sexta-feira, 31 de julho de 2015

Cuidado com o sol, jornalismo luso

Vitor Cunha
Cameron usou a expressão “a swarm of people” significando “um grande número de pessoas”. Vai daí a (Agência) Lusa – uma autêntica calamidade – decide que “praga” é uma tradução mais gira que “um grande número”. E lá foram todos, alegremente atrás da praga auto-imune:

·         Económico: praga de emigrantes
·         RTP: praga de emigrantes
·         DN: praga de pessoas
·         i: praga de emigrantes
·         JN: praga de emigrantes
·         Observador: praga de emigrantes

Boas férias, cuidado com o sol. 
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 31-7-2015

Cavaco Silva explicado aos distraídos

Rui Ramos
Cavaco Silva desempenhou um dos mandatos presidenciais mais difíceis da democracia. Frequentemente, pareceu uma das poucas pessoas preocupadas com o essencial. E ainda parece.

Há que voltar ao prato frio presidencial, porque o que está em causa é a compreensão do que se passa em Portugal. No dia 22, ao anunciar a data das eleições legislativas, o Presidente da República explicou as vantagens de um governo sustentado por uma “maioria estável no parlamento”. A oligarquia partidária e comentadora aproveitou logo para repetir a rábula de sempre: não se percebe Cavaco, Cavaco esteve mal, etc. O secretário-geral do PS, entusiasmado, desceu mesmo até à condescendência irónica. A dificuldade, para os mais finos, era esta: como é que Cavaco Silva pede agora um governo maioritário, quando em 2009 aceitou um governo minoritário?

Não é um mistério. Em 2009, o Presidente tinha um problema: Sócrates. Sócrates está hoje detido às ordens da justiça, e mesmo assim teve durante meses o PS em fila à porta da prisão. Imaginem que, há seis anos, Cavaco Silva não lhe tinha dado posse. Teria provavelmente sido o fim do regime.

Antes de nos falarem das supostas limitações pessoais de Cavaco Silva, falem-nos das reais dificuldades políticas que encontrou. Cavaco Silva enfrentou um problema que, antes dele, nenhum outro Presidente teve: foi o primeiro cuja eleição não contou com o apoio do PS. Os líderes socialistas fizeram-lhe sentir isso a todas as horas. Nunca o trataram senão como um intruso. Depois de 2011, o primeiro Presidente que não foi votado pelo PS viu-se perante o primeiro ajustamento em que o PS, agora na oposição, recusou colaborar, ao contrário do que acontecera em 1978 e em 1983-1985. Entre 2011 e 2014, Cavaco Silva falou muito do risco de uma ruptura social. Mas o risco de uma ruptura política foi maior.

O tamanho de uma democracia

Miguel Tamen

Comparar a Atenas do século quinto antes de Cristo com uma democracia é como comparar uma pista de comboios eléctricos com uma rede ferroviária.

A democracia ateniense durou pouco e acabou mal; o corpo de cidadãos era aproximadamente equivalente ao dos habitantes da freguesia de São Domingos de Rana. Durou apesar de tudo o que durou porque o número de cidadãos era baixo. O processo deliberativo, que conheceu várias versões, pareceu-se em todas mais com um pátio das cantigas, onde havia apenas seitas e consensos, do que com qualquer coisa a que modernamente pudéssemos chamar deliberação. Era um modo de manter uma paz relativa entre vizinhos rancorosos, e um modo de estimular o meio essencial para a manutenção dessa paz. O meio era verbal. Atenas foi no seu apogeu um bairro unido por bisbilhotices, rumores e discursos públicos; comparada por exemplo com Esparta, que nos seus respectivos tempos áureos tinha todo o encanto combinado de uma caserna e de um parque de campismo, era a freguesia menos desagradável da Grécia Antiga.

Não há qualquer paralelo possível entre aquilo a que hoje se chama geralmente democracia e a Atenas do século sexto ou quinto. As dificuldades eram aí menores porque havia muito pouca gente; sem grande esforço as pessoas conheciam-se, ou pelo menos podiam rapidamente saber quem eram. Casavam-se entre si ou praticamente só entre si. Solon, um conhecido defensor da democracia em Atenas, era primo do principal tirano da altura. Naquilo a que hoje se chama democracia é muito raro as pessoas conhecerem-se; e quanto (considera-se) mais desenvolvida é a democracia, menos a possibilidade de saber quem alguém é deve contar. Os eleitores casam-se comummente noutras freguesias.

Comparar a Atenas do século quinto com uma democracia é como comparar uma pista de comboios eléctricos com uma rede ferroviária; na minha casa de jantar posso com um único olhar contemplar toda a pista; posso ocupar-me amorosamente de cada carruagem; e posso corrigir os meus descarrilamentos e os meus erros. Nada que eu aprenda com os meus comboiozinhos, porém, me prepara para ser sequer guarda de passagem de nível. Solon não conseguiria ser eleito deputado numa democracia moderna; e o primo não conseguiria ser um tirano capaz.

Tal como existe um tamanho abaixo do qual deixamos de reconhecer uma democracia, assim provavelmente existe um tamanho acima do qual aquilo a que chamamos democracia se torna dificilmente reconhecível. Os países em que geralmente se reconhece um modo democrático de organização são quase todos países de tamanho médio; Andorra é uma tirania, e a Índia é na melhor das hipóteses uma democracia muito disfuncional. O único milagre americano, mas que não é pequeno, consiste precisamente no facto de os Estados Unidos serem o único país do mundo com uma democracia pouco disfuncional e uma população acima de cem milhões de habitantes. 
Título e Texto: Miguel Tamen, Observador, 31-7-2015

Livre-se da raiva

Nelson Teixeira
Que você fique livre da raiva e constantemente experimente felicidade em sua vida.
Se você quiser experimentar felicidade é essencial ser vitorioso sobre a raiva.

Mesmo que alguém o insulte não fique zangado.
Mostrar mandonismo também é um traço de raiva.

