No seu manifesto, o assassino da Noruega revela um ódio profundo ao islão. E
diz mesmo que a Europa está a ser colonizada pelos muçulmanos, acusando os
líderes políticos de serem cúmplices dessa situação. São as palavras de um
fanático, de um louco que matou 93 pessoas em dois ataques separados, um à
bomba, outro a tiro. O seu alvo foi o Partido Trabalhista, o principal da
coligação no poder em Oslo, acusada de ser permissiva com os imigrantes
muçulmanos, perto de 150 mil numa população de cinco milhões. Mas são palavras
que são reproduzidas pela direita populista que, a começar pela Escandinávia,
mostra crescente força na Europa. Ora não existe melhor forma para combater a
xenofobia do que lhe tirar os argumentos. E nisso os muçulmanos europeus, que
serão já mais de 20 milhões, têm um papel. Será a sua vontade de integração, de
aceitação da sociedade plural, que servirá de melhor antídoto à islamofobia.
Serão eles a ter de provar que o islão não está refém dos fundamentalistas.
Editorial, Diário de Notícias, 25-07-2011
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