domingo, 31 de julho de 2011

Marco Maia continua surdo, cego e mudo

Já se passaram 46 dias desde que iniciei uma sessão diária de cobranças ao Deputado Marco Maia, Presidente da Câmara, para que ele coloque os PL’s 01/07, 3299/08 e 4434/08, na pauta para votação em plenário, e ele está surdo, cego e mudo, pois, até hoje, não nos deu nenhuma resposta. Outros aposentados e pensionistas também têm feito a mesma pressão e nada acontece. O que me impressiona é a falta de sensibilidade e de coerência de um cara que já foi operário metalúrgico e sindicalista, que, quando era oposição, ele e o seu Partido, o PT, condenavam tudo que os outros governos faziam de errado contra o trabalhador e o aposentado. Se você quer conhecer o cidadão, ofereça-lhe o poder! Esta máxima se confirma quando se trata de integrantes do PT. Ganharam o poder e se esqueceram de tudo que pregavam quando estavam na maré vazante, a começar pelo seu chefe maior.
Odoaldo Vasconcelos Passos, Belém-PA, 31-07-2011

Deputado Marco Maia, PT/RS. Foto: Agência Câmara
Sei lá, certamente que não tem nada a ver, quer dizer, não vem ao caso, mas... o povo gaúcho, na sua maioria, é petista.

Simulacro de Governo



Aileda de Mattos Oliveira
Mais de oito anos, quase uma década, e o país mergulhado numa empulhação de democracia, às escâncaras! No âmbito da verbalização, o subgoverno, pretenso pós-modernizador, pratica constantemente o gramaticídio, quando as palavras, na semântica tortuosa das oratórias dos políticos e do governo, são letalmente feridas, segundo interesses reivindicatórios e bajulatórios da ocasião.
É um monólogo de araras, no qual se constata que o país só tem poderosos, mas não Poderes. Todos em defesa das mesmas teses amorais, pois sofreram, preventivamente, mimetização comportamental.
Por serem as reproduções, simulacros da realidade, não se pode considerar, portanto, “democracia”, a aberração que se impinge à nação. Não se pode considerar “Congresso”, um ajuntamento de espécimes sem qualificação para ali estarem. Não se pode considerar “Executivo” a cabeça de Governo que recua de suas decisões a todo instante, por imposição de um partido. Não se pode considerar um “Supremo Tribunal Federal” o que usa a Constituição como pretexto para oratória sofística, ignorando que há vida inteligente no meio da população ovelhum. Não se pode considerar “Imprensa Livre” quando um editorial defende não sei por que razões o STF, hoje, apenas, sigla, já perdidas as suas funções. (O Globo, 17/6/2011, p. 6)
A sofística dos medíocres representantes desta nação fez da Constituição um equipamento pendular para justificar as constantes oscilações de posição, de acordo com o lado que faça tilintar, mais sonoramente, as moedas benfazejas, transformadas em privilégios difíceis de recusarem, pelo hábito de aceitá-los.

A revolucionária invenção: BOOK!


Colaboração: Paula Matos

Congo Basin Gorillas facing extinction

Number of gorillas is rapidly falling in the Greater Congo Basin, with many being killed or sold as pets.


The future of Africa's Greater Congo Basin Gorillas is under threat.
According to a UN report, the animals could disappear by the mid-2020's, with many caught and sold as exotic pets, and others killed and sold as "bush meat".
Al Jazeera's Nazanine Moshiri reports from the Virunga National Park in Eastern Congo.


Porto, Portugal

Porto, junto à Sé, dezembro de 2007, foto: JP



Shots made with Sony PMW-F3. No grading no color correction. 
Images: Nuno Rocha, Victor Santos
Editing: João Costa
Production assistant: Emanuel Nunes 
Locations: Porto, Portugal 
Thanks to: Rui Pinto (E.A.C.), Rui Costa, Carlos Amaral, João Pinheiro e Ricardo Azevedo. 
with the support of: Emílio de Azevedo Campos (E.A.C.)

Colaboração: Antonio Gobbo

Da mesma "turma" que realizou este belíssimo filmete para a LG “Momentos

O Palestrante, a ESG e Jonathan Swift

Foto: Marino Azevedo/JB

Valmir Fonseca Azevedo Pereira
O célebre romance do escritor irlandês Jonathan Swift, “As viagens de Gulliver”, e também um clássico da literatura inglesa, é uma tremenda sátira à época, que aborda outras passagens além do Gulliver entre os liliputianos, e que se tornou a coqueluche dos contos e filmes infantis, contêm outras interessantes estórias pouco conhecidas.
Lembraremos de uma. Aquela em que os cidadãos absortos em seus próprios pensamentos, dedicados ao estudo de problemas insolúveis, procurando mergulhar no amago do seu cérebro, olham fixamente para a ponta do próprio nariz.
E ficam, entretidos no seu hábito, definitivamente, estrábicos.
Semelhante costume, levado aos extremos, desvirtuou-lhes a visão, e para evitar as colisões entre si e com os mobiliários, passam a andar portando na mão uma extensa vara com uma bola na ponta. Parece que uma bexiga de vaca. Assim, semi-cegos vão batendo sua vara bexigosa nos outros e nos objetos, procurando evitar alguma desastrada trombada. Mas deixemos de divagações, e passemos ao nosso comentário.
Muitos alegam que a Escola Superior de Guerra (ESG) está ultrapassada. Seria a hora, sob a égide de uma nova visão social, de injetar modernidade e reflexão àquela casa de profunda meditação.
A ponta de lança foi o Stédile, como não saiu sangue, após o plantio da viçosa semente que germinou no coração de importantes e influentes esguiamos, nada melhor do que convidar um mestre para sacudir o lauto e letrado auditório com lições e verdades surpreendentes.
Esperamos que, após o evento, professores e alunos/estagiários, literalmente, caminhem embevecidos como se andassem nas nuvens.
E pasmem, falou sobre o papel dos militares na Estratégia Nacional de Defesa (END), tema de total desconhecimento do público militar. Foi, sem sofismas, um banho.

