Carlos Penna Brescianini
O senador Elmano Férrer (Podemos-PI)
[foto] considerou "excelente" o fato de que a Lei do Orçamento de
2020 (Lei 13.978/2020) foi publicada sem nenhum veto do presidente
da República. Elmano é o 2º vice-presidente da Comissão Mista de Orçamento
(CMO).
— Excelente. Isso melhora
muito as relações entre o Congresso e a Presidência da República. O presidente
dá uma demonstração no sentido de normalizar as relações entre os dois poderes
— declarou.
![]() |
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado |
Na sua visão, houve uma
articulação dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo
Maia, para que não houvesse vetos à lei aprovada pelo Congresso. Um dos itens
mais polêmicos era o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), também
chamado de Fundo Eleitoral.
A lei orçamentária sancionada prevê R$ 2 bilhões para esse
fundo, que será utilizado nas eleições municipais de outubro. O valor foi
proposto pelo governo em novembro passado.
— A questão foi bem resolvida.
Durante as discussões sobre o fundo, chegou-se a defender um valor de R$ 3,8
bilhões, o que causou muitos protestos. Se o presidente vetasse o próprio texto
que havia enviado, isso criaria um grande problema. Vejo uma boa atuação dos
dois presidentes do Legislativo — reiterou.
Críticas
Um dos líderes da oposição no
Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse em sua conta no Twitter que não concorda
com o valor destinado ao Fundo Eleitoral, que seria muito alto.
— Bolsonaro sancionou o indecente fundão, que custará R$ 2 bilhões ao povo. O mesmo povo que, graças ao governo, está pagando mais caro pela cesta básica, com um salário mínimo [corrigido] abaixo da inflação. Nós votamos contra e somos contra esse absurdo! — protestou.
O líder do PT no Senado,
Humberto Costa (PE), também fez críticas em sua conta no Twitter. Segundo ele,
as declarações do presidente Jair Bolsonaro de que iria vetar os valores do
Fundo Eleitoral eram "fake news".
Pauta de 2020
Elmano diz que a ausência de
vetos ao Orçamento liberou a pauta do Congresso, neste início de ano, para
discussões como a reforma tributária. Para ele, os parlamentares têm de
priorizar temas como esse — e com rapidez.
— O ano de 2020 será um ano
eleitoral, com pleitos para as prefeituras e as câmaras de vereadores. Acho
difícil, em um ano eleitoral, votarmos algumas das reformas, mas vamos tentar —
ressaltou.
Título e Texto: Carlos
Penna Brescianini – Agência Senado, 20-1-2020, 18h07
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não aceitamos/não publicamos comentários anônimos.
Se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-