Não pense que você tem que ficar com raiva para fazer com que as coisas sejam realizadas.
Hoje em dia tudo é arruinado através da raiva, ao passo que com amor uma tarefa arruinada será acertada pacificamente.

Considere a raiva um vício muito grande. Livre-se dela. 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 31-7-2015

Charada (74)

Antes de o
monte Everest
ter sido descoberto,
qual era a montanha 
mais alta do mundo?

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Confiança dos consumidores em máximos desde 2002

Paula Cravina de Sousa

Perspectivas da evolução do desemprego, situação financeira familiar e económica do país justificam subida do indicador.



A confiança dos consumidores aumentou em Julho atingindo o máximo desde Abril de 2002. Por sua vez, o indicador de clima económico voltou a recuperar, registando o valor mais elevado desde Maio de 2008.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores voltou a subir em Julho depois de ter diminuído nos três meses anteriores e retomou o perfil ascendente registado desde o início de 2013. Em Julho atingiu os 19 pontos negativos, valor que compara com o máximo registado em Novembro de 1997, de -5,5 pontos (o indicador tem sido sempre negativo).

O bom comportamento do indicador ficou a dever-se sobretudo ao contributo positivo das expectativas relativas à evolução do desemprego, da situação financeira da família e também da situação económica do país.

E a presidente vetou...

** - Eu, Dilma Rousseff, presidente da República Federativa do Brasil, fazendo uso das minhas atribuições constitucionais e legais, legitimada pelo total de votos recebidos à maior, VETO, irrevogavelmente, a Emenda que estendia o mesmo percentual de correção do SM para todos os aposentados, sem qualquer outra alternativa que possa aliviar o  aperto dos perversos garrotes nos seus pescoços. Tenho dito - **

Almir Papalardo
Seria este o texto justificando o veto ou, na melhor hipótese, o que  Dilma certamente gostaria de ter escrito!

Como já era de se esperar, embora expectativa por um final feliz sempre existisse, a nossa insensível presidente vetou a Emenda que estendia o mesmo percentual de reajuste do SM para todos os aposentados. Não chega mais a nos surpreender, já virou um fato sinistro e rotineiro!
  
Não adianta, até parece que a categoria mais prejudicada da sociedade está mesmo amaldiçoada pelo governo federal, que há  dezessete anos não faz outra coisa a não ser torpedear com vetos e impedimentos todos as medidas e/ou projetos  favoráveis  aos aposentados. Tornou-se a pior discriminação preconceituosa contra certas categorias de trabalhadores existentes no Brasil: “governo tirânico muito bem guarnecido por aliados, se recusa a reconhecer os sagrados direitos de aposentados”!!

Que sirva também de lição para certos aposentados que só vivem dando tiros no próprio pé, a procura desenfreada de reais culpados do nosso massacre, acusando-os severamente, quando, a nossa melhor estratégia, pelo pouco de vida que ainda temos, seria tentar reunir  e não afastar, o maior número possível defensores. A união faz a força convencendo-nos que é muita pretensão de nossa parte pensarmos que podemos lutar sozinhos! Se Lula se reelegeu e Dilma se elegeu e também se reelegeu, compartilhamos com as vitórias deles, ao desperdiçar preciosos votos pelo tolo radicalismo de não querer votar num oposicionista tucano, com a única intenção de punir FHC. Agora não adianta chorar; a nossa própria e inútil raivinha, nos derrotou...

Águas onde vão decorrer competições olímpicas tão contaminadas como esgotos

Uma investigação da Associated Press concluiu que os atletas que vão participar nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, vão nadar e navegar em águas com níveis tão elevados de contaminação com fezes humanas que arriscam ficar gravemente doentes

Visão

Foto: Reuters
Análises realizadas no âmbito da investigação da agência de notícias revelaram níveis perigosamente elevados de vírus e bactérias, provenientes de fezes humanas, nos locais onde vão decorrer algumas das provas olímpicas do próximo verão.

Os resultados alarmaram especialistas internacionais, apesar de as autoridades brasileiras garantirem que a água vai ser segura para os atletas que participarem nos Jogos. Segundo a Associated Press (AP), no entanto, o Brasil não realiza análises capazes de detetar vírus.

Nalguns casos, chegou a ser detetada uma presença de vírus nocivos para a saúde humana 1.7 milhões de vezes superior ao que seria considerado perigoso, por exemplo, numa praia do sul da Califórnia.

"O que temos aqui, basicamente, é esgoto sem tratamento", explica John Griffith, um biólogo marinho norte-americano, que examinou os protocolos, metodologia e resultados dos testes da AP. "É a água das sanitas e chuveiros e tudo o que as pessoas atiram para os lavatórios, tudo misturado, e vai tudo para as águas das praias".

Leonardo Daemon, coordenador da agência ambiental brasileira que faz a monitorização da água, esclarece que as autoridades cumprem as regras em vigor no Brasil sobre a qualidade da água, com base nos níveis de bactérias. "Qual seria a medida a seguir para a quantidade de vírus?", questiona o responsável. "Não há uma medida para a quantidade de vírus em relação à saúde humana quando em contacto com a água".

A realidade é de direita – parte II

João Miguel Tavares
Quando não se faz nada, fica-se pior a cada dia que passa. A Grécia que o diga.
O meu texto da semana passada intitulado “A realidade é de direita” (no final deste texto) mereceu respostas por parte de Miguel Esteves Cardoso e de José Pacheco Pereira.

Em relação às objecções filosóficas do Miguel tenho pouco a opor, excepto no ponto em que ele recorre à velha dicotomia pobres vs. ricos para descrever a situação europeia em 2015. A querer estabelecer opostos, opte-se por ricos vs. classe média, porque os verdadeiros pobres são os que morrem silenciosamente no Mediterrâneo, a tentar chegar à Europa de todas as crises. Esquecemo-nos demasiadas vezes disso. 

