quarta-feira, 30 de março de 2016

Ana Amélia lembra que o PT apresentou 50 pedidos de impeachment entre 1990 e 2002

Incomodada com a insistência do governo federal e do PT de classificar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff de "golpe", contrariando a opinião até de ministros do Supremo Tribunal Federal, a senadora Ana Amélia Lemos encomendou levantamento sobre a conhecida relação íntima entre PT e impeachment.



O jornalista Clésio Andrade, que analisou a pesquisa que identificou 50 petições de impeachment de todos os presidentes da República entre 1990, para fazer um cálculo e concluir que ocorreram 50 pedidos em 12 anos, o que, arredondando, resulta em 4 por ano. Ou 1 a cada três meses, sem descontar os períodos de férias de julho e dezembro.

Conta Clésio Andrade:

Ana Amélia mencionou, para ilustrar, o pedido de impeachment feito pelo PT contra o então presidente Fernando Henrique, em 1999, início do segundo mandato. A acusação dizia que o FH havia cometido crime de responsabilidade na execução do Proer, o programa de estímulo à reestruturação do sistema financeiro nacional.

Ao final do discurso, a senadora gaúcha avisou:
— Interpretam os fatos conforme as conveniências. Nada como um dia após o outro. Nada como documentos, nada como a história.
Via Políbio Braga, 29-3-2016


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Ayaan Hirsi Ali desmascara entrevistador picareta

Luciano Henrique



Em meu livro Liberdade ou Morte, prestes a sair pela editora Simonsen, comento que os defensores do uso do barbarismo para conquista de poder vivem na dependência da censura de adversários. Igualmente também dependem de alguns truques verbais que precisam ser desmascarados, entre os quais a justificação da violência e o duplo padrão.

Outro truque que amam de paixão é a ausência deliberada de senso de proporções, uma variação radical da falácia tu quoque. Com o ardil, eles buscam validar os seus atos de violência ou daqueles a quem defendem, afirmando que seus oponentes “também fizeram”.

O duro é quando em suas comparações praticam equivalências morais abomináveis como aquelas pregadas por Leandro Karnal. Veja a ativista Ayann Hirsi Ali [foto] somali-holandesa-americana desmascarar um jornalista que tentou o embuste:


Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 29-3-2016

Mino Carta diz que Moro talvez seja… da CIA

Luciano Henrique


Mino Carta [foto] jamais deixará de ser reconhecido como um garoto de recados de Lula, depois que os grampos revelaram que ele faz matérias sob solicitação do líder petista.

Mesmo assim, isso não serviu para que ele adquirisse qualquer senso de ridículo. Em um vídeo, o diretor da Carta Capital disse que a Lava Jato resulta de um golpe da CIA. Logo, Sérgio Moro atua a serviço do governo dos Estados Unidos. Em suma, é a mesma patacoada que já vimos no livro “As Veias Abertas da América Latina”, que engana incautos e abastece desonestos há décadas, mas aqui levada a limites surreais.

Não dá para deixar de reparar no copo de vinho (é de se questionar se aquela era a primeira garrafa), bem como na voz de Mino, que parece ter feito o vídeo de cara cheia. Impagável.


Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 29-3-2016

Charada (204)

Trinta colecionadores foram
A um leilão de quadros.
Dez compraram menos de 6 quadros,
oito compraram mais de 7 quadros,
cinco compraram mais de 8 quadros,
e um comprou mais de 9 quadros.
Então, qual o número total
de colecionadores que comprou 
6, 7, 8 ou 9 quadros?

Lamentações

Nelson Teixeira
Cada pessoa age à sua maneira. Mas o que diferencia duas pessoas diante do mesmo problema?
A diferença está na maneira como veem a vida. Queixosos e lamurientos verão o problema como mais um daqueles obstáculos intransponíveis e mesmo que façam pequenos esforços para superá-los, guardarão consigo a impressão de que fizeram um estupendo esforço.

Os confiantes e serenos, enfrentarão o problema com naturalidade dando-lhe a importância relativa.

Antes de se queixar, verifique se é uma queixa legítima, fundamentada e justa. Se não for, certamente será uma lamúria, fruto de seu descontentamento com o mundo. Neste caso você deve se perguntar: o que devo fazer para resolver esta situação sobre a qual reclamo continuamente?

A resposta a essa pergunta o guiará a transformar tais lamúrias em ações proativas.
Como voce está se comportando? 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 30-3-2016

terça-feira, 29 de março de 2016

As caras da hipocrisia

Nuno Gouveia


O governo português era outro. Luaty Beirão estava em greve de fome contra a opressão do regime angolano, mas em Outubro, a hipócrita Catarina Martins e o seu grupo de deputados transformou este infeliz caso num acto de propaganda contra o Governo Português, como se este fosse responsável pelo que se passa em Angola. Não se coibiu de considerar mesmo que a posição do Governo Português era "vergonhosa", citando as suas palavras. 

