulhos
11.23H, Sao Paulo:Fui LIBERTADO!!! e vou mostrar ao mundo o que se passa no Brasil💪🙏🇧🇷
— Canal Sergio Tavares (@NoticiasTavares) February 25, 2024
Vou contar tudo ao mundo nesta transmissão:https://t.co/zsBlVP1CUr
Viva a Liberdade e Democracia!! pic.twitter.com/fpvQ9Lk4Aw
Payet dá passe ‘à la Ronaldinho’ em Vasco x Volta Redonda (+ melhores momentos)
Camisa 10 virou o rosto e acertou lindo
passe para Adson cruzar a bola para a área de ataque do Vasco da Gama, levando
a torcida à loucura
Raphael Fernandes
A vitória do Vasco da Gama por 2×1 sobre o Volta Redonda, neste sábado (24), pela 10ª rodada da Taça Guanabara, contou com mais uma boa performance de Dimitri Payet.
 |
| Foto: Jordan Nunes |
O meia francês contribuiu com
a assistência para o primeiro gol cruzmaltino na partida, marcado por Zé
Gabriel, e bateu o escanteio que resultou no segundo, de Vegetti.
No entanto, a atuação de Payet
foi marcada por uma jogada em especial. Aos 36 minutos do segundo tempo, após
receber passe de Lucas Piton na ponta esquerda, o camisa 10 virou o rosto, à la
Ronaldinho Gaúcho, e, em apenas um toque na bola, acionou Adson, que a recebeu
em boas condições e cruzou para a área, gerando escanteio para o Vasco.
Nas redes sociais, claro,
torcedores foram à loucura com o lance protagonizado pelo francês.
– Moleque, o que é isso?! O
Payet é muito diferente. Um absurdo de jogador – disse um torcedor intitulado
como ”Estagiário do Ney”.
– Acabou o Carnaval e Payet
segue desfilando em campo – exaltou, por sua vez, Roberto da Fonseca.
Assista
sábado, 24 de fevereiro de 2024
Discurso de Alexander Soljenítsin em Harvard em 8 de junho de 1978
Um mundo dividido em pedaços
Estou sinceramente feliz por
estar convosco nesta ocasião do 327º ano letivo desta antiga e ilustre
universidade. Meus parabéns e meus melhores votos a todos aqueles que se
formam hoje. O lema de Harvard é “Veritas”. Muitos de vocês já
aprenderam e outros aprenderão ao longo de suas vidas que a verdade nos escapa se
não fizermos todo o esforço para segui-la. E mesmo que isso nos escape, a
ilusão de saber disso ainda persiste e nos leva a alguns erros. Além
disso, a verdade raramente é agradável; quase sempre é amarga. Há
também alguma amargura no meu discurso de hoje. Mas desejo suscitar essa
ansiedade não como adversário, mas como amigo.
Há três anos, nos Estados
Unidos, eu disse certas coisas que pareciam inaceitáveis. Hoje, porém,
muitas pessoas concordam com o que eu disse... A divisão do mundo de hoje é
perceptível mesmo quando vista superficialmente. Qualquer um dos nossos contemporâneos identificaria
rapidamente duas potências mundiais, cada uma capaz de destruir totalmente a
outra. Contudo, a compreensão desta divisão limita-se muitas vezes à
concepção política, à ilusão de que o perigo pode ser evitado através de
negociações diplomáticas bem-sucedidas ou de um equilíbrio cuidadoso das forças
armadas. A verdade é que esta divisão é muito mais profunda e
alienante; A ruptura é maior do que pode parecer à primeira
vista. Esta ruptura profunda e múltipla acarreta o perigo de desastres
múltiplos para todos nós, de acordo com a antiga verdade de que um Reino –
neste caso, a nossa Terra – dividido contra si mesmo não pode sobreviver.