Pacheco Pereira decidiu, como é seu hábito, trocar aquilo que eu escrevi por aquilo que lhe dava jeito que eu tivesse escrito, de modo a repetir pela enésima vez as suas profecias apocalípticas e a lançar-se contra os moinhos da “direita radical”, a que alegadamente pertenço. Pacheco faz questão de sublinhar a “profunda inanidade intelectual” das minhas posições e alcandora o TINA a uma nova filosofia do “fim da história”, coisa que nunca defendi. Mas o que mais me espanta é isto: como é que um homem tão culto e afogado em Marmeleiras de História de Portugal não percebe como é velha e relha esta sua perpétua, incansável e desproporcionada resmunguice contra o estado do mundo.

Pacheco é mais um dos “revolucionários do statu quo”: tem um discurso muito radical sobre o nosso presente, clamando por grandes mudanças – só que, ao contrário do revolucionário tradicional, o objectivo de tanto esforço não é chegar aos amanhãs que cantam, mas recuperar os ontens que cantaram. De facto, se o revolucionário do statu quo tem a habitual dimensão utópica, nomeadamente nas exigências – a maior parte delas justíssimas – de uma modificação radical no funcionamento do capitalismo, ele está ao mesmo tempo satisfeito com o seu passado recente, e por isso aquilo que exige é isto: que não se toque na classe média enquanto não se mudarem as regras do capitalismo selvagem e de compadrio.

Esta posição parece racional, e está aparentemente do lado dos desfavorecidos contra os privilegiados, mas tem um problema inultrapassável: não se pode pôr em prática em países brutalmente endividados, que precisam do capitalismo que hoje existe, seja bom ou mau, para pagar as suas contas. Donde, 100% boas intenções, 0% pragmatismo. Por muito que Pacheco Pereira tente travar o mundo com os pés, ele continua a girar, e como qualquer endividado bem sabe, a inacção não é solução. Quando não se faz nada, fica-se pior a cada dia que passa. A Grécia que o diga. Daí a necessidade de agir – e daí o TINA.

Taxa de desemprego nos 12,4% em junho, depois de grande revisão em baixa em maio


Nuno Aguiar
A taxa de desemprego é a mesma em maio e em junho: 12,4%. No entanto, isso esconde uma melhoria clara dos números, uma vez que Maio trouxe uma forte revisão em baixa dos valores do desemprego.

A taxa de desemprego portuguesa fixou-se nos 12,4% em junho. O mesmo valor de maio. No entanto, o valor do quinto mês do ano, agora definitivo, representa uma substancial revisão em baixa face ao número provisório disponibilizado pelo INE.

É uma altura especialmente sensível para discutir números do desemprego, depois de os partidos da maioria terem reclamado mérito pela redução do desemprego nos últimos dois anos, tendo depois sido muito criticados pela oposição. Agora, o debate promete aumentar ainda mais de complexidade, com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) a revelarem uma estagnação da taxa de desemprego nos 12,4% em Junho, mas apenas porque o valor provisório de maio foi revisto de 13,2% para 12,4%. Uma diferença de 0,8 pontos.

Ou seja, embora junho registe a mesma taxa que maio, isso só acontece porque o desemprego foi afinal muito mais baixo em Maio do que o inicialmente reportado. "Em junho de 2015, a estimativa provisória da população desempregada foi de 636,4 mil pessoas, mantendo-se praticamente inalterada face ao mês anterior. Neste mês, assistiu-se a um aumento na população desempregada de mulheres (5,0%; 15,8 mil) e a uma diminuição da população desempregada de homens (4,5%; 14,5 mil). Tanto a população desempregada jovem, como a de adultos, se mantiveram praticamente inalteradas", pode ler-se na publicação do INE. "Este decréscimo, tal como o da população desempregada, tem vindo a ser observado desde Fevereiro de 2015. Em junho de 2015, a estimativa provisória da taxa de desemprego foi de 12,4%, mantendo-se inalterada em relação ao mês anterior."

No que diz respeito ao emprego, em junho havia 4.492,7 mil pessoas a trabalhar, sensivelmente o mesmo valor de maio. Porém, também aqui, é importante referir que os dados de maio foram afinal melhores do que se antecipava anteriormente (mais 51 mil pessoas do que era referido na estimativa provisória)
Título, Imagem e Texto: Nuno Aguiar, Jornal de Negócios, 30-7-2015

Ecologia e tribalismo — nova face do comunismo

Com a controvertida Encíclica Laudato Si do Papa Francisco ganharam certa notoriedade teses de ecologistas radicais, que se encontravam desprestigiadas e refutadas por abalizados cientistas com sólidos argumentos e experiências. Sobre as metas do movimento ecológico-tribal, transcrevemos a seguir uma análise e previsão feitas por Plinio Corrêa de Oliveira numa palestra (12-7-92) por ocasião da ECO-92 — Conferência sobre o Meio Ambiente promovida pela ONU no Rio de Janeiro em meados de 1992.

Plinio Corrêa de Oliveira
“Na ECO-92, cientistas disseram que a Terra estava ameaçada gravemente nas suas condições de atender à sobrevivência dos homens. Isso porque, segundo eles, o modo como os homens têm exercido o domínio sobre a Terra é próprio a depredar o planeta. O que resultaria numa catástrofe, numa espécie de fim de mundo. Afirmaram eles que é preciso uma mudança radical em nosso estilo de vida e adotar o modo de vida indígena –– uma vida tribal, como modelo do comportamento humano perante a Terra –– porque estaríamos destruindo o planeta.

Entretanto, outras sumidades do mundo científico, que estudaram profundamente os problemas ecológicos, protestaram contra isso e provaram cientificamente que a hipótese catastrofista não era verdadeira.

Segundo o Gênesis, o homem é o rei do Universo, criado por Deus para o homem. Os seres de natureza inferior (minerais, vegetais e animais) foram criados para servir o homem. Mas a Revolução (conforme a concepção definida no livro Revolução e Contra-Revolução) é contrária a todas as superioridades, a todas as desigualdades; logo, a todas as autoridades. A Revolução gnóstica e igualitária quis derrubar a autoridade eclesiástica por meio do protestantismo; a autoridade civil, por meio da Revolução Francesa; e, com o comunismo, destruir as desigualdades econômicas e sociais.