Passaram cinco meses e, infelizmente, os activistas pela democracia em Angola foram condenados por algo que todos nós consideramos aberrante e inqualificável: o delito de opinião. Agora já não há apenas uma acusação, há condenações. E que fez Catarina Martins? Já acusou o Governo Português de "vergonha"? Já promoveu números de propaganda na Assembleia da República contra o governo que agora apoia? Não. Desta vez, tem direccionado as suas declarações contra o verdadeiro responsável por esta situação: o regime angolano. 

Hombridade, procura-se

Carlos Nunes Lopes


17/09/2012







"Incompetência, gestão danosa, lesar o interesse público, despudorado, caso de polícia, pedidos de demissão, destruição dos estaleiros, suspeitas, denúncias infundadas..." e esta figurinha aparece hoje a dizer que virou a página?!...

E nem um pedido de desculpas a Aguiar-Branco?  Há mínimos para a hombridade. 

Coitados dos munícipes à sorte deste edil. 
Título, Imagem e Texto: Carlos Nunes Lopes, 31 da Armada, 29-3-2016

Ó, Ana Gomes, e agora… about Luaty?


É a chamada memória selectiva...

O manual da indignação selectiva ainda não levou a eurodeputada Ana Gomes, do PS, a inquirir se o Presidente Marcelo e o 2º Ministro António Costa já ligaram ao Presidente José Eduardo dos Santos.

De que está à espera?
Que Luaty apodreça na cadeia?
Imagem e Texto: Luis Faria, 29-3-2016

Museu do Santo Ofício

Alberto José

A Inquisição era formada por um grupo de tribunais dentro do organograma jurídico da Igreja Católica Romana e tinha por objetivo combater a heresia. Foi instituída no século XVII e atuou em vários países e territórios sob a direção de frades dominicanos. No Brasil, o tribunal do Santo Ofício funcionou em Minas Gerais, entre 1700 e 1820, quando julgou mais de 900 indiciados.




           
O Conselho da Inquisição se considerava fora da jurisdição pontifícia e, sob a orientação do Frei Tomas de Torquemada foram estabelecidas as regras para a criação dos Tribunais do Santo Ofício que iniciaram os primeiros Autos de Fé em Sevilha, Espanha. De acordo com as investigações dos historiadores, Frei Torquemada mandou para a fogueira mais de 10 mil pessoas.

Em 1551, apareceu na Espanha o índice dos livros proibidos pela Inquisição Espanhola no qual se registraram os livros que, segundo o Santo Ofício, continham conceitos que atentavam contra a fé e cuja divulgação e leitura eram proibidas nos territórios sob o domínio da Coroa espanhola. Uma vez denunciadas, as pessoas que se dedicavam ao comércio ou a simples leitura dos livros proibidos eram levadas para o tribunal. Os livros eram confiscados e incinerados em ato público e os indiciados perdiam os seus bens por ato dos inquisidores sem prejuízo da pena de tortura ou morte, à critério do tribunal.

Treze anos depois da publicação da primeira lista de livros, o Papa Pio IV publicou no Concílio de Trento o Index Librorum Prohibitorum no qual apareciam os livros proibidos pela Igreja Católica; o index teve várias atualizações até 1966, quando foi suprimido.

Faculdade de Direito da USP abrigará ato pró-impeachment no dia 4 de abril

Professores, alunos e ex-alunos da São Francisco se mobilizam em favor do impedimento da presidente Dilma


Reinaldo Azevedo

Assistam a este vídeo:


Professores, alunos e ex-alunos da Faculdade de Direito da USP realizam, no dia 4, às 19h, nas históricas Arcadas da São Francisco, um ato em defesa do impeachment, que vai contar com a participação de importantes advogados e juristas.

O petismo, disfarçado de consciência jurídica, criou uma fraude intelectual grotesca, segundo a qual não haveria motivos para o impeachment de Dilma.

Ainda que se ignorassem todas as falcatruas que a Lava Jato trouxe à luz, bastam as pedaladas fiscais — crime óbvio, segundo a Constituição e a Lei 1.079 — para o impeachment.

Mais um ex-ministro do Supremo desmoraliza a conversa mole de que impeachment é golpe

Eros Grau passa um carão naqueles professores da USP que foram à Faculdade de Direito do Largo São Francisco mentir sobre a Constituição e a lei

Reinaldo Azevedo
Eros Grau [foto], ex-ministro do Supremo, mais uma vez, toma uma atitude corajosa, deixando-se pautar pela Constituição e pelas leis, não por chacrinhas e chicanas.


Em entrevista ao Estadão, Grau disse com todas as letras o que sabem os sensatos: “O golpe é algo contra a Constituição. E o impeachment está previsto na Constituição. Deve ser tratado como uma coisa normal. Não é ilegal”.

Grau ficou irritado com a patuscada protagonizada no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP por petistas disfarçados de professores: “Desde que eu me aposentei e sai do Supremo, há seis anos, eu nunca dei entrevistas, escrevi nada com conteúdo político. Sempre me recusei. Mas, quando eu vi o que ocorria na Faculdade, eu fiquei uma arara. Aquilo foi um absurdo. Aqueles professores da Faculdade estão fartos de saber que não existe ilegalidade em se fazer uma investigação sobre o presidente da República. Está previsto na Constituição. Foi uma manifestação política de agressão à Constituição. Foi isso que me fez sair do meu silêncio. Quem está pedindo que a Constituição seja cumprida não está dando golpe nenhum. Golpe é descumprir a lei”.

