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Obama é um
fiasco e está preparado para presidir o Findomundistão!
Há coisas que têm tudo para
dar errado e que, vejam vocês, dão! É o caso de Barack Obama nos EUA. O que
sempre pensei a respeito deste senhor está nos arquivos. Sempre vi nele o traço
inconfundível de um populista do Terceiro Mundo. É claro que isso nada tem a
ver com a sua cor ou origem, mas com os seus métodos. Achava detestável sua
mania de se referir a “Washington” como o lugar da picaretagem, como se ele não
fosse, afinal, alguém de… Washington! No Brasil, Lula atacava — e ataca ainda —
as “elites”.
Ambos têm histórias, origens e
formações muito distintas. Mas algo os reúne de maneira inegável: não estão nem
aí para as instituições; acreditam que uma de suas tarefas é atropelá-las. E as
atropelam. Obama, só para citar um caso, foi à guerra contra a Líbia sem pedir
autorização para o Congresso e, na prática, jogou no lixo os termos da
resolução da ONU que autorizava a ação naquele país. Sim, ele acha que pode.
Nego-me a discutir a questão
estúpida sobre se a crise é ou não herança do governo Bush. Deixo isso para o
Arnaldo Jabor. Essa é outra marca da mentalidade tacanha terceiro-mundista.
Quem se apresenta como candidato e se dispõe a ganhar uma eleição está
afirmando que sabe como resolver o impasse — se há um. Se o governo Bush
tivesse sido um espetáculo, Obama não teria sido eleito. É simples assim. E ele
se tornou presidente justamente porque o outro se deu mal. O que lhe garantiu a
ascensão não pode ser fonte permanente de desculpa para o seu insucesso. É uma
questão óbvia, de lógica elementar.
Os republicanos não fizeram
sozinhos a crise sobre o limite do endividamento. Aliás, Obama passou dois anos
com maioria nas duas Casas. Foram os seus apoiadores que ajudaram a extrapolar
o limite de gastos. E, numa democracia, ele tem de negociar com o Congresso —
quem lhe tirou a maioria na Câmara foi o eleitorado, não uma conspiração. Não
gostam do Tea Party, é? Troquem o eleitorado americano, então!!! Ou ele é
legítimo quando elege Obama, mas ilegítimo quando dá mandatos à direita
republicana? Tenham a santa paciência!
Obama transformou os EUA no
Findomundistão, um paiseco ridículo, em que o presidente da República se
comporta como um propagandista vulgar. Em meio a uma das maiores crises da
história recente dos EUA, sabem o que fez o homem ontem? Um tuitaço, jogando a
população contra o Congresso. Ou melhor: tentando incitar as massas contra os
republicanos. Leiam este trecho da reportagem da Folha:
Ontem, o twitter @BarackObama, mantido pela campanha de 2012, passou a tarde listando contatos de republicanos que os eleitores deveriam pressionar a ceder.
A primeira mensagem foi enviada pelo próprio presidente, que assina como “BO”: “A hora de pôr o partido em primeiro plano acabou.
Se você quer ver um acordo (#compromise) bipartidário, diga ao Congresso. Ligue. Mande e-mail. Tuíte”.
Ontem, o twitter @BarackObama, mantido pela campanha de 2012, passou a tarde listando contatos de republicanos que os eleitores deveriam pressionar a ceder.
A primeira mensagem foi enviada pelo próprio presidente, que assina como “BO”: “A hora de pôr o partido em primeiro plano acabou.
Se você quer ver um acordo (#compromise) bipartidário, diga ao Congresso. Ligue. Mande e-mail. Tuíte”.
Vocês entenderam direito: o
endereço criado para a campanha presidencial do ano que vem foi usado para
insuflar os americanos contra os republicanos. Isso tudo porque, afinal, o
presidente quer se apresentar como um magistrado! Num de seus milionésimos
pronunciamentos na TV, referindo-se ao plano dos republicanos, aprovado na
Câmara e depois rejeitado no Senado, afirmou: “Esse plano nos forçará a
reviver essa crise em poucos meses, mantendo nossa economia cativa da
politicagem de Washington outra vez”. O homem que usa o seu Twitter de
candidato para pressionar em favor de uma questão que interessa ao presidente
ataca a “politicagem” de Washington… Ele, afinal de contas, faz o quê?
A verdade insofismável é que
Obama é ruim de doer; trata-se de uma dos mais vistosos fiascos da história
política dos EUA. Ontem, irritados com a pressão, nada menos de 37 mil
seguidores do presidente no Twitter resolveram desertar. Perceberam que estavam
sendo vítimas de uma espécie de assédio — e que Obama, afinal, está molestando
as instituições do país. Não por acaso, hoje seu governo é aprovado apenas por
40% dos americanos.
O homem pode até vir a ser
reeleito — como mais um sintoma da crise, diga-se. Os republicanos, por
enquanto, parecem não ter uma alternativa sólida. Um presidente dos EUA, diante
de um caso dessa gravidade, senta para negociar com o Congresso em vez de sacar
do bolso o BlackBerry… Foi eleito para governar o país mais importante do mundo
e se comporta como um tuitero do Findomundistão… É patético! E ridículo! É
perigoso!
Um colunista da Folha Online,
mandaram-me o link, comparou a situação dos EUA à estabilidade brasileira e
concluiu que o que falta ao presidente americano, acreditem ou não, é um PMDB!
Essa sabedoria convencional, que vê no partido um, digamos assim, monumento à fisiologia
e ao troca-troca, é só uma visão reacionária de mundo. O PMDB seria, segundo
entendi, o grande fator de estabilidade do Brasil. O PR também, claro…
É, vai ver é isto mesmo: a
política americana anda muito ideologizada, né, gente? Faltam alguns larápios
para fazer a moderação, cobrando o devido pedágio…
O mundo é bárbaro.
Subtítulo e Texto: Reinaldo Azevedo,
30-07-2011
Edição: JP
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