Atualmente pretendem implantar o estágio último dessa Revolução. Assim, nasce uma desconfiança de que a ecologia — como apresentada na ECO-92 — é o comunismo metamorfoseado.

Não estará o comunismo passando por uma transformação, que será a última etapa da Revolução? Nessa etapa, a Revolução coloca o homem a serviço de algo inferior a ele, contrariando, portanto, a ordem hierárquica estabelecida por Deus na Criação. Àqueles que dizem que o comunismo morreu, a resposta é: ‘Aqui está a nova cara do comunismo!’”. 
Título, Imagens e Texto: Plinio Corrêa de Oliveira, ABIM, 30-7-2015

quarta-feira, 29 de julho de 2015

José Manuel pede esclarecimentos à Fentac/CUT

À
Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil  da CUT – FENTAC

Tomei conhecimento através do boletim publicado em 28-07-2015, por essa Federação, de que pessoas "oportunistas"  segundo o que está escrito estariam, segundo também o que está escrito, querendo "colher os louros das vitórias".


A mim, parece que esta publicação está dirigida e se refere aos ex-funcionários da Vasp e pensionistas do AEROS.
Inclusive está estampada uma foto de um avião da Vasp.



Porém, em uma melhor observação, li também no mesmo boletim logo abaixo do título principal em que alerta sobre os referidos oportunistas, o seguinte: 

As entidades alertam aos trabalhadores na Varig para que não se deixem enganar por quem nunca acompanhou a luta.

Logo após no terceiro parágrafo: 

A FENTAC e as entidades filiadas fazem um alerta aos trabalhadores na Varig para que não se deixem enganar por quem nunca acompanhou o caso e sequer sabe dos trâmites do processo.

Apoie as dez medidas contra a corrupção


Agora, a sociedade é chamada a apoiar e defender as medidas, conclamando o Congresso para que promova as alterações estruturais e sistêmicas necessárias para prevenir e reprimir a corrupção de modo adequado. Está disponível uma ficha de colheita de assinaturas ("lista de apoiamento") que pode dar origem a um projeto de lei de iniciativa popular. Mesmo que algum parlamentar proponha as medidas, as assinaturas serão muito importantes como manifestação de apoio à sua aprovação no Congresso. Além disso, pessoas e organizações podem assinar uma carta de apoio contra a corrupção (confira modelo) declarando anseio pelas reformas.

Veja arquivo com todas as propostas legislativas. Veja arquivo com o sumário executivo das medidas.

Você pode coletar assinaturas de seus amigos, parentes, colegas de trabalho ou de escola, até de desconhecidos – todos são bem-vindos nesta iniciativa. O único cuidado é fornecer todos os dados necessários. Depois de preenchidas e assinadas, tanto as listas de apoiamento como as cartas de apoio devem ser enviadas para a Procuradoria da República no seu Estado ou remetidas pelo correio para o endereço:

Procuradoria da República no Paraná
A/C Força-Tarefa Lava Jato
Rua Marechal Deodoro, 933 - Centro
80060-010 - Curitiba – PR
 

É sempre bom recordar como se pode ser baixo na política

José Manuel Fernandes
Queria agradecer a Augusto Santos Silva [foto]. Bem haja por nos recordar como se pode ser manipulador nos argumentos e rasteiro na linguagem. Por nos lembrar como isso foi regra nos seus anos de socratismo.



Todos os seres humanos gostam de ter boas surpresas. Mas há seres humanos que nunca nos surpreendem. Nunca nos fazem duvidar que fazem parte daquele grupo de gente para quem os fins justificam os meios. Quaisquer meios, mesmo os golpes baixos.

Augusto Santos Silva, figura central dos anos de chumbo do socratismo, fez o favor de nos recordar, em texto no Diário de Notícias, como se pode ser baixo na política. Como se pode tratar de atropelar tudo e todos em função de um poder (que, no caso, se perdeu) e de um ego (que, no caso, não parece ter limites).

O que esteve, o que está em causa é a polémica entre o antigo ministro socialista e o director de informação da TVI, Sérgio Figueiredo. Não me interessa, não creio ser útil, entrar nos detalhes da controvérsia. Basta recordar que a TVI decidiu dispensar os comentários de Augusto Santos Silva, substituindo-o na antena por outro socialista, Fernando Medina, e que aquele andava há semanas a fazer acusações de censura à televisão de Queluz. Sérgio Figueiredo, que se manteve em silêncio durante várias semanas, entendeu esclarecer o que se passou na sua mais recente coluna de opinião no mesmo DN. O jornalista conta uma história longa, mas fácil de resumir: Augusto Santos Silva (ASS) foi dispensado pela TVI não por qualquer vontade de calar as suas opiniões, mas por ser mal-criado. ASS fez-nos agora o favor de confirmar esse julgamento. Quem pudesse duvidar do seu carácter e daquilo a que a minha avozinha chamava “falta de chá em pequenino”, fica sem dúvidas.

E por aqui ficaríamos não fosse todo este episódio muito revelador. E não nos tivesse este texto recordado o tipo de práticas políticas autoritárias que caracterizaram o consulado socrático, de que ASS foi um dos expoentes, porventura um dos arquitectos ao integrar o núcleo político dos seus governos. Como essa tinha não desaparece facilmente, como ainda não nos curámos de todos os males que o estilo de fazer política causou ao país e à sua cultura democrática, vale a pena perder algum tempo com a diatribe de Santos Silva.

Porque o populismo chegou à Espanha e não a Portugal. E o Brasil?

Cesar Maia

1. Os rígidos programas econômicos de ajuste dos novos governos da Espanha e Portugal, 4 anos atrás, foram semelhantes. O de Portugal ainda mais forte, dada a sua situação. As consequências desses ajustes foram intensas em relação a renda, ao emprego e a produção. Ambos os governos perderam popularidade e viram suas aprovações despencarem.

