Órgão afirma que evento danificou telas de
proteção de edifícios históricos
O Dia
O Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pediu à Prefeitura do Rio que retire os
desfiles de blocos da Rua Primeiro de Março e suas adjacentes, no Centro, para
preservar os bens tombados daquela região. De acordo com o órgão federal, o
evento provocou danos nas telas de proteção de alguns edifícios.
Em nota, o órgão informou que
“não é apropriado que os megablocos sejam realizados na Rua Primeiro de Março,
com vibração sonora muito elevada e arrastando multidões, devido à concentração
de diversos bens tombados em uma rua de pequenas dimensões, colocando os trios
e as pessoas muito próximos dos edifícios”.
A orientação é que o começo dos desfiles seja desviado em direção à Avenida Presidente Antônio Carlos, a cerca de um quilômetro da Primeiro de Março. O Instituto recomendou, ainda, especificamente sobre os megablocos, que não liguem seu aparato sonoro até que alcancem a Antônio Carlos.
De acordo com o Iphan, em 2024 a quantidade de megablocos no Rio aumentou consideravelmente, assim como o calendário de eventos, que ficou maior em relação aos anos anteriores.
"Para o próximo ano, o Iphan seguirá aprimorando os protocolos junto à Prefeitura do Rio, de modo a melhor prever as ações necessárias para a mitigação de possíveis danos causados pelo evento do carnaval de forma geral e, em especial, pelos megablocos", completou o órgão.
Dentre os que já arrastaram milhares de pessoas pela Rua Primeiro de Março, estão o Bloco da Gold, que contou com a presença do cantor Léo Santana e cerca de 500 mil foliões [foto], e o Bloco da Sapequinha, da cantora Lexa, que arrastou 150 mil pessoas, além do Chora Me Liga e o Bloco da Favorita.
Foto: Pedro Ivo/O Dia |
Vale lembrar que a via abriga
endereços históricos como o Centro Cultural Banco do Brasil, o Paço
Imperial, a Igreja do Carmo, o Palácio Tiradentes, entre
outros.
O próximo grande evento
previsto é o tradicional desfile do Cordão da Bola Preta, no próximo sábado
(10), que comemora 105 anos.
Procurada, a prefeitura não
respondeu se vai acatar o pedido e desviar os blocos da Primeiro de Março. O
espaço está aberto para manifestação.
Título e Texto: Redação, O Dia, 7-2-2024, 11h31
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