24º capítulo – Brazzaville

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Páginas de vida: que me ensinaram a não gostar de nacionalismos

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23º capítulo: Dolisie (2)

Brazzaville, capital da República Popular do Congo, era uma cidade muito mais interessante do que Dolisie, claro!

Lá, ia à “Piscine”, piscina de um clube privado, frequentada pela sociedade europeia residente em Brazzaville, aos cinemas "Vogue" e (esqueci o nome), este era semifechado, isto é, a parte traseira da plateia tinha teto, a dianteira era ao ar livre. Não havia necessidade de ar-condicionado…

Rapidamente me entrosei com os poucos jovens de origem francesa que lá moravam. Eu disse poucos, pois que a expressiva maioria, para não dizer totalidade, dos franceses residentes eram “expatriés”, funcionários a serviço de uma empresa ou organização. Mantinham os filhos estudando na França, e estes vinham passar as férias a Brazzaville.

A República do Congo-Brazzaville era marxista-leninista (ou 'socialista científica'). Era muito engraçado ver os russos, os tchecos, os cubanos, os chineses, os coreanos do Norte... Estes, nos folhetos de propaganda que eu me habituara a recolher nas embaixadas, se referiam ao seu governante, Kim-Il-Sung, como o líder bem-amado e inconteste de tantos milhões de coreanos... Dos chineses, lamento não ter guardado um exemplar do livro vermelho.

Conversei com o MPLA - Movimento Pela Libertação de Angola.

Agora vou deixar umas imagens de cartões postais que escaneei há alguns anos (em 2002) e coloquei-as num álbum que organizei no Webshots. As fotos, conforme as legendas dos postais, foram tiradas no ano de 1970. Justamente quando eu lá morava. Quase que eu podia aparecer numa delas… Por exemplo, na do Hotel Cosmos, à noite. Fui lá muitas vezes dançar na boîte desse hotel, que só tocava música afro-cubana e era frequentada por autóctones e algumas “exceções”, like me!

Já volto, vou deixar vocês com as fotos e vou arrumar os links dos capítulos anteriores, atualizá-los para o atual endereço do blogue: http://www.caoquefuma.com

Próximo capítulo:
25º capítulo - Café Vaz