2. Agora, quatro anos depois, Espanha e Portugal enfrentam eleições gerais que definirão as maiorias parlamentares e os novos governos. Na Espanha surgiram movimentos antipolíticos no rastro das redes sociais. Em seguida registraram-se como partidos políticos. Já nas eleições europeias, de um ano atrás, estes partidos elegeram deputados.

3. Nas eleições regionais deste ano não só elegeram legisladores, como obtiveram maiorias parlamentares simples em cidades tão importantes como Madrid e Barcelona e conquistaram o poder com apoio do socialista PSOE e da IU, esquerda unida. E mais ainda, quebraram a hegemonia nacional do PP e do PSOE que, por anos, se revezaram no poder.

4. Dos mais de 70% que somavam, agora tangenciam os 50%. É neste quadro que virão as eleições deste final de ano. A situação do PP, que governa, é muito difícil, pois mesmo que obtenha uma maioria simples, será muito difícil agregar forças, na medida em que os novos partidos tendem a formar maioria à esquerda.

5. Mas em Portugal - seu vizinho - enfrentando os mesmos problemas econômicos, nada disso ocorreu no nível político. Não surgiram movimentos antipolíticos relevantes e menos ainda transformados em partidos. No limite, nas eleições para municipais/prefeito, poucos candidatos independentes venceram, como por exemplo no Porto.

6. Com eleições marcadas para 4 de outubro, o mesmo quadro partidário dos últimos anos disputa o poder e as mesmas coligações em torno do PSD - de centro-direita - que governa e do PS - de centro-esquerda - governo anterior e atual oposição. E por que tamanhas diferenças políticas a partir de medidas econômicas semelhantes?

Corte Interamericana News – o caminho das pedras

José Manuel
A todos aqueles que nos recepcionaram com as boas-vindas a este projeto, informamos que a coleta de informações e documentos continuam a chegar, inclusive com gravações em vídeo com depoimentos de participantes do Aerus, com relação à perda de familiares ao longo destes nove anos.

A par disso e muito pessoalmente, acho que se alguém desejar fazer algo com relação a casos sérios – em que a violação de direitos, dentro de toda a problemática Aerus, foi a principal responsável por perdas humanas no seio da família – pode fazer um registro de tal ocorrência nas regionais da OAB, onde existe um departamento chamado Comissão de Direitos Humanos (naturalmente da OAB) para tal, ou mesmo até fazer um BO em departamentos policiais, oficializando assim, um documento da ocorrência, estritamente pessoal e de livre arbítrio.




De posse desse documento, devidamente registrado na OAB ou em repartição pública e, se assim o desejar, deve enviar cópia autenticada para a aprus@aprus.com.br, que será anexado aos autos do processo.

A seguir, uma retrospectiva da situação brasileira em relação ao Sistema Interamericano de Direitos Humanos.
O Brasil já foi condenado pelo sistema Interamericano de Direitos Humanos em quatro ocasiões, a saber:

1º) Sentença no caso Ximenes Lopes versus Brasil, em 4 de julho de 2006

Neste caso, a Corte condenou o Brasil pela morte violenta de Damião Ximenes Lopes, ocorrida em 4 de outubro de 1999, nas dependências da casa de repouso Guararapes, em Sobral, no Ceará. Apresentada à Corte, a CIDH referiu-se às condições desumanas e degradantes às quais Damião teria sido submetido durante a sua internação na referida instituição, que era acreditada junto ao sistema único de saúde (SUS).

2º) Sentença no caso Escher e outros versus Brasil, de 6 de julho de 2009

Em 5 de maio de 1999, o então major Waldir Copes da Neves, da polícia militar do Paraná, solicitou perante a comarca de Loanda, autorização para grampear linhas telefônicas de associações de trabalhadores ligadas ao MST.

Guia prático para o Windows 10, o novo (e último) sistema operativo da Microsoft

Observador
A Microsoft acaba de lançar o Windows 10. A atualização é gratuita para quem tem o Windows 7, 8 ou 8.1. No Observador já o experimentámos, para lhe deixar este guia prático para o dia 1.


Esta quarta-feira é dia de lançamento do Windows 10. A nova aposta da Microsoft em sistemas operativos é, também, a última.

Não, o Windows não vai acabar. Mas a multinacional vai passar a desenvolvê-lo de forma contínua, publicando atualizações e criando funcionalidades ao longo do tempo (abandonando a lógica de lançar uma nova versão do Windows a cada três anos). O projeto é ambicioso. A Microsoft quer 1.000 milhões de dispositivos com o Windows 10 até 2018.

Por cá, no Observador, já o experimentámos. Para facilitar a atualização, preparámos este guia com tudo o que precisa de saber. Bom trabalho!

A atualização é gratuita? Para sempre?
A atualização para o Windows 10 é gratuita durante um ano. Pode atualizar os seus dispositivos livremente até 29 de julho de 2016. A licença é vitalícia. Mesmo no final desse período poderá continuar a usar gratuitamente o sistema operativo — desde que já tenha feito a atualização.

No entanto, a oferta da Microsoft é apenas para computadores pessoais. A versão empresarial do Windows 10 não é gratuita.

Quem pode atualizar para o Windows 10?
Qualquer utilizador com uma licença genuína do Windows 7, Windows 8 ou Windows 8.1

Portugal é o “anti-Grécia”, escreve o Politico, um jornal de Bruxelas

O "Politico" faz manchete com a análise das razões por que não acredita que as eleições resultem num "Tsipras 2.0". Partidos do centro aguentam-se porque "as coisas estão, lentamente, a melhorar".

Foto: AFP/Getty Images

Edgar Caetano
Portugal caminha para as eleições de outubro “sem quaisquer sinais de ascensão dos partidos radicais de esquerda como o Syriza e o Podemos” e, apesar dos vários escândalos que abalaram o país nos últimos anos e do ajustamento exigido pelo programa da troika, “o establishment político continua inabalável”. Na opinião do Politico, que já se afirmou como uma das principais publicações em Bruxelas, Portugal é, portanto, o “anti-Grécia”.

