Plínio Sgarbi
Em apenas seis meses de
governo a nova presidente tem se deparado com os mais escabrosos casos de
malversação ou mesmo de corrupção nas hostes governamentais. Quase todas têm
suas raízes fincadas nos oito anos que precederam a atual administração
federal.
Criação: Resistência Democrática |
Agora e SÓ agora é sabido que
desde os primeiros dias do mês de julho a Presidência da República vinha
recebendo denúncias de que no Ministério dos Transportes funcionários estavam
achacando empresários para aprovar contratos e para liberação de verbas de
obras superfaturadas como as da ferrovia Norte-sul no valor de R$ 48 milhões,
que deram um prejuízo ao redor de R$ 70 milhões.
Nota-se que a denúncia de
qualquer escândalo, não sai através do Ministério Público e sim, é a Imprensa a
primeira a revelar tais escândalo. E não é porque a imprensa investigou, mas
sim, porque alguém, leia-se fonte, mandou de bandeja para os canais
informativos. Esse alguém que com certeza, sentindo-se prejudicado nas
partilhas das maracutais, vingativo, resolveu jogar no ventilador, mais para
fazer barulho e derrubar alguns esquemas, na tentativa de se colocar outros
esquemas que possa, novamente e melhor, beneficiá-lo.
E isto ficou claro quando,
segundo noticiou a imprensa, logo depois do escândalo Pallocci, a empresa do
senador do PMDB Eunício de Oliveira, participando de um esquema fraudulento na
Petrobrás, no valor de R$ 300 milhões, teria conseguido, o que é proibido por lei,
saber antecipadamente quais as empresas que haviam sido convidadas para a
megalicitação. Uma das empresas que não quis participar do esquema fraudulento,
para apresentar proposta maior que a do senador, que seria de R$ 299 milhões,
apresentou a proposta de R$ 235 milhões. Pela lógica, mas como em política não
há lógica, seria a vencedora, mas foi desclassificada pela Petrobrás sob a
alegação de que a proposta era inexequível, ou seja, sem condições de executar
a obra. A concorrente desclassificada afirmou que sabia do acordo para fraudar
a licitação. Oras!!! Como a concorrente podia saber. Tá entendendo?!!
Já coloquei em outras
oportunidades minhas impressões a respeito desse Estado Deteriorado que é o
Brasil. Nada neste Brasil corrupto chega, realmente, aos fins punitivos, como:
prisão e sequestro de bens oriundos da corrupção. Tudo isso só serve mesmo para
fazer barulho... Oras, se há a imprensa investigadora, porque alguns direitos
fundamentais da cidadania ainda são peças de ficção? Participação da sociedade
na formulação de políticas públicas são bandeiras que os profissionais desses
veículos precisavam levantar. Já vimos ou lemos nesses meios de comunicação as
devidas e necessárias cobranças? Como: cobranças que haja punições e de
exigibilidades quanto aos desvios de recursos públicos voltem aos cofres da
nação?
Já não se fala mais da
"herança" que Dilma precisou saldar débitos ou restos a pagar no
montante de R$ 10 bilhões, comprometidos e não resgatados; do escândalo
Pallocci - o ministro-chefe da Casa Civil que multiplicou o patrimônio familiar
em 20 vezes, principalmente na época que comandava financeiramente a campanha
da atual presidente da República, que se esgueirando afirmou: "Isso é
guerra política, mas não tem como prosperar"; do esquema fraudulento na
Petrobrás, no valor de R$ 300 milhões.
Agora o da vez é o Escândalo
do Ministério dos Transportes, aliada à influência do deputado federal Valdemar
Costa Neto (PR-SP), este que havia renunciado no escândalo mensalão para não
ser cassado, que foi VOTADO e voltou pelo efeito Tiririca.
Mas a cada novo escândalo, o
anterior é esquecido, como bem salientou o vice-presidente Michel Temer, dando
de ombros a essa dilapidação do dinheiro público, declarou à imprensa: "No
Brasil esses pequenos acidentes de natureza política são mais ou menos
normais". "Até porque eles passam muito rapidamente e são
superados".
Falta respeito cívico, honra
militar, justiça, educação, saúde e dignidade. Impostores usurparam a
democracia e nos afrontam com uma governabilidade sem princípios éticos, sem
capacidade administrativa, sem critérios de honra e justiça.
"Canalhas" é um adjetivo educado para qualificar o lixo que subiu ao
planalto e que deveria ser varrido ou jogados à lama de sua indignidade. CPIs,
apurações, são teatrinho vergonhoso, que demonstra, apenas, a ficção de uma
realidade patética de um país que sucumbe, pacificamente, diante de tamanha
canalhice e deboche, representativos dos vís atores, sob aplausos dos aliados
do crime organizado pela platéia dos três poderes.
Enfim...
Abraços,
Título e Texto: Plínio Sgarbi, Jaú/SP, por e-mail,
21-07-2011
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