Paulo Hasse Paixão
O New York Times descobriu
agora que o seu muy estimado Presidente é um velho demente que já devia estar
num lar desde 2020 e publicou um artigo de opinião apelando a que Biden se afaste e
permita a candidatura de outro democrata às presidenciais de 2024.
Neste caso nem se adequa o
adágio de que vale mais tarde do que nunca, considerando o legado da
presidência de Joe Biden.
Muito elucidativamente, o
artigo de Ross Douthat tem este título:
“A Questão não é se Biden
deve afastar-se. É como”.
Douthat começa por apontar
para o relatório do
procurador especial divulgado na semana passada, que concluiu que Biden tinha
manipulado ilegalmente documentos confidenciais, mas que não deveria ser
acusado devido ao seu frágil estado mental.
O relatório referia-se a Biden
como um “homem idoso com uma memória fraca” e “limitações significativas”.
Douthat prossegue afirmando:
“Joe Biden não deveria estar a concorrer à reeleição. Isso era óbvio muito antes de os comentários do procurador especial sobre os lapsos de memória do presidente terem inspirado uma explosão de angústia relacionada com a idade. E os democratas que estão furiosos com o procurador têm de pressentir que isso se tornará ainda mais óbvio à medida que nos aproximarmos de uma campanha real”.
Contra todas as evidências, o
colunista explica que não acredita necessariamente que Biden seja de facto
inapto para a presidência, mas que poderá vir a ficar inapto durante um segundo
mandato.
“Dizer que as coisas
funcionaram bem durante esta fase do declínio de Biden é muito diferente de
apostar que podem continuar a funcionar bem durante quase cinco longos anos. E
dizer que Biden é capaz de ocupar a presidência durante os próximos 11 meses é
muito diferente de dizer que é capaz de passar esses meses a fazer uma campanha
efetiva pelo direito de a ocupar novamente.”
O artigo, que tresanda a medo
de uma vitória de Donald Trump, sugere que Biden deveria continuar a fazer
campanha até à convenção democrata de agosto deste ano, altura em que
“chocaria o mundo ao
anunciar a sua retirada da corrida, recusando emitir qualquer apoio e
convidando os delegados da convenção a escolher o seu substituto”.
Biden tem atualmente 81 anos.
Teria 82 anos na altura em que prestasse juramento para um segundo mandato. E
ao ritmo que o seu declínio cognitivo está a progredir, é até discutível que
esteja em condições de “chocar o mundo” com declarações minimamente
inteligíveis, em agosto.
Título e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 16-2-2024
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