Eis aí. Não custa fazer aqui algumas observações. Grau é um homem com formação de esquerda. Durante a ditadura, foi preso e torturado. Mesmo assim, no Supremo, na condição de relator, votou contra a revisão da Lei da Anistia com um argumento irrespondível também do ponto de vista técnico. O texto que convocou a Assembleia Nacional Constituinte tinha a anistia como pressuposto. Há uma diferença entre ser um jurista e um chicaneiro. Grau demonstrou que não era ministro para se vingar, mas para fazer valer a Constituição e as leis.

Aliás, além de Grau, já desmoralizaram publicamente a tese estúpida do golpe os ministros Dias Toffoli, Celso de Mello, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia e ex-ministros Ayres Britto e Carlos Veloso.

E o ex-ministro diz ainda: “Eu acho que Michel Temer vai ter de ser o presidente. Essa vai ser a forma de cumprir a Constituição. É o que a lei diz”.
Título e Texto: Reinaldo Azevedo. VEJA, 28-3-2016

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Lula, o amoral, difama Lava Jato e Moro mundo afora para tentar barrar impeachment

O Planalto, em consonância com o presidente “de facto”, decidiu, como afirmei nesta manhã, optar pelo leilão: está distribuindo fatias do governo a quem quiser votar contra o impeachment

Reinaldo Azevedo

Ai, ai…
Lula, ora vejam, não é ministro de coisa nenhuma. Hoje, ele é apenas um ex-presidente investigado. Mas está concedendo entrevistas a veículos estrangeiros. Não! Não é para tratar da crise política, de seus desdobramentos, do eventual fim da era petista. Isso até faria sentido.

Não! Ele está é tratando de miudezas mesmo. Acha, por exemplo, que o Planalto pode segurar parte do PMDB e, como diz, construir a governabilidade.

E, para não variar, dá a si mesmo como exemplo: “Quando eu ganhei as eleições, em 2003, em um primeiro momento o PMDB não me apoiou, mas uma parte do PMDB na Câmara me apoiava, uma parte do PMDB do Senado me apoiava, e nós conseguimos governar”.

Bem, cumpriria lembrar aqui que as circunstâncias eram outras, mas me parece ocioso a esta altura.

O Planalto, em consonância com o presidente “de facto”, decidiu, como afirmei nesta manhã, optar pelo leilão: está distribuindo fatias do governo a quem quiser votar contra o impeachment.

E tenta ainda esvaziar a reunião do Diretório Nacional do PMDB, marcada para esta terça, que deve votar pelo desembarque. O governo tenta arrancar dos ministros peemedebistas o não comparecimento ao encontro e o compromisso de trabalhar em suas respectivas bases contra o impeachment.

Críticas a Moro
Na entrevista coletiva, Lula fez críticas ao juiz Sergio Moro. Segundo ele, é competente e inteligente, mas foi picado pela mosca azul.

Charada (203)

No quintal da sua casa,
Gustavo tem uma torneira
que deita 6 litros
se água por minuto.
Assim,
quantas garrafas de
2, 5 litros
conseguirá ele encher
se utilizar
a torneira durante 
meia hora?

Nascer e morrer

Nelson Teixeira
Nossa viagem na vida é como uma grande caravana, onde vamos numa viagem difícil alcançar nosso destino.

Onde vamos chegar ainda não se sabe, mas temos algumas intuições que o porvir nos espera, que será bem melhor se dele formos merecedores. Concomitantemente, nessa caravana alguns vão nascendo e outros morrendo, visto que a viagem é longa, cheia de aventuras e obstáculos, fazendo com que aprendamos todos os dias.

A paisagem à nossa volta é muito linda, cheia de desafios e conquistas se a enfrentamos.
Ninguém consegue viajar sem encontrar dificuldades.
Nesta jornada alguns nascerão e outros morrerão.

Melhor ainda é que todos terão maravilhas para descrever das emoções que passaram.

Por mais simples que possa parecer, você tem uma história para contar repleta de emoções.

Caminharemos mas não chegaremos ao destino final tão fácil, pois este está muito além da vida terrena que conhecemos agora.

