domingo, 26 de janeiro de 2020

[As danações de Carina] Algumas “kuriozidades” às vezes fazem bem – Parte cinco

Carina Bratt

Por entre os panetones e Vicente Ferrer chegaremos a Santa Catarina e à fotografia colorida que nos encanta os olhos.

PERGUNTA:
QUAL A ORIGEM DO PANETONE?

RESPOSTA:
Há três versões conhecidas para a origem do tradicional panetone, todas passadas em Milão, na Itália. A primeira é que esse produto nasceu no ano de 900 e fora criado por um padeiro Chamado Tone. Por essa razão, teria ficado conhecido como “Pane-di Tone”.

A segunda diz que o mestre cuca Gian Galeazzo Visconti, primeiro duque de Milão, preparou a iguaria para os festejos da entrega das suas insígnias ducais, em 5 de setembro de 1935.


A última dá conta de que um cidadão de nome Ughetto resolveu se empregar numa padaria para poder colocar os olhos com mais frequência na sua amada, Adalgisa, uma jovem lindíssima e encantadora filha do dono, na época, com quinze anos. Ali ele teria inventado a especiaria, com a qual fez a sua riqueza, e, consequentemente, a do sogro. Feliz com a novidade, o proprietário da confeitaria concedeu a tão sonhada mão de Adalgisa à Ughetto, em matrimônio. Isso ocorreu entre 1300 e 1400.

O panetone, pois, apesar de todo tempo passado desde a sua invenção (não importando a quem seja atribuída a sua original criação), se constitui num bolo de massa fermentada feito com farinha de trigo, ovos, leite, manteiga, açúcar, frutas cristalizadas e passas. Sua presença é indispensável principalmente nos finais de ano, quando se comemora a ceia de Natal e os supermercados, ao nosso redor, ficam entupidos com a sua sólida e gostosa postura, se tornando, lado outro, indispensável em qualquer mesa.

PERGUNTA:
QUEM FOI SÃO VICENTE FERRER?

RESPOSTA:
Vicente Ferrer nasceu em 23 de janeiro de 1357 (e não 1350), na Espanha. Em 1374, ingressou na ordem dominicana. Aos 17 anos, concluídos os estudos de filosofia e de teologia, se tornou professor dessa matéria. Foi ordenado sacerdote em 1378, ano em que coincide com o grande cisma do Ocidente, o qual durou até 1417. Os cristãos, em vista desse evento, ficaram divididos entre os papas de Roma e de Avignon, sem saber a quem obedecer.

Vicente lutou ferrenhamente para que a Igreja voltasse à sua primeira unidade. Percorreu toda a Europa, procurando estabelecer a paz e a tranquilidade numa sociedade dividida e pior, metida até o pescoço numa crise braba. Apocalíptica, a sua pregação tocava corações, operando, em muitos, a conversão.

No começo, o sujeito andava a pé de uma região a outra. Depois que adoeceu de uma perna, montava um burrinho. Vicente Ferrer morreu em Vannes, na França em 5 de abril de 1419 (dia em que, se diga de passagem, foi consagrado como santo pela Igreja Católica).

PERGUNTA:
ONDE NASCEU SANTA CATARINA?

RESPOSTA:
Santa Catarina, ou Catarina de Alexandria, celebrada em 25 de novembro, nasceu em Alexandria (Egito) em 287 d.C. Foi uma das mártires dos primeiros séculos. Filha do rei de Alexandria, era nobre, culta e inteligente. Fascinada por sua formosura, o imperador Maximino Daia queria desposá-la. Diante da recusa de Catarina, convocou 50 filósofos para lhe provar que Jesus não poderia ser Deus. A moça não somente refutou suas posições como converteu todos ao cristianismo.

Daia, enfurecido, pê da vida, mandou torturá-la sob rodas com pontas de ferro, que nada lhe fizeram. Em razão disso, Santa Catarina é invocada também pelos que trabalham com rodas. Levada para fora da cidade, deceparam sua cabeça e do seu pescoço jorrou leite no lugar de sangue. Com esse segundo acontecimento passou, desde então a ser cultuada, igualmente, pelas mães com pouco leite ou aquelas que precisam amamentar seus rebentos.

Os relatos do seu martírio dizem, ainda, que anjos desceram do céu e levaram seu corpo ao Monte Sinai, onde teria surgido um mosteiro consagrado às suas façanhas e milagres.

PERGUNTA:
COMO SURGIU A FOTOGRAFIA COLORIDA?

RESPOSTA: 
O primeiro processo industrial de produção de fotografias coloridas, o “autochrome lumière”, surgiu em 1907. Se constituía em usar fécula de batata previamente tingida (1/3 de vermelho, 1/3 de azul e 1/3 de verde) e cuidadosamente depois, se distribuindo em pequenas camadas sobre uma placa de vidro. Tal evento veio amplamente a ser difundido até 1932.

Três anos depois, aparecia o “Kodachrome”, precursor dos modernos coloridos que em dias atuais conhecemos, graças aos conhecimentos concebidos por Leopold Manner e Leopold Godowsky. Com três emulsões independentes (a primeira sensível apenas ao azul, a segunda ao verde e a terceira, ao vermelho), todavia superpostas sobre a mesma base, produzem slides de alta qualidade.

Em 1941, a Kodak introduziu o processo “Negativo-positivo” com o “Kodacolor”. Esse novo sistema, até hoje, quase noventa anos depois, permite fazer muitas cópias coloridas, em papel de uma mesma chapa e o melhor, sem muitos gastos.

Em 1947, apareceu o “Ektacolor”, colocando definitivamente a imagem colorida no topo e o melhor de tudo, ao alcance de qualquer pessoa que aprecie a boa e gostosa arte da fotografia.
Título e Texto: Carina Bratt, de Curitiba, no Paraná, 26-1-2020

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