Eu não aguento mais! (Thomas Korontai)



Não há dúvida de que o artigo está muito bem feito. Contudo, o destino previsto sempre pode ser mudado, afinal, nos foi concedido o livre arbítrio como Direito Natural, que nem o socialismo pode retirar. Refiro-me à frase:

O que Lula provocou em oito anos de governo não conseguiremos reconstituir em vinte, ou seja, retomar a nossa estima como Nação maior, mesmo sem prêmio Nobel (vejam só!), mas com uma proposta digna de educação, segurança e saúde de massas!

Todo um povo pode mudar em dois estágios: inicialmente o comportamental e o depois a mentalidade. Se quisermos que o Povo seja digno do III Milênio, de uma Nação soberana e próspera, com seu povo igualmente próspero, a reforma e até reengenharia das instituições, temos que começar pelo modelo de (des) organização do Estado Brasileiro, na forma como proposta pelo Projeto Federalista. As pessoas passarão a se comportar de acordo com as novas regras, e aí sim, em vinte anos, a nova mentalidade reinará, tornando o comportamento automático.

Isso vale para qualquer povo do mundo, porque gente é igual em qualquer lugar do mundo. Todas as nossas características bem aferidas pelos sociólogos e cientistas políticos estão corretas e dependem essencialmente do modelo, como consequência e não como causa. Admitir o contrário é demonstrar que não se acredita em mais nada, e, meus caros, se eu estivesse nessa situação, ou me isolaria completamente em alguma cidade do interior, vivendo uma pacata vida, bem longe de tudo, ou mudaria de país. Afinal, não dá para conviver com a omissão, já que apenas criticar pode acordar muita gente a acordar, mas e... e daí? Para onde vamos? Não podemos nos deixar transformar em baratas tontas, agitados sem rumo. Por isso, o Projeto Federalista, de reforma do modelo de Estado, que pode ser feita começando pela construção do nosso veículo que transportará o remédio para o Brasil.

sábado, 30 de julho de 2011

Xeque-mate para Obama

Foto: Guilherme Gomes

Nivaldo Cordeiro
O duelo de Barack Obama com os republicanos é um conflito entre dois modelos de Estado: o liberal-conservador e o social-democrata. Este último ditou os rumos do mundo desde o final da II Guerra, mas esgotou-se em suas próprias contradições. É chegado o momento de restabelecer a sanidade econômica e política. De restabelecer a correta relação do poder público com a sociedade civil. É preciso deixar de infantilizar o homem, reduzir o Estado e apostar na livre iniciativa. Obama está derrotado porque a sua filosofia está derrotada. Basta ver o que se passa na Europa, onde a social-democracia naufraga por outros meios, o da falência.

Relacionado:

"Obama é um fiasco"