Continue caminhando, não tenha pressa nem desânimo, que você chega. 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 29-3-2016

segunda-feira, 28 de março de 2016

Ana Amélia: "Humilhação é o País ser visto como o mais corrupto do mundo"

Um artista

Rui A.
Obama, o ainda presidente dos EUA, tem-se mostrado muito preocupado com a situação em que a Venezuela vive, por causa da «crise económica» e por esse país não ter um «governo legítimo». Felizmente nem tudo vai mal pela América Latina, como ficou bem patente da sua recente visita a Cuba, onde encontrou um país em franco desenvolvimento, promovido por um governo saído de eleições mais do que democráticas. 
Título e Texto: Rui A., Blasfémias, 27-3-2016

A fuga da jararaca

Valter Almeida
A notícia que circula na revista Veja é que o ex-presidente Lula, para fugir da possibilidade de ser preso, cogita pedir asilo à Itália. Se isso for verdade me surpreende, já que há poucos dias, se identificando como sendo uma Jararaca, enfrentou de maneira contundente todos que, conforme sua análise queriam lhe destruir e afirmou que os seus oponentes de maneira incompetente acertaram apenas o rabo da jararaca em vez da cabeça e que por isso estava vivo e pronto para a briga.

Na minha modesta opinião de nordestino que sou, achei interessante a maneira como reagiu a jararaca, mostrou realmente como age esse temível animal, portanto, para mim se essa noticia for verdadeira a única explicação que posso deduzir para que a jararaca tome essa atitude de fugir da briga é que: ou essa jararaca não passa de uma minhoca ou, ao levar a porrada o seu veneno foi expelido pelo rabo. 
Título e Texto: Valter Almeida, 27-3-2016

Lobão escreve carta aberta para Caetano, Gil e Chico

Luciano Henrique


De que maneira rebater a fúria psicopática da extrema-esquerda? Lobão fez uma carta aberta sensacional a Caetano, Gil e Chico:

Carta Aberta para Caetano, Gil e Chico

Caros amigos,

Decidi escrever uma carta aberta a vocês por inúmeros motivos, mas confesso que dentre todos esses tais motivos que me moveram, estava lá, para minha surpresa, no fundo do meu peito a me gritar, o maior e mais importante deles todos: O meu amor por vocês.

Não poderia haver momento mais emblemático, um domingo de Páscoa, me permitir (não sem alguma resistência) ser flagrado em minhas próprias contradições. Pois bem: na madrugada de hoje, tomei fôlego e sintonizei o programa do Serginho Groissmann no intuito (um tanto beligerante) de verificar as declarações do Caetano que vazaram na imprensa sobre as passeatas, a situação política etc e tal, imaginando colher não somente o que foi dito, mas como foi dito, gesticulado e contextualizado. Até então, o clima era de afiar unhas e dentes.

Contudo, algo muito possante tomou conta de mim, uma força estranha foi me conduzindo para áreas da minha memória afetiva e quando dei por mim, estava lá eu olhando para a TV inundado de carinho e amor, com um enorme sentimento de parentesco por aquelas duas figuras (Caetano e Gil) que há tantos anos venho me digladiando e divergindo.

Essa tal força estranha também dragou uma outra figura, na tela ausente, para a ribalta do meu coração, o Chico.

E a partir daquele instante me vi numa tremenda sinuca de bico: se estou eu, lutando pela verdade dos fatos, por alguma razoabilidade nos gestos, por justiça, honestidade intelectual, tolerância e entendimento, cabe a mim adotar esse rigor, antes de mais nada, a mim mesmo e por isso mesmo venho a público pedir minhas desculpas por ter sido durante todos esses anos, desonesto a diminuir o talento de vocês três por pura birra, competição, autoafirmação ou até, vá lá, uma discordância genuína quanto a princípios ideológicos, políticos e metodológicos.

Tripulação é assaltada e voo de Salvador para o Rio de Janeiro atrasa duas horas

Passageiros que iriam de Salvador para o Rio de Janeiro no voo 6213 da Avianca na manhã desta segunda-feira (28), tiveram um atraso de duas horas antes da aeronave finalmente decolar. Segundo relatos dos próprios passageiros, eles aguardaram na sala de embarque a chegada da tripulação.

No entanto, de acordo com a companhia aérea, os tripulantes foram assaltados quando saíam do hotel em que estavam hospedados em Salvador e por isso houve o atraso. A Avianca não deu maiores detalhes do ocorrido, nem onde o crime aconteceu, porém informou que os tripulantes nada sofreram.

O voo que estava previsto para decolar às 6h30, somente decolou por volta das 8h30, após a tripulação reserva ser acionada e chegar ao aeroporto. 
Título, Imagem e Texto: Metro1, Salvador, Bahia, 28-3-2016 

Charada (202)

Qual das seguintes
peças de roupa
destoa, logicamente,
deste grupo?

Camisa, Calças,
Camisola, Blusa, 
Luvas, Casaco.

domingo, 27 de março de 2016

A CONSPIRAÇÃO PORTUGUESA DOS ASNOS: “golpistas” se reúnem em Lisboa para derrubar Dilma com crachá, hora marcada e anúncio público!!! É piada de brasileiro!

A suposição de que um seminário de direito — o quarto da jornada — faz parte de uma tramoia pró-impeachment é de um ridículo ímpar. Mas indica o estado de ânimo da companheirada
Reinaldo Azevedo

A coisa é de tal sorte absurda que havia me destinado a nem tratar do assunto. Há momentos em que a única coisa salubre a fazer é ficar longe do berreiro das esquerdas. Mas a coisa saltou o muro da loucura e foi parar na grande imprensa. Refiro-me ao IV Seminário Luso-Brasileiro de Direito, que ocorre em Portugal. Antes que avance, algumas considerações.

