José Mendonça da Cruz
Uma portuguesa, uma Joacine,
de origem guineense com assento no parlamento português proclama que os portugueses
são ladrões e devem devolver o que ela diz que são os bens culturais que ela
diz que eles roubaram.
A direita pusilânime acha
perfeitamente normal.
O porta-voz do Partido Livre
(de quê?), Pedro Mendonça, do «Grupo de Contacto» (com quem?), diz que a
deputada Joacine deixou agora de representar os órgãos, os apoiantes, e os
membros do Livre de quê. Em protesto, o assessor dela, que se estreou na AR
envergando uma saia plissada como símbolo moderníssimo de afirmação de uma
cretinice qualquer, desfiliou-se do Livre de quê, com quem não contacta mais.
A direita pusilânime não se
ri. A direita pusilânime não consegue sequer rir da cena de «A Vida de Brian»,
dos Monthy Python, onde ficou inesquecivelmente retratada a prática e
inteligência destes grupelhos de palermas.
Mas o Mendonça do Livre de
quê, que acaba de cortar relações com a mulher-migrante-negra-e-gaga, faz
questão de, galhardamente, atacar logo os que a criticam, os que,
evidentemente, são para ele os verdadeiros vilões, os «novos fascistas», e os
«populistas, racistas e sexistas».
A direita pusilânime guarda de
Conrado o prudente silêncio.
Perante todos estes factos,
patéticos, ridículos, e inaceitáveis, o deputado André Ventura, pegando na
frase atirada por Joacine, sobre «devolver os bens culturais», atira, nas redes
sociais e com patente ironia, que talvez fosse melhor «devolver ao país de
origem» a deputada.
Ora, há pessoas para quem o
contexto, a oportunidade, a construção de uma frase, e, aliás, a língua
portuguesa não têm qualquer importância. E têm ainda menos quando o mau
entendimento de contexto, oportunidade, construção de frase e língua podem
permitir um episódio flamejante em prol da afirmação da ditadura politicamente correta.