Não consegui identificar  o autor

Obama é um fiasco e está preparado para presidir o Findomundistão!
Há coisas que têm tudo para dar errado e que, vejam vocês, dão! É o caso de Barack Obama nos EUA. O que sempre pensei a respeito deste senhor está nos arquivos. Sempre vi nele o traço inconfundível de um populista do Terceiro Mundo. É claro que isso nada tem a ver com a sua cor ou origem, mas com os seus métodos. Achava detestável sua mania de se referir a “Washington” como o lugar da picaretagem, como se ele não fosse, afinal, alguém de… Washington! No Brasil, Lula atacava — e ataca ainda — as “elites”.
Ambos têm histórias, origens e formações muito distintas. Mas algo os reúne de maneira inegável: não estão nem aí para as instituições; acreditam que uma de suas tarefas é atropelá-las. E as atropelam. Obama, só para citar um caso, foi à guerra contra a Líbia sem pedir autorização para o Congresso e, na prática, jogou no lixo os termos da resolução da ONU que autorizava a ação naquele país. Sim, ele acha que pode.
Nego-me a discutir a questão estúpida sobre se a crise é ou não herança do governo Bush. Deixo isso para o Arnaldo Jabor. Essa é outra marca da mentalidade tacanha terceiro-mundista. Quem se apresenta como candidato e se dispõe a ganhar uma eleição está afirmando que sabe como resolver o impasse — se há um. Se o governo Bush tivesse sido um espetáculo, Obama não teria sido eleito. É simples assim. E ele se tornou presidente justamente porque o outro se deu mal. O que lhe garantiu a ascensão não pode ser fonte permanente de desculpa para o seu insucesso. É uma questão óbvia, de lógica elementar.
Os republicanos não fizeram sozinhos a crise sobre o limite do endividamento. Aliás, Obama passou dois anos com maioria nas duas Casas. Foram os seus apoiadores que ajudaram a extrapolar o limite de gastos. E, numa democracia, ele tem de negociar com o Congresso — quem lhe tirou a maioria na Câmara foi o eleitorado, não uma conspiração. Não gostam do Tea Party, é? Troquem o eleitorado americano, então!!! Ou ele é legítimo quando elege Obama, mas ilegítimo quando dá mandatos à direita republicana? Tenham a santa paciência!
Obama transformou os EUA no Findomundistão, um paiseco ridículo, em que o presidente da República se comporta como um propagandista vulgar. Em meio a uma das maiores crises da história recente dos EUA, sabem o que fez o homem ontem? Um tuitaço, jogando a população contra o Congresso. Ou melhor: tentando incitar as massas contra os republicanos. Leiam este trecho da reportagem da Folha:
Ontem, o twitter @BarackObama, mantido pela campanha de 2012, passou a tarde listando contatos de republicanos que os eleitores deveriam pressionar a ceder.
A primeira mensagem foi enviada pelo próprio presidente, que assina como “BO”: “A hora de pôr o partido em primeiro plano acabou.
Se você quer ver um acordo (#compromise) bipartidário, diga ao Congresso. Ligue. Mande e-mail. Tuíte”.

Até 2002 sempre torceu contra o Brasil - e voltará a fazê-lo

A retórica asquerosa e fascistóide de um certo Luiz Inácio. Ou: Apedeuta confessa que, até 2002, sempre torceu para o Brasil se ferrar

Reinaldo Azevedo

Não adianta! Ele não tem cura. O Apedeuta não compreende a democracia. Leiam o que informa o Estadão Online. Volto em seguida.

Por Luciana Nunes Leal, do Estadão:

No segundo dia de compromissos no Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que pretenda disputar a Presidência da República em 2014 e disse que a presidente Dilma Rousseff só não tentará a reeleição se não quiser. Lula respondeu ao ex-governador de São Paulo, José Serra, do PSDB, que disse acreditar em uma candidatura do ex-presidente em 2014.

“Só há uma hipótese de Dilma não ser candidata: ela não querer. O Serra está preocupado é com a candidatura dele próprio e não consegue nem resolver os problemas internos do PSDB”, disse Lula, em rápida entrevista, depois de participar de um seminário na Escola Superior de Guerra (ESG).

Lula estava acompanhado, entre outras autoridades, do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que, na semana passada, disse ter votado em Serra, de quem é amigo, e não em Dilma, na eleição de 2010. Lula defendeu Jobim. “Tem gente que não gosta de mim e votou em mim; tem gente que gosta de mim e não votou. Não se pode fazer política pensando nisso”, afirmou Lula.

Durante a palestra, Lula disse que a oposição torce contra o governo. “Quando você ouvir o cara de oposição falar ‘estou torcendo para dar certo’, não acredita, não. É o inverso. Eles estão torcendo para a inflação voltar, para o desemprego aumentar”, disse o ex-presidente à platéia formada por militares alunos da ESG.

Voltei
Ao se referir a seus oponentes, Lula parece Arnaldo Jabor a dizer “coisas inteligentes” sobre o Partido Republicano nos EUA. Não é que os adversários tenham um ponto de vista diferente: na verdade, seriam todos sabotadores.

“Quem menos tem” anda de carro: é o que pensa o Bloco de Esquerda


Ponte 25 de abril, foto: Luis Torres, abril 2001

Sábado
Para o Bloco de Esquerda “quem menos tem” vive em Lisboa, passa o mês de agosto na praia e anda de automóvel. Por isso, os desempregados no Vale do Tâmega devem pagar as suas portagens na ponte 25 de Abril
Este ano, o Estado resolveu acabar com uma invenção que sobreviveu a governos do PSD, PS e PSD/CDS: colocar o País inteiro a oferecer as portagens aos automobilistas lisboetas que, em Agosto, pretenderem ir às praias da Costa de Caparica pela Ponte 25 de Abril. Para os portugueses esta decisão representa uma poupança de 48 milhões de euros até 2019. Para o Bloco de Esquerda, é “mais um sacrifício imposto a quem menos tem”.
Em primeiro lugar, o Bloco de Esquerda trata de explicar esta afirmação: quem utiliza a Ponte 25 de Abril em Agosto “são as famílias sem poder de compra para passar férias fora de casa” e que, portanto, ficam em Agosto em Lisboa e aproveitam a isenção de portagens para ir até às praias da Margem Sul do rio Tejo. Para o Bloco, estas pessoas são “quem menos tem”. E, por isso, justifica-se o Estado continuar a financiar os seus banhos de sol.
Segundo este raciocínio do Bloco, quem “menos tem” vive em Lisboa e não no interior alentejano, no Vale do Tâmega ou em Carrazeda de Anciães. Segundo o Bloco, “quem menos tem” passa o mês de Agosto na praia e não a trabalhar horas extraordinárias ou em duplos e triplos empregos para conseguir pagar as contas. Ainda segundo o raciocínio do Bloco, quem “menos tem” anda de carro e não a pé ou de transportes públicos.
É esta atração pela demagogia* que leva o Bloco de Esquerda a pedir o absurdo: que os portugueses que atravessam todos os dias o rio Tejo de barco, de camioneta ou de comboio paguem 3,7 milhões de euros por ano em impostos para isentar de portagens quem vai pela ponte de automóvel.
Texto: Editorial, revista Sábado, nº 377, de 21 a 27-07-2011
Digitação e Edição: JP

