Em termos históricos, deter um terço de
aprovação pode parecer pouco – mas em tempos de polarização, esses números
mostram uma base sólida e fiel
Marco Antonio Araujo
A pesquisa CNT/MDA divulgada
nesta quarta-feira (22) é um tapa na cara da oposição. A avaliação positiva do governo Bolsonaro subiu para 34,5% em janeiro, após
atingir o piso de 29,4% em agosto último. É uma recuperação considerável e joga
água fria nas tímidas faíscas que iluminavam o breu em que se enfiou a esquerda
brasileira.
Em termos históricos,
comparados a mandatos anteriores, deter um terço de aprovação pode parecer
pouco. Mas em tempos de polarização, esses números dão uma base sólida,
fidelíssima, praticamente inamovível. Mesmo convivendo com conflitos quase
diários, o presidente pode se sentir seguro em manter seu estilo polêmico e,
digamos, aguerrido.
O levantamento mostrou também
que a avaliação negativa caiu para 31%, em comparação com os 39,5% de cinco
meses atrás. Novamente, um outro terço se mostra inarredável. Uma análise fria,
no entanto, permite afirmar que essa importante fração do eleitorado – sem
Diário Oficial e em minoria no Congresso – tende a ficar mais amuada daqui para
frente.
O que garante tranquilidade ao
governo – mesmo, repetindo, com sua vocação para gerar crises intestinas – é a
absoluta falta de agenda clara e positiva por parte de seus opositores. As
críticas à gestão de Bolsonaro ganharam ares de ladainha, lamúrias e falta do
que fazer. É mimimi que chama.
A presidência da República
continua ocupada por um homem eleito democraticamente e fiel a seus
compromissos de campanha. Para os que ainda duvidam da resiliência de seus
apoiadores, aguardem os números da economia neste ano de 2020.
O país tem graves problemas?
Sim. Por isso mesmo, qualquer brisa que sopre e dê algum alívio para a
população trabalhadora vai ser como um murro na cara de quem estiver torcendo
contra. Nocaute.
Título e Texto: Marco
Antonio Araujo, R7,
22-1-2020, 18h13
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