Luis Moreira
Quando um país chega à
pré-bancarrota uma das consequências mais dramáticas é a falência das empresas e
o consequente aumento do desemprego.
O desemprego em Espanha está
em 25% há muito tempo. O mesmo na Grécia. No auge da crise o desemprego em
Portugal chegou aos 17%, hoje está nos 12/13%.
Quando as empresas reduzem a
actividade ou declaram falência é o resultado de vários factores, o principal
dos quais é não terem inovado produtos, não terem investido em maquinaria mais
moderna, numa palavra, não terem antecipado as crises.
Há, é claro, empresas que
fecham porque os consumidores consomem menos. E consomem menos porque é
necessário que o estado equilibre as contas, corte despesa e aumente impostos
do que resulta menos dinheiro no bolso dos cidadãos. Tudo consequência de
o estado ter gasto o que tinha e não tinha.
Em última análise, o
desemprego resultou em Portugal de os nossos credores terem fechado a
torneira e, sem dinheiro, deixamos de abrir autoestradas desnecessárias cujo
emprego é precário por natureza. Acabada a construção de uma autoestrada ou se
inicia outra ou o desemprego aumenta.
O desemprego, na sua maior
parte, resulta de decisões erradas ou não tomadas pelo menos cinco anos antes.
E se alguém tem dúvidas compare as exportações que em 2011 representavam 24% do
PIB e agora representam 42% do PIB. Resultado só possível porque as empresas
retomaram os níveis de actividade vendendo para mercados externos. Com a
inevitável criação de postos de trabalho.
Mas tudo isto leva pelo menos
dois a três anos a implementar e a obter resultados. Querem-nos convencer que
um país em pré-bancarrota não perde postos de trabalho? Quem anda a enganar
quem?
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