* Demagogia ou ato falho? O BE "defende" os pobres ou... os empregados da classe média alta?

Barco negro - Amália ou Mariza?

Foto: ?
Cannes 1962

Agora vou descansar...

30-07-2011, foto: JP

Mergulhados no vício


Valmir Azevedo Pereira
Foto: DR
A recente prematura e dramática morte da cantora Amy foi um estridente grito de alerta para o nosso nojento vício, e mostrou como o consumo desvairado de entorpecentes pode inebriar,e proporcionar instantes de incontido prazer e deleites orgásticos pontuais, mas levar à ruína, à degradação, à morte moral e à putrefação ainda em vida.
Diante do infausto, impõe-se redobrados cuidados. Se não pararmos ainda sucumbiremos disso. E nossas futuras gerações também.
Nós e milhões de brasileiros estamos nos últimos degraus da decadência humana. Fomos escravizados por prazeres passageiros e palavras enganosas.
Os traficantes sabem como somos dependentes, acostumados a injetar nas veias doses letais dos mais variados estupefacientes, e nem ligamos.
Acorda, incauto Brasil!
Há décadas, embriagados pelos alucinógenos e entorpecidos pela mágica dos populistas, passamos a ingerir pequenas doses que se tornaram cavalares e a viver em outras galáxias, e ficamos viciados em qualquer droga que nos ofereçam.
Por falta de opções, fomos degradando, aviltando, e hoje temos que aguentar a droga da metamorfose ambulante, a droga da guerrilheira, a droga do congresso, as arrepiantes decisões do judiciário e os abusos dos estupradores da moral. Tudo sem um ai.
Assim, não há veia que aguente. Em suma, somos viciados em porcarias.
Por quanto tempo será possível sobreviver a tanta intoxicação? Percebem-se os efeitos colaterais do entorpecimento, a perda do bom senso, a falta de honestidade, de dignidade, a falência da indignação e o descaso com todo o tipo de devassidão.

Eu não aguento mais!


"Só existem dois grupos em verdadeira luta no Brasil: os que estão roubando e os que querem roubar."
Ex-deputado Tenório Cavalcanti

Waldo Luís Viana
Durante quase dez anos, na tribuna livre da Internet, contrariando até um pouco a minha modesta natureza, procurei escrever sobre temas políticos, aproveitando-me, inclusive, de 2002 para cá, do rico manancial como paradigma crítico do que foi, tem sido e será o governo do PT.

Quem me acompanha até – e com paciência, o que muito agradeço – sabe que procurei trazer aos leitores aspectos um pouco desconcertantes da realidade que vivíamos, dado o meu temperamento telúrico de poeta, que vibra antes de tudo com o coração, dentro do espírito do homem cordial, descrito por Sérgio Buarque de Hollanda em seu já clássico “Raízes do Brasil”.

Eis que, embora tenha dado adeus às armas, tenho visto um panorama tão adverso e promíscuo, que ouso agora responder à pergunta que tanto me fazem e que adiava, como ardil, em responder: ó poeta, o que vai ser de nós?

Não há esmero em ver de nós a imagem no espelho – diria eu, entre atônito e aflito. Não há setor da Nação (danada, mesmo!) que não se aperceba do lado oculto, do sistema perverso engendrado pelo PT para governar. Fez-se do Brasil a imagem e semelhança do partidinho – e como dói!

Esqueceu-se, em primeiríssimo lugar, do que é certo ou errado. Os barbichas de língua presa instituíram, a muque, o dualismo entre o “adequado e inadequado”. O trato da coisa pública, que deveria ser “res sacra”, não passa mais pelo crivo da exação, da coragem e do comportamento probo, considerados excrecências diante dos objetivos a atingir. É o mesmo e surrado “os fins justificam os meios”, transformado em política pública como em qualquer regime dito socialista de Estado.

"El problema de la corrupción nunca ha sido tan serio como ahora"


José Serra, foto: Claudio Álvarez

O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou, em entrevista ao jornal espanhol El País, divulgada na edição desta quinta (28 de julho), que o problema da corrupção no Brasil nunca foi tão sério e disse que a chance do ex-presidente Lula disputar a sucessão presidencial em 2014 é muito alta. Para Serra, Lula nunca deixou de estar em campanha e algumas de suas declarações contra a oposição são retórica eleitoral. A respeito da 'faxina' que a presidente Dilma Rousseff vem promovendo no Ministério dos Transportes, o tucano reconhece que a ação foi correta, mas considera que a petista atuou estimulada pela imprensa nacional, e não pela convicção de se promover uma limpeza na administração federal.
Leia aqui a íntegra da entrevista (em espanhol).