Mundos contemporâneos
Existe o conceito de Terceiro Mundo: assim, já temos três mundos. Sem
dúvida, porém, o número é ainda maior, estamos muito longe para
vê-lo. Algumas antigas culturas autónomas estão profundamente enraizadas,
especialmente se se espalharam pela maior parte da Terra, constituindo um mundo
autónomo, cheio de enigmas e surpresas para o pensamento ocidental. No
mínimo, devemos incluir a China, a Índia, o mundo muçulmano e África nesta
categoria, se aceitarmos de facto a abordagem de olhar para os dois últimos
como unidades compactas. Há mil anos que a Rússia pertence a tal
categoria, embora o pensamento ocidental cometa sistematicamente o erro de lhe
negar o seu carácter autónomo e, portanto, nunca o compreendeu, da mesma forma
que hoje o Ocidente não compreende a Rússia no cativeiro comunista. Pode
ser que nos últimos anos o Japão tenha sido cada vez mais uma parte distante do
Ocidente, não quero comentar isso aqui; mas penso que Israel, por exemplo,
permanece separado do mundo ocidental apenas porque o seu sistema estatal
permanece ligado à religião.
Há relativamente pouco tempo, o pequeno mundo da Europa moderna conquistou facilmente colônias em todo o globo, não só sem qualquer resistência, mas também, em geral, com desprezo pelos possíveis valores dos povos conquistados perante a vida. Nesse sentido, foi um sucesso esmagador, não havia fronteiras geográficas para isso. A sociedade ocidental expandiu-se como um triunfo da independência e do poder humanos. E de repente, no século XX, descobre-se a sua fragilidade e inconsistência. Vemos agora que as conquistas provaram ser de curta duração e precárias, e esta viragem aponta as falhas na visão do mundo com que o Ocidente via estas conquistas. As relações com o antigo mundo colonial viraram-se agora contra eles e o mundo ocidental muitas vezes chega a extremos de subserviência, mas ainda é difícil estimar a conta total que os antigos países coloniais irão apresentar ao Ocidente; é difícil prever se a entrega não só das últimas colónias, mas de tudo o que possui será suficiente para saldar essa conta.
[Pernoitar, comer e beber fora] The Great American Disaster. É isso mesmo: um desastre!
A não voltar!
Começando pelo acesso ao restaurante
que falta alguma sinalética.
O ambiente tinha tudo para prometer
uma boa experiência. Quadros a
representar os anos 50/60, como a publicidade da antiga companhia aérea Pan Am,
entre outros.
Sentamos junto à janela com vista para
a bonita Praça do Marquês de Pombal. A decoração é adequada, mas os assentos já
merecem uns estofos novos, já estão bem moles e desconfortáveis.
Fui acompanhada com LT. Ambos pedimos hamburgueres diferentes. De entradas, aros de cebola que deixam muito a desejar.
Os hambúrgueres, a carne além de não ser nada saborosa (aliás, soube-me mesmo mal o sabor do hambúrguer), não é de qualidade. A diferença entre os hambúrgueres são os molhos pré-feitos que metem em cima. Para um restaurante que se quer diferenciar da concorrência que o rodeia - há poucos metros existe MC e BK - não fazem o mínimo esforço.
Pedido de impeachment de Lula soma 320 mil assinaturas em cinco dias
Cláudio Humberto
Atingiu a marca de 320 mil assinaturas em menos de cinco dias o abaixo-assinado na plataforma Change.org pelo impeachment do presidente Lula (PT). A alegação é que ele cometeu crime de responsabilidade, quando comparou a defesa de Israel contra os atos terroristas do Hamas ao genocídio promovido por Hitler e os nazistas. Lula também é alvo de ação por crime de antisseminismo na Corte Penal Internacional de Haia. O impeachment na Câmara já tem apoio de 139 deputados federais.
 |
| Coletiva da oposição para pedir o impeachment de Lula, na Câmara dos Deputados. Foto: Diego Queiroz |
Ato de hostilidade
Lula é acusado de crime de
responsabilidade por atentar contra a existência da União por “ato de
hostilidade contra nação estrangeira”.
Expor o país é crime
A lei enquadra chefe de
governo que expuser a República “ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a
neutralidade”.
Rastilho de pólvora
O abaixo-assinado pelo
impeachment de Lula foi criado no dia 18 e acumulou mais de 100 mil assinaturas
em menos de 24 horas.