A delinquência intelectual que grassa no campo da esquerda no Brasil não tem paralelo em nossa história. Faz sentido. Os “companheiros” e “camaradas” nunca viveram situação semelhante, qual seja: chegaram ao poder pelas vias institucionais — que, no fundo, desprezam — e tentaram solapar as bases do regime democrático para se eternizar no poder, o que é uma constante dessas correntes de pensamento na América Latina.

Vencidos pelos fatos, flagrados assaltando o estado e o estado de direito, serão apeados pelas mesmas regras que os elegeram. Aí, então, é a hora de gritar “golpe”. Sintetizo: reconheceram a validade do aparato legal que lhes deu o governo, mas não a reconhecem agora, quando esse mesmo aparato vai destituí-los. Não fosse assim, esquerdistas não seriam. Para tentar pespegar a pecha de “golpe” no triunfo da Constituição e das leis, vale tudo — muito especialmente anunciar conspirações.

O seminário
Vamos ao caso. A Escola de Direito de Brasília do Instituto Brasiliense de Direito Público (EDB/IDP) e a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) promoverão o IV Seminário Luso-Brasileiro de Direito no auditório da universidade portuguesa entre os dias 29 e 31. Como se observa desde o título, trata-se do QUARTO seminário.

O encontro reunirá juristas e especialistas em direito do Brasil e de Portugal e também políticos dos dois países. Como deve supor qualquer pessoa razoável, a quarta jornada de um encontro dessa natureza começou a ser organizada ainda enquanto se realizava a terceira.

sábado, 26 de março de 2016

Aleluia!

A diferença entre socialismo e capitalismo explicada a leigos

Vitor Grando
Acho que descobri a melhor e mais simples forma de ensinar ao leigo a diferença entre socialismo e capitalismo. Infelizmente, dado o pesado viés ideológico da nossa educação, a massa entende por capitalismo e socialismo o exato oposto do que tais ideias representam.

Recentemente numa conversa entre amigos sobre o tema, ao atacar as consequências práticas de toda forma de centralização econômica (i.e., socialismo), ouvi como resposta que eu ignorava as consequências do extremo da posição que defendo (capitalismo, ou melhor liberalismo), a saber, a insensibilidade em relação aos miseráveis em nome do acúmulo de capital. Isso demonstra o tamanho da desinformação que recebemos através das escolas e faculdades, que distorce terrivelmente a natureza desses dois sistemas, porque capitalismo não é isso. Capitalismo não prega dinheiro acima de tudo, porque ele é um sistema econômico e não um sistema que preceitua valores éticos sobre o que é certo ou errado. Moralmente ele é neutro, portanto.


A forma mais simples de demonstrar isso é apresentando um fato da vida de Madre Teresa de Calcutá - notória defensora dos pobres. Em 1979, a Madre recebeu em razão do Prêmio Nobel da Paz a quantia de um milhão de dólares. Mas o que ela fez com essa quantia que tanto gostaríamos de receber para "resolver" nossas vidinhas? Coerente com sua vida, ela entregou seu milhão aos pobres.

A pedagógica pergunta que se coloca agora é:

"A conduta de Madre Teresa, nesse ponto, estava de acordo com os princípios do socialismo ou do capitalismo?".

Aposto um braço que invariavelmente a resposta recebida até mesmo daqueles com poucas simpatias com a esquerda será: "É... realmente estava de acordo com o socialismo".

Fado tropical

Alberto Gonçalves
Cerca de metade dos portugueses apoia entusiasmada o clube de fãs dos criminosos e a metade restante resigna-se quase sem um pio. Ou seja, até um país da América Latina consegue ultrapassar-nos em matéria de vergonha na cara


Pode acusar-se a nossa esquerda de tudo, menos de não ter desculpas para o gangue de salteadores que ocupa o poder no Brasil. De acordo com inúmeras luminárias indígenas, o comprovadíssimo esquema de corrupção montado pelo sr. Lula e seus associados, entre os quais a espécie de anémona que faz de “Presidenta”, é:

1) Mentira, dado que resulta de uma conspiração montada pelo capitalismo internacional, com os americanos, os fatais americanos, à cabeça (tese O Psiquiatra Diagnosticou-me Paranóia mas Interrompi a Medicação);

2) Irrelevante, dado que a corrupção é “transversal” (sic) à sociedade brasileira (tese Apanha-se Mais Depressa um Xenófobo do que um Ladrão);

3) Perdoável, dado que como escreveu no Jornal de Negócios um autodesignado “artista plástico” – talvez no sentido em que uma portada é de alumínio –, a esquerda rouba e distribui um bocadinho, enquanto a direita rouba e não dá nada a ninguém (tese Adivinhem Quem Também Beneficia da Distribuição;

4) Improcedente, dado que o grave nisto tudo é a divulgação ilícita das escutas e o facto de certos juízes não venerarem devidamente a quadrilha do PT (tese Olhai a Aflição das Viúvas de Sócrates);

Uma tragédia chamada Brasil

Pedro Marta Santos

No Verão de 1992, passei um mês no Brasil. Estive no Rio de Janeiro (onde tenho família), no Amazonas e no Nordeste.