[Brasil] A questão do câmbio e o poder público mais hipócrita do planeta


Geraldo Almendra
Quem aceita conviver com comunistas corruptos disfarçados de porcos fascistas um dia vai provar o sabor de sua própria autodestruição.
As ações do desgoverno petista para evitar a queda do dólar escancaram, de um lado, a hipocrisia de um Estado moralmente falido e, de outro, a passividade dos contribuintes – pessoas físicas ou jurídicas - feitos de idiotas e palhaços do Circo do Retirante Pinóquio, assim como a covardia de uma sociedade de esclarecidos canalhas, cada vez mais canalhas, próximos do estado da arte da podridão de suas almas.
Essa gente sórdida fica olhando para o país ser destruído por sucessivos desgovernos, preservando apenas para seus umbigos corruptos ou sonegadores - sendo o “ou” no sentido inclusivo - uma insana e estúpida busca de oportunidades da prática do simples ou puro ilícito, ou na exploração da degeneração moral do país, na busca de oportunidades para tirar a maior vantagem possível da destruição do futuro de seus próprios filhos e de suas famílias.
Para o mundo empresarial o lucro já tem formalizado as seguintes bases de formação:
- Sonegação,
- Corrupção,
- Superfaturamento em comum acordo com canalhas do poder público,
- Concorrências fraudulentas ao custo de propinas,
- Empréstimos subsidiados pelo suborno do BNDES,
- Lobbies imorais nas relações público-privadas e,
- Por último, e cada vez menos importante, sua “competência” em uma eficiência empresarial na formação de preços com margens que suportem as naturais variações dos fatores exógenos em relação ao mérito de suas habilidades como gestores empresariais, que deveriam influenciar os resultados de suas atividades industriais ou comerciais sem depender da relação prostituída que mantêm como o poder público.

A humildade e a arrogância

João Bosco Leal
Um amigo de infância me enviou um e-mail com um vídeo de um jovem que se apresentou em um programa de jurados e na mensagem anexa, sugeria que eu escrevesse sobre o mesmo. Apesar de já tê-lo assistido em outra oportunidade, me emocionei com a apresentação e com a possibilidade de visualizar claramente, em atitudes, a humildade e a arrogância dos seres humanos.
O jovem entrou no palco vestido de uma calça larga escura, uma camiseta preta com desenhos verdes no peito e tênis. Ao dizer que se chamava John Lennon da Silva provocou um comentário sarcástico de uma jurada, que disse já haver ouvido esse nome e outro disse que sabia que ele era muito famoso e amigo do Paul e do Ringo.
Ao explicar que iria dançar, ela, em tom de gozação e apontando para suas roupas perguntou: “assim?” O rapaz timidamente respondeu que sim, que aquela roupa era do seu cotidiano e o que interessava era que iria apresentar o “Lago dos Cisnes”, numa nova coreografia, baseada em street dance, a dança de rua dos jovens.
Ela insistiu, dizendo esperar que ele fizesse uma boa apresentação, pois aquele figurino não tinha ‘nada a ver’. Outro perguntou se ele conhecia a peça em sua versão original, que era de um cisne se debatendo, agonizando até o final e executado nas pontas dos pés, por uma bailarina vestida toda de branco.
A arrogância desses jurados era visível, imaginando-se os únicos conhecedores da peça, quase chamando de ignorante o rapaz, simplesmente porque estava vestindo roupas comuns e pretas, humilhando-o com suas perguntas e não acreditando que alguém tão simples, vestido daquela maneira, pudesse apresentar algo que valesse a pena ser assistido por quem já viu a peça original, com todo o seu luxo e esplendor.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sindicalismo sepultado ou sem cabeça?


A Lenda do Cavaleiro sem cabeça

Carlos Lira e Dayse  Mattos
Este AERO CLIPPING jamais nos informará a respeito destes escândalos, desta falta de pudor e descaramento por parte dos membros deste SNA sem rumo. Eles retiram o nosso dinheiro sem o menor escrúpulo. Os tripulantes da ativa de agora é que estão mantendo esta gente do SNA neste "farniente" escandaloso: é muito dinheiro que entra neste tenebroso covil através do Imposto Sindical. Neste doce fazer nada, eles retiram mensalmente a quantia de 4.000,00 (quatro mil reais), fora o vale refeição de 45,00 (quarenta e cinco reais). A maioria deles trabalha em outras atividades não compatíveis com a atividade aérea e só comparecem à sede do SNA para receber a "merreca" a eles destinada. Por que o presidente e alguns outros não reagem? É simples: a eminência parda, a senhora anistiada, está ilegal no comando desta podridão (a mesma é anistiada, deixou de ser aeronauta). O "nomeado" presidente não exerce autoridade nem sobre ele mesmo, haja vista perder o controle em determinada ocasião e utilizar uma tesoura para resolver um simples problema. O mérito da questão não é o quanto eles percebem mensalmente. Um verdadeiro sindicalista poderia receber até 100.000.00 (cem mil reais), desde que respeitassem o estatuto, a categoria, tivessem vergonha na cara, princípios morais e cidadania. Nesta gente sobra desrespeito, cinismo e muita, muita mesmo sem-vergonhice.
Carlos Lira