Apesar de anos marcados por dificuldades económicas e queixumes ruidosos contra a austeridade, Portugal caminha para as eleições com um dos sistemas políticos menos radicalizados de toda a zona euro”, escreve Paul Ames, jornalista do Politico em reportagem em Lisboa.

O jornalista relata que não faltam cartazes espalhados pela cidade a exigir a saída do euro e a lutar contra as privatizações. Mas, em termos eleitorais, isso não terá expressão. “O velho Partido Comunista terá, segundo as sondagens, cerca de 10% dos votos, o mesmo da última eleição”, diz o Politico. E “os aspirantes a Syriza, o Bloco de Esquerda, estão a ter dificuldades em manter os mesmos 5% que conseguiram há quatro anos”, enquanto “os partidos de extrema-direita nem sequer aparecem no radar da política portuguesa”.

“Nem a vaga de escândalos de corrupção – que mandaram [José] Sócrates para a cadeia acusado de fraude, que levaram ao colapso do maior banco privado e que colocaram na prisão altos responsáveis dos serviços de imigrações – conseguiu abalar o establishment político.

E porque sobreviveu a política moderada? “Em parte, porque as coisas estão, lentamente, a melhorar”. “O turismo está a disparar, a exportação de vinho e calçado está a subir e o mundo das startups portuguesas está a dar que falar internacionalmente”, escreve o Politico.

Lula jogará a toalha?

Segundo o jornalista Ricardo Noblat, isso está perto de ocorrer.
Implicante

Foto: Victor Moriyama/Getty Images

Confira trechos da coluna de Ricardo Noblat, do jornal (e do portal) O Globo:

“Foi um Lula esgotado, aborrecido, impaciente, sem imaginação que se apresentou ontem à noite para cerca de 200 pessoas reunidas na sede do Sindicato dos Bancários do ABC, na grande São Paulo. Sacou velharias do fundo da memória. Do tipo: “Estou de saco cheio e cansado das mentiras e safadezas”. Ou do tipo: “Estou cansado de agressões à primeira mulher a governar o país” (…) Seu abatimento, segundo confidência de amigos, decorria das notícias que haviam lhe chegado a respeito da reportagem de capa da revista VEJA deste fim de semana. Segundo a VEJA, o empresário Léo Pinheiro, ex-operador da construtora OAS em Brasília, começou a negociar com a Justiça a delação premiada. Ninguém mais do que Léo sabe como Lula enriqueceu depois de chegar à presidência da República. Foi ele que reformou de graça o apartamento de Lula no Guarujá e seu sítio em Atibaia, São Paulo. Se, de fato, Léo abrir o bico, Lula correrá o risco de ser engolido pela lama provocada pela Operação Lava Jato.”

Será? Fica a dúvida.
Mas o Implicante reforça a posição de sempre: torcemos para que Lula tenha muita saúde e força para enfrentar todos os questionamentos da justiça. Não desejamos nada além do que é justo, nada além do que a lei manda, pois todos estamos submetidos à lei e à justiça. Até Lula. 
Via Implicante, 29-7-2015

Feministas (da subespécie louca) que afinal gostam de piropos

Maria João Marques
No mundo heterossexual, as mulheres gostam de serem apreciadas pelos homens e estes de serem apreciados por elas. E nem só pelo aspeto físico. Fazerem iguarias culinárias também pode suscitar apreço.

O cruzamento entre feminismo e esquerdismo é mais perigoso do que uma guerra nuclear declarada. Não por culpa do feminismo, claro, que ainda faz muita falta. Mas o esquerdismo é assim: pega num bom conceito, tritura os neurónios ao seu portador e apresenta-nos os resultados. Com o cristianismo sucede a mesma coisa. Conheço muito católico de esquerda que transporta o sonho de viver numa espécie de comunismo beato, numa casa albergando várias famílias vivendo comunitariamente, educando a criançada em conjunto, partilhando cozinha, e outras ideias aterradoras semelhantes. Quando cruzado com o esquerdismo, nada está a salvo.

De volta ao feminismo (versão histérica) acrescentado de esquerdismo. Li no outro dia um texto sobre piropos de Jessica Valenti, antes feroz denunciadora desta calamidade (com rival só no degelo das calotes polares) que é o piropo de rua. Que agora fica insegura se nenhum senhor desconhecido com quem se cruza não faz uns barulhos esquisitos nem lhe dirige nenhum impropério hardcore. Que pensa que está particularmente atraente no dia em que (enfim, enfim!) os impropérios regressam. Que se questiona angustiadamente se aos 36 anos já passou o seu ‘last fuckable day’.

Perante isto, penso que é bom fazer aqui uma proposta para as nossas políticas de saúde. Isto porque nós também temos excesso de oferta desta subespécie feminista que perde tanto do seu claramente pouco precioso tempo a clamar contra esse problema – inexistente para a maioria das mulheres – que são as opiniões de desconhecidos oferecidas na rua. E só não lemos textos como o de Jessica Valenti porque afinal as nossas feministas, subespécie louca, não são tão desassombradas a olharem para si próprias (levam-se demasiado a sério e desconhecem o auto-humor) nem entendem a ambiguidade. Assim, parece-me oportuno sugerir que aquela consulta obrigatória de apoio psicológico para as mulheres que querem abortar seria bem mais útil se dirigida para estas feministas bipolares.