No regresso, fui objeto de breve linchamento retórico por contrariar a vox populi: detestara o Brasil.

Nação-continente de incrível riqueza natural, pareceu-me um território de instituições democráticas precárias, profunda clivagem social e miséria generalizada. A clássica imagem de Agostinho da Silva, dos brasileiros como “portugueses à solta”, não me convenceu-

Encontrei uma certa sobranceria, um claro ressentimento pós-colonial ainda por sarar, um sentido de sobrevivência compreensivelmente disfarçado de “alegria de viver”, aquela endêmica violência metropolitana (assisti a dois assaltos com armas brancas no Rio, e foram assassinados vários transeuntes a três quarteirões do hotel) e a desesperança de 200 milhões de pessoas, encravadas entre os riscos do abandono e o luxo ofensivo das eleites paulistas e cariocas.

Leio e ouço que o país se transformou nas últimas duas décadas. Principal rosto dessa mudança: Lula da Silva, o torneiro mecânico de Pernambuco.

O Brasil está agora a ferro e fogo (escrevo isto na sexta-feira, 18 de março) entre o desastre da corrupta ilusão de esquerda e a tragédia judicial e militar da direita.

Na visita ao Amazonas, passei uma tarde com amigos num lago no meio da selva, de uma belza indescritível. Quando dei por mim, estavam três jacarés no lago – o que nos salvou do pânico foi estarmos a duas braçadas da plataforma de madeira.

O Brasil é isto: um lago lindíssimo com inocentes rodeados por jacarés.
Título e Texto: Pedro Marta Santos, revista SÁBADO, nº 621, 23 a 30 de março de 2016
Digitação: JP

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A hora muda na madrugada deste domingo

Foto: Leonhard Foeger/Reuters

Os relógios vão adiantar uma hora na madrugada deste domingo passando a vigorar o horário de verão que se mantém até outubro.

Quando for uma da manhã em Portugal Continental e na Madeira e à meia-noite nos Açores, deve adiantar uma hora os ponteiros do relógio.
O horário de verão mantém-se até ao último domingo de outubro. 

Em Portugal, a hora legal é determinada pelo Observatório Astronómico de Lisboa.

Vergonha no exterior: seis mentiras cabeludas de Dilma para mídia estrangeira

Luciano Henrique


O Diário do Brasil demoliu o discurso mentiroso da presidente golpista Dilma Rousseff dado a alguns órgãos de mídia estrangeiros:

Dilma Rousseff convocou hoje (24) uma reunião com jornalistas estrangeiros achando que tal atitude poderá salvá-la do impeachment

Dona Dilma: Quem é que sustenta esse país com impostos? Os estrangeiros? Quando a senhora está em campanha eleitoral, para quem a senhora pede votos? Para os estrangeiros?
Veja a pataquada de Dilma na imprensa internacional

MENTIRA 1 – Dilma disse que retirá-la do cargo pode gerar “cicatrizes duradouras” para a democracia brasileira.
VERDADE 1 – O QUE CAUSA CICATRIZES DURADOURAS NO PAÍS É O ROUBO INDISCRIMINADO QUE O PT PROMOVEU NA PETROBRAS

MENTIRA 2 – Dilma acusou a oposição de não aceitar a derrota apertada nas eleições de 2014 e, desde então, trabalhar pelo “quanto pior, melhor”
VERDADE 2 –  NÃO É A OPOSIÇÃO QUE SE CANSOU DE DILMA. É O POVO QUE NÃO AGUENTA MAIS

MENTIRA 3  – Dilma negou que tenha recebido financiamento ilegal em sua campanha.
VERDADE 3 – DILMA RECEBEU DOAÇÕES ILEGAIS PARA SUA CAMPANHA. PROVA DISSO SÃO AS DELAÇÕES DA EMPREITEIRA ANDRADE GUTIERREZ E A AÇÃO QUE CORRE NO TSE

Charada (201)

Cada página deste livro reúne
escritores portugueses com uma
particularidade comum. Porém,
na primeira página está um escritor
que pertence à segunda e na segunda está
um escritor que pertence à primeira.


Indique a particularidade comum
de cada página e quais são os dois
 escritores que estão trocados.

A presença da raiva

Nelson Teixeira
A raiva chega em nós muito sorrateiramente.
Muitas vezes, já estamos com raiva, sem perceber, pois este estado de espírito ainda se encontra perto das nossas imperfeições atuais. Quando agimos assim, ao invés de diminuirmos, estamos na verdade alimentando um poder muito maior do que ela na verdade possui.

O resultado é o estabelecimento de laços que irão persistir por muito tempo.

Devemos ficar atentos e muito cuidadosos com o envolvimento dos outros em nossas vidas.

