Pe. David Francisquini
Submersa no “volume
morto” da crise institucional brasileira, a presidente Dilma procura alívio em
viagens ao exterior. Assim, ela acabou de visitar a Rússia, onde teria ido
tentar consolidar acordos comerciais com um governo sôfrego de aventuras
expansionistas ideológicas e militares, cujo exemplo mais recente é o da
Ucrânia.
Na sua comitiva se encontrava
a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, representante da classe ruralista, que
durante a viagem não recebeu de nenhuma autoridade comunista uma condecoração
ou um crucifixo blasfemo com a foice e o martelo, como ocorreu com o Papa
Francisco na Bolívia… Mas em dado momento posou com o gorro vermelho contendo
esses símbolos!
Mas o que teria levado a
representante da nossa laboriosa classe rural a agir de modo análogo ao de
Lula, Dilma e Marina, quando colocaram o boné do MST?
Por acaso nossa ministra
desconhecia a sentença de Lenine contra os proprietários rurais, quando ele
afirmou: “A palavra de ordem difusa na massa sobre a repartição da
terra serve a nós comunistas para tornar mais próximo o comunismo. Quando a
vitória da revolução se completar, substituiremos aquela palavra de ordem por
outra da ditadura comunista“?
Com efeito, o comunismo nega a
propriedade privada, sobretudo a da terra, pois é nela que o senso natural de
propriedade se manifesta de modo mais arraigado. De onde o proprietário rural
costuma ser comparado a uma árvore que só sai morta de onde deita raízes…
Foi por isso que o comunismo na Rússia causou milhões de vítimas para implantar
a sua devastadora Reforma Agrária.
Será que nosso governo julga
obter apoio válido num país como a Rússia, apesar de seu regime
político-econômico ser corroído e decadente; e que tenta autoafirmar-se
investindo contra a Ucrânia e ameaçando outros países vizinhos para
reconstituir a antiga União Soviética?
Para informação do leitor, eis
o que consta no site da revista Veja: “Kátia
Abreu se aproximou tanto de Dilma Rousseff que ganhou o cargo de ministra
da Agricultura. Agora, em viagem à Rússia, ela deu mostras de que a guinada
ideológica [...] é ainda mais radical. [...] Fez questão de exibir uma foto com
o gorro típico dos líderes soviéticos”.
Vendo, de um lado, exibir-se
com o gorro comunista aquela que deveria representar a nossa laboriosa classe
rural, e de outro, o presidente boliviano Evo Morales presentear ao Papa um
crucifixo em forma de foice e martelo, vieram-me à memória as candentes palavras
de Nossa Senhora em Fátima, de que a Rússia espalharia os seus erros pelo
mundo.
Recordemo-las: “Para
salvar as almas dos pobres pecadores que vão a caminho do inferno, Deus quer
estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos
disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. [...] Quando virdes uma noite
alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá
de que vai punir o mundo de seus crimes [...].
Reabilitada, a “Teologia da
Libertação” voltou a pregar a luta de classes, as reivindicações sociais,
econômicas e políticas, o que agravará ainda mais o cenário nacional e
internacional. Que novas revoluções poderão ainda medrar desse contubérnio
religioso-comunista para aflição dos homens que creem em Deus e O temem?
Essas mesmas forças
revolucionárias insistem em impor a chamada “Ideologia de Gênero” entre os
brasileiros, a fim de golpear ainda mais a já combalida instituição familiar.
Com efeito, eles já não suportam sequer a desigualdade entre homem e mulher,
criada pelo próprio Deus.
Até onde desejarão ir os
revolucionários em sua sanha igualitária? Em uma marcha de requinte em
requinte, através de um processo ora pacífico, ora brutal, eles vão percorrendo
diversas etapas rumo a uma quimérica igualdade completa, que é a negação de
toda a ordem estabelecida pelo Criador.
Diante de tudo isso, o que
pensar dos incautos e dos otimistas que, após o show midiático em torno da
queda do Muro de Berlim, da Perestroika e congêneres, acreditaram
na morte do comunismo?
Título, Imagens e Texto: Pe. David
Francisquini, Sacerdote da
Igreja do Imaculado Coração de Maria — Cardoso Moreira (RJ), ABIM,
22-7-2015
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