Diante dos fatos, testemunhos e da realidade, nos resta a reflexão, indignação e atuação. Certamente as palavras do Carlos não aumentaram e tão pouco fugiram da verdade. Tudo alí é do conhecimento de quem quiser se aprofundar mais nos fatos.
Creio que vale uma avaliação da relação IMPOSTO SINDICAL X TRABALHADOR. Penso que a lei atual que lá atrás teve seu papel relevante e fundamental para os trabalhadores precisa ser reavaliada. A doação compulsória de um dia de trabalho para a entidade sindical "representativa" é atualmente a porta de permanência de interesses pessoais, ligações perigosas, negociatas políticas e jurídicas como vemos no atual cenário sindical e governamental num enorme desrespeito.
A mamata e o cenário atual são tão claros que corrompe a olhos nus o caráter e a dignidade de grande parte de seus representantes, transformando em reles chiqueiro entidades e pessoas que no passado tiveram ideologia, desejo de lutar, liberdade sem comprometimento.

Norway: Lessons from a Successful Lone Wolf Attacker


On the afternoon of July 22, a powerful explosion ripped through the streets of Oslo, Norway, as a large improvised explosive device (IED) in a rented van detonated between the government building housing the prime minister’s office and Norway’s Oil and Energy Department building. According to the diary of Anders Breivik, the man arrested in the case who has confessed to fabricating and placing the device, the van had been filled with 950 kilograms (about 2,100 pounds) of homemade ammonium nitrate-based explosives.
After lighting the fuse on his IED, Breivik left the scene in a rented car and traveled to the island of Utoya, located about 32 kilometers (20 miles) outside of Oslo. The island was the site of a youth campout organized by Norway’s ruling Labor Party. Before taking a boat to the island, Breivik donned body armor and tactical gear bearing police insignia (intended to afford him the element of tactical surprise). Once on the island he opened fire on the attendees at the youth camp with his firearms, a semiautomatic 5.56-caliber Ruger Mini-14 rifle and a 9 mm Glock pistol. Due to the location of the camp on a remote island, Breivik had time to kill 68 people and wound another 60 before police responded to the scene.


Shortly before the attack, Breivik posted a manifesto on the Internet that includes his lengthy operational diary. He wrote the diary in English under the Anglicized pen name Andrew Berwick, though a careful reading shows he also posted his true identity in the document. The document also shows that he was a lone wolf attacker who conducted his assault specifically against the Labor Party’s current and future leadership. Breivik targeted the Labor Party because of his belief that the party is Marxist-oriented and is responsible for encouraging multiculturalism, Muslim immigration into Norway and, acting with other similar European governments, the coming destruction of European culture. Although the Labor Party members are members of his own race, he considers them traitors and holds them in more contempt than he does Muslims. In fact, in the manifesto, Breivik urged others not to target Muslims because it would elicit sympathy for them.
Breivik put most of his time and effort into the creation of the vehicle-borne IED (VBIED) that he used to attack his primary target, the current government, which is housed in the government building. It appears that he believed the device would be sufficient to destroy that building. It was indeed a powerful device, but the explosion killed only eight people. This was because the device did not bring down the building as Breivik had planned and many of the government employees who normally work in the area were on summer break. In the end, the government building was damaged but not destroyed in the attack, and no senior government officials were killed. Most of the deaths occurred at the youth camp, which Breivik described as his secondary target.
While Breivik’s manifesto indicated he planned and executed the attack as a lone wolf, it also suggests that he is part of a larger organization that he calls the “Pauperes Commilitones Christi Templique Solomonici (PCCTS, also known as the Knights Templar), which seeks to encourage other lone wolves (whom Brevik refers to as “Justiciar Knights”) and small cells in other parts of Europe to carry out a plan to “save” Europe and European culture from destruction.
Because of the possibility that there are other self-appointed Justiciar Knights in Norway or in other parts of Europe and that Breivik’s actions, ideology and manifesto could spawn copycats, we thought it useful to examine the Justiciar Knights concept as Breivik explains it to see how it fits into lone wolf theory and how similar actors might be detected in the future.

Hachi e o Aerus


Hachi

Waldo Deveza
Anteontem, tive que ir até a cidade, mais precisamente perto da Federação Espirita do E.S.P.
Foi uma ida rápida, mas algo me chamou a atenção e até me emocionou. Deixei o carro perto da rua Genebra, rua do meu destino, curta com um só quarteirão, e ao descê-la a pé para atingir o meu destino, uma cena me chamou a atenção. Na calçada, em pleno céu aberto, um jovem estava deitado num colchão sujo, muito debilitado, quem sabe, pelo uso de alguma droga e, ao lado dele, um cão de porte médio; um cão de pelo longo, daqueles barbudinhos, possivelmente até de raça e que se não fosse o estado, chamaria até a atenção. Felizmente o cão que já não tomava um banho há longo tempo, com o pelo todo engrouvinhado, estava ali ao lado de seu dono, como protegendo-o de qualquer perigo. O jovem debilitado dormindo e o cão impassível, ali, tomava conta. No meu retorno, que não demorou muito, tive que passar pelo local e a cena novamente se repetiu. Lá estava o cão e o jovem sem teto, numa perfeita simbiose. Emocionante e ao mesmo tempo triste!