Pedido recorde
As 139 assinaturas bateram recorde. O impeachment com o maior apoio da História foi contra Dilma, quando 124 deputados assinaram o pedido.
Confira quais canais transmitem o jogo entre Vasco e Volta Redonda
O Vasco da Gama enfrenta o Volta Redonda
neste sábado, às 17h30min, no Kleber Andrade, pela 10ª rodada do Carioca
 |
| Vasco X Fluminense, Maracanã, foto: Leandro Amorim/Vasco |
França Fernandes
O Vasco da Gama enfrenta o
Volta Redonda neste sábado (24), às 17h30min (horário de Brasília), no Estádio
Kleber Andrade, em Cariacica-ES, pela 10ª rodada do Campeonato Carioca.
O técnico Ramón Díaz deve
escalar seu time titular para buscar a segunda vitória consecutiva na
competição, já que derrotou o Botafogo no último jogo.
Para o duelo, o Gigante da
Colina contará com os retornos dos zagueiros Medel e João Victor, ambos tiveram
que cumprir suspensão automática. Outra novidade é o volante Sforza, novo
reforço foi relacionado e pode fazer sua estreia neste sábado.
O torcedor poderá acompanhar o
jogo de algumas formas. A partida será transmitida em TV aberta, TV fechada e
pelo YouTube.
Confira os canais
[Versos de través] Quanto tempo para o intervalo
Filipa Leal
Quanto tempo para o intervalo, perguntas.
Nenhum. Tempo nenhum.
O corpo é um corvo suspenso, uma aflição,
um corvo aos solavancos, abatido às vezes,
um pontapé, um reflexo de tule e rosmaninho.
O corpo deve ser de noite, sempre de noite,
enrolando os pés, enrolando tabaco na cama.
Que susto. Que medo do corpo que eles dobram
assim, cheio de nódoas que eu não sei limpar.
Que estranha a forma como saem de dentro
de água infinitamente secos e lúcidos.
Eu não sabia que dançar era por dentro.
Eu não sabia que dançar era até ao fim.
A vida, meu amor, é sem intervalo.
Filipa Leal, Fósforos e Metal sobre Imitação de Ser Humano
Anteriores:
A Gilberto Freyre
Casa-Grande & Senzala
AO POLY-ÓNIMO
O outro Brasil que vem aí
Spinoza, de Machado de Assis
Baruch Spinoza
Amavisse
Quanto tempo para o intervalo, perguntas.
Nenhum. Tempo nenhum.
O corpo é um corvo suspenso, uma aflição,
um corvo aos solavancos, abatido às vezes,
um pontapé, um reflexo de tule e rosmaninho.
O corpo deve ser de noite, sempre de noite,
enrolando os pés, enrolando tabaco na cama.
Que susto. Que medo do corpo que eles dobram
assim, cheio de nódoas que eu não sei limpar.
Que estranha a forma como saem de dentro
de água infinitamente secos e lúcidos.
Eu não sabia que dançar era por dentro.
Eu não sabia que dançar era até ao fim.
A vida, meu amor, é sem intervalo.
Filipa Leal, Fósforos e Metal sobre Imitação de Ser Humano
Anteriores:
A Gilberto Freyre
Casa-Grande & Senzala
AO POLY-ÓNIMO
O outro Brasil que vem aí
Spinoza, de Machado de Assis
Baruch Spinoza
Amavisse
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024
23-2-2024: Oeste sem filtro – Ato de Bolsonaro na Avenida Paulista
Brasil, esse país judeu
Le plus grand massacre antisémite…
20-2-2024: Oeste sem filtro - Lula dobra a aposta e Brasil denuncia Israel em Haia
Israel Responds to Brazil’s Lula’s Comments on Gaza Conflict and Holocaust Comparison
Lula e o antissemitismo
Israeli FM says Brazil’s president is ‘a persona non grata’ for comparisons of Gaza war to Holocaust
[Foco no fosso] Longa viagem
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Os focos de mosquitos
(dengue?) proliferam alegremente nas vias urbanas em milhares de “lagos” de
diversos diâmetros. Não sofrem combate pleno há diversos anos. Podemos tomar o
RJ como modelo básico para tal tragédia.