Quando alguém nos causa repulsa ou raiva, e realmente quisermos estar o mais longe possível desta pessoa, tudo o que temos que fazer é não odiá-la ainda mais, e sim esquecê-la.

Quando permitimos cair na armadilha do rancor, principalmente das discórdias, viveremos a ingrata experiência de ter esta pessoa sempre próxima de nós.

Portanto, se você deseja se libertar dos incômodos da presença nefasta pelo pensamento com um seu semelhante, o melhor remédio é você esquecê-lo. 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 26-3-2016

sexta-feira, 25 de março de 2016

Hélio Bicudo convida para ato "Impeachment Já!"



Elogio à intolerância!

Words of Rock'n'Rolla

Estive em Londres há 15 dias e, infelizmente, constatei que sou xenófoba. Não sou xenófoba por não suportar seres ou coisas estrangeiras. Muito pelo contrário, eu adoro muito do que é "estrangeiro". No entanto, em Whitechapel, percebi que sou xenófoba. Esta avenida londrina foi colonizada por muçulmanos e, ao virar da esquina, é impossível não nos sentir deslocados.

A ocidentalidade desaparece no quarteirão anterior mas isso até pode ser encarado como algo engraçado. Afinal, somos países que levam a inclusão a sério. O que me fez mesmo reflectir neste assunto foram as mulheres. Não há mulheres nesta rua. Há seres estranhos, tapados (literalmente) dos pés à cabeça, e mesmo os olhos, essenciais à circulação, são dificilmente perceptíveis. E é esta estranheza que me incomoda. Eu não sei se aqueles seres tapados são realmente mulheres, afinal, qualquer um se pode esconder por trás daqueles trajes, basta querer.

Nada disto tem a ver com terrorismo, e eu estou longe de chamar terroristas àquelas mulheres. O que está aqui em questão é a tolerância. Eu não pude usar biquini em diversas praias de Marrocos, porque isso é inaceitável naquela cultura.

As minissaias e os calções são proibidos às mulheres nos centros comerciais do Dubai. Mas há ruas, em Londres, completamente rendidas às burcas.

E nós, ocidentais, aceitamos isso. Sou xenófoba quando a tolerância é unilateral, quando somos obrigados a tolerar o intolerável na nossa cultura. Sou xenófoba quando a estranheza dos seres me faz ter medo.

Nelson Marchezan Júnior responde ao petista Paulo Pimenta


Feliz Páscoa ao povo brasileiro!


Valdemar Habitzreuter

Dispa-se o homem da velha vestimenta,
Uma nova lhe afugente a bruma cinzenta.
É dito que o novo traz ares de esperança,
É ver para crer e alimentar a confiança.

O sol, paradigma do velho e novo,
Sua trajetória no céu é algo de gozo,
Tem seu orire esplendoroso no oriente,
Tem seu occidere luminoso no ocidente,

Pascoa, o sol nascente e morrente
Para um novo oriente e um feliz ocidente,
Uma curvatura do sol na alma esperançosa
Qual passagem iluminadora e forçosa.

Uma bendita Páscoa ao povo brasileiro!
Um impeachment ao passado desordeiro!
O novo sol nascente brilhe no horizonte!
Morte ao velho Brasil desde sua fonte!

Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 25-3-2016

Ministra Cármen Lúcia a Roberto D'Ávila: "A toga não é minha é do Brasil"

"Difícil não é julgar o impeachment de um presidente; mas defender direitos de aposentados."


Via: Ever Botelho, 25-3-2016

Crimes da Dilma


A C.O. do 1º Encontrão divulga o Programa da Confraternização

A Comissão Organizadora do 1º Encontro Europeu de ex-Trabalhadores da Varig, Familiares e Amigos enviou e-mail divulgando o Menu/Programa do Encontrão.



A confraternização acontecerá em Sintra, vila a 25 quilômetros da capital, Lisboa.

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quinta-feira, 24 de março de 2016

Carpideiras

José António Rodrigues Carmo
É o costume!
Após cada massacre às mãos dos fundamentalistas muçulmanos, desaguamos no folclore emocional.

Inventamos slogans, acendemos velas, pintamos os perfis, choramos lágrimas, de crocodilo ou não, fazemos manifes e, passada a onda, voltamos a enterrar a cabeça na areia, até ao próximo golpe.

Rapidamente esquecemos os que morreram ou ficaram mutilados, bem assim como a dor real dos seus familiares e amigos, para quem a dor jamais será apenas folclore e moda.

E daí a momentos já estamos outra vez a repetir, acéfalos, que nada disto tem a ver com o Islão, que temos de ser tolerantes, que temos de aceitar que cresça entre nós uma cultura que sempre gerou, gera e gerará violência, intolerância e destruição.

Todavia este fenómeno é compreensível no cidadão comum, que, sentindo a impotência e o medo, se refugia em rituais catárticos

O que realmente inquieta, é ver os responsáveis políticos, que escolhemos para cuidar dos nossos interesses, a embarcarem no mesmo tipo de manfestações.