Com o que vi, pensei quantas vezes um cachorro faz a diferença (eu vejo pelos meus), em relação a nós, humanos, nos quesitos afeto, tolerância e, acima de tudo, quanto ao ser fiel e solidário. Me recordei então de um filme estrelado pelo Richard Gere, que conta uma história real, acontecida por volta dos anos 20 do século passado, mas que na realidade aconteceu no Japão, envolvendo um professor universitário e o seu cão Hachi. Me veio à mente também um caso que está acontecendo em São Paulo, caso que foi noticiado recentemente pela mídia, envolvendo um morador de rua e o seu cão. Neste caso, o morador de rua teve que ser internado num pronto-socorro e o cão seguindo o SAMU se postou à frente da unidade, e lá ficou aguardando a saida do seu amigo. Infelizmente o sem-teto veio a falecer e o cão até à data da notícia, permanecia ali, postado junto à porta do pronto-socorro aguardando o seu dono. Até onde sei, o cão passou a fazer parte da vida das pessoas presentes à rotina daquela unidade e começou a ser tratado por elas, de forma muito parecida com o filme citado.

Não abandone!!


Todos os anos no Verão a história repete-se. Milhares de portugueses partem de férias e milhares de animais de estimação são abandonados.
A Strat e a União Zoófila resolveram fazer um filme para sensibilizar os portugueses para este grave problema.
O filme foi divulgado no nosso site, em televisão e por canais alternativos como via e-mail e outros sites. Obrigado a todos aqueles que reconheceram a qualidade do trabalho desenvolvido e nos enviaram felicitações espontâneas.
Deixamos aqui o crédito devido à empresa Strat que levou a cabo a criação e desenvolvimento do filme.

Kenzo: "temos cão!"

Kenzo, 27-07-2011, foto: JP


Sobre Kenzo:
Banho de Kenzo e os cachorros da Xuxa
Kenzo e o seu "ossinho"
Bigu?
Kenzo manda lambeijinhos...
Kenzo, o cão mais asseado de Massamá e arredores.....

quarta-feira, 27 de julho de 2011

[Portugal] Novo vídeo 'patriótico' responde ao 'lixo' da agência Moody's


Realização: wearenotinthemoodys

Poupem-me das diatribes de um racista! Seu lugar é o lixo! (Quem será?)


Mandam-me o link do texto de um delinqüente, de um anão moral, disfarçado de jornalista, que tenta associar a prática do criminoso da Noruega a personalidades brasileiras. Deve ser o próprio a fazê-lo. Custa-me crer que aquela caricatura, um rascunho de gente, possa ser levada a sério por alguém, por mais idiota que seja. Trata-se de um batedor de carteira famoso no meio por conta de sua profissão. Poupem-me, por favor! Nem mesmo aceito sujar a área de comentários com o nome do indigitado. Não dou trela a racistas!
Reinaldo Azevedo, 27-07-2011

[Aerus] “Não vou mais me calar. Socorro! Eu quero o meu dinheiro!”

Hotel Sofitel, Copacabana, Rio de Janeiro, 09-07-2010
Marcia Goulart
Trabalhei 30 anos na Varig, descontei em meu contracheque durante 23 anos consecutivos o pagamento do plano de previdência privada AERUS. Por ocasião da morte da VARIG o AERUS também morreu para os Variguianos e os funcionários que não conseguiram se aposentar (meu caso) pelo AERUS não receberam nenhum tostão furado. Já morreram 570 funcionários (aposentados, ativos) sem contar os pensionistas. Estamos morrendo abandonados, morrendo a cada dia de fome, doentes, humilhados, endividados e ninguém, absolutamente ninguém nesta republiqueta chamada BraZil é responsabilizado por nada. Eu não fali a VARIG, não quebrei o AERUS. Todos se calam diante dessa tragédia que foi a morte da Varig. A sociedade brasileira precisa saber o que está acontecendo com os ex-funcionários da Varig, pois essa vergonhosa tragédia é só mais um drama social. Eu quero o que é meu por direito, paguei por isso, e não foi pouco, não. Tenho a absoluta certeza que se algum político tivesse qualquer parente nessa situação isso já teria sido resolvido ou nada disso estaria acontecendo. ONDE ESTÁ O MEU DINHEIRO? Que fique bem claro para a sociedade brasileira que não estou pedindo uma bolsinha esmola ao governo – NÃO – só quero que alguém neste país seja homem, macho e digno o bastante para honrar e pagar o que me deve. O governo federal é o órgão fiscalizador dos planos de previdência privada ou não é? Então resolvam logo essa vergonha que já dura mais de 5 anos. Essa situação é no mínimo desumana, pois não temos recursos sequer para comprar comida e remédios quanto mais pagar dívidas atrasadas. Chega de humilhação. Não vou mais me calar. SOCORRO!... EU QUERO O MEU DINHEIRO!
"Não é a violência de poucos que me assusta, mas a omissão de muitos." (Martin Luther King)
Texto: Marcia Goulart, 27-07-2011
Edição: JP
Cinelândia, 06-08-2009
Em frente à sede do Aerus, Rio de Janeiro, 13-08-2009
Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, 12-10-2009
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O que vai na cabeça de um assassino