São encontrados em
casas abandonadas, prédios com moradores sem consciência, terrenos que viraram
“lixões”, ruas onde os lixeiros passam semanalmente segurando vassouras e
celular.
Os donos de imóveis que
moram em bairros “nobres”, esquecem destas edificações. O poder público não
fiscaliza pois só é eficaz para enviar o boleto do IPTU.
Se ficarmos acomodados
aguardando um “benfeitor” para resolver a questão, talvez depois de uns seis falecimentos
no entorno, o local seja desinfetado.
Será que a proposta
abaixo pode dar certo? Sonhar não custa.
Vinte prédios da área
perto de um “lago” juntam quarenta litros de creolina. Menos de cinco reais por
morador consciente e participativo.
Num sábado pela manhã, com a presença de quase duzentos moradores, convocam uma TV para documentar a ação.
[Aparecido rasga o verbo] A garota da padaria
Aparecido Raimundo de Souza
CONHECI A TAMMY por puro
acaso. Parei numa padaria num desses terminais de ônibus urbanos quando ia
embora para casa. Aproveitei para comprar pão, e, de lambuja, visando não
perder o costume, tomar um café com leite e comer um pão com manteiga. Sempre
faço isso. Se não tomar um café com leite e comer um pão com manteiga, ou dois,
meu dia (ainda que no final dele), se torna mais chato e maçante. De repente,
saindo de um desvão que fiquei sabendo depois acessava à cozinha, ela apareceu
e eu fiz o meu pedido. Tive a sensação de mergulhar num caldeirão de água
quente fazendo com que o suor escorresse por todos os poros disponíveis dentro
do indumento que usava.
Nossos olhos então se cruzaram pela primeira vez. De cara, na lata, sem maiores considerações, depois de feito meu pedido, quando ela regressou trazendo o solicitado, conversa vai, conversa vem, perguntei se era casada, ou se tinha compromisso. Ela me mostrou a mão (deixou que a pegasse entre as minhas) e percebi que, de fato, não havia aliança. Ao ir embora, passei os cinco dedos num guardanapo e escrevi meu telefone e entreguei a ela. “Me liga, eu disse – mas somente se não tiver ninguém à sua espera.” Ela sorriu e ao guardar o bilhete com meu número prometeu me mandar um “oi” quando saísse do emprego. “Vou embora as dez da noite” -, confirmou à voz finória. “Ao chegar em casa -, entrarei em contato” -, completou com um sorriso encantador que achei fora de série.
Não levei muito a sério, pois o local onde trabalha é frequentado por um bocado de homens mais novos que eu, e, certamente, ela teria alguém. Tammy, a mulher cujos predicados me deram a impressão de serem portais para um mundo de mistérios e encantos me engalanou. Ela não me pareceu uma figura comum. Sua presença clareava os cantos mais sombrios do local onde trabalhava (apesar de tudo bem guarnecido com forte iluminação), e, da mesma forma, pensei com minhas dúvidas -, “se de fato me ligar, resplandecerá a minha vidinha cotidiana contribuindo com a pitada do tempero certo e necessário para tornar meus dias futuros mais promissores e recheados de sabores igualmente prazerosos.”
Minha alegria foi tão ampla e dilatada, que esqueci um livro na hora em que me aproximei do caixa e paguei os pães comprados e o café. No ônibus, a imagem dela me apareceu enchendo a viagem de uma “contaminação” até então nunca sentida. Seus olhos, grandes e expressivos, pareciam conter (e não só conter, contar) segredos ancestrais. Tammy não se deslumbrava apenas numa mulher bonita. As perspectivas mais verossímeis, a meu entendimento, estavam estampadas em toda a sua silhueta. Ela escondia uma história viva. Seus olhos (voltando a repetir), emanavam um brilho profundo, como um oceano calmo ao tempo em que harmonizavam a jornada de uma alma amena que havia enfrentado tempestades e navegado por rincões de distâncias desconhecidas.
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