As minhas lembranças começam
na Vila Clotilde. Antes disso, segundo os meus pais, moramos na Maianga, em São
Paulo…
A escola primária era a número
15, Paulo Dias de Novais. Ficava na Rua José Anchieta, Vila Clotilde. Pertinho
da Liga Africana.
Lembro-me da Praia do Bispo,
onde moramos por pouco tempo, na minha opinião. O nome do bairro já sugere…
sim, em frente a uma praia de grande faixa de areia. Íamos, os meus pais e eu,
passear na areia nas noites quentes de Luanda. Jogávamos com uma bola, também.
O ensino secundário começou na Escola Industrial. Entre a Vila Clotilde e a Vila Alice. Passou pela Escola Comercial Vicente Ferreira. Ficava no Bairro do Café, se não me engano. A embaixada brasileira ficava perto, numa arborizada rua.
Na época da Escola Industrial fui da Mocidade Portuguesa, cheguei a Chefe de Quina!
Em 4 de fevereiro de 1961,
houve um ataque noturno à 5ª Esquadra de Polícia, que ficava no início da
Estrada do Catete.
Em 15 de março desse ano, houve violentos ataques em fazendas do norte de Angola. Atrocidades foram relatadas.
Em 15 de março desse ano, houve violentos ataques em fazendas do norte de Angola. Atrocidades foram relatadas.
Era o começo da guerra de
independência de Angola.
Em 1961/1962 (me desculpem de
antemão os muito prováveis erros de cronologia e datas), fui duas vezes com os
meus pais assistir ao desembarque das tropas que chegavam da Metrópole para
lutar contra os terroristas e defender o território português. Chegavam no
“Niassa”. Elas desfilavam pela Avenida Marginal, que, salvo erro, se chamava
Avenida Paulo Dias de Novais.
Aliás, penso que fui a todas
as manifestações de apoio às autoridades da Metrópole quando visitavam Luanda.
Fui porque éramos convidados, à guisa de programa dos tempos livres. Gostava de
receber as bandeirinhas de papel.
Uma dessas visitas, foi em
1963. O ministro do Ultramar, Adriano Moreira, foi
visitar Angola. Não estou lembrado se foi ainda na Metrópole ou já em Luanda a
decisão, o fato é que a visita do ministro acrescentou mais dois pontos nas
notas de todos os alunos em Angola. Naquela época, eram de 0 a 20. Portanto,
como imaginam, muitos passaram de ano graças a esse presentaço.
Próximo capítulo: A NSU do meu pai
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