Porque, minhas queridas sem juízo, como já tive ocasião de vos dizer, há incómodos muito maiores para as mulheres, mesmo aqui no nosso mundo ocidental livre. E perder tempo com o assunto menor do piropo só ajuda a perpetuar esses inconvenientes um tudo-nada mais danosos como, só um exemplo, as vergonhosas sentenças que os tribunais fornecem em casos de violação ou de abusos sexuais. No mundo livre, progressista, moderno e mais uns tantos qualificativos bonitos, tudo continua a ser atenuante para a violência sexual. Um homem abusa de um menino, mas não faz assim tanto mal porque o rapaz é gay. Um homem abusa de uma adolescente, mas não é assim tão grave, que a Lolita já era experiente. Um homem viola uma mulher, ai mas as roupas, ai mas o violador até foi simpático e nem lhe deixou muitas nódoas negras, ai que ela também não se costuma fazer difícil. Provenientes tanto dos preconceitos dos juízes (que nunca entendem que a sua visão do mundo não se sobrepõe ao que é justo) como de legislações que permitem abusos judiciais por cima de abusos sexuais.

Sindicato de Aeronautas insiste em processar Carlos Lira

Prezados amigos:
Pela TERCEIRA vez o SNA, nas pessoas do senhor Castanho (uma vez) e o senhor Marcelo Ceriotti (duas vezes), insiste em me processar por crime de INJÚRIA, CALÚNIA e DIFAMAÇÃO (art. 138, 139 e 140). Este está sendo o preço por me propor a defender um sindicato como também exigir o devido respeito a seu Estatuto. Não me sinto intimidado, irei até o fim nesta luta em defesa de uma categoria sofrida, hostilizada e perdida em meio a um vendaval de incerteza e esquecimento por parte do governo.
Texto: Carlos Lira, 29-7-2015

Relacionados:

PSDB ao lado dos manifestantes

Quem tem que ter medo do povo é o governo, não a oposição, que está em sintonia com grande parcela da população que hoje se faz maioria. Toda a oposição tem que estar onde o povo está. Não queremos assumir a paternidade das manifestações de rua, mas estamos ao lado dos manifestantes porque esse é o nosso papel, dado pelas urnas. Estamos com os manifestantes que discordam das práticas desse governo, que querem lutar contra a corrupção. Até porque, como disse o presidente Fernando Henrique, não se deve salvar aquilo que não merece ser salvo.
Senador Cássio Cunha Lima (PB)
Líder do PSDB no Senado


Charada (73)

Barras de chocolate

Um garoto consegue comer 100 barras de chocolate em meio minuto. Um outro garoto consegue comer a metade dessa quantidade gastando o dobro desse tempo. Quantas barras de chocolate os dois garotos, juntos, conseguem comer em 15 segundos?

Fraquezas com amor

Nelson Teixeira
As pessoas que possuem uma natureza delicada não conseguem escutar sinais ou ensinamentos.
Elas sempre se queixam por estarem sendo corrigidas.

Se você quer se transformar, aceite todos os ensinamentos com amor. Para isso você precisa ter um coração grande e generoso. Se alguém está falando sobre as suas fraquezas, então agradeça a ele.

Deixe que seu rosto não mude, nem ligeiramente.
O amor derrete a alma e traz transformação interior. 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 29-7-2015

terça-feira, 28 de julho de 2015

Conheça a suíte "voadora" da Etihad que custa 32 mil dólares

Jornal de Negócios
A Etihad Airways diz que a luxuosa suíte, que terá uma sala de estar, uma casa de banho privada e uma cama de casal, está a ter um interesse extremamente positivo da parte dos viajantes. Viajar nesta suíte vai custar 32 mil dólares.


Mesmo com preços na ordem dos 32 mil dólares (cerca de 29 mil euros), existe uma longa fila de espera para reservar a luxuosa suíte de três quartos da Etihad Airways que liga Abu Dhabi a Nova Iorque.

"The Residence", como a Etihad lhe chama, vai estar disponível na viagem entre Abu Dhabi e Nova Iorque a partir de Dezembro, quando a companhia puser no ar o Airbus 380 superjumbo em vez do Boeing 777.

Esta luxuosa suíte tem direito a um mordomo privado, um "chef" a bordo, uma sala de estar com um sofá de couro com efeito de massagem, talheres de prata e uma televisão de 32 polegadas, uma casa de banho privativa e, no quarto, uma cama de casal com direito a pequeno-almoço na cama.
O 'Residence' inclui ainda o serviço de motorista e check-in privado.

S&P sinaliza que pode baixar rating do Brasil para "lixo"

Jornal de Negócios
A agência manteve o rating da dívida pública brasileira em "BBB -", a mais baixa classificação em grau de investimento, mas alterou a perspectiva de estável para negativa. Corrupção, instabilidade política e derrapagem orçamental podem em Março atirar o Brasil para investimento especulativo, ou "lixo".

A Standard & Poor's (S&P) manteve inalterado nesta terça-feira, 28 de Julho, o rating da dívida pública do Brasil em BBB -, a mais baixa classificação em grau de investimento, mas alterou a perspectiva ("outlook") de estável para negativa, sinalizando a maior probabilidade de descida da notação, que, nesse caso, entrará em terreno especulativo, ou "lixo".

A dimensão da rede de corrupção entre empresas e os partidos políticos que apoiam o governo de Dilma Rousseff no âmbito da Operação Lava Jato, a instabilidade política e a dificuldade em aprovar medidas de correcção da derrapagem orçamental são as principais razões enumeradas pela S&P para estar mais pessimista sobre o país.

"Apesar das mudanças generalizadas de política em curso, que continuamos a acreditar que têm o apoio da presidente, os riscos de execução aumentaram. Na nossa visão, esses riscos derivam tanto da frente económica quanto da política", afirma a S&P em nota citada pela revista Veja.

Em teleconferência com analistas, a economista sénior da S&P, Lisa Schineller, reconheceu as mudanças na direcção da política económica no segundo mandato de Dilma Rousseff. Porém, afirma que a execução da nova estratégia está cada vez mais difícil, devido à falta de coesão política. "Em resultado, a retoma do crescimento vai demorar mais do que esperávamos. Vemos os riscos a aumentarem, sem perspectivas de melhora", afirma.