Imagem do blog de Luana Soares

O manifesto de 1526 páginas escrito pelo responsável pelo massacre na Noruega é um documento fundamental para compreender um bocadinho melhor o que vai na cabeça destes assassinos. Com o cinematográfico nome de «2083: A Declaração de Independência da Europa», deixa claro que estes fenómenos não resultam de um súbito surto patológico, em que alguém acorda de manhã vítima de um delírio, mas acontece depois de um longo tempo de maturação e planeamento. Deixa evidente, também, que não estamos perante alguém que ouve vozes e decide agir sob as suas ordens, sem consciência do que faz, mas de uma pessoa que é capaz de explicar a sua «ideologia» e os seus métodos através de um discurso estruturado – não é, decididamente, um caso de insucesso escolar. Ficam de fora, igualmente, as explicações simplistas, do estilo ‘ai viu muita violência na televisão’ ou ‘isso é dos jogos virtuais’. Fala neles, é certo, mas a novidade é que os cita não como utilizador, mas sobretudo como álibi. Diz, a certa altura, «apresente um projecto credível/álibi aos amigos, colegas e família que justifique o seu novo padrão de vida. Diga-lhes que começou a jogar World of Warcraf ou qualquer outro MMO online e quer concentrar-se nele durante o próximo mês/ano». Como analisa Evan Narcisse, especialista em novas tecnologias, na Time Online, o que se depreende disto não é que os 12 milhões de pessoas que jogam WoW são potenciais assassinos de massas, mas que os terroristas do século XXI utilizam a linguagem do século XXI. A explicação do seu gesto terá de ser muito mais profunda, no âmago daquilo que nos aproxima (ou afasta) da humanidade.
Título e Texto: Isabel Stilwell, Destak, 27-07-2011

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Escândalos – II


Peter Wilm Rosenfeld
A República brasileira já sofreu e teve que conviver com uma série de escândalos, de toda a espécie, o que não é novidade em governos brasileiros.
Penso, porém, que ainda não tinha enfrentado algo parecido com o que aconteceu – e ainda não terminou de todo, no Ministério dos Transportes.
Até o momento em que escrevo, já foram demitidos 18 burocratas de alto coturno, a começar pelo Ministro.
Não se sabe, ainda, quantos outros serão demitidos pelo País afora.
Ilustração: Glauco
Um fato interessante é que, até o presente momento, a Presidente Rousseff nem uma vez, pelo menos em público, se queixou de tão grande herança maldita que lhe foi deixada por seu antecessor, o fanfarrão Sr. da Silva.
Esse episódio inclui algumas coisas interessantes.
- Na segunda metade do segundo mandato do Sr. da Silva, a atual Presidente era a gerentona do PAC e, como tal, responsável por tudo o que acontecia com as obras do mesmo. As obras rodoviárias faziam parte do PAC e, como tal, vem a pergunta: como foi que não se deu conta do que estava acontecendo?
E cabe uma especulação: a Sra. Rousseff não sabia da roubalheira ou sabia, comunicou o que estava acontecendo ao Sr. da Silva e esse, a sua vez, disse-lhe que esquecesse, fizesse de conta que não sabia de nada?
Ao Sr. da Silva não há que dar o benefício da dúvida, mas à Sra. Rousseff inclino-me a dar-lhe essa consideração.

O agressor Kirrarinha agora é presidente do DEM

Um ano depois da infame bofetada no rosto da jornalista Márcia Pache, Kirrarinha vira presidente do DEM de Pontes e Lacerda

Em junho de 2010, o ex-vereador Lourivaldo Rodrigues de Morais, vulgo Kirrarinha, entrou para a história nacional da infâmia a bordo do vídeo que registra a violenta bofetada desferida no rosto da jornalista Márcia Pache, da TV Centro Oeste, de Mato Grosso. Nesta terça-feira, 19 de julho, o autor da agressão inverossímil ocorrida em Pontes e Lacerda foi eleito presidente do diretório municipal do DEM. Dos 714 filiados ao partido, 580 votaram na abjeção.
Nesta quinta-feira, Kirrarinha enfim se dispôs a tratar do assunto por telefone. Durante a conversa com o site de VEJA, reproduzida integralmente no áudio abaixo, o bandido em liberdade procura defender-se com uma versão tão sórdida quanto o ataque a uma mulher indefesa: ele alega que o vídeo não passa de uma montagem produzida por adversários políticos. “Não houve agressão nenhuma”, diz aos 4 minutos e 48 segundos. Aos 5 minutos e 30 segundos, finge surpreender-se com a verdade filmada: “Tapa? Eu só coloquei a mão para tirá-la da frente”.