A responsável pelas Relações Exteriores da UE chora em público num país muçulmano, os responsáveis pela UE acendem velas e dizem-se tristes, cada um eles, quando lhe metem um microfone à frente, debita o habitual rol de vulgaridades emocionais e faz apelos.

O nosso 1º ministro vai até ao ponto de referir que é normal e que devemos dar-nos por felizes por serem tão poucos os atentados.

Como é que o Brasil vai sair do impasse?

Manuel Villaverde Cabral

Uma mega-crise como esta já não tem solução com a actual aliança presidencial. É sem dúvida necessária outra e não é impossível alcançá-la no quadro da Constituição.

Enquanto Lula espera a decisão do Supremo Tribunal Federal para saber se pode assumir o cargo de primeiro-ministro do governo da presidente Dilma, tornando-se no homem forte de um Brasil em agonia; enquanto o Brasil inteiro aguarda um ou dois meses para saber se a Câmara de Deputados abre ou não o processo de demissão (impeachment) da presidente e se o Senado apoia essa decisão; em suma, enquanto estivermos suspensos dos procedimentos constitucionais do afastamento de Dilma, as coisas não ficarão no entanto paradas. Há duas hipóteses para responder à pergunta do título: como vai o Brasil sair do impasse actual e recomeçar, eventualmente, a ser governado de novo, por quem e de que maneira?

A primeira hipótese remete a resposta final àquela interrogação para uma pergunta prévia formulada indirectamente n’O Globo de domingo passado, a saber: o que é de esperar quando um partido político de origem marxista, marcado pela experiência soviética como todos eles; com o apoio desse oxímoro que é a esquerda católica, em especial a estirpe sul-americana, a da chamada «teologia da libertação» (representada em Portugal por sectores do BE); quando estes dois pilares desiguais mas aliados e convergentes, são por sua vez amparados pelos sindicatos corporativos, como são todos e particularmente os da estirpe «getulista», bem como pela intelectualidade brasileira da esquerda anti-militar; em suma, o que acontece quando tais alianças ocorrem, como sucedeu com a formação do PT praticamente no final da ditadura militar em 1980, e quando tal partido chega ao poder pelo voto, como sucedeu com a conquista da presidência da República em 2002, repetindo-se até hoje? É lícito perguntar: vai este partido abandonar as rédeas do poder sem luta?

Tendo alguns dos principais dirigentes do PT sido guerrilheiros e prisioneiros dos militares, desde a própria presidente Dilma até ao ubíquo José Dirceu, não é de excluir uma resistência tenaz da parte de um partido feito daquela têmpera. Com efeito, o PT, embora tenha apenas 17% do voto popular (Câmara dos Deputados), tem controlado efectivamente o governo, assim como uma porção muito superior àquela do orçamento e do emprego público. Não é de excluir, portanto, que a crise o faça degenerar para uma versão sofisticada do «bolivarismo» venezuelano: a verdade é que este último já perdeu as eleições e ainda não saíu do poder…

Je suis já nem sei o quê

Maria João Marques 

Enquanto diligentemente não afirmarmos com contundência que os valores europeus são incompatíveis com o estatuto das mulheres no islão, estaremos a apimentar o caldo onde se desenvolve o terrorismo.

Em 2009 fui a Bruxelas numa viagem de bloggers. Num dos dias almoçamos com Maria da Graça Carvalho, então conselheira de Durão Barroso. Perguntei-lhe que respostas, se algumas, tinha a Comissão Europeia para os abusos dos direitos humanos que as mulheres muçulmanas residentes na União Europeia sofriam nas suas comunidades. (Sim, já nessa altura estes assuntos me agitavam.)

Os casamentos forçados enquanto adolescente com homens desconhecidos dos países de origem dos pais. A violência doméstica sobre mulheres (que quantas vezes nem sabem falar e escrever na língua do país de acolhimento) e filhas e irmãs caso estas não se cubram como deviam e não fujam dos hábitos namoradeiros das devassas raparigas ocidentais. Os crimes ditos de honra sobre as mulheres – que não estão só nas zonas tribais do Paquistão. A adoção de quadros legais como a sharia no meio dos supostamente igualitários países europeus. A proibição de mulheres e filhas e irmãs de estudarem e trabalharem, privando-as assim da possibilidade de obter um trabalho que lhes garanta uma alternativa de sobrevivência – e de escape à opressão familiar. E… e… e…

A nossa interlocutora deixou a questão para o fim, reputou-a de muito difícil e muito importante, mas reconheceu a impotência. Recebi dias depois umas informações da Comissão sobre ajudas a vítimas de violência doméstica, nada sobre o que eu havia inquirido. De resto percebeu-se que não havia resposta nem, sequer, um esboço de tentativa. O que havia era a esperança que este caldo periclitante não explodisse depressa, que a UE nunca tivesse de confrontar a realidade feia que as comunidades islâmicas cá residentes criaram – com a conivência dos fracos políticos europeus que morrem de medo de usar um discurso a que os excitadinhos irresponsáveis possam dar o epíteto de xenófobo e islamofóbico.