A economista afirmou ainda que a revisão do rating deve ocorrer em meados de Março de 2016, e que um ponto crucial para que o Brasil não perca o grau de investimento é a percepção de que o governo terá mais apoio para aprovar e manter as medidas de austeridade. A agência diz ainda que não trabalha com um cenário base de impeachment de Dilma.
Título, Imagem e Texto: Jornal de Negócios, 28-7-2015

A crise mais grave: Brasil perde uma geração

Cesar Maia

1. Em 2011, o populismo keynesiano adaptado aqui começava a diluir. Daí para frente os fundamentos macroeconômicos foram derretendo até tornarem a recessão "sustentável". Em 2015, a situação dramática pós-eleitoral deu nitidez a tudo isso. As medidas de ajuste adotadas mostram-se insuficientes para dar uma resposta em curto prazo.

2. As projeções de cenários apontam para o alongamento da recessão até, pelo menos, 2017. Alguma luz no fim do túnel, talvez, em 2018, assim mesmo como transição e se o dever de casa for feito adequadamente. A alternativa seria a tradição latino-americana de tributar e crescer com a inflação. Mas a mudança em 2018 seria inevitável.
    
3. Serão oito anos em 2018. Oito anos em que as perspectivas negativas das pessoas, das famílias e das empresas, como reação ao clima de desconfiança hoje e de imprevisibilidade amanhã, as fazem atuarem defensivamente. Vale dizer, perde-se a ousadia.
    
4. Supondo um jovem terminando o ensino fundamental, isso significa que dos quinze aos vinte e três anos esse pessimismo o estará contaminando. Nas empresas - além do desemprego - aumenta a rotatividade de forma a trocar funcionários de maior por menor salário, desestimulando todos.
    
5. Os governos municipais e estaduais, vivendo a mesma crise fiscal do governo federal, apontam contra sua maior despesa, que são os servidores públicos. Interrompem os concursos, aplicam reajustes menores que a inflação, interrompem políticas de estímulo e cortam quando podem. Com isso, o setor público perde dinamismo, criatividade e ousadia ou, em uma palavra, produtividade, acentuando as curvas da crise.

A peregrinação dos que acreditam

José Manuel

Nós, do Aerus, sabíamos desde o início que era  mais do que possível levar o caso Aerus a uma Corte Internacional, pelo que os poderes da República, notoriamente o executivo e o judiciário vem fazendo conosco há mais de nove anos. Apenas aguardávamos o momento propício tanto no âmbito financeiro, bem como no desenrolar da ações em curso aqui no Brasil.

Está mais de que provado pelas sentenças já prolatadas tanto na Tarifária da Varig, em que parte da indenização pertence ao Aerus, isto é, a nós, como na Civil Pública, em que apenas esperamos um recurso da União ser julgado, que não só temos razão em nossos argumentos, questionamentos, bem como plenos direitos aos próprios. Isso está mais do que latente nos processos e está sendo corroborado pelas sentenças atribuídas.

Infelizmente e apesar das sentenças favoráveis, a nossa via crucis continua, uma vez que a demora em se resolverem mesmo aquelas que já foram sentenciadas, tem levado o grupo de aposentados do Aerus em que 45% dos participantes já alcança a marca dos setenta anos, a um estado de penúria e calamidade, jamais pensada durante toda uma vida.

Há que se ressaltar que a tarifária da Varig que remete o crédito ao Aerus, ainda não transitou em julgado após julgamento favorável por cinco votos a favor e dois contra, em 12 de março de 2014 há exatos 1 ano, 4 meses e 16 dias

Há que se ressaltar que a ação civil pública foi julgada procedente em condenar a União a indenizar os participantes  e dependentes titulares dos planos de benefício Varig e TransBrasil  em 13 de julho de 2012, ou 3 anos e ainda aguarda julgamento do recurso a ela, imposto pela União.

Há que se ressaltar que a antecipação de tutela,  (fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação) e também chamada de"periculum in mora" que significa que a demora na tutela jurisdicional acarretará ao titular do direito, um dano irreparável ou de difícil reparação. Esta sentença que se arrasta desde 2006, devido a inúmeros recursos da União, somente foi liberada definitivamente em 15-07-2015, ou 9 anos depois!

Há que se ressaltar, que a ação da terceira fonte que pertence ao Aerus, isto é, a nós, ainda aguarda julgamento de novo recurso, desde que foi impetrada em 2003. 

Socialismo: o entulho da história. Ou: Venezuela repete desgraça soviética, mas a esquerda nunca aprende!

Rodrigo Constantino
Na VEJA desta semana, Eduard Wolf escreve uma ótima resenha do livro Camaradas, do inglês Robert Service, em que narra a ascensão e queda do comunismo. Ele atesta: violência e autoritarismo estão na essência dessa decrépita doutrina. O recado é óbvio para liberais e conservadores, mas precisa ser repetido, pois ainda há muito esquerdista insistindo por aí que houve, na União Soviética (e em todas as demais experiências socialistas), uma “deturpação” da utopia marxista. O problema foram seus líderes, não suas premissas, alegam. Estão errados, claro.

O historiador Richard Pipes já tinha mostrado, antes, que os resultados trágicos do socialismo “real” foram consequência lógica de seus métodos e teorias, que não poderiam levar a destino muito diferente. O socialismo não é uma boa ideia que fracassou; é uma má ideia em sua essência, por desprezar a natureza humana, por tratar indivíduos como insetos gregários, por subverter todo o código de valores “burgueses”, responsável pela relativa ordem a paz dos países desenvolvidos. Service também mostra que a violência era intrínseca ao comunismo, como argumenta Wolf:



Ao usar seus “nobres fins” para justificar quaisquer meios, os revolucionários comunistas estão dispostos a tudo, a “fazer o diabo” para chegar e permanecer no poder. O fervor dogmático garante a paz de consciência para todo tipo de crime, praticado em nome do “povo” ou da utopia. A ditadura do proletariado era não só tolerada, como enaltecida enquanto meta “intermediária” para o destino final: o fim do estado. Ou seja: os comunistas pretendiam criar uma ditadura para depois simplesmente aboli-la, sem mais nem menos. É preciso ser ou muito idiota, ou muito cara de